Ao se consagrar com o trabalho em cristal soprado, a designer Jacqueline Terpins ficou conhecida pelas peças que realçam o movimento original do cristal e abusam das formas do vidro. Foi assim com temperaturas acima de 900ºC que a designer conquistou não só o mercado mobiliário como os curadores de museus e sua peça deixou de ser apenas um objeto de decoração e se tornou arte.
Com mais de 25 exposições coletivas e outras sete individuais no currículo, Jacqueline Terpins se destaca também na criação de figurinos para peças teatrais e conquistou vários prêmios durante a carreira. Para a designer, o movimento original do cristal é fundamental no trabalho criativo das peças. “Eu respeito o material e aceito as formas que ele sugere no momento em que é dada a liberdade através do calor”, explica.
O trabalho com o cristal chega a temperaturas que variam entre 900º e 1440º e fazem com que o vidro literalmente dance. De longe, as peças de Jacqueline parecem estar flutuando. Foi assim que em 2009 a designer lançou uma mesa de centro que mais parecia voar. A forma deu nome ao objeto e a Mesa de Centro Tapete Voador tomou emprestado as formas do vidro em novo material.
Produzida em madeira corian, cuja fluidez e flexibilidade permitem criar suas curvas, a peça é uma prima irmã daquelas criadas em alta temperatura. Jacqueline decidiu voltar seu olhar para outros materiais sem restrições e o resultado foi incrível. A designer formada em Comunicação Visual pela Escola de Belas Artes da UFRJ manteve suas criações de mobiliário muito próximas do meio artístico e ter um móvel de Jacqueline Terpin em casa é ter uma beça peça de arte.