Flora doméstica

Espaços fechados exigem mais cuidado na escolha das plantas, mas pode fazer grande diferença no resultado final da decoração de um ambiente

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Planta, muita planta. É esta a pedida para projetar uma casa seguindo o estilo da sustentabilidade. À medida que o processo de urbanização avançou ao longo das últimas décadas, árvores e plantas foram cortadas para dar espaço para o concreto. Agora a arquitetura vem tentando resgatar as plantas perdidas ao longo dos anos e trazer mais verde para dentro das residências.

Quando se mora em uma casa, o processo é fácil. O maior desafio dos paisagistas é levar a floresta urbana para dentro dos edifícios, afinal, nem todas as espécies nasceram para viver em ambientes fechados. As plantas são grandes aliadas na limpeza do ar, já que os materiais presentes na decoração de um ambiente, como o vidro ou o tecido, são responsáveis por liberar produtos químicos que causam prejuízo em espaços com pouca ventilação.

Em ambientes menos ventilados, a escolha paisagística deve ser um pouco mais cuidadosa. A preferência é por plantas que não exigem muita exposição solar, mas que sejam capazes de purificar o ambiente. As dracenas são um bom exemplo, já que não pedem sol e não gostam de ambientes muito frios – perfeito para Goiânia.

Outra espécie que pode ser adaptada aos ambientes fechados é a do filodendro Pacová. O filodendro gosta de lugares quentes e iluminados durante uma parte do dia. As samambaias estão ganhando seu lugar nos condomínios verticais. Conhecida por resistir a quase todo o tipo de desafio, as samambaias não gostam de incidência direta de sol e um bom sistema de irrigação as tornam perfeitas para uma parede viva.

Dracenas

Dracenas

Filodendro Pacová

Filodendro Pacová

Floresta Urbana

As cidades estão criando projetos para trazer de volta a natureza para o cotidiano das pessoas

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Se a cidade não chega até a natureza, é a flora que vai ao encontro da vida urbana. A evolução do espaço florestal passou a fazer parte da vida profissional dos arquitetos e urbanistas. A ideia é fazer uma combinação dinâmica da ocupação do concreto e do verde.

Não é novidade pra ninguém que natureza tem uma relação direta com a saúde. Os estudos revelam que em regiões vegetadas, a porcentagem de pessoas obesas é menor. Ainda, a arborização é apontada como fator inibidor do risco dos danos à pele, aos olhos e ao sistema imunológico.

Diante desse fato, e da incontestável beleza de se combinar o cinza com o verde, as cidades passaram a desenvolver um projeto chamado de Floresta Urbana. As Florestas Urbanas apresentam duas categorias, a primeira pertencendo ao setor privado e a outra ao setor público. No setor público, o objetivo é aumentar o uso vegetal nos espaços comuns.

No meio privado, o maior desafio é verticalizar a flora. Na Europa, alguns edifícios passaram a levantar suas torres com projetos de Floresta Urbana em suas fachadas. O conjunto Bosco Verticale, em Milão, e a Torre Huerta, em Valência são alguns dos exemplos, mas não precisamos ir tão longe.

O arquiteto e paisagista Benedito Abbud foi designado para projetar um novo prédio em Goiânia com fachada verde. Em entrevista para a Revista Ludovica, Abbud explicou que levar a natureza para dentro de casa é uma atitude sustentável.

Em Milão, o projeto da Bosco Verticale compreende em duas torres que medem 367m de altura. Juntos, os edifícios possuem a capacidade para receber 480 árvores de grande e médio porte, 250 árvores de pequeno porte, 11.000 de solo-cobertura e 5.000 arbustos. A obra soma o equivalente em 2,5 hectares de floresta… Perfeito, pois todo verde é bem vindo!!

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