Ruy Ohtake desenha balanço para a nova coleção Tidelli

A Tidelli convidou o arquiteto Ruy Ohtake para assinar móvel da nova coleção da marca, o balanço Pêndulo

 


Alfio Lisi, Tatiana, Luciano e Roberta Mandelli entre outros designers de renome que dão vida ao estilo Tidelli de design ganharam um reforço de peso para a nova coleção da marca, que será lançada este mês na High Design em São Paulo. É que Ruy Ohtake foi convidado para desenhar o próximo balanço da Tidelli. O móvel foi apresentado ao público hoje na BoomSP Design na instalação Transverdando, assinada pela paisagista Drica Diogo.

Não é a primeira vez que o arquiteto pede licença ao mundo da construção para desenhar móveis e objetos de decoração, muito embora seja mais conhecido por seus projetos arquitetônicos, como o Instituto Tomie Ohtake e os hotéis Renaissance e Unique. Em 2015, inclusive, algumas peças de design de Ruy integraram a mostra Ruy Ohtake, Imprevisibilidade, Desenho e Mobiliário com a exposição de poltronas, bancos, aparadores e namoradeiras desenhadas por ele.

Filho da artista plástica Tomie Ohtake, Ruy formou-se arquiteto pela Universidade de São Paulo na década de 1960 e foi considerado por Oscar Niemeyer como um dos mais legítimos representantes da arquitetura nacional. Com a parceria Ruy criou Pêndulo, o novo balanço Tidelli que já entrou na linha de produção da fábrica.

Unique: obra de arte urbana

O hotel Unique, projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake foi eleito o melhor hotel da América do Sul pela revista norte-americana Condé Nast

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A ideia era criar um empreendimento único. Com este conceito, Ruy Ohtake projetou aquele que é hoje considerado o melhor hotel da cidade de São Paulo. O nome? Não poderia ser outro… Unique. O hotel, inaugurado em 2002, já tinha sido destaque por sua arquitetura, paisagismo e design, mas acabou ganhando uma promoção e saltou de melhor hotel de São Paulo para melhor hotel da América do Sul, conforme a revista norte-americana Condé Nast, especializada em viagens, divulgou este mês.

Localizado no luxuoso bairro Jardins e vizinho do Parque Ibirapuera – vista da janela de alguns dos seus 95 apartamentos – o Unique não passa despercebido para quem trafega na Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Sua arquitetura realmente foi feita para chocar. Ousadia é uma boa definição para o trabalho de Ohtake.

Filho da artista plástica Tomie Ohtake, Ruy formou-se arquiteto pela Universidade de São Paulo na década de 1060 e foi considerado por Oscar Niemeyer como um dos mais legítimos representantes da arquitetura nacional. Para projetar o Unique, Ohtake criou uma concepção arquitetônica de referência urbanística. É por isso que muitos acreditam ser o hotel uma verdadeira obra de arte urbana.

“O projeto tem a cara de São Paulo metrópole, São Paulo contemporânea, com o conteúdo da arquitetura brasileira e, com certeza, uma importante referência”, explicou o arquiteto. O Unique se destaca especialmente por sua forma. De longe, parece uma nau flutuando em águas invisíveis. De perto, realmente se parece com uma instalação de arte urbana digna de grandes bienais.

O time de grandes nomes escolhido para levantar os seis andares do hotel foi a opção dos empresários para aliar arquitetura diferenciada, design de luxo e atendimento conceitual. Além de Ohtake, Gilberto Elkis foi o nome escolhido para criar o projeto paisagístico e João Armentano para a ambientação interna do hotel.

Em sua estrutura, Ruy Ohtake escolheu revestimento refinado de cobre com o concreto bruto, uma aliança particularmente inusitada que produziu um resultado ao mesmo tempo técnico e artístico. No volume principal do edifício, estão situados os apartamentos. Já o lounge de entrada foi instalado sob o arco simétrico, em uma espécie de cubo formado de vidro e concreto. Na cobertura, uma piscina e o famoso restaurante Skye.

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Tomie Ohtake: abstração e arte

A força da arte de Tomie Ohtake move a agenda cultural de um dos principais centros de exposição, o Instituto Tomie Ohtake

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O Brasil não é o país que recebe o maior número de imigrantes – estes compõem somente 0,9% da população brasileira – mas já atraiu e acolheu grandes nomes da arte e da arquitetura como Lina Bo Bardi, Jorge Zalszupin e a artista plástica japonesa Tomie Ohtake.

Tomie Ohtake desembarcou no Brasil para visitar um irmão em 1936 e nunca mais foi embora. Se estabeleceu na capital paulista, casou-se e naturalizou-se brasileira em 1968. Foi na cidade de São Paulo que fez de seu nome uma das maiores representações da arte abstracionista e hoje a capital abriga um alto e belo edifício batizado em sua homenagem com objetivo de propagar a arte, arquitetura e design.

Falecida em 2015, Tomie Ohtake deixou como legado sua arte definida pelo abstracionismo com ampla produção de pinturas, gravuras, esculturas e obras públicas. O instituto que leva seu nome é uma atração arquitetônica a parte. Inaugurado em novembro de 2001 no Bairro de Pinheiros, em São Paulo, o edifício é um ponto de encontro cultural criado como um dos raros espaços especialmente projetado para realizar mostras nacionais e internacionais.

(Foto: Agência Brasil)

(Foto: Agência Brasil)

O Instituto Tomie Ohtake foi projetado com arquitetura marcante e não passa despercebido para aqueles que caminham na Avenida Brigadeiro Faria Lima. O prédio, construído em formas marcantes e volumes escultóricos, é composto de um centro de convenções, teatro e o espaço de exposição do instituto. Seu projeto, assinado por Ruy Ohtake, filho da artista homenageada, foi premiado na 9ª Bienal de Arquitetura de Buenos Aires, em 2001.

Ocupando dois pisos, o Instituto é distribuído em 7.500 m², com sete salas de exposição, um setor educativo com ateliês, salas para palestras e setor de documentação. O instituto dá enfoque para as obras dos últimos 60 anos do cenário artístico, já que toda sua força motriz foi a produção artística de Tomie Ohtake – quase que inteiramente produzida após a segunda metade do século 20. Atualmente, o Tomie Ohtake recebe a exposição Frida Kahlo — Conexões entre Mulheres Surrealistas no México.