Pedro Gadanho: arquiteto do todo

Pedro Gadanho vem da geração dos novos arquitetos que encaram a arquitetura como um todo

Pedro Gadanho
Arquiteto do todo, o português Pedro Gadanho faz parte da linha de profissionais que se concentrou naquilo que está além das obras e construções. Arquiteto, curador e professor, Gadanho fez nome preocupado em trazer sua profissão para o centro com o debate público e apresentar soluções para os problemas da cidade.

Graduado na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), Pedro começou sua vida profissional em um atelier em Portugal. Terminou seu mestrado e dividiu os mais de 20 anos de carreira entre dar aulas e pensar a arquitetura de forma a contribuir com a sociedade.

Dedicou grande parte da sua atenção para a reabilitação de edifícios prontos no que define como uma atitude política. Entre levantar novas construções e reaproveitar as tantas que a Europa já possui, o arquiteto defende a política da renovação.

Em 2011 foi nomeado curador do Museu de Arte Moderna (MoMa) para atuar à frente do Departamento de Arquitetura Contemporânea e Design, e se despediu de Nova York em meados deste ano para assumir a curadoria do novo museu da Fundação EDP, em Lisboa, previsto para abrir suas postas entre julho e setembro de 2016.

O arquiteto se disse excitado em trocar uma das mais importantes instituições culturais do mundo pelo Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) de Lisboa. Ao se pronunciar a respeito de sua volta para a Europa, Pedro destacou a importância de seus anos em Nova York. “Fiz uma série de exposições relevantes, foi uma experiência muito importante”, explicou.

Localizado nas margens do Rio Tejo, o museu toma o lugar do que antes era o Museu da Eletricidade e Gadanho espera aproveitar suas instalações para abordar a relação da arte com as novas tecnologias.

Embora o museu ainda esteja de portas fechadas, Gadanho já assumiu suas funções como curador e trabalha no projeto que vai contar com diferentes salas de exposições, um serviço educativo, reservas de arte, auditório, espaços para residências artísticas e um restaurante.

O trabalho como curador surgiu de seu interesse pela arte. O arquiteto foi sempre ligado às manifestações artísticas e viu no trabalho a frente do Departamento de Arquitetura Contemporânea e Design do MoMa, e agora na Fundação EDP, uma possibilidade de unir suas duas paixões.

Foto: Paulo Pimenta / Divulgação