Já fomos apresentados a Jorge Zalszupin e sabemos bem o que esse polonês radicado no Brasil é capaz de fazer quando o assunto é design, então não é de se espantar que a Etel Interiores tenha descoberto um tesouro quando reeditou um clássico do designer da década de 1960: a Poltrona Adriana.
O designer nasceu em 1922 na Polônia, mas não ficou muitos anos nas terras geladas de seu país. Em 1945 o arquiteto terminou os estudos quando o mundo terminava mais uma guerra mundial. Após algumas escalas em países europeus, Jorge chegou ao Brasil e aqui fixou residência.
Em maio às descobertas modernistas, ao clima desenvolvimentista criado por Juscelino Kubichecke e longe da guerra, Jorge Zalszupin encontrou um terreno fértil para criar e desenvolver sua arquitetura vanguardista. No campo do design também mostrou seu know-how. Sua entrada na criação de móveis foi quase que natural e seus objetos de design passaram a fazer parte de quase todos os prédios oficiais do governo na recém-nascida Brasília.
Em 1962, Jorge desenhou o primeiro original da Poltrona Adriana que, curiosamente, ficou esquecida em sua garagem por anos. Dai a razão pela qual a releitura da peça, pela Etel interiores, foi realmente o encontro de um tesouro esquecido.
Passaram 50 anos do primeiro esboço da cadeira quando a filha de Zalszupin, em busca de objetos para compor uma mostra dedicada ao arquiteto, encontrou a peça em 2011. A poltrona estava machucada pelo tempo, mas logo foi reconhecida como uma joia do design.
Após receber atenção e os cuidados da Etel, a peça passou por um processo de restauração que durou mais de seis meses. O nome foi uma homenagem à Verônica, herdeira de Zalszupin responsável por encontrar a peça. Ela deu o original à sua filha, Adriana, que se encantou com móvel. Foi assim que a neta de Zalszupin, filha de verônica, acabou emprestando seu nome à poltrona.