Infinito particular de Oscar Oiwa

O arquiteto e artista Oscar Oiwa expõe sua obra na Japan House, em São Paulo

O mundo particular e fantástico de Oscar Oiwa – que mais parecem imitações surrealistas dos jardins japoneses – pode receber visitação a partir da próxima terça-feira (3) na Japan House, em São Paulo. O artista brasileiro de descendência japonesa expõe três telas: The Dream of the Sleeping World (2009), After Midnight (2010) e Invisible Sea (2010) e também a instalação Paraíso, feita dentro de um balão inflável em material vinilico com um desenho em 360 graus de uma paisagem projetada.

Oscar Oiwa é arquiteto, formado pela Universidade de São Paulo (USP), dedicado às artes. Possui obras em importantes acervos como do The National Museum of Modern Art, Museum of Contemporary Art, ambos de Tóquio, o Phoenix Museum of Art, o Prince Albert II of Monaco Foundation, entre outros. Oiwa se mudou para Tóquio, nos anos 1990, onde viveu por 11 anos.

A exposição Oscar Oiwa no Paraíso – Desenhando o Efêmero é um pouco do Japão no Brasil. Os visitantes são convidados a tirar os sapatos e caminhar no meio de suas obras e instalações artísticas – para que os visitantes virem parte do desenho. Segundo o artista, o projeto visa tirar as pessoas do meio das metrópoles para que elas se desliguem do excesso de informações que recebem nas ruas e façam parte de sua obra.

Oscar Oiwa no Paraíso – Desenhando o Efêmero
Onde: Japan House – Avenida Paulista, 52 (Piso Térreo)
Quando: 03 de abril – das 11h, às 13h e às 19h
Vagas limitadas.
As senhas estarão disponíveis para retirada na recepção uma hora antes de cada sessão.

Tradição e futuro se unem na Japan House

Avenida paulista agora abriga uma das três Japan House espalhadas no mundo

Na semana passada, quando divulgamos a chegada ao Brasil de Kengo Kuma, anunciamos o mágico, mas nos esquecemos de falar de sua magia. Kengo Kuma possui projetos espalhados em todo o mundo, inclusive em terras tupiniquins. Entretanto, sua última obra no Brasil merece um destaque especial.

Estamos falando da Japan House, inaugurada em maio deste ano.  A casa japonesa é um centro cultural criado pelo governo japonês no coração de São Paulo – a avenida paulista – como um ponto de difusão de todos os elementos da rica e genuína cultura japonesa para a comunidade internacional.

A Japan House brasileira não está sozinha. É que São Paulo foi apenas uma das três cidades escolhidas para abrigar a casa que carrega a importante missão de dialogar a cultura japonesa com o resto do mundo. Japan House também pode ser encontrada em Londres, na Inglaterra, e Los Angeles, nos Estados Unidos.

A ideia da Japan House foi colocar tradição lado a lado com o futuro. No quesito arquitetura, o futuro não só esteve ao lado da tradição, mas se misturou com ela. Kengo Kuma aproveitou a madeira – seu material favorito – para criar um ambiente que é, ao mesmo tempo, a ideia do que foi com a perspectiva do que será. Explicando: madeira é um dos materiais mais usados na arquitetura japonesa, mas nas mãos de Kuma, acabou ganhando um design irreverente.

Kengo Kuma: life outside the box

Kengo Kuma chega ao Brasil para abrir exposição que apresenta seu trabalho na Japan House, “Eterno efêmero”

Kengo Kuma, o nome que dará vida à próxima Olimpíada de Tóquio, chegou ao Brasil para a abertura de uma exposição que mostra seu trabalho na casa por ele desenvolvida: a Japan House, na avenida paulista. “Não somos mais restritos à vida dentro de uma caixa. Caixas são entediantes e reduzem nossas possibilidades”, defende ele. Talvez por ele pensar assim, que a exposição foi batizada de “Eterno efêmero”.

Kuma nasceu em Yokohama, Japão, e formou-se em arquitetura pela Universidade de Tóquio. Mais tarde, mudou-se para os Estados Unidos, onde continuou seus estudos na Universidade de Colúmbia, em Nova York. Atualmente, Kuma dirige seu escritório de arquitetura Kengo Kuma & Associates (KKAA) com sede em Tóquio e Paris, além de trabalhar como professor na Escola de Pós-Graduação de Arquitetura de Tóquio.

Kuma defende que cimento e tijolo são matérias privas do século passado e que a arquitetura precisa trabalhar e aproveitar mais a madeira. É que a madeira é forte em seus trabalhos. Essa tendência vem do hábito japonês de aproveitar os recursos naturais tanto na área externa como interna. Como resultado, temos um dos um dos arquitetos mais inventivos do Japão.

A essência de seu trabalho está em utilizar a tradição construtiva japonesa como base para um desenho contemporâneo e inovador. O uso marcante do espaço diáfano, da luz natural, dos elementos orgânicos e das técnicas artesanais dão às suas construções uma personalidade fortíssima e serão tema de “Eterno efêmero”, que ocorre entre 18 de julho a 10 de setembro de 2017.

A mostra apresentar outros aspectos de sua produção criativa, que vai além da arquitetura convencional com um extenso trabalho de intervenções e de arquitetura efêmera (pavilhões, esculturas, demarcadores de espaço e módulos de pensamento construtivo).Fuan, uma casa de chá conceitual criada com balões, tecidos e gás hélio, traz a alma do artista à tona; já Tsumiki, uma obra construída em parceria com o músico Ryūichi Sakamoto, oferece um modelo construtivo, que incita a liberdade criativa das pessoas.