Protagonismo ambiental

Arquitetura sustentável é a bola da vez em um mundo onde respeitar o meio ambiente não é apenas moda, mas necessidade

Kuma

O Blog AZ não se cansa em falar sobre arquitetura sustentável, afinal, quanto mais falarmos sobre preservação do meio ambiente, mais as pessoas vão perceber a importância de se preservar o meio ambiente.

Destaque do Oscar 2016, Leonardo DiCaprio – predileto do público finalmente premiado pela academia – dedicou seu tão esperado discurso à natureza:

“Filmar O regresso teve a ver com a relação do homem com o mundo, que teve 2015 como seu ano mais quente da história. Nossa produção teve que ir ao extremo sul do planeta para encontrar neve. A mudança climática é real e está acontecendo agora mesmo. É a ameaça mais grave que a nossa espécie enfrenta. Temos que trabalhar coletivamente e parar de procrastinar. Temos que apoias os líderes do mundo, que não representam os poluidores e as grandes incorporações, mas sim toda humanidade”

Realmente não podemos mais ignorar a reação da natureza aos avanços tecnológicos que poluíram o meio ambiente principalmente nos três últimos séculos, e neste quesito uma das profissões mais importantes é a do arquiteto. Além de construir uma casa ou um edifício focado nos planos de menor impacto ambiental, os profissionais devem também pensar em como os impactos ambientais vão afetar menos suas obras.

O japonês Kengo Kuma conseguiu diminuir estes impactos. Após o tsunami de 2011 no Japão, que atingiu severamente algumas cidades da península de Oshika, um dos poucos prédios que não foram destruídos em Ishinomaki foi o Museu do Canal Kitakami, projetado por ele.

O profissional é um forte nome da arquitetura sustentável justamente por sua relação com a natureza. Ele resgatou técnicas antigas de construção e trabalha com barro e o bambu. Segundo o arquiteto, nas ultimas décadas os profissionais abandonaram a madeira e começaram a trabalhar apenas com o aço – o que afasta ainda mais o homem da natureza.

No caso de seu projeto em Ishinomaki, um vão de um metro protegeu a construção da fúria da água. “Não podemos nos opor à natureza, somente respeitá-la”, disse sobre seu trabalho. “Nós envolvemos a moldura de madeira com uma membrana de poliéster. A parte interna é coberta com um tecido removível de fibra de vidro. Entre as duas membranas está um isolante de poliéster, feito com garras PET recicladas”, explicou ao site TreeHugger.

Foi respeitando a natureza que Kuma passou a relembrar a arquitetura o que a industrialização a fez perder. Um trabalho destaque desse seu estilo foi uma construção inteira no barro. Assim como o japonês, outros jovens talentos estão mostrando ao mundo como criar sem ferir o meio ambiente.

E se as árvores pudessem falar?

O Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) promove ação de conscientização sobre o impacto ambiental dando “vida” às árvores da cidade de São Paulo

Árvore que sente
Quem disse que decoração se faz apenas com móveis? E quem disse que design se faz sem responsabilidade ambiental? O Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), em parceria com o Young&Rubicam, achou um jeito divertido de chamar a atenção dos desatentos ao impacto ambiental e de uma forma bem decorativa. A partir da última quarta-feira (19), as árvores das proximidades do elevado Costa e Silva, o Minhocão, receberam projeções em 3D e ganharam vida.

O objetivo de dar vida para a natureza é fazer com que os que mais sofrem com o impacto ambiental tenham o “poder” de dizer o que sentem. As “Árvores que Sentem” demonstram diferentes expressões faciais de acordo com os índices de poluição local, fornecidos pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Isso por que são projetados sobre suas folhagens sete vídeos em 3D com diferentes imagens expressivas.
Árvore que sente Feliz Árvore que sente Contrariada

A ação do Instituto IPE visa promover a Semana Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas. Se aumentarem os índices de ozônio, a árvore ganhará um semblante de quem grita ou tosse. Se chover e a qualidade do ar melhorar, ela irá sorrir prazerosamente.

A capital paulista tem uma das maiores frotas de carro do mundo e despeja toneladas de poluentes na atmosfera. De acordo com o IPÊ, a esperança é que ao mostrar como uma árvore se sente em relação a tudo isso, as pessoas se sensibilizem. “Ao direcionar nosso olhar para entender como as árvores se sentem, alertamos não só para a qualidade do ar da cidade, mas para mudanças climáticas resultantes de um modelo de vida que está levando ao esgotamento dos recursos naturais”, explicou Andréa Peçanha, Gerente de Desenvolvimento Institucional do IPÊ. Vamos nos sensibilizar?

Árvore que sente cansada Árvore que sente 1