150 anos de Frank Lloyd Wright

MoMA cria exposição inteiramente dedicada às obras de Frank Lloyd Wright para comemorar seus 150 anos

Unity Temple, em Illinois

O legado deixado por Frank Lloyd Wright não é pequeno. Não só em termos de quantidade, mas também de importância. O arquiteto é um dos grandes nomes do seguimento no mundo e conquistou esta posição em razão de um trabalho modernos feitos dentro da lógica da arquitetura orgânica.

O título de pai da arquitetura do século 20 fez com que o trabalho de Wright jamais passasse em branco, por isto, no mês que Frank Lloyd Wright completaria 150 anos, o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) criou uma exposição inteiramente dedicada às suas obras: Frank Lloyd Wright at 150: Unpacking the Archieve.

A exposição reúne arquivo elaborado pela Universidade de Columbia em 2012 com as principais obras do arquiteto, bem como seus trabalhos menos conhecidos. A mostra, em cartaz desde o dia 12 de junho, conta com aproximadamente 450 obras de todas as fases da carreira de Wright, incluindo desenhos de arquitetura, modelos, maquetes construtivas, filmes, aparições em programas de televisão, mídia impressa, mobiliário, tecidos, pinturas, fotografias e anotações.

Frank Lloyd Wright foi o pai da arquitetura orgânica, movimento que trabalha a arquitetura com organismos vivos. Para o arquiteto estadunidense, o vazio é o ponto culminante da arquitetura, já que é no vazio das paredes que vivemos. Na arquitetura orgânica, uma casa deve nascer para atender às necessidades das pessoas como se realmente fosse um organismo vivo.

O trabalho de Wright representa uma importante parte da história da arquitetura mundial, por isto dez de suas construções  receberam o status de Patrimônio Mundial da Unesco, ato que impõe a obrigação de preservação das obras.

O incrível vazio de Lloyd Wright

Wright projetou, na década de 50, um de seus trabalhos mais espetaculares, as mansões da Ilha particular de Petra, criando um verdadeiro paraíso na terra

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Organismo é tudo aquilo que tem vida e vida é a palavra de ordem para os profissionais da arquitetura orgânica. Pai desse movimento, Frank Lloyd Wright trabalhava no vazio de suas obras. Para o arquiteto estadunidense, o vazio é o ponto culminante da arquitetura, já que é no vazio das paredes que vivemos. Na arquitetura orgânica, uma casa deve nascer para atender às necessidades das pessoas como se realmente fosse um organismo vivo.

O famoso arquiteto americano de ascendência galesa Frank Lloyd Wright começou sua carreira em 1886. Wright via vida na arquitetura e viveu a sua para ela. Influenciou os rumos da arquitetura moderna com suas ideias irreverentes e se consagrou pai da arquitetura do século XX e um dos maiores arquitetos de todos os tempos. Foi com todo esse background que Wright projetou, na década de 50, as mansões da Ilha de Petra criando um verdadeiro paraíso na terra.

Dentre os vários organismos vivos de Lloyd Wright, um em especial chamou nossa atenção. Antes de sua morte, Wright deixou um de seus projetos mais espetaculares construído em uma ilha particular há pouco mais de 80 quilômetros da cidade de Nova York, as mansões da Ilha de Petra.São também de sua autoria o Museu Guggenheim de Nova York e a lendária Casa da Cascata, na Pensilvânia.
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A casa da ilha dos sonhos, construída em 1950, foi um dos últimos projetos do afamado arquiteto que morreu nove anos mais tarde. O projeto possui 1200 metros quadrados de convivência harmônica entre natureza e concreto. Em 2008, a segunda residência da ilha, uma mansão de 5000 metros quadrados, foi levantada tendo como base um projeto que Wright deixou apenas papel. Hoje a ilha encanta com suas duas casas, uma pista de pouso para helicóptero e seus mais de 110 mil metros quadrados de natureza.

Wright abusou ao máximo do que a ilha poderia lhe oferecer e as casas integram a natureza ao seu interior de concreto. O projetofoi construído com mais de 1500 metros quadrados de claraboias e vastas extensões de pedra, cimento e mogno. É como se a mansão tivesse nascido de dentro das pedras e crescido pela força da luz solar. Com três suítes, seis lareiras e a sala principal carcada por janelas em mogno africano, a mansão principal virou sinônimo de sossego e descanso.

A sonífera ilha fica a apenas 80 quilómetros de barco da agitada cidade de Nova York. Após mais de 5 anos a venda no mercado por valores estimados em U$19,9 milhões, saiu em 2013 um boato de que Angelina Jolie arrematou a ilha para presentear Brad Bitt em seu aniversário de 50 anos. Baita presente, não?

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