Sobsolo londrino

Londres abre para visitação seus corredores subterrâneos, usados como abrigos anti-bomba durante a Segunda Guerra Mundial

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“Vamos atravessar vales sombrios e perigosos pra chegar à luz do dia mais brilhante que a humanidade já conheceu”. Foi com essas palavras que o então primeiro-ministro inglês Winston Churchil reabriu as portas da cidade londrina para grande parte de sua população escondida no subsolo dos metros da cidade após a Segunda Guerra Mundial.

O ‘cortiço’ subterrâneo inglês começou a ser construído no início da década de 1940, à medida que os militares nazistas destruíam a cidade. E Londres vinha sendo devorada em ritmo acelerado, já que os alemães protagonizavam cerca de cem ataques de bombas por dia na capital inglesa.

Churchil abrigou grande parte da população inglesa que vivia na capital dentro dos esconderijos subterrâneos e, após o fim da guerra, eles ficaram escondidos atrás dos trilhos do metro mais antigo da história. Neste mês, a capital da Inglaterra incluiu os corredores subterrâneos nas atrações turísticas de Londres e abre o espaço como uma espécie de museu.

Agora, são feitas visitas guiadas para contar a história dos túneis e da guerra até o abandono do abrigo, na década de 1970. Os corredores alcançaram 180 degraus abaixo da calçada com mais de 30 metros de profundidade, o que equivale a um prédio de oito andares invertido. Mas a profundidade não impediu que os ataques fizessem suas vítimas: foram 56 em um único bombardeio em janeiro de 1941.

Historiadores contam que o subterrâneo de Londres se transformou em uma pequena cidade, eles tinham camas pra oito mil pessoas só no espaço onde hoje é o museu e algumas famílias desciam com seus próprios colchões. Quem entrava recebia um número que indicava o lugar pra dormir.

A extensão dos túneis londrinos é tão grande que o museu não foi a única alternativa usada para aproveitas o que antes foi a moradia dos que se escondiam das bombas nazistas. Recentemente, outro espaço subterrâneo – nas imediações da estação de Claptham – foi transformado pelo grupo Growing Underground em uma fazenda.

A luz da estação foi substituída por lâmpadas de LED alimentadas por energia verde. Lá eles cultivam ervas, folhas e legumes fornecidos para restaurantes da cidade. O projeto custou ao grupo 750 mil libras. Outro abrigo subterrâneo da estação Clapham Common se transformará em um café.

O novo museu subterrâneo será administrado pele Museu de Transportes de Londres e incluí tours por locais inusitados da cidade. A verba arrecadada com a atração será convertida em melhorias para o transporte público da cidade.

As cidades como não são vistas

Cidades fotografadas do alto se mostram de ângulos ainda não vistos

Campos de Arroz - China

Campos de Arroz – China

Muitas vezes nos encantamos por uma cidade andando por suas ruas. Quem não se emociona ao ver a Torre Eiffel ou o Coliseu pela primeira vez? Tudo que foge ao que estamos acostumados já nos surpreende, ainda que não seja belo. É o sentimento de muitos que visitam as cidades norte-americanas. Tudo é demais: muita luz, muita cor e muitos carros. Las Vegas é um exemplo disso. The Strip, a principal avenida da cidade, parece um desfile de luzes de natal acesas em todas as épocas do ano cada um com o intuito de atrair os visitantes para dentro de seus luxuosos cassinos.

O Brasil também é um país de belas cidades, principalmente quando vamos para aquelas cheias de natureza como as praias do nordeste ou as florestas da Amazônia. Mas a beleza também pode ser vista do alto, muito do alto. Não estou falando daquele momento que você vê o mar azul do Rio de Janeiro minutos antes de pousar no aeroporto de Santos Dumont, ou quando está fotografando as cataratas de Foz do Iguaçu de um de seus mirantes. Estamos falando de imagens aéreas que revelam o que as cidades não mostram quando andamos apenas por suas ruas.

Separamos algumas imagens aéreas surpreendentes e que podem te ajudar a escolher seu próximo destino, afinal quem não gosta de chegar perto do fim de umas férias já pensando nas próximas:

 

Arco do Triúnfo - Paris

Arco do Triúnfo – Paris

Bac Son Valley - Vietnã

Bac Son Valley – Vietnã

Berna - Suiça

Berna – Suiça

Cidade do México

Cidade do México

Chicago

Chicago

Central Park - Nova York

Central Park – Nova York

Cataratas de Niágara - EUA

Cataratas de Niágara – EUA

Campos de Tulipas - Holanda

Campos de Tulipas – Holanda

Cidade do Vaticano

Cidade do Vaticano

Deserto da Namibe - Namíbia

Deserto da Namibe – Namíbia

Dubai

Dubai

Labirinto Longleat - Inglaterra

Labirinto Longleat – Inglaterra

Lago em Pomerânia Polônia

Lago em Pomerânia Polônia

Vezena - Itália

Vezena – Itália

Rio de Janeiro - Brasil

Rio de Janeiro – Brasil

Moscou - Rússia

Moscou – Rússia

Marina Bay - Dubai

Marina Bay – Dubai

A cidade das várias cidades

Londres, na contra mão das outras capitais europeias, deixou a arquitetura contemporânea invadir os bairros dos prédios levantados no fim do século IX

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Visitar os grandes pontos turísticos de Londres é realmente encantador, mas ver uma Londres contemporânea lado a lado daquela antiga vila medieval faz valer apena passear por uma das cidades mais visitadas do mundo.  A arquitetura dos novos prédios, ao contrário do que ocorre em praticamente todas as grandes cidades europeias, está realmente espalhada por Londres, que não segregou nos bairros afastados a criatividade dos designers do novo milênio.

Ao olhar para o alto no centro turístico de Paris se vê apenas a Torre Eifel, edifício mais alto da cidade, mas na capital inglesa se vê um incontável número de prédios novos intercalados com as torres de catedrais e edifícios levantados nos tempos aureos dos reis. Parece difícil imaginar arranha-céu na Europa, mas Londres está começando a trazer essa cultura capitalista para o centro de sua cidade – inclusive, a capital inglesa abriga o The Shard, maior edificio da Europa Ocidental .

A maior parte dos edifícios altos da capital inglesa se localizam na City e Canary Wharf, regiões financeiras da cidade que sediam as grandes empresas e bancos mundiais. Porém, não é preciso se locomover até esses bairros já que o novo e o velho estão lado a lado em toda Londres.

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Um passeio pela margem do rio Tâmisa até a famosa Tower Bridge  nos faz variar no tempo. A própria ponte báscula da torre, construida em 1894, é visinha do City Hall – prédio construído há pouco mais de dez anos que abriga a prefeitura – e do Royal Palace and Fortress The Tower of London – que teve sua construção iniciada no século IX, em 1078.

O edifício que abriga a câmara e o gabinete do Prefeito de Londres é um modelo de acessibilidade e sustentabilidade. Projeto do arquiteto Norman Foster, o City Hall surpreende logo pelo formato de esfera inclinada coberta por vidro. Já o Royal Palace, do outro lado do rio, matém seu desenho original e medieval que inicialmente serviu de fortificação dos limites da cidade romana sendo, alguns séculos mais tarde, utilizado como sede de prisão e tortura dos opositores da coroa.

Ainda às margens do Tâmisia, a Milenium Bridge – batizada em homenagém a chegada do novo milênio, ano de sua inalguração – se destaca quando vista ao lado da St Paul’s Cathedral, levantada ainda no século XVII. Destaque também para o belo edifício empresarial projetado pelo arquiteto Norman Foster (o mesmo da prefeitura londrina) em forma de cilindro.

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“Zero real” no mundo real

Fotógrafo curitibano viajou o Brasil com uma máquina na mão e nenhum real no bolso

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Foi com uma mochila nas costas e uma ideia na cabeça que o fotógrafo curitibano Leonardo Maceira  decidiu conhecer o Brasil. Na mochila, dessas ao estilo backpacker, Leonardo levou o pouco que precisava para se vestir. Na cabeça, levou a ideia que motivou sua aventura: fotografar o Brasil sem nenhum real no bolso.

“A pessoa acha que eu quero dizer que estou levando pouco dinheiro. Aí eu digo que na verdade estou viajando com ‘zero real’”, explicou o fotógrafo de 23 anos ao repórter do portal G1. Para se deslocar, Leonardo ficou na beira das estradas procurando carona. Como herança, trouxe da viagem belas fotografias e várias experiências.

Sua coragem chamou a atenção do Brasil. Sua história foi contada por vários repórteres e a viagem acabou no Rio de Janeiro em um papo com Fátima Bernardes para seu programa de televisão. Foram inúmeras cidades por mais de dez estados brasileiros percorridos de carona e pernoitados na casa de conhecidos.
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Leonardo Maceira não era novato de estrada, ainda aos 16 anos o jovem morou na Itália onde atuou como jogador de futebol de salão profissional. Quatro anos depois, voltou para o Brasil e entrou para as áreas de cinema e fotografia. A ideia da viagem veio quando foi apresentar o trabalho de conclusão de um curso na área de fotografia com o tema “O lugar de cada um”.

Leonardo percebeu que cada um tem seu ou seus lugares e caiu na estrada para registrar cada um deles. Ele batizou a viagem de “Os lugares de cada um” e criou uma página de mesmo nome no Facebook – com mais de 13 mil curtidas – onde posta atualizações e fotos sobre o seu dia a dia.

“Minha viagem foi uma aventura, então tudo que acontece de bom ou errado foi uma experiência nova que valeu a pena ser vivida”, explicou no programa de televisão. Seu projeto não acabou com a viagem no Brasil e Leonardo já embarcou (de carona) para a América do Sul. Ele pretende rodar, literalmente, o mundo sem um real (ou dólar) no bolso. Teria coragem?
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Fotos: Leonardo Maceira

Mestre dos Sonhos

Oficina Brennand é um verdadeiro reduto de arte e criatividade

Francisco (Fotos: Divulgação)

Francisco Brennand (Fotos: Divulgação)

É esse o nome pelo qual Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brennand é conhecido: mestre dos sonhos. O artista nasceu em 11 de junho de 1927 em Recife e passou a pintar após passar um tempo como aluno informal de Abelardo da Hora e Álvaro Amorim. Sua obra tem como mote a geração da vida, sendo o sofrimento um elemento indissociável de sua criação que mistura dor, misticismo e sexualidade para criar um universo próprio.

No fim dos anos 1940, Brennand viajou a Paris para aprofundar os estudos sobre pintura, quando constatou que gênios como Picasso também utilizavam a argila como meio de expressão. Sua paixão pela cerâmica fez com que o artista colocasse para funcionar a velha Cerâmica São João da Várzea, fábrica fundada pelo seu pai em 1917. Ricardo Brennand manteve a fábrica em funcionamento até 1945 e o edifício ficou abandonado a partir de então.

Foi por meio da Cerâmica São João da Várzea, encontrada em ruínas, que Francisco Brennand deu início a um colossal projeto de esculturas cerâmicas. A Oficina de Francisco Brennand, como foi batizada a velha fábrica de seu pai, foi angariando visitantes de familiares a amigos até se tornar um atelier e museu conhecido por todos – e ponto turístico de Pernambuco.

Hoje, após mais de 34 anos de trabalho intenso e obsessivo, o acervo conta com mais 2 mil peças, entre esculturas e pinturas, espalhadas pelos 15 mil m² de área construída e essa é a parte mais interessante do trabalho do artista. A Oficina Francisco Brennand pode ser facilmente confundida com os museus europeus. Lugar único no mundo, a Oficina Brennand constitui-se num conjunto arquitetônico monumental de grande originalidade, em constante processo de mutação.

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Hostel Boutique Forum em Zadar

Blog AZ encerra a semana falando de viagem, turismo e muito design com o Boutique Hostel Forum, na Croácia

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Alguns destinos paradisíacos fazem com que o viajante mais despojado não perca muito tempo preocupado com acomodação, mas alguns albergues são um destino turístico por si só. O Boutique Hostel Forum é a mistura certa entre esses dois ingredientes. Localizado no coração de Zadar, um dos maiores destinos turísticos da Croácia, Boutique Hostel Forum entrou para a seleta lista de hostels designs do nosso Blog AZ.

Dividido em cinco tipos de acomodação e oito ambientes comuns, o Boutique Hostel Forum fica perto da praia, a alguns passos de Museu Arqueológico, Fórum e da Catedral de St. Anastasia. A Igreja de St. Donat e a St. Mary’s Church também ficam perto do albergue. Os valores da diária variam em torno de R$ 70 para quarto misto e R$200 para quarto duplo.
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Os 37 quartos são categorizados como Forum Chat, Forum Meta, Forum Duo, Forum Lux e Forum Lux 2.0 todos equipados com ar-condicionado e cortinas blackout nos quartos individuais e coletivos, dando mais privacidade para aqueles que curtem os preços dos hostels, mas preferem a privacidade dos hotéis.

Mas o que chama a atenção do hostel é seu design despojado. Como todo albergue, voltado para o publico um jovem e menos exigente, o design deve combinar com o clima de festa e descontração. As cores chamam a atenção em todos os ambientes. Nos quartos mistos o vermelho domina a paisagem. Os quartos duplos do Forum Lux esbanjam sofisticação, então a escolha foi por não abusar de cores fortes.

As áreas comuns desfilam cores como roxo, lilás e o preto. A iluminação também é protagonista no design do Boutique Hostel Forum. O hostel fez jus ao título de boutique e ficou famoso entre os hospedes pelo conforto e qualidade no atendimento.

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