Zipper abre as portas para artistas sem galeria

A Zipper Galeria recebe o 6º Salão dos Artistas Sem Galeria a partir de amanha às 19 horas

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A Zipper Galeria, ponto de encontro de artistas contemporâneos, recebe nesta sexta-feira (23) a 6ª edição do Salão dos Artistas Sem Galeria. O evento é promovido pelo Mapa das Artes para apresentar obras de dez artistas brasileiros que não são representados por nenhuma galeria de arte de São Paulo.

A seleção foi feita pelos curadores Adriano Casanova, Enock Sacramento e Mario Gioia para avaliar, exibir, documentar e divulgar em três mostras coletivas simultâneas os trabalhos desses “sem galeria”. Além da Zipper, as obras estarão expostas também nas galerias Sancovsky (SP) e Orlando Lemos Galeria (MG).

A exposição apresenta trabalhos de Andrey Zignnatto (SP), Charly Techio (PR), Rebollo (SP), Cida Junqueira (SP), Evandro Soares (GO), Fernanda Valadares (RS), Lucas Dupin (MG), Marcos Fioravante (RS), Myriam Zini (SP), Piti Tomé (RJ) e Thais Graciotti (SP).

A 6ª edição do Salão dos Artistas Sem Galeria recebeu 145 inscrições de 11 estados brasileiros. Os trabalhos ficarão expostos até 21 de fevereiro de 2015. Mais informações no site da galeria.

O sétimo Continente

A artista Fernanda Valadares mostra espaço para falar de tempo na exposição “O Sétimo Continente” em cartaz na Zipper Galeria, em São Paulo

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Transcender a forma e a técnica para questões que beiram a metafísica e a política. É com esse propósito que a artista Fernanda Valadares convida o público a desacelerar e escutar o silêncio na exposição O Sétimo Continente, que acontece entre 14 de junho e 9 de agosto no piso superior da Zipper Galeria, em São Paulo.

A tecnologia tem possibilitado a circulação de um volume cada vez maior de informações a uma velocidade que cresce também em escala progressiva, colocando o mundo em estado de constante aceleração. Em busca de outra relação com o tempo e o espaço, seja partindo de amplos horizontes ou de planos construídos, que Fernanda vive sua arte. Fernanda Valadares nasceu em São Paulo, mas vive e trabalha atualmente em Porto Alegre, onde é mestranda em Poéticas Visuais pelo PPGAV/UFRGS.

Em “O Sétimo Continente”, os segundos prometem se alargar. A artista se debruça sobre a matéria para fundir camadas de cera. Ainda que se enxergue como pintora e faça da encáustica seu principal meio e suporte, nesta mostra ela nos possibilita uma imersão num universo mais amplo da sua produção.

Madeira e papel em sua condição de matéria adquirem simbolismos e nos mostram uma artista cuja reflexão poética e imagética explora o limiar entre a complexidade e a simplicidade. “Fernanda mostra-nos espaço para falar de tempo. E falando de tempo nos faz vivenciá-lo, pois somente assim podemos experienciar sua obra”, enfatiza a curadora Bruna Fetter sobre o trabalho da artista.

Serviço

Onde: Rua Estados Unidos nº 1494 São Paulo – Brasil
Quando: De 16 de Junho a 9 de Agosto, 2014.
Segunda a sexta das 10h às 19h.
Sábado das 11h às 17h.

 

Entre o rude e o poético

A Zipper Galeria levou para São Paulo a exposição do artista Zezão que aborda aspectos políticos, sociais e ecológicos da vida urbana

In celebration of Cor Da Rua, ocontemporary
Vamos das uma pausa no design e aterrissar em São Paulo para falar sobre arte. Abriu no último sábado, na Zipper Galeria, a exposição de José Augusto Amaro Capela, o Zezão. A produção de Zezão aborda aspectos políticos, sociais e ecológicos, chamando a atenção para temas urbanos urgentes como violência, abandono, poluição e pobreza.

A Zipper é um ponto de encontro de artistas contemporâneos. A galeria tem foco em diversas plataformas como pintura, escultura, fotografia, vídeo, desenho, instalações, gravuras e novas mídias. A partir de junho a Zipper traz de volta ao circuito expositivo de São Paulo Zezão, que não expõe na capital paulista desde sua participação no MASP em 2009.

Zezão começou a conquistar crítica e público na década de 1990 com os seus grafitts espalhados pelos espaços subterrâneos da cidade de São Paulo pintando paredes de canais de esgoto e galerias de águas pluviais, casas abandonadas, becos desertos e vãos de viadutos. Ao levar cor a locais marginalizados pela sociedade, seu trabalho ganhou uma dimensão político-social reconhecida por críticos e curadores ao redor do mundo.

Atualmente, os grafites de Zezão podem ser vistos em muros, paredes de esgotos e viadutos de cidades como Nova York, Paris, Londres, Hamburgo, Basileia, Los Angeles, Florença, Frankfurt e Praga. O artista expõe seus trabalhos de grafite e colagens também em galerias de arte e museus com mostras individuais e coletivas realizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e em países como Alemanha, Suíça, Argentina e Inglaterra.

A mostra, que conta com texto da curadora Thais Rivitti, situa-se na fronteira entre o rude e o poético, com uma grande instalação, pinturas e objetos que discutem os limites entre a vida urbana e a arte contemporânea. São obras criadas a partir de materiais e objetos encontrados em esgotos, rios e córregos da cidade, que ganham sobrevida e conquistam uma nova identidade. Além de obras inéditas, o grafiteiro apresenta uma série de “Flops”, nome dado aos desenhos já conhecidos do artista, sempre azuis.
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Serviço

Abertura: Sábado, 14 de Junho, das 12h às 18h.
Visitação: De 16 de Junho a 9 de Agosto, 2014.
Segunda a sexta das 10h às 19h.
Sábado das 11h às 17h.