Art Basel Miami expõe obras de Hélio Oiticica

Entre os dias 7 e 10 de dezembro a 48ª edição da Art Basel Beach expões obras de grandes nomes da arte moderna, Helio Oiticica entre eles

Um show de arte na beira da praia todo mês de dezembro se tornou, ao longo dos últimos 48 anos, uma das principais atrações do calendário mundial. As principais galerias das américas, Europa, Ásia e África mostram o significativo trabalhos dos mestres da arte moderna e contemporânea e, ainda, os promissores artistas do futuro.

Este ano a Art Basel Beach, em Miami, será realizada entre os dias 7 e 10 de dezembro em toda a cidade, especialmente no Design District. O Brasil sempre marcou presença, seja pelas galerias mais importantes, ou por nossos artistas mais balados. Este ano quem tem presença garantida são as obra de Hélio Oiticica.

Hélio Oiticica morreu em 1980 e foi um dos principais nomes do movimento neoconcretista brasileiro. O artista iniciou seus estudos formais ainda menino em Nova York, e se apaixonou pelos encantos e desencantos da Big Apple – viveu de um delírio utópico de um dia poder juntar a cidade com seu país no continente vizinho. Lá conviveu com grandes nomes da cultura nova-iorquina como Yoko Ono e Andy Warhol. É que em 1971, Hélio partiu do Brasil ditadura para um exílio voluntário em Nova York.

A Galeria Lelong, que atua em Paris e Nova York, é a responsável por levar o trabalho do concretista à feira. Obras raras de Oiticica desenvolvidas junto ao Grupo Frente serão expostas no balneário norte-americano no mesmo ano que o país recebeu uma retrospectiva com 150 obras do artista.

Durante seus anos em Babilônio – como ele costumava chamar a cidade de Nova York – Oiticica fez curtas-metragens e se dedicou principalmente à escrita. Seu interesse por novas mídias e pelo rompimento com o concretismo fez com que Hélio difundisse em seus trabalhos, como em “Tropicália”, a ideia de que arte não é uma contemplação estática da tela, mas uma interação com seu espectador. Parte de seu trabalho foi realizada em parceria com os neoconcretistas do Rio de Janeiro, como Lygia Clark. Juntos formaram o Grupo Frente e encontraram a abstração geométrica e a experimentação artística.

“Para se organizar o delírio” em cartaz em Nova York

Em retrospectiva do neoconcretismo de Hélio Oiticica, Whitney Museum abre mostra com 150 obras do brasileiro em Nova York

Não é de hoje que os brasileiros se destacam em Nova York. O artista da vez é Hélio Oiticica (1937-1980), que está com 150 trabalhos seus expostos no Whitney Museum na mostra “To organize delirium” (ou, em um bom português, “Para se organizar o delírio”). Estão em cartaz obras com pintura e desenho realizadas a partir de estudos geométricos do neoconcretismo da década de 1950.

O movimento neoconcretista brasileiro ganhou as paredes dos museus norte-americanos com exposições dedicadas às obras de Lygia Pape e agora com a retrospectiva do trabalho de Oiticica, que roda o país em turnê desde o início deste ano. Em Nova York a mostra ganha um reforço sentimental representado pela relação íntima que o artista tinha com a cidade.

Oiticica, que iniciou seus estudos formais ainda menino em Nova York, foi apaixonado pelos encantos e desencantos da Big Apple.  Vivia de um delírio utópico de um dia poder juntar a cidade com seu continente vizinho e passou sua juventude vivendo da cultura nova-iorquina representada por nomes como Yoko Ono, John Lennon e, claro, Andy Warhol. É que em 1971, Hélio partiu do Brasil ditadura para um exílio voluntário em Nova York, cidade que já havia morado quando criança.

Durante seus anos em Babilônio – como ele costumava chamar a cidade de Nova York – Oiticica fez curtas-metragens e se dedicou principalmente à escrita. Sua ideia era escrever um livro, “Newyorkaises e Conglomerado”, que acabou nunca sendo finalizado – mais tarde César Oiticica Filho e Frederico Coelho concluíram um livro sobre o trabalho de Hélio contendo grande do material produzido por ele em seu tempo nos Estados Unidos.

Seu interesse por novas mídias e pelo rompimento com o concretismo fez com que Hélio difundisse em seus trabalhos, como em “Tropicália”, a ideia de que arte não é uma contemplação estática da tela, mas uma interação com seu espectador. Parte de seu trabalho foi realizada em parceria com os neoconcretistas do Rio de Janeiro, como Lygia Clark. Juntos formaram o Grupo Frente e encontraram a abstração geométrica e a experimentação artística.

Hélio Oiticica em retrato da época que viveu em Nova York, assunto de retrospectiva do artista no Museu Whitney, em Nova York