What Design Can Do será realizado pela terceira vez em São Paulo

O que o design pode fazer?

O que o design pode fazer? Este pergunta move o trabalho de muitos arquitetos e designer mundo a fora, por isto Richard Van Der Laken fundou o What Design Can Do, uma plataforma que mistura informação, conferências e concursos sobre como usar o design para melhorar o mundo. Em 2017, What Design Can Do se reúne pelo terceiro ano para trazer esta discussão para o plano nacional.

Este ano, o evento será realizado entre os dias 22 e 23 novembro em São Paulo trazendo, como temas centrais, as mudanças climáticas e a violência contra a mulher – assuntos que inquietam profissionais de todas as áreas e que pode ser discutido do ponto de vista do design.

What Design Can Do recebe cerca de 30 convidados para debater os assuntos traçados pelos organizadores relacionando-os ao conceito expandido de design. O evento contará com palestras pela manhã e rodadas de debates no período da tarde batizadas de “Sessões de Ativação”. Durante estas sessões, os debatedores falarão sobre Arquitetura Resiliente, Violência Contra a Mulher e Cidades Vivas.

Segundo Bebel Abreu, diretora da Mandacaru, que é sócia do evento no Brasil, a ideia de trazer estas discussões para o design brasileiro é uma forma de mudar a visão que temos de que design é apenas algo sofisticado ligado à estética. Para isso, nomes como Guto Requena e o próprio Richard van der Laken serão ouvidos durante o evento.

São Paulo 462 anos

A capital paulista completa mais um ano de idade e fotógrafos da Folha se reúnem para homenagear a maios cidade do país

Nove de Julho e Viaduto do Cha - Eduardo Anizelli/Folhapress

Nove de Julho e Viaduto do Cha – Eduardo Anizelli/Folhapress

A cidade de São Paulo soprou neste dia 25 de janeiro mais uma velinha e comemora suas 462 primaveras. Mesmo com todos esses anos de história, a capital paulista não herda o título de cidade mais antiga do país, porém seus mais de 11 milhões de habitantes a titularizaram como a maior cidade do Brasil e a sétima maior do mundo.

Grande metrópole, a cidade é conhecida em todo mundo. Reduto da cultura, da arte e da diversidade, tudo pode ser encontrado em São Paulo. Quem por lá vive não mantém o olhar atento para realmente ver tudo o que São Paulo pode oferecer, desde a beleza de sua arquitetura antiga até a repugnância de seus edifícios esquecidos e tomados pela força devastadora do tempo.

Pensando nisto, e em homenagear uma das principais cidades do mundo, a equipe de arte da Folha de S. Paulo preparou a série de fotografias Olhares de SP. A série reuniu 18 fotógrafos e divulgou entre os dias 19 e 21 de janeiro 18 ensaios que mostram a cidade em quadros a partir do olhar dos artistas.

Cada fotógrafo escolheu um tema e saiu às ruas da capital para capturar imagens que resumissem a cidade. Na série Enquanto Você Dorme, o fotógrafo Eduardo Anizelli decidiu olhar como São Paulo acontece de madrugada. A câmera clicou uma cidade deserta.

Os túneis da capital, que não são poucos, foi o tema escolhido por Marcelo Justo no ensaio Debaixo. Como os grafites têm invadido com mais força as paredes públicas de São Paulo, os desenhos dos artistas urbanos foi o pano de fundo para o ensaio Grafites SP, de Eduardo Knap. Os temas e os resultados podem ser conferidos na íntegra no site da Folha de S. Paulo. Uma bela homenagem à terra da garoa.

Túnel presidente Jânio Quadros - Marcelo Justo/Folhapress

Túnel presidente Jânio Quadros – Marcelo Justo/Folhapress

Artistas Cris e Rodrigo na Clímaco Barbosa - Eduardo Knap/Folhapress

Artistas Cris e Rodrigo na Clímaco Barbosa – Eduardo Knap/Folhapress

Copan e suas histórias

Marco histórico da capital paulista tem muitas histórias para contar e o Blog AZ vai narrar algumas

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Entre cada tijolo não cabe apenas o cimento, mas algumas histórias pra contar. O edifício Copan coleciona uma centena delas. A construção foi levantada seguindo o projeto de Oscar Niemyer e acabou se tornando um marco histórico da capital paulista.

A construção foi iniciada em 1952, mas a falência da investidora Roxo Loureiro S.A e a quebra do Banco Nacional Imobiliário interromperam o andamento da obra. Em 1957, o Bradesco comprou os direitos da construção e conseguiu concluir o alicerce do prédio em 1967.

O edifício Copan foi um projeto da Companhia Pan-Americana de Hotéis e Turismo por ocasião das comemorações do IV Centenário da cidade de São Paulo. O projeto original compreendia em um edifício residencial de 30 andares e outro que abrigaria um hotel com 600 apartamentos. Os prédios seriam ligados por uma marquise no térreo com cinema, teatro e comercio.  Entretanto, no final, apenas o edifício residencial foi construído.
Foto do edifício Copan, em São Paulo, de Oscar Niemeyer

O resultado final da geometria sinuosa acabou por não agradar seu projetista. Niemeyer relacionou a obra em sua autobiografia, mas nunca escondeu insatisfação quanto ao resultado final que não seguiu o projeto piloto desenvolvido por ele. Com a não construção da torre do hotel, a ideia original da Companhia Pan-Americana de Hotéis e Turismo de construir um edifício que explorasse o setor turístico da cidade perdeu o sentido e o setor imobiliário se aproveitou da situação.

Durante as décadas de 1950, 1960 e 1970 o edifício se tornou a imagem da “São Paulo moderna”, mas chamou atenção mesmo pelos números suntuosos: o edifício tem 115 metros de altura, 35 andares incluindo três comerciais, além de dois subsolos, e cerca de dois mil residentes. É considerada a maior estrutura de concreto armado do Brasil e seus 1160 apartamentos distribuídos em seis blocos ganharam o título de maior edifício residencial da América Latina.

Em 1994 a escritora Regina Rheda lançou o livro de contos Arca sem Noé – Histórias do Edifício Copan, ganhador do prémio Jabuti. O edifício Copan faz parte da história e da vida de São Paulo e o Blog AZ vai contar algumas dessas histórias.

Murais de Athos Bucão em exposição em São Paulo

Seis painéis reeditados de Athos Bucão serão apresentados pela primeira vez na Galeria Nara Roesler, em São Paulo

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Athos Bucão era conhecido por sua timidez. Quando criança, essa característica o manteve dentro de casa, o que lhe deu tempo para aflorar a imaginação e misturar fantasia com realidade. Foi esse hábito que transformou Bucão, mais tarde, em um grande artista. Para homenagear suas obras, um conjunto de seis painéis de azulejos reeditados a partir de um acordo firmado em 2014 pela Fundação Athos Bulcão com a Galeria Nara Roesler ficará exposto em São Paulo até o dia 16 de maio de 2015.

A exposição completa está sendo mostrado pela primeira vez, embora dois dos painéis, cujos azulejos foram feitos na mesma fábrica que os originais, já foram apresentados no Rio de Janeiro na seção Lupa da ArtRio no ano passado. Com curadoria de Agnaldo Farias, a exposição abriga as reedições dos painéis de quatro lugares em Brasília: Museu Nacional de Gemas, Hospital de Brasília, Centro de Reabilitação da Rede Sarah Kubitschek, Instituto Rio Branco e Diretoria de Gestão e Atendimento ao Público, além do Sambódromo, no Rio de Janeiro.
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Agnaldo Farias define Bulcão como “artista único, preocupado em levar seu trabalho depurado para a esfera social”, cujo gênio elevou o muralismo com azulejos “de ícones até as composições abstratas, até os intrincados quebra-cabeças formais, da manufatura até a linguagem padronizada e industrial, e do painel mural para a elaboração de elementos arquitetônicos”.

A maestria do artista na arte mural, que abraçou como elemento integrante da arquitetura e não como mero forro da estrutura, ganha as paredes de Galeria Nara Roesler, então quem estiver em São Paulo neste período, já tem programação. Mais informações no site da galeria.
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Serviço

Exposição Athos Bulcão
Onde: Galeria Nara Roesler
Avenida Europa, 655, Jardim Europa, São Paulo – (11) 3063.2344
Quando: de 8 de abril a 16 de maio

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Zipper abre as portas para artistas sem galeria

A Zipper Galeria recebe o 6º Salão dos Artistas Sem Galeria a partir de amanha às 19 horas

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A Zipper Galeria, ponto de encontro de artistas contemporâneos, recebe nesta sexta-feira (23) a 6ª edição do Salão dos Artistas Sem Galeria. O evento é promovido pelo Mapa das Artes para apresentar obras de dez artistas brasileiros que não são representados por nenhuma galeria de arte de São Paulo.

A seleção foi feita pelos curadores Adriano Casanova, Enock Sacramento e Mario Gioia para avaliar, exibir, documentar e divulgar em três mostras coletivas simultâneas os trabalhos desses “sem galeria”. Além da Zipper, as obras estarão expostas também nas galerias Sancovsky (SP) e Orlando Lemos Galeria (MG).

A exposição apresenta trabalhos de Andrey Zignnatto (SP), Charly Techio (PR), Rebollo (SP), Cida Junqueira (SP), Evandro Soares (GO), Fernanda Valadares (RS), Lucas Dupin (MG), Marcos Fioravante (RS), Myriam Zini (SP), Piti Tomé (RJ) e Thais Graciotti (SP).

A 6ª edição do Salão dos Artistas Sem Galeria recebeu 145 inscrições de 11 estados brasileiros. Os trabalhos ficarão expostos até 21 de fevereiro de 2015. Mais informações no site da galeria.