Museu Whitney de Arte Americana

Em 2015 o Museu Whitney abriu suas portas em novo bairro com edifício projetado pelo arquiteto italiano Renzo Piano

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A badalada cidade que nunca dorme abriga diversos museus e o mais comentado deles nos últimos meses é o Museu Whitney. É que a cidade de Nova York encontrou um novo canto para que o museu pudesse se estabelecer e o projeto arquitetônico, cheio de curvas e linhas tortuosas, assinado pelo italiano Renzo Piano no bairro Meatpacking District é a nova sede do museu.

Para quem ainda não associou o nome à obra, Renzo Piano é o mesmo arquiteto que projetou o Centro Georges Pompidou, em Paris. No mês de maio do ano passado, Piano inaugurou também a nova sede do Museu Whitney com nove andares, sendo oito deles dedicados exclusivamente à arte americana contemporânea.
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O mais interessante do projeto é que – além de estar localizado ao lado do Hudson River – sua enorme estrutura não é cortada por colunas e suas paredes, de madeira, se movem. Todo este espaço é dedicado à arte americana. O Museu veio ao mundo para mostrar os trabalhos dos artistas que interagem com a cultura do país.

São 22 mil peças, assinadas por mais de mais de 2.900 artistas, entre fotografias, instalações, filmes e obras de grandes nomes das artes plásticas como Edward Hopper, Jasper Johns Jackson Pollock e, claro, Andy Warhol. Quem estiver passeando por pela Big Apple, é um passeio que vale a pena.

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Arquitetura pelo mundo: Foundation Pathé

Foundation Pathé é mais um edifício que expõe a criatividade dos arquitetos contemporâneos das capitais europeias

Michel Denancé

A Torre Eifel, estrutura de ferro erguida no Champs de Mars em Paris no século XIX, é ainda o edifício mais alto da cidade, mas não é preciso ser o prédio mais alto para chamar atenção. O edifício da Foundation Pathé, localizado no 13º distrito da capital francesa, não disputa atenção com o monumento mais visitado do mundo, mas com certeza não passa despercebido entre os prédios antigos e históricos da capital.

Primeiro que de antigo o Pathé não tem nada. Sim, o Velho Continente está abrindo suas portas para o novo e os arquitetos contemporâneos estão sendo recebidos de braços abertos nas famosas cidades europeias. Londres sedia o prédio mais alto da Europa ocidental e seus edifícios contemporâneos podem ser vistos de todos os ângulos da cidade. Barcelona, Praga, Madrid e Moscou são outros exemplos de cidades antigas que se abriram para o novo.
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Paris ainda está engatinhando, mas não deixa de exibir prédios bastante chamativos por sua arquitetura contemporânea. O Centro Pompidou, inaugurado em 1977, causou estranheza nos parisienses mais acostumados com os prédios tradicionais. Do alto do Arco do Triunfo, La Defense mais parece um bairro futurista, ainda que não tenha erguido todos os arranha-céus que foram projetados para o setor financeiro de Paris.

O Pathé é outro exemplo da arquitetura contemporânea em meio aos edifícios tradicionais. De longe, o prédio parece um inseto gigante, de perto é um criativo edifício exprimido entre dois blocos históricos da cidade da luz. O Pathé é uma presença inesperada, um volume curvo flutuante no meio de um pátio, ancorada em apenas alguns apoios. O projeto requeria a demolição dos dois edifícios existentes, ao contrário, entretanto, sua fachada foi restaurada e conservada devido ao seu valor histórico e artístico – ela foi esculpida por Auguste Rodin.

A Fundação Jérôme Seydoux-Pathé foi inaugurada em setembro do ano passado encarregada de apresentar ao público o patrimônio cinematográfico da Pathé. O responsável por toda essa originalidade foi Renzo Piano, que assina também o já mencionado Centro Pompidou.

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Fotos: Michel Denancé