Museus para os amantes da moda: Victoria & Albert Museum

Um dos museus mais famosos de Londres, o V&A possui a coleção de moda mais abrangente do mundo

O museu Victoria & Albert, V&A, é o maior museu de artes decorativas e design do mundo. Criado em 1852, seu objetivo era incentivar o design britânico para inspirar as futuras gerações e, hoje, possui 145 galerias e 60 mil itens em exposição, com peças de até 3 mil anos, advindas de diversas culturas. Continue lendo…

Museus para os amantes da moda: FIT

Entre o rico acervo do museu, estão mais de 50 mil peças de roupa que contam a história da moda

Mais um museu para quem gosta de moda: o Fashion Institute of Technology (FIT), que fica em Nova Iorque. Esse é um dos principais museus do mundo nesse segmento e conta com mais de 100 mil objetos históricos e contemporâneos, datando do séc. XVIII até os dias de hoje. Continue lendo…

Museus para os amantes da moda: MUMO

O primeiro museu brasileiro dedicado à moda ocupa um edifício histórico e possui acervo próprio

Começamos uma série aqui no blog para falar sobre os museus dedicados à moda (para ler o primeiro texto, clique aqui). E já no início encontramos um aqui pertinho, na nossa vizinha Minas Gerais. Inaugurado em dezembro de 2016, o Museu da Moda de Belo Horizonte – MUMO, é o primeiro museu público destinado à moda no Brasil. Continue lendo…

Museus para os amantes da moda: Museo Del Traje

Inaugurado em 2004, o museu apresenta a evolução da moda ao longo dos séculos

Hoje daremos início a um novo tema aqui no blog: Museus para os amantes da moda. Afinal, a moda é uma arte estreitamente ligada à criatividade e ao design. E para inaugurarmos a nova seção, vamos falar sobre o Museu do Traje (Museo Del Traje), em Madrid. Continue lendo…

Tarsila do Amaral nas passarelas

Tarsila do Amaral sobe nas passarelas em coleção de roupas feitas a partir de suas principais obras artísticas


Os amantes da moda defendem que ela é a união do melhor que o design pode reunir. É cultura, arte, arquitetura, música. Tudo pode virar moda ou mesmo ser visto dentro dela. Por isto que volta e meia vemos fashionistas fazerem uma simbiose de todas estas vertentes artísticas com a moda.

A mais recente responsável por esta associação foi a marca brasileira Osklen. Oskar Metsavaht, diretor criativo da marca, colocou na passarela do último São Paulo Fashion Week, em agosto, a modernista Tarsila do Amaral.

Pintora, desenhista e tradutora, Tarsila foi uma das figuras centrais do movimento modernista brasileiro que culminou na Semana de Arte Moderna de 1922 e morreu no ano de 1973. Ou seja, Tarsila não subiu literalmente na passarela, mas foi homenageada pelas roupas da grife. O tributo não foi sem razão, a moda era uma das paixões da pintora.

As obras de Tarsila do Amaral fazem parte de uma exposição em transito pelos Estados Unidos. Após uma temporada no Instituto de Arte de Chicago, fica no MoMA, de Nova York, até o mês de janeiro. A exposição é que serviu de inspiração para que Oskar Metsavaht tivesse a ideia de colocar as obras da artista em uma coleção-cápsula da grife.

Segundo Oskar Metsavaht, a marca possui uma forte relação com a brasilidade e por isto estampou em sua nova coleção uma das maiores representes do modernismo brasileiro com suas principais obras, como os quadros icônicos Abaporu (1928), Antropofagia (1929) e Palmeiras (1925).

Imagem: Divulgação

Iris Apfel: autêntica e estilosa

“Há necessidade de se ter artistas, pelo simples fato de que se eles não existirem, as pessoas murcham e morrem sem a arte”

 

(Imagem: Gabriel de la Chapelle/ WWD)

(Imagem: Gabriel de la Chapelle/ WWD)

Por trás de seus óculos grandes, quase tão grandes quanto aqueles que usavam Le Corbusier, existe todo um estilo que poucos no mundo conseguem sustentar. Esta descrição se encaixa na designer de interiores Iris Apfel. A norte-americana tornou-se um ícone do mundo feshion sem ter se tornado estilista ou diretora de grandes revistas de moda.

Aos 95 anos de idade, Apfel viaja o mundo com suas roupas saídas de passarela – mas escolhidas por ela própria – para falar de arte, moda e design. Em 2013 esteve em uma viagem oficial ao Brasil e disse ter se encantado com a nossa cultura.

Iris Apfel nasceu no Queens, em Nova York, no ano de 1921. Filha de pai comerciante e mãe dona de boutique de moda, aprendeu muito dentro de casa. “Minha mãe me ensinou que se você tiver um único vestido preto e os acessórios certos, você pode ter 50 vestidos diferentes”, contou em palestra quando esteve no Brasil.
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Já nos primeiros anos da fase adulta, cursou história da arte na Universidade de Nova York e fez escola de arte na Universidade de Wisconsin. Em 1948, Iris casou-se com Carl Apfel e juntos lançaram a firma têxtil Old World Weavers, que dirigiram ate se aposentarem em 1992. Durante estes mesmos anos, trabalhou como designer de interior em diversos projetos importantes, incluindo trabalhos na Casa Branca para os presidentes Truman, Eisenhower, Kennedy, Johnson, Nixon, Carter, Reagan e Clinton.

Em suas viagens pelo mundo, passou a comprar peças de roupas orientais e artesanais e hoje tem um dos guarda-roupas mais completos, inusitados e invejados do mundo. Foi com ele que montou a exposição Rara Avis no MET em Nova York no ano de 2005. Mais de três caminhões carregados de roupas foram levados da sua cada para o interior do museu, onde bolou looks com acessórios usados por ela em cada fase de sua vida.

Hoje o seu estilo pode ser encontrado em livro e filme. A ícone do mundo da moda ganhou um livro sobre seu guarda-roupas, o Rare Bird of Fashion: The Irreverent Iris Apfel e um documentário sobre sua vida, Iris, lançado em 2015.

 

Prada e seu mundo da arte

Fundação Prada inaugurou, em 2015, novo espaço para promoção da arte e da arquitetura em Milão

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Quando a moda deixa de ser, seguindo definição própria do dicionário, o “uso passageiro que rege, de acordo com o gosto do momento, a maneira de viver” e se torna simplesmente a “maneira de viver”, deixamos de falar unicamente em roupas, sapados e bolsas e passamos a falar em algo que extrapola os desfiles de moda. Algumas grifes atingiram esse patamar, como a Prada. É por isso que a fundação Prada não é apenas um centro de moda, é um conceito em arte.

É justamente por ser um “conceito” que a nova Fundação Prada inaugurada em Milão no ano passado, projetada pelo badalado estúdio holandês OMA, mistura um complexo de moda, arte e arquitetura. A Fundação Prada foi originalmente criada em 1993 e já nessa época surgiu para ir além da moda e promover a arte.  A grife, por meio da fundação, realizava exibições de arte contemporânea e projetos de arquitetura, cinema e filosofia.

Sua primeira sede própria foi criada há poucos em um pallazzo histórico no Grande Canal de Veneza. Em 2015, a grife abriu mais uma porta para as artes e inaugurou outra sede, com endereço em Milão. Antes de se estabelecer em um CEP próprio na cidade, a fundação promovia exposições em armazéns e igrejas abandonadas de Milão. Foi assim nos últimos 20 anos.

Mas foi no charmoso edifício que abrigava uma antiga destilaria milanesa que a Prada viu sua nova casa de arte. Convidou o holandês Rem Koolhaas para dar cara nova ao velho prédio e criar o complexo com quase 11 mil metros quadrados de espaço para exposições. “É surpreendente como o sistema da arte se expande, mas suas exibições continuam acontecendo em vitrines limitadas. A nova Fondazione funciona em um antigo complexo industrial que tem uma diversidade incomum de ambientes. Acrescentamos à estrutura já existente três novos edifícios: um grande pavilhão para exibições, uma torre e um cinema”, explicou à época o arquiteto.

O edifício abriga um teatro para cinema, performances e palestras, um bar criado pelo cineasta Wes Anderson (de “O Grande Hotel Budapeste”), um centro para crianças e um espaço grande reservado para uma futura biblioteca. Na fachada uma surpresa: não há a logotipo da marca Prada. A CEO da empresa, Miuccia Prada, garante que conserva seu apoio às artes independente da grife de moda, por isso descartou o símbolo da marca na entrada da fundação.

O objetivo da fundação não é a de se tornar um museu, mas sim um espaço para manifestações artísticas de todos os formatos. Entretanto, o espaço abriga obras cedidas por 40 museus espalhados pelo mundo.

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Um passeio pela moda japonesa de Issey Miyake

A cultura japonesa é rica em todos os campos, mas é na moda que Issey Miyake mostra seu talento

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A cultura que vem do outro lado da terra tem Issey Miyake como maior representante no campo da moda, muito embora o designer não se considere um criador de moda e sim um produtor de roupas. O Blog AZ discorda… Issey Miyake cria tendências e tendências para lá de surpreendentes.

Miyake nasceu na cidade japonesa de Hiroshima, e logo após concluir sua formação acadêmica, em 1964, na Universidade Tama, Tóquio, aterrissou em Paris para estudar moda. Sua primeira experiência com uma maison de alta costura veio cedo. Mal tinha se acomodado na capital francesa e já foi chamado para contribuir com a grife Guy Laroche, para a qual passou a desenhar em 1966.

Antes do final da década de 1960, Issey Miyake trabalhou com a famosa Givenchy, até que decidiu voar para mais longe de sua terra natal: Nova York. Alí, Miyake foi se deixando influenciar pelo guarda-roupa que vinha das ruas. A moda deve servir aos homens e não o contrário, então a filosofia de liberdade despertou sua criatividade na criação de jeans e camisetas, e também para um estilo que surgiu através da combinação de roupas usadas.
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Em 1971 realizou seu primeiro desfile, mas não chegou a impressionar a comunidade fashion norte-americana. De volta a Paris, um seguindo desfile colocou Miyake no radar da moda mundial. Issey começou sua escalada mostrando uma moda com roupas superpostas. Suas peças envolviam o corpo feminino com leveza e uma dose extra de conforto.

Foi no final da década que a elite de vanguarda descobriu a beleza das criações de Miyake, que explorava texturas com forte influência oriental, mas que permitiam o uso dentro dos padrões ocidentais. Visionário, o designer sabe mesclar as culturas e os estilos.

Foi no final dos anos 1980 que o estilista introduziu um dos métodos mais presente em seu trabalho, pleating (plissado). O plissado permitiu a flexibilidade de movimentos e o conforto das roupas. Atualmente, as criações de Issey Miyake não são exclusividades de guarda-roupa. Ele desenvolveu fragrâncias e cria também peças de decoração, como luminárias e objetos de design – tudo bem próximo ao seu estilo inusitado.

Cidadão da moda e do mundo, Miyake dedica hoje seu trabalho à investigação na Fundação Issey Miyake, que pesquisa novos materiais e novas técnicas de vestuário. O designer entregou suas coleções a talentosos designers que continuam o trabalho deixado por ele. Seu império tornou-se uma multinacional multimilionária com lojas espalhadas pelas principais capitais do mundo.

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Japão em destaque

O Blog AZ fala um pouco mais da rica cultura japonesa na literatura, moda e arquitetura

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A comunidade japonesa já comemora mais de cem anos no Brasil, data que celebra a chegada do navio Kasato-Maru na cidade de Santos em 18 de junho de 1908, trazendo a primeira grande leva de imigrantes japoneses ao país. A cultura desse país tão distante já este bem presente no Brasil e outra onda que esta forte em terras tupiniquins é a sua literatura.

Ainda que no campo da arte a literatura se apresenta timidamente, os autores japoneses estão sendo publicados com frequência no Brasil. O Haruki Murakami é um destes e seus livros já são best seller no país. Os autores do outro lado do mundo escapam da monotonia misturando fantasia e realismo e conquistando o público.

O próprio Haruki Murakamim  foi favorito ao prêmio Nobel de literatura em 2012 e seu livro 1Q84 já vendeu mais de 5 milhões de cópias, 4 milhões apenas no Japão. Lá, a obra saiu como um folhetim, dividida em seis partes. No Brasil, são três volumes, todos na lista dos mais vendidos.
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Bom, não é apenas na literatura que o Japão dá o que falar. Alguns nomes do mundo da moda vêm dessa cultura tão distante e, ao mesmo tempo, tão próxima. Issey Miyake, Yohji Yamamoto, Rei Kawakubo são alguns que merecem destaque.

Em sua exuberante arquitetura, temos Kengo Kuma e Tadao Ando que nos apresentam uma estética que foge da nossa zona de conforto. Fora do que estamos acostumados, cada designer, estilista, autor e arquiteto nos mostra quão rica é a cultura japonesa.

Em homenagem ao Japão, ao dia do livro e à cultura de um país tão singular, o Blog AZ vai passar as próximas semanas falando um pouco mais de cada um desses artistas e suas áreas para mostrar como é feita a literatura, a arquitetura e a moda no Japão.

Vamos falar de moda e de Ronaldo Fraga

Ronaldo Fraga conquistou espaço na moda mundial por meio de suas traduções da cultura local

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Porque moda não se faz só na Champs-Elysée ou nas passarelas da Paris ou da New York Fashion Week. O Brasil está cheio de grandes talentos e Ronaldo Fraga é um deles. Ao contrário de muitos que tiveram alguma influência, Fraga simplesmente virou estilista. Nascido em Belo Horizonte, o mineiro sabia desenhar e usou suas habilidades para investir e vestir a moda.

Sem mãe costureira ou tia bordadeira, seguiu os caminhos habituais das cadeiras da faculdade e se formou estilista pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Seguiu para Nova York após ser o ganhador de um concurso da empresa Têxtil Santista e fez um curso de moda na Parson’s School.
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Sua carreira acadêmica seguiu mais algumas milhas até pousar em Londres. Na cidade europeia aprendeu chapelaria na Saint Martins e, junto com o irmão, abriu uma pequena produção de chapéus vendidos nas famosas feiras de Camden Town e Portobello.

As cores, os cortes e a costura: é nessa linha que trabalha Ronaldo Fraga. Suas coleções são conhecidas por levarem para as passarelas a cultura brasileira. O designer se inspira na arte popular e interpreta a cultura local para criar suas peças. Já foram temas de coleções a obra de Cândido Portinari, a caatinga brasileira e a arte nordestina.
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Longe de casa, o estilista brasileiro levou para as passarelas do Design Museum, em Londres, no último ano a coleção “Carne Seca ou um turista aprendiz em terra áspera”. Ao lado de marcas como Prada e Dior, a coleção de Fraga levou para o estrangeiro a diversidade da moda brasileira na exposição Designs of The Year 2014.

São por razões como essas que o trabalho de Ronaldo Fraga já cruzou fronteiras. Conhecido por suas belas traduções, para a linguagem da moda, da cultura brasileira o estilista representa o Brasil em diversos eventos pelo mundo. Seu estilo de estamparia, cores e ousadia o colocou no topo.
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