O que o design pode fazer pelo mundo?

Com essa temática, a primeira edição da Bienal de Design de Londres abre suas portas com a participação de mais de 30 países

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Como será o futuro daqui a 500 anos? E como seria um futuro ideal? Há 500 anos o autor Tomas Morus criou Utopia, a sociedade ideal em seu livro homônimo. Utopia, que significa o “não lugar”, é o livro onde o personagem, alter-ego de Morus, descreve duas realidades opostas, uma era a Inglaterra em que vivia e a outra, a Inglaterra que queria viver – um lugar de paz e tolerância.

Para comemorar os 500 anos dessa obra, Christopher Turner dirigiu a primeira Bienal de Design para mostrar qual o papel do design na construção de um futuro melhor, ainda que a utopia seja inatingível. A exposição abriu suas portas para o público no mesmo dia que a Bienal de São Paulo, 7 de setembro, e segue até o dia 27.
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A mostra reúne projetos de 37 países, que pretendem provocar o debate acerca de temas como o futuro, as mazelas, a poluição, a escassez de água e a migração populacional. Albânia, Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Bahrein, Bélgica, Chile, Croácia, Estados Unidos, França, Grécia, Holanda, Índia, Indonésia, Israel, Itália, Japão, Coréia do Sul, Líbano, México, Nigéria, Noruega, Paquiistão, Palestina, Polônia, Portugal, Rússia, África do Sul, Suécia, Suíça, Tunísia, Turquia e Reino Unido são alguns dos países que se unem para falar do presente e repensar o futuro.

A organização acredita que a Utopia by Design, nome da mostra 2016, marca o início de um evento que entrará para o calendário cultural mundial. O potencial das cidades modelo (projeto do México) ou cidades flutuantes como resposta para os problemas de inundação (projeto da Nigéria) são exemplos do que está em cartaz no histórico Somerset House.

A África do Sul cria um cenário (utópico) de fraternidade entre os homens e os animais, enquanto a Grécia retrata os atuais movimentos populacionais. Israel apresenta projeto onde ajuda de primeiros socorros podem ser lançados de paraquedas sobre zonas de desastres e guerra.

Assim como no libro de Tomas Morus, o presente indesejado é mostrado ao lado de um futuro ideal. Enquanto alguns países pensaram no futuro, outros tentam salvar o presente com seus projetos e ideias.

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Sobsolo londrino

Londres abre para visitação seus corredores subterrâneos, usados como abrigos anti-bomba durante a Segunda Guerra Mundial

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“Vamos atravessar vales sombrios e perigosos pra chegar à luz do dia mais brilhante que a humanidade já conheceu”. Foi com essas palavras que o então primeiro-ministro inglês Winston Churchil reabriu as portas da cidade londrina para grande parte de sua população escondida no subsolo dos metros da cidade após a Segunda Guerra Mundial.

O ‘cortiço’ subterrâneo inglês começou a ser construído no início da década de 1940, à medida que os militares nazistas destruíam a cidade. E Londres vinha sendo devorada em ritmo acelerado, já que os alemães protagonizavam cerca de cem ataques de bombas por dia na capital inglesa.

Churchil abrigou grande parte da população inglesa que vivia na capital dentro dos esconderijos subterrâneos e, após o fim da guerra, eles ficaram escondidos atrás dos trilhos do metro mais antigo da história. Neste mês, a capital da Inglaterra incluiu os corredores subterrâneos nas atrações turísticas de Londres e abre o espaço como uma espécie de museu.

Agora, são feitas visitas guiadas para contar a história dos túneis e da guerra até o abandono do abrigo, na década de 1970. Os corredores alcançaram 180 degraus abaixo da calçada com mais de 30 metros de profundidade, o que equivale a um prédio de oito andares invertido. Mas a profundidade não impediu que os ataques fizessem suas vítimas: foram 56 em um único bombardeio em janeiro de 1941.

Historiadores contam que o subterrâneo de Londres se transformou em uma pequena cidade, eles tinham camas pra oito mil pessoas só no espaço onde hoje é o museu e algumas famílias desciam com seus próprios colchões. Quem entrava recebia um número que indicava o lugar pra dormir.

A extensão dos túneis londrinos é tão grande que o museu não foi a única alternativa usada para aproveitas o que antes foi a moradia dos que se escondiam das bombas nazistas. Recentemente, outro espaço subterrâneo – nas imediações da estação de Claptham – foi transformado pelo grupo Growing Underground em uma fazenda.

A luz da estação foi substituída por lâmpadas de LED alimentadas por energia verde. Lá eles cultivam ervas, folhas e legumes fornecidos para restaurantes da cidade. O projeto custou ao grupo 750 mil libras. Outro abrigo subterrâneo da estação Clapham Common se transformará em um café.

O novo museu subterrâneo será administrado pele Museu de Transportes de Londres e incluí tours por locais inusitados da cidade. A verba arrecadada com a atração será convertida em melhorias para o transporte público da cidade.

Clink78 Hostel, Londres

Mais um hostel design para a lista de acomodações baratas, elegantes e cheias de charme do Blog AZ

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Quem vai a Londres não espera nada menos que acomodações vitorianas, então o Clink78 Hostel uniu a arquitetura à la rainha do prédio onde está localizado – antigo tribunal de 200 anos de idade – com um design de interiores elegante e despojado. Aliás, elegância e criatividade são palavras de ordem quando a missão é decorar um albergue.

O Clink78 Hostel foi construído na Zona 1 de Londres, próximo da King`s Cross e da St Pancras Station, com capacidade para receber até 700 pessoas. Ele faz parte Clink Hostel que além do Clink78 também possui em sua rede o Clink261, com título de hostel boutique. O Clink261 é a mistura entre o que há de chic e moderno no leste de Londres com o conforto antiquado tipicamente britânico.
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O design interno do Clink78 fantasia o estilo vitoriado de traços contemporâneos. Com muita cor, claro!! Eles utilizaram os traços do estilo da rainha aproveitado da arquitetura do edifício e valorizaram seus detalhes com muita cor. O bar do alberque, ClashBar, possui licença para operar até altas horas, com entretenimento e música, então seu estilo combina com o conceito despojado dos hostels design.

Clink78 oferece uma gama de acomodação de albergue, mas a atenção é toda voltada para a Cela de Prisão. Como o lugar foi construído em um antigo tribunal, os quartos apelidados de Cela de Prisão (duplo ou solitário) foram ambientes renovados que antes eram utilizados por criminosos verdadeiros. O espaço foi listado como Patrimônio Histórico Inglês, com características originais da prisão: tamanho pequeno, porta de metal pesada com escotilha, janela com grade, banco e vaso sanitário de aço (não mais utilizado).

Cela de Prisão

Cela de Prisão

Além desses, o Clink78 oferece dormitórios mistos – entre quatro e 16 camas – femininos e femininos luxo. Os preços variam de acordo com a temporada, mas os quartos podem ser reservados por diárias a partir de apenas £10 por noite.

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