Arquiteto holandês constrói edifício com fachada de emoji

O holandês Changiz Tehrani constrói edifício com fachada de emoji

De onde vem a criatividade? Como nascem as ideias? São perguntas feitas com o anseio de quem pretende, como resposta, uma direção quase de autoajuda. Impossível! A criatividade vem do homem que se inspira no mundo ao seu redor. Mas e quando o mundo ao seu redor deixa de ser apenas físico e se torna também tecnológico, a inspiração pode vir de onde menos se espera, como de um emoji que serviu de inspiração para um arquiteto.

Pareço louca? Já explico sem muitas delongas: o arquiteto Changiz Tehrani, do estúdio holandês Attika Architekten, reproduziu dezenas de “carinhas” – desenhos conhecidos por emoji – por toda a fachada de um edifício. As imagens do prédio viralizaram pelas redes sociais e Tehrani recebeu muitas criticas pela ousadia, mas o arquiteto comemora sua criatividade.

Segundo ele, a ideia era construir uma arquitetura que remetesse ao seu tempo, assim como foi feita em várias passagens da história antiga – da antiguidade clássica, como no Egito, até os anos áureos da Idade Média.  “Na arquitetura antiga eles usavam coroas de reis ou outros pequenos detalhes nas fachadas”, disse Tehrani ao site de tecnologia The Verge. “Pensamos em que poderíamos usar como ornamento para que quando você olhar o prédio em 10 ou 20 anos, você possa dizer: ‘Ei, isso é daquele ano!’”, concluiu o arquiteto.

O fato de emojis não serem uma representação com garantia de permanência – já que podem cair no desuso com a mesma rapidez que conquistaram os internautas – não incomodou o estúdio. Para Tehrani o importante é que o prédio agora representa um momento da nossa história. A equipe escolheu 22 tipos diferentes de emoji e os transformaram em plataforma para lançar em concreto. Não deve ter sido uma escolha fácil, já que atualmente contamos com mais de mil emojis disponíveis em nossas redes sociais.

Fim do casamento, separação das casas

Escritório de arquitetura holandês OBA, desenvolve projeto de casas que se separam no caso do divórcio de seus donos

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Separar as escovas de dente não é um processo emocionalmente fácil, agora um escritório de arquitetura bolou um projeto que transforma o divórcio em uma separação literalmente física: a separação da casa. O projeto foi desenvolvido pelo estúdio holandês OBA para acabar com a discussão de quem sai e quem fica com a casa após o término conjugal. Se o casal comprar uma casa contanto com a possibilidade de não serem “felizes para sempre”, o rompimento será um pouco menos traumático.

Segundo o IBGE, são homologados mais de 300 mil divórcios por ano no Brasil, um quantitativo que revelou que o número de divórcios no país cresceu mais de 160% na última década. Na Holanda não é diferente. Os arquitetos ficaram mexidos com a divulgação de um estudo mostrando que o divórcio está cada vez mais comum nos Países Baixos. A solução arquitetônica possível para esta nova realidade recebeu o nome de Prenuptial Housing.

O projeto é de uma casa flutuante composta de dois módulos separados.  “Quando o relacionamento está acabando, a casa se divide-se em duas e os módulos se distanciam”, conta Omar Kbiri, um dos criadores da ideia. Na realidade, trata-se de uma residência composta de duas unidades autônomas de fibra de carbono. Como uma espécie de lego, elas podem ser reunidas quando fabricadas e separadas sempre que se desejar.

Segundo Xander den Duijn, também criador do projeto, a separação das casas pode ser feita sem ferramenta já que é construída em bloco. As primeiras unidades estão programadas para serem entregues em 2017.