Embora dezembro de 2015 fique marcado no calendário da história dos museus brasileiros como o mês que incendiou o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, não temos motivos apenas para chorar. Foi também em 2015 que ganhamos mais um importante representante da cultura, das artes e da tecnologia: o Museu do Amanhã.
O Amanhã chegou e todos aqueles prédios futuristas que desenhávamos em nossa imaginação ganhou forma em um terreno ao lado da Praça Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro. O museu foi inaugurado no último dia em 17 (quinta-feira) na capital carioca e recebeu, somente no primeiro fim de semana, um público de mais de 25 mil pessoas.
E como o Amanhã já chegou, o museu foi pensado para que possamos refletir o hoje. “O Museu do Amanhã surgiu a partir de uma visão grandiosa, de uma visão de que seria possível criar um equipamento público e de educação fora daquela base curricular em um ambiente no qual as pessoas pudessem ter experiências culturais, sensoriais e artísticas únicas” explicou Luiz Alberto Oliveira, curador do museu.
A atração se define como um novo tipo de museu de ciências onde o visitante é convidado a examinar o passado, conhecer as transformações atuais e imaginar cenários possíveis para os próximos 50 anos por meio de ambientes audiovisuais imersivos, instalações interativas e jogos disponíveis ao público. “O museu é um ambiente em que uma experiência vívida, concreta, coletiva e pessoal pode ser realizada e só pode acontecer ali que é um mescla de uma arquitetura poderosa, com ideias profundas”, concluiu seu curador.
A arquitetura é um assunto a parte. O rito futurista não é apenas tema do museu, mas toda a sua estrutura física. O edifício é um verdadeiro monumento criado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava inspirado em elementos da fauna e da flora brasileira. Seus pontos de criação foram o Jardim Botânico, o parque Lage e o sítio Burle Marx.
Calatrava faz parte da linha de arquitetos que exploram a chamada arquitetura-espetáculo. O profissional possui em seu currículo mais de 100 projetos espalhados pelo mundo, mas não deixou de ver a importância do trabalho erguido em um prédio de 18 mil metros no Rio de Janeiro. “Foi uma honra projetar esse museu, porque não se trata apenas de erguer um prédio, e sim de criar um marco da revitalização de uma região importante da cidade”, contou Calatrava em entrevista no Brasil.
O Museu do Amanhã faz parte do conjunto de obras da prefeitura do Rio de Janeiro por meio da iniciativa do próprio município em parceria com a Fundação Roberto Marinho e o Banco Santander. O museu fica aberto de terça-feira a domingo, das 10h ás 18h. A entrada é de R$10,00 a inteira. Às terças-feiras a entrada é gratuita.