Jardim dos Jasmins

Casa Cor Goiás: o arquiteto paisagista João Paulo Florentino assina o espaço Jardim dos Jasmins na mostra 2016

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João Paulo Florentino não consegue participar de uma Casa Cor sem encantar com os seus projetos. Para os amantes dos jardins, seu espaço é destaque. Este ano o arquiteto paisagista assina um ambiente em sua quarta edição na mostra Casa Cor Goiás e cuida do Jardim dos Jasmins, de 104m².

O nome realmente faz jus ao ambiente, o jardim é mesmo o mais belo deles com seus jasmins. O mestre em paisagismo e arquiteto entende a importância dos elementos da natureza para decorar um espaço como aquele, então a aproveitou o poder das árvores e as sensações que a água traz.

A “mágica da arquitetura” ficou por conta das árvores e das espécies vegetais utilizadas no projeto. O jasmim foi o protagonista dessa escolha, já que é bastante conhecido por sua forma poética e beleza escultórica.

João Paulo tem experiência em criar cenários naturais. O Jardim dos Jasmins ressalta a importância de se buscar a proximidade com a natureza em meio aos espaços construídos, uma espécie de reduto de paz.

No traçado do jardim aplicaram-se dois estilos distintos, sendo o primeiro deles a topiaria, que molda a vegetação em formatos geométricos, criando um mosaico vegetal de fácil compreensão.  O segundo trata-se da sucessão natural, inspirado no grande horticultor Piet Oudolf, que permite à natureza revelar-se de forma espontânea, diminuindo as interferências humanas no ambiente e consequentemente a necessidade de manutenção.

No centro, um pergolado metálico dá a ideia de que o ambiente é, na verdade, uma espécie de sala de estar ao ar livre. A sua grande novidade é a utilização do teto verde vegetado na cobertura. Essa solução cria uma estratégia de sustentabilidade que pode ser aplicada na escala urbana, capaz de fornecer melhoria no conforto térmico no interior das construções e ainda transformar coberturas em espaços habitáveis.

A escolha dos móveis foi a finalização certeira que o espaço precisava. João Paulo aproveitou-se do estilo out da Tidelli móveis e o combinou com o balanço Arupemba, de Sérgio Matos – tudo escolhido no Armazém da Decoração. “A Casa Cor acaba sendo um momento de interação profissional e uma oportunidade do arquiteto e do designer mostrar sua criatividade”, explicou o paisagista. Bom, podemos concluir que ele foi bem sucedido em seu ambiente e conseguiu mostrar, mais uma vez, toda a sua criatividade.

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Fotos: Marcus Camargo

As plantas do Brasil

O design brasileiro ganha força com o projeto de João Paulo Florentino para o Jardim da Casa Cor 2015

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Moramos em um país onde o próprio nome se remete à vegetação, então para trazer a brasilidade para dentro de um jardim, o veterano de Casa Cor João Paulo Florentino apostou no que a flora brasileira tem de melhor. A aposta deu certo. Em sua terceira participação na mostra goiana, o arquiteto paisagista desenvolveu um ambiente simples, belo e muito acolhedor.

O jardim do Brasil possui 63 m² e foi inspirado na brasilidade do paisagismo nacional, revelado no início dos anos 1960 por Roberto Burle Marx e continua a ser descoberta a cada novo projeto, como no de João. Segundo o arquiteto, o jardim contemporâneo possui uma forte influência do paisagismo europeu, por isso trazer a brasilidade para o ambiente não foi tarefa fácil.

“Fizemos um passeio pelo estudo da vegetação brasileira até encontrar as plantas que trouxemos para a Casa esse ano”, contou João. A mistura da vegetação possibilitou que João recriasse um cenário natural no espaço reservado para o jardim esse ano. As cores, neutras, compuseram o ambiente para combinar com a vegetação e os móveis complementaram de forma harmoniosa a escolha cuidadosa de tudo que compôs o espaço.

O arquiteto explicou que o projeto debruçou em três linguagens distintas. A primeira delas foi a linguagem da vegetação, claro. As plantas de climas tropicais foram selecionadas com diferentes tipos de folhagem e colorações vibrantes. A cascata colocada num espelho d´água em uma das pontas do ambiente conseguiu ressaltar a exuberância de cada planta que compôs o jardim, recriando uma natureza aberta dentro de uma casa.

A segunda linguagem é a dos materiais e texturas em que a escolha de pisos e revestimentos foi norteada para imprimir características de rusticidade e heterogeneidade ao ambiente. Entretanto, foi a terceira linguagem que recebeu um toque AZ.

A terceira linguagem é a do mobiliário e iluminação, cujos materiais de fabricação refletem a homenagem do espaço à cultura brasileira. A Poltrona Astúria, de Carlos Motta, projetada em madeira de Itaúba com pés de balanço, é o toque final na força do design brasileiro dentro do ambiente de João Paulo Florentino.

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Texto: Bárbara Alves
Fotos: Marcus Camargo

Jardim das Memórias

O arquiteto e paisagista João Paulo Florentino, em sua segunda participação na Casa Cor Goiás, retornou às raízes com o jardim das memórias

Jardim das Memórias - João Paulo Florentino

Jardim das Memórias – João Paulo Florentino

O arquiteto, urbanista e mestre em paisagismo João Paulo Florentino foi o responsável por desenvolver o Jardim na Casa Cor Goiás em um espaço de 88 metros quadrados e idealizou o projeto com o objetivo de trazer ao homem suas memórias mais primitivas. No segundo ano de participação na mostra, o arquiteto lançou mão das formas alternativas de apropriação do meio natural. “A ideia era criar um ambiente que lembrasse lugares aconchegantes e harmônicos, como casa de avó”, explicou o paisagista em entrevista para o Blog AZ.

O Jardim, apelidado de Jardim das Memórias, foi moldado com todas as características necessárias para que o homem retome o relacionamento com a paisagem mesmo morando em uma metrópole. A vegetação simples de baixa manutenção, o manejo de água e iluminação harmoniosa foram estrategicamente pensados para trazer ao espectador memórias repletas de bons momentos.

O ambiente foi dividido em combinação de cores e contrastes para brincar com a percepção humana de cromatismos, em que o olhar humano é atraído para agrupamentos de texturas e cores. Assim, os tons amadeirados seguem a linha do o piso Toscana da Castelatto escuro criando uma proposta de rusticidade combinada lembrando a tonalidade dos solos encontrados na natureza. Ao fundo, o projeto de um pergolado mobiliado cria um ambiente de descanso e nele duas poltronas na cor amarela – peças exclusivas do Armazém da Decoração – se destacam da predominância da madeira.

A proposta rústica é completada pela escolha da vegetação. O paisagista selecionou uma variedade de plantas que remetem às antigas tradições dos quintais do fundo de casa, porém com elegância e aconchego. Remontando mais uma vez as tradições vegetais, João Paulo não se esqueceu de trazer o cultivo de hortas domésticas para seu ambiente. Ele criou uma bancada de estrutura metálica e pedra arenito, em que se apoiam os pequenos recipientes de cultivo.

Para o arquiteto, a mostra é uma oportunidade de mostrar seu trabalho. “A Casa Cor acaba sendo um momento de interação profissional e uma oportunidade do arquiteto e do designer mostrar sua criatividade”, explicou João Paulo. Na mostra de 2014 João comprovou que sua criatividade pode criar ambientes aconchegantes e elegantes ao mesmo tempo.

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Fotos: Marcus Camargo