“Uma bag, 10 dias e uma ideia para compartilhar com o mundo”: é com esse slogan que funciona o projeto criado pela jornalista goiana Luciana Nunes. Continuando a série de reportagens do Blog AZ sobre economia criativa, a moda é um terreno fértil para que boas ideias façam nascer novos negócios, como o de Luciana.
Batizada de Lucid Bag, o projeto de moda compartilhada e sustentável se lançou como um estímulo à mudança de hábito no consumo. A ideia é simples e ao mesmo tempo muito criativa. A Lucid Bag consiste em um rodízio de empréstimo de roupas.
No lugar de sempre comprar novas roupas, a pessoa procura a Lucid Bag, por meio de sua página online, e escolhe um kit de moda que melhor se adeque a situação de uso desejada, como festa, trabalho ou uso para o dia-a-dia. São três opções de kits nos preços de R$50, R$150 e R$300 reais que variam de acordo com o quão especial são as peças a serem emprestadas.
O empréstimo das bags dura o prazo de dez dias contendo de cinco a dez produtos que serão enviados pelo projeto Lucid Bag. Antes de enviar a Bag, as meninas envolvidas no projeto avaliam o evento para o qual a bag está sendo contratada, bem como o estilo de roupas que a cliente utiliza através de seu perfil nas redes sociais.
A locação é feita por meio de um contrato enviado por email contendo os valores das peças que deverão ser pagas às respectivas proprietárias, caso elas sofram algum dano irreversível. A missão por traz da criatividade é incentivar as pessoas a se ajudarem e colocar de volta no mercado peças que ficam paradas no guarda-roupas por falta de ocasião de uso.
As bags podem ser entregues por correio ou pelas mãos da própria Luciana, que ao estilo sustentável, leva as roupas para suas futuras donas temporárias de bicicleta pelas cidades de São Paulo – onde mora atualmente.
O projeto Lucid Bag não é o único no mundo visando desestimular o consumo desenfreado no mercado da moda – principalmente na moda feminina. Quatro amigas holandesas se uniram e inventaram uma “biblioteca fashion” chamada LENA. O objetivo do grupo é compartilhar roupas e conscientizar as pessoas para o consumo sustentável.
A biblioteca fashion de Amsterdã se parece com uma locadora de livros ou filmes. Para ser sócio, é preciso pagar uma mensalidade que permite pegar emprestado um determinado número de peças por um período determinado, com um sistema de pontuação acumulada na carteirinha da sociedade. A ideia é driblar o consumismo sem sacrificar a variedade do guarda-roupas. E você, “me empresta”?