Em ano de eleição muito se fala no pessimismo do mercado e queda nos indicadores econômicos, mas a maré está para o design. Nos últimos anos, pesquisas vêm mostrando que o mercado de arte está com a temperatura alta e sem previsão de chegada de inverno. É fato que as galerias estão vendendo muito e novos colecionadores surgiram para aumentar seu público alvo.
Em 2013 o projeto Latitude, instituição formada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações (APEX) e a Associação Brasileira de Arte Contemporânea (ABACT), afirmou que o mercado cresceu 22,5% no ano anterior, três vezes a média mundial, que era de 7%. Galerias como Vermelho, Fortes Vilaça, Luciana Britto, Luisa Strina integraram os 44 centros de arte que participaram da pesquisa e todas afirmam estar passando por um ótimo momento de vendas nos últimos anos.
A pesquisa divulgada no início de 2013 demonstrou que 81% dessas galerias aumentaram suas vendas e 70% afirma ter ampliado sua equipe, além de 60% delas terem reajustado as obras vendidas em 15%, percentual bem acima da inflação no período. Este ano os números apenas melhoraram.
Em abril desse ano, o mesmo instituto divulgou nova pesquisa, com uma amostragem de 45 galerias espalhadas pelo país, mostrando os números e informações sobre o mercado de artes visuais no Brasil e seus reflexos pelo mundo afora. A novidade desse ano foi que a pesquisa apontou uma invasão de jovens talentos no ramo. Agora não apenas formado por artistas, a nova geração está também comandado as galerias e centros de arte.
A pesquisa publicada este ano, sobre os dados de 2013, mostrou também que 71% das galerias afirmaram ter vendido para o mercado internacional, enquanto em 2012 esse número era de 60%. Essa internacionalização da arte foi bastante ampla, no ano passado cerca de 30 países adquiriram arte brasileira. Quando falamos em arte, este termo não está restrito a pinturas e esculturas. Mobiliário assinado também está sendo vendido para colecionadores e amantes da arte em todo o mundo.