As cidades como não são vistas

Cidades fotografadas do alto se mostram de ângulos ainda não vistos

Campos de Arroz - China

Campos de Arroz – China

Muitas vezes nos encantamos por uma cidade andando por suas ruas. Quem não se emociona ao ver a Torre Eiffel ou o Coliseu pela primeira vez? Tudo que foge ao que estamos acostumados já nos surpreende, ainda que não seja belo. É o sentimento de muitos que visitam as cidades norte-americanas. Tudo é demais: muita luz, muita cor e muitos carros. Las Vegas é um exemplo disso. The Strip, a principal avenida da cidade, parece um desfile de luzes de natal acesas em todas as épocas do ano cada um com o intuito de atrair os visitantes para dentro de seus luxuosos cassinos.

O Brasil também é um país de belas cidades, principalmente quando vamos para aquelas cheias de natureza como as praias do nordeste ou as florestas da Amazônia. Mas a beleza também pode ser vista do alto, muito do alto. Não estou falando daquele momento que você vê o mar azul do Rio de Janeiro minutos antes de pousar no aeroporto de Santos Dumont, ou quando está fotografando as cataratas de Foz do Iguaçu de um de seus mirantes. Estamos falando de imagens aéreas que revelam o que as cidades não mostram quando andamos apenas por suas ruas.

Separamos algumas imagens aéreas surpreendentes e que podem te ajudar a escolher seu próximo destino, afinal quem não gosta de chegar perto do fim de umas férias já pensando nas próximas:

 

Arco do Triúnfo - Paris

Arco do Triúnfo – Paris

Bac Son Valley - Vietnã

Bac Son Valley – Vietnã

Berna - Suiça

Berna – Suiça

Cidade do México

Cidade do México

Chicago

Chicago

Central Park - Nova York

Central Park – Nova York

Cataratas de Niágara - EUA

Cataratas de Niágara – EUA

Campos de Tulipas - Holanda

Campos de Tulipas – Holanda

Cidade do Vaticano

Cidade do Vaticano

Deserto da Namibe - Namíbia

Deserto da Namibe – Namíbia

Dubai

Dubai

Labirinto Longleat - Inglaterra

Labirinto Longleat – Inglaterra

Lago em Pomerânia Polônia

Lago em Pomerânia Polônia

Vezena - Itália

Vezena – Itália

Rio de Janeiro - Brasil

Rio de Janeiro – Brasil

Moscou - Rússia

Moscou – Rússia

Marina Bay - Dubai

Marina Bay – Dubai

A cidade das várias cidades

Londres, na contra mão das outras capitais europeias, deixou a arquitetura contemporânea invadir os bairros dos prédios levantados no fim do século IX

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Visitar os grandes pontos turísticos de Londres é realmente encantador, mas ver uma Londres contemporânea lado a lado daquela antiga vila medieval faz valer apena passear por uma das cidades mais visitadas do mundo.  A arquitetura dos novos prédios, ao contrário do que ocorre em praticamente todas as grandes cidades europeias, está realmente espalhada por Londres, que não segregou nos bairros afastados a criatividade dos designers do novo milênio.

Ao olhar para o alto no centro turístico de Paris se vê apenas a Torre Eifel, edifício mais alto da cidade, mas na capital inglesa se vê um incontável número de prédios novos intercalados com as torres de catedrais e edifícios levantados nos tempos aureos dos reis. Parece difícil imaginar arranha-céu na Europa, mas Londres está começando a trazer essa cultura capitalista para o centro de sua cidade – inclusive, a capital inglesa abriga o The Shard, maior edificio da Europa Ocidental .

A maior parte dos edifícios altos da capital inglesa se localizam na City e Canary Wharf, regiões financeiras da cidade que sediam as grandes empresas e bancos mundiais. Porém, não é preciso se locomover até esses bairros já que o novo e o velho estão lado a lado em toda Londres.

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Um passeio pela margem do rio Tâmisa até a famosa Tower Bridge  nos faz variar no tempo. A própria ponte báscula da torre, construida em 1894, é visinha do City Hall – prédio construído há pouco mais de dez anos que abriga a prefeitura – e do Royal Palace and Fortress The Tower of London – que teve sua construção iniciada no século IX, em 1078.

O edifício que abriga a câmara e o gabinete do Prefeito de Londres é um modelo de acessibilidade e sustentabilidade. Projeto do arquiteto Norman Foster, o City Hall surpreende logo pelo formato de esfera inclinada coberta por vidro. Já o Royal Palace, do outro lado do rio, matém seu desenho original e medieval que inicialmente serviu de fortificação dos limites da cidade romana sendo, alguns séculos mais tarde, utilizado como sede de prisão e tortura dos opositores da coroa.

Ainda às margens do Tâmisia, a Milenium Bridge – batizada em homenagém a chegada do novo milênio, ano de sua inalguração – se destaca quando vista ao lado da St Paul’s Cathedral, levantada ainda no século XVII. Destaque também para o belo edifício empresarial projetado pelo arquiteto Norman Foster (o mesmo da prefeitura londrina) em forma de cilindro.

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“Zero real” no mundo real

Fotógrafo curitibano viajou o Brasil com uma máquina na mão e nenhum real no bolso

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Foi com uma mochila nas costas e uma ideia na cabeça que o fotógrafo curitibano Leonardo Maceira  decidiu conhecer o Brasil. Na mochila, dessas ao estilo backpacker, Leonardo levou o pouco que precisava para se vestir. Na cabeça, levou a ideia que motivou sua aventura: fotografar o Brasil sem nenhum real no bolso.

“A pessoa acha que eu quero dizer que estou levando pouco dinheiro. Aí eu digo que na verdade estou viajando com ‘zero real’”, explicou o fotógrafo de 23 anos ao repórter do portal G1. Para se deslocar, Leonardo ficou na beira das estradas procurando carona. Como herança, trouxe da viagem belas fotografias e várias experiências.

Sua coragem chamou a atenção do Brasil. Sua história foi contada por vários repórteres e a viagem acabou no Rio de Janeiro em um papo com Fátima Bernardes para seu programa de televisão. Foram inúmeras cidades por mais de dez estados brasileiros percorridos de carona e pernoitados na casa de conhecidos.
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Leonardo Maceira não era novato de estrada, ainda aos 16 anos o jovem morou na Itália onde atuou como jogador de futebol de salão profissional. Quatro anos depois, voltou para o Brasil e entrou para as áreas de cinema e fotografia. A ideia da viagem veio quando foi apresentar o trabalho de conclusão de um curso na área de fotografia com o tema “O lugar de cada um”.

Leonardo percebeu que cada um tem seu ou seus lugares e caiu na estrada para registrar cada um deles. Ele batizou a viagem de “Os lugares de cada um” e criou uma página de mesmo nome no Facebook – com mais de 13 mil curtidas – onde posta atualizações e fotos sobre o seu dia a dia.

“Minha viagem foi uma aventura, então tudo que acontece de bom ou errado foi uma experiência nova que valeu a pena ser vivida”, explicou no programa de televisão. Seu projeto não acabou com a viagem no Brasil e Leonardo já embarcou (de carona) para a América do Sul. Ele pretende rodar, literalmente, o mundo sem um real (ou dólar) no bolso. Teria coragem?
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Fotos: Leonardo Maceira

Hostel Boutique Forum em Zadar

Blog AZ encerra a semana falando de viagem, turismo e muito design com o Boutique Hostel Forum, na Croácia

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Alguns destinos paradisíacos fazem com que o viajante mais despojado não perca muito tempo preocupado com acomodação, mas alguns albergues são um destino turístico por si só. O Boutique Hostel Forum é a mistura certa entre esses dois ingredientes. Localizado no coração de Zadar, um dos maiores destinos turísticos da Croácia, Boutique Hostel Forum entrou para a seleta lista de hostels designs do nosso Blog AZ.

Dividido em cinco tipos de acomodação e oito ambientes comuns, o Boutique Hostel Forum fica perto da praia, a alguns passos de Museu Arqueológico, Fórum e da Catedral de St. Anastasia. A Igreja de St. Donat e a St. Mary’s Church também ficam perto do albergue. Os valores da diária variam em torno de R$ 70 para quarto misto e R$200 para quarto duplo.
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Os 37 quartos são categorizados como Forum Chat, Forum Meta, Forum Duo, Forum Lux e Forum Lux 2.0 todos equipados com ar-condicionado e cortinas blackout nos quartos individuais e coletivos, dando mais privacidade para aqueles que curtem os preços dos hostels, mas preferem a privacidade dos hotéis.

Mas o que chama a atenção do hostel é seu design despojado. Como todo albergue, voltado para o publico um jovem e menos exigente, o design deve combinar com o clima de festa e descontração. As cores chamam a atenção em todos os ambientes. Nos quartos mistos o vermelho domina a paisagem. Os quartos duplos do Forum Lux esbanjam sofisticação, então a escolha foi por não abusar de cores fortes.

As áreas comuns desfilam cores como roxo, lilás e o preto. A iluminação também é protagonista no design do Boutique Hostel Forum. O hostel fez jus ao título de boutique e ficou famoso entre os hospedes pelo conforto e qualidade no atendimento.

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Hostel Boutique: One 80º em Berlim

Mais um hostel na lista dos albergues que investem em design. Hoje é a vez do alemão One 80º instalado em Berlim

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Relaxar com estilo. É assim que o One 80º se define como hostel. Concebido no centro de Berlin, na Alexanderplatz, o albergue criou espaços de luxo elegantes e sociáveis que permitem ao visitante que se hospede na melhor localização da capital alemã com muito estilo por preços bem acessíveis.

Com um ethos design que é mais “hip hotel” do que “hostel”, a diferença do One 80º em Berlim para os outros hostels da cidade e do mundo é o gosto pelo requinte e pela criatividade. O design da área comum do One 80º é puro charme. Com muita cor e iluminação seus donos conseguiram criar uma atmosfera aconchegante que é, ao mesmo tempo, imponente.

O hostel é daqueles que tem tudo que um bom hotel oferece: café da manha, serviço de bagagem, recepção 24 horas por dia, wi-fi nos dormitórios, lavanderia e quartos individuais. Como albergue, ele oferece também quartos que podem ser divididos com até oito pessoas.
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Localizado a menos de três minutos do famoso portal de Brandenburgo, cartão postal de Berlim, e também da torre de televisão Fernsehturm, o One 80º Berlim é um gigante no centro da cidade e seu prédio é composto de 130 quartos. No salão de convivência, o hostel agrada aos jovens viajantes. O bar principal se transforma em uma danceteria com DJ residente e festas toda semana.

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Mais informações na página do One 80º

Hostel Design: Basecamp em Bonn

Bonn, antiga capital da Alemanha Oriental, é palco de um dos albergues mais criativos instalados na Europa, o Basecamp Young Hostel

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Construído em um antigo armazém no sul de Bonn, interior da Alemanha, o Basecamp Young Hostel não é mais uma atração turística que vale a pena ser visitada, ele é A atração turística. O hostel foi construído para se diferenciar de todos os outros tipos de hospedagens que encontramos em nossas viagens pelo mundo, e eles conseguiram. Preparado para acomodar até 120 pessoas, o Basecamp respeita os princípios básicos de um albergue de uma forma nada convencional.

Localizado em Bonn, cidade alemã situada no estado de Renânia do Norte-Vestfália, o Basecamp é literalmente um acampamento base. Seus criadores aproveitaram o espaço de um enorme galpão situado há apenas a 2 km do Rio Reno e do Parque Freizeitpark Rheinaue para estacionar um trem e diversos trailers e Combes e os transformaram em divertidas instalações temáticas.
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A terra do célebre compositor Ludwig van Beethoven é um ótimo destino para os mochileiros que querem conhecer melhor o interior da Alemanha. Bonn foi capital da República Federal Alemã de 1946 até a queda do muro de Berlin, em 1989. A cidade era a representação da Alemanha Oriental, e atualmente ainda é sede de algumas embaixadas estrangeiras no país. A beleza de Bonn combina com a criatividade do hostel.

O Basecamp é formado por um trem com vários compartimentos individuais e 20 caravanas temáticas para serem compartilhadas. São 16 trailers, duas Combes e dois Airstreams originais dos Estados Unidos com temas bastante criativos: Woodstock, África, Lua, rockabilly, Casa da Barbie entre outros. Os quartos em compartimentos individuais no antigo vagão de comboio ficam localizados na área externa no acampamento e os valores para se hospedar no Basecamp variam entre € 24 e €67 por pessoa.

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Hostel Generator, Dublin

Apostando em um design inovador e criativo o grupo Generator, em parceria com a canadense Agência de Design, criou um design único para seus oito hostels, incluindo um em Dublin

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Integrante famoso da lista dos hostels de luxo, o Albergue Generator entrou para a nossa seleção dos hostels que além de baratos e divertidos, também conseguem ser um charme. Localizado no centro da capital irlandesa, o Generator possui todos os serviços que um hotel comum considera diferencial e um design super descolado.

O Generator Dublin faz parte de uma rede de hostels de mesmo nome que estão espalhados por toda a Europa – no total, são oito hostels em diferentes países do continente. O ambiente é divertido e o clima é de descontração total. Os quartos, mistos ou individuais, são muito bem equipados e confortáveis, além de serem seguros e um pouco mais reservados.
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No espaço comum, principal área de um hostel, o Generator dispõe de sala de jogos, cozinha e lounge – onde acontecem as festas noturnas e sessões de cinema. O albergue coloca a disposição de seus hospedes serviços de lavanderia, café da manha e jantar, internet gratuita e bar por diárias que variam entre €15,00 e €30,00.

No quesito decoração, o grupo Generator criou uma linguagem que foi traduzida em todas as franquias da marca. O design é único e bastante criativo. Muita cor e luz, foi com esses objetivos que o estúdio canadense Agência de Design criou a essência do design dos Generators. “Abraçamos o aspecto tipológico do design, mas nos mantendo abertos para inovar com tecnologia e novas abordagens de design criativo”, conta os responsáveis pelo grupo Generator.

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Fulano Backpackers, Colombia

O novo Fulano Backpackers trouxe para Bogotá o estilo e o charme dos hostels designs que conquistaram os mochileiros mais exigentes

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O país é a Colômbia, a cidade é Bogotá, mas o bairro e o hostel são tipicamente ingleses. Famoso pela qualidade do serviço, a gentileza do staff e o charme do design, Fulano Backpackers foi mais um albergue boutique eleito para a nossa reportagem especial sobre hostels designs espalhados pelo mundo.

Localizado no bairro Quinta Camacho, região cheia de bares e restaurantes ao estilo inglês, o Fulano Backpackers é um hostel novo que surgiu para modificar o estilo da estadia dos backpackers que passeiam pela América do Sul. Com 46 camas, banheiros e quartos limpos e seguros, área comum com sinuca e cozinha equipada, o que mais chama a atenção para o hostel é seu design minimalista.

O albergue conta com quartos individuais e duplos, além de beliches com dormitórios mistos para dez, oito e quatro pessoas. As camas de madeira e uma decoração sobrea em tons pastel e preto compõem o charme do hostel. O design do ambiente foi feito para criar uma atmosfera que lembra os pubs irlandeses.

No espaço comum, o hostel organiza pequenos shows voz e violão para proporcionar o que os hospedes de albergues mais buscam, a interação entre os viajantes. O estilo simples e ao mesmo tempo luxuoso faz do hostel Fulano Backpackers uma atração a parte, o turismo começa alí.
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We not you

Hostels apostam em decorações irreverentes para atrair público mais exigente

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O nome antes era usado para denominar pequenas pensões criadas para receber trabalhadores temporários em países como Reino Unido, Irlanda, Índia e Austrália. Hoje, hostel é o símbolo de uma juventude descolada, que coloca uma mochila nas costas e sai em busca do mundo. No início o estilo não agradou muito os brasileiros acostumados ao conforto e privacidade dos hotéis, mas a moda européia pegou e as cidades turísticas brasileiras estão investindo nesse novo tipo de acomodação para o público jovem.

O hostel, ou albergue, é um tipo de acomodação que prioriza o contato entre os hospedes a preços intitulados de low-cost. Enquanto a diária de um quarto de hotel no centro de Paris custa R$500,00 o preço para o hostel varia entre R$100 e R$200, e com ótima localização. Formados por quartos coletivos mistos ou só de mulheres, banheiros coletivos e cozinha, o objetivo desses tipos alternativos de hotéis é unir pessoas de vários países em um só ambiente. O lema é we not you (nós, não eu).
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No começo todo mundo é estranho, mas depois de algumas horas a conversa flui e as fronteiras são quebradas, todos falam a língua de todos e se entendem independente de nacionalidade ou idioma. Porém a interação deixou de ser a única preocupação dos donos de albergues. Quem já se hospedou em um sabe que detalhes fazem a diferença: luz e tomada individual para cada cama, banheiros suficientes e área comum que atrai o público.

A atenção a esses detalhes trouxeram arquitetos, fotógrafos e artistas para dentro dos hostels com o objetivo único de impressionar. Minimalistas, futuristas, artístico e boêmios os albergues criaram o conceito hostel design, ou seja, acomodações antenadas com a decoração.Não existe regra na decoração de um albergue, o importante é chamar atenção de seu público.
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O Blog AZ abre espaço para uma série de reportagens sobre esses tipos irreverentes de hotéis coletivos e apresentará um hostel design por semana, com seus móveis futuristas e suas paredes coloridas.
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