Fernando Mendes reedita poltrona de Sérgio Rogrigues

O primo e discípulo de Sérgio Rodrigues trouxe de volta à vida a Poltrona Vivi, criada em 1962 pela Oca

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Foi no ano de 2014 que o mestre do design Sérgio Rodrigues nos deixou, mas ele deixou também pequenos troféus do design mobiliário que estão sendo redescobertos e reeditados aos poucos por nomes como o de seu primo, amigo e discípulo Fernando Mendes.

Mendes e Rodrigues trabalharam juntos por mais de 30 anos, o que o qualifica melhor do que ninguém para executar os protótipos jamais tridimencionalizados por seu primo e amigo. “Sergio projetava à mão livre e fez inúmeros esboços, alguns nunca vistos”, explicou o designer.

Uma dessas descobertas esquecidas no passado foi a poltrona Vivi. Vivi já tinha saído do papel editada pela Oca, empresa de Rodrigues em 1962, mas acabou se perdendo no tempo. A peça somente foi reeditada graças a uma fotografia, tirada no ano de sua criação para o catálogo da Oca, e encontrada em meios aos arquivos do Instituto Sérgio Rodrigues.

A poltrona, lançada em 2016, foi uma homenagem de Sérgio para a empresária Vivi Nabuco. Segundo Fernando Mendes, a peça possui estrutura redonda, uma das muitas brincadeiras que Sergio Rodrigues gostava de fazer com os desenhos de seus móveis. “É uma peça descontraída e, sobretudo, superconfortável, que evidencia a maestria de Sergio com as formas”.

Além dessa peça, o Instituto, que organiza os documentos, plantas, croquis, fotografias e correspondências de Sérgio Rodrigues, contou que já catalogou mais de 25 mil itens e digitalizou cerca de 15 mil, todos do mestre do design. Muito provavelmente, novas peças serão descobertas e redescobertas com o tempo.

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“O design está se tornando algo complexo”

“Essa mistura de sensações que uma peça de mobiliário desperta é o que me encanta”

(Foto: Marcus Camargo)

(Foto: Marcus Camargo)

Foi em meio às batidas do som e o tilintar das taças de champanhe, em uma noite de Papo Design, que Fernando Mendes reservou tempo para um papo sobre design com nosso Blog AZ. O design faz parte da vida e inspira Fernando na hora de mergulhar nas possibilidades da forma e do encaixe da madeira. “Essa mistura de sensações que uma peça de mobiliário desperta é o que me encanta”, confessou.

Fernando descobriu quando era ainda jovem que seu ídolo do design era também seu primo. Unidos pelos laços familiares e pela paixão ao design, Sergio Rodrigues e Fernando Mendes trabalharam juntos por mais de 20 anos, parceria que se encerrou com a morte de Sérgio no fim do ano passado. Todas essas histórias foram relembradas na entrevista que o designer concedeu ao Blog AZ:

 

Quando você fala em design, sempre defende o trabalho de uma marcenaria de verdade, o que seria essa marcenaria?

Quando eu faço referência a essa marcenaria, me aludo ao uso das técnicas de marcenaria milenares por meio do encaixe na produção do design de móveis contemporâneo. A marcenaria é atenda a uma construção artesanal antiga ou nova, basta saber usar. A utilização do encaixe da madeira com o mínimo de intervenção de outros materiais, como o prego, é o que chamamos de uma marcenaria de verdade.

 

É possível usar essa marcenaria de verdade em um atelier de grande produção?

Sim, é possível desde que o atelier desenvolve uma série de mecanismos para poder produzir utilizando a marcenaria artesanal. Hoje, existe no mercado o CNC, comando digital para operar uma fresa, que cria o formado e faz o encaixe da madeira. A [máquina] CNC não é uma tecnologia nova, desde o início da década de 1930 os escandinavos já utilizavam esse mecanismo para fazer os encaixes da madeira de forma seriada para uma produção de maior escala. Quer dizer, os escandinavos já utilizavam esses gabaritos para produzir os móveis de forma muito sofisticada há mais de 70 anos atrás, produzindo peças extremamente elaboradas com um suporte fabril bastante tradicional. É uma tecnologia que não se utiliza uma interface digital e sim a inteligência.

 

Você costuma criticar a questão de o trabalho manufaturado ser relegado à segunda categoria. Essa desvalorização é uma tendência mundial ou é recorrente apenas no Brasil?

Acho que desconsiderar o trabalho artesanal e manufaturado ainda é uma tendência mundial, mas que está mudando. Ainda acho que aqui no Brasil é um pouco pior. Os brasileiros tem a cultura, herdada da colonização portuguesa, de acreditar que é preciso ter um nível universitário para se dar bem na vida e como a arte da manufatura é ligada a um setor mais técnico, a gente desprestigia. Em razão do preconceito, falta no mercado brasileiro pessoas com maior formação técnica e essa tendência acaba inclusive por atrapalha a nossa economia. É muito difícil contratar pessoas do setor técnico no mercado. Eu já tive um funcionário alemão com formação no setor técnico na Alemanha e ele achava estranho esse desprestígio. Seus amigos brasileiros, de nível universitário, não entendiam como um alemão que falava inglês não tinha uma formação superior, como se essa ausência deixasse o seu trabalho menos importante. As pessoas não compreendiam como ele estava se ‘sujeitando’ ao trabalho de marceneiro, como se fosse uma profissão que exigisse pouca inteligência – o que não é verdade. A marcenaria dá a oportunidade de a pessoa desenvolver trabalhos incríveis que exigem inteligência e muito estudo elaborado. É uma profissão que não fica a dever nada para nenhuma outra.

 

Algumas pessoas acreditam que o design mobiliário e o design de modo geral são uma espécie de arte, já outros a tratam como uma profissão. Qual é a sua opinião a respeito desse debate?

O design hoje em dia tem uma característica interessante de se tornar uma área de interesse que abriga um monte de inteligência. Ele surgiu como uma maneira de aliar forma, função, fabricação e emoção para despertar interesses e criar algo que tenha um lado artístico e outro funcional. Ou seja, deve unir a beleza da arte com a funcionalidade do produto comercial, pois não adianta criar algo belo que não possa ser levado para a fábrica ou ser de fácil produção fabril e não ter nenhuma beleza atrativa. O design hoje em dia está abraçando cada vez mais áreas, já que tem essa peculiaridade de ir agregando inteligências e interesses. Um cabeleireiro, por exemplo, se tornou um hair designer. O design está se tornando algo mais complexo.

 

Tanto seu trabalho como o de Sérgio Rodrigues são bastante modernistas. Como você abraçou esse tipo de criação e, junto com Sérgio, produziu peças bastante atemporais?

O design atemporal é aquele que cria objetos com uma expressão tão forte que passa pelo tempo e continua agradando, sendo interessante e atual. É o que chamamos de clássico. Claro que o clássico não nasce com essa característica, ele se torna clássico de acordo com o tempo e sua aceitação. Meu trabalho é muito ligado às décadas de 1950 e 1960 em razão do meu interesse por essa tecnologia escandinava da marcenaria de encaixes. Como os escandinavos ficam muito tempo dentro de casa, já que os países nórdicos são muito frios, eles se preocuparam em desenvolver peças atentas ao aconchego dos móveis e a uma beleza limpa, minimalista e sem muito rebuscamento. São móveis confortáveis, duráveis e gostosos de usar. Essa mistura de sensações que uma peça de mobiliário desperta é o que me encanta. Outro fator que despertou meu interesse foi o trabalho de marcenaria com o encanto da textura e dos cheiros. A marcenaria tradicional é uma atividade que mexe muito com os sentidos. Espero até um dia conseguir descolar disso, mas esse vínculo não é uma preocupação pra mim. Eu crio inspirado pelo trabalho da marcenaria e pelo fascínio de desenhar as peças à mão. Aprendi com o Sérgio [Rodrigues], que tinha uma paixão pelo desenho, a importância da criação inicialmente manual do trabalho moveleiro.

 

Dentro dessa criação mais tradicional ou industrial e da criação autoral, você acredita que podemos distinguir o bom do mau design?

Eu não sou um crítico de design, mas acredito que o bom design venha da sensibilidade de se gostar de criar e produzir. Existem coisas que são boas e outras que não; que têm uma estrutura equivocada para a sua fabricação ou uma estética sem inspiração, copiada ou sem conforto. O conforto não deve ser desprezado em nenhum momento. O design tem que abraçar a arte, o conforto, o saber fazer e a beleza do mobiliário.

 

Você fala muito na questão do encanto e de gostar do design e todos que falam em Sérgio Rodrigues lembram dessa mesma característica apaixonada que ele tinha de encarar o design. Como foi trabalhar com ele?

Depois de mais de 20 anos de convivência com Sérgio que percebi o que foi a maior influência dele na minha vida e no meu trabalho e essa influência foi exatamente essa paixão e emoção que ele teve com o ofício. O Sérgio batalhou em um momento que não existia um design brasileiro. Tinham poucas pessoas fazendo alguma coisa que expressasse uma cultura nacional dentro da fabricação de mobiliário e dos espaços institucionais. Ele começou a se dedicar ao mobiliário com uma crença e uma vontade tão forte de fazer acontecer que foi em frente atravessando bons e maus momentos sem nunca abandonar o entusiasmo.

 

Praticamente tudo que ele criou teve uma força grande e uma enorme repercussão no mundo do design.

Sim, e essa conquista veio da ligação que ele tinha com a emoção. Acho que ele queria tocar as pessoas com a sua criação. Sérgio foi um homem muito carismático, mas tinha essa coisa de atingir e provocar o outro. Seu é muito sedutor já tudo que ele criou foi feito para projetos específicos e pessoas específicas. Ele estudava o cenário da vida da pessoa e fazia um casamento entre o lugar e o sujeito criando peças perfeitas para cada ocasião. Ele conseguiu, ao mesmo tempo, ter uma variedade imensa de modelos que são distintos e uma linguagem única que é marca registrada do seu design. Ele conquistou umas coisas que acho muito difícil de serem alcançadas.

 

Seu trabalho foi muito importante para mostrar ao mundo que o Brasil tem design. Você acredita que ele foi um marco nessa questão da afirmação nacional dentro do design moveleiro mundial?

A motivação dele veio disso. Sérgio foi estudar a arquitetura e percebeu que na arquitetura de meados do século XX existiam varias representações da expressão brasileira. O Brasil já aparecia no cenário mundial da arquitetura, entretanto não tinha muito nomes no campo do mobiliário. Ele olhava para dentro dessa arquitetura e via somente o design europeu, já que não tinha uma identidade brasileira para colocar dentro das casas. O mote de Sérgio com o design foi o de justamente querer preencher esse espaço interno com algo que se comunicasse com a nossa cultura.

 

Design é meu mundo / Poltrona Benjamin

Poltrona Benjamin de Sérgio Rodrigues e Fernando Mendes

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Você quer um resumo da obra de Sérgio Rodrigues? O Blog AZ apresenta, então, a Poltrona Benjamin. Resultado de uma parceria entre Sérgio e seu primo e amigo Fernando Mendes, a poltrona foi uma das últimas peças do mestre do design e une, em um só trabalho, os 60 anos do design pensado, desenhado, criado e produzido por Rodrigues.

Segundo o próprio Sergio Rodrigues, Benjamin é um resumo de sua obra. “Quando ele viu o protótipo pronto, disse que era uma síntese de tudo o que fez em poltrona e cadeira, porque tinha vários detalhes e elementos utilizados nas peças que criou”, explicou Fernando Mendes.

A participação de Mendes foi fundamental. Foi junto com ele que Sérgio tirou o projeto inédito da gaveta para lançá-lo em 2014, ano de sua morte. Benjamin é um pouco Mole, um pouco Tonico, um pouco Killin ou Diz e é também a Xibô. Benjamin reúne as características dos móveis que Sérgio produziu ao longo da carreira e fechou com chave de ouro a linha de suas criações.

Embora tenha sido desengavetado apenas em 2014, Fernando Mendes acredita que seu desenho original foi esboçado entre 1995 e 2000. “Essa poltrona, na verdade, é uma certa evolução da Xibô (1990), com um desenho um pouco mais complexo”, contou à época de seu lançamento. Ninguém lembrou ao certo a razão pela qual Benjamin – poltrona batizada em homenagem a Benjamin, neto de Sérgio – não foi produzida quando criada, mas agora faz parte do acervo AZ e pode fazer parte também da sua casa.

(Foto: Marcus Camargo)

(Foto: Marcus Camargo)

(Foto: Marcus Camargo)

(Foto: Marcus Camargo)

Sérgio Rodrigues: um menino curioso

Homenagem ao grande mestre do design Sérgio Rodrigues

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Quando uma noite foi boa, não nos cansamos em falar dela. A noite de ontem foi assim, leve como Sérgio Rodrigues e simples e elegante como seus móveis. Seu jeito de levar a vida e a paixão com que encarava seu trabalho foi lembrado nas falar de Gisele Schwartsburd e Fernando Mendes. Então, para fechar essa homenagem com chave de ouro, as fotos da noite são apresentadas com falas desse grande mestre do design.
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“Muita gente imagina que os móveis brasileiros começaram a ter sucesso nas últimas décadas, quando na realidade eu ganhei prêmio na Itália nos anos 60. Já naquela época tinha representante nos Estados Unidos. A diferença é que agora são lojas físicas, com vitrine, visitadas por arquitetos, o que dá mais visibilidade ao trabalho”
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“Casa que não tenha estudo do interior é escultura, arquitetura não é só a casca.”
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“O móvel não é só a figura, a peça, não é só o material de que esta peça é composta, e sim alguma coisa que tem dentro dela. É o espírito da peça. É o espírito brasileiro. É o móvel brasileiro”. 

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Fotos: Marcus Camargo

Noite de homenagem lembra jeito alegre de Sérgio Rodrigues

Exposição com peças desenhadas por Sérgio Rodrigues foi palco de um bato papo sobre a vida e a obra do arquiteto

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O jeito moleque de Sérgio Rodrigues, assim como sua paixão pelos móveis, foi tema de um bate papo descontraído para homenagear o grande mestre do design nacional na noite desta terça-feira (31) na Sala Conceito do Armazém da Decoração. “Sérgio foi criança até os 86 anos de idade”, contou Fernando Mendes, primo e discípulo do designer, ao Blog AZ. Ao seu lado para lembrar mais histórias da vida de Sérgio estavam também a diretora da LinBrasil Gisele Schwartsburd e o ator e diretor Marcos Fayad.

Os convidados encheram a Sala Conceito e, sentados em puffes ao lado de diversas peças desenhadas por Sérgio Rodrigues, ouviram suas histórias.  “Sérgio tinha uma ligação muito forte com a emoção e queria tocar as pessoas com a criação dele”, contou Fernando.

Gisele confessou que sua missão com a LinBrasil é colocar o Sérgio Rodrigues efetivamente dentro da história do design mundial. Atualmente, a empresa reedita mais de 30 móveis de Sérgio e, ao lado do Atelier de Fernando Mendes, é responsável por manter viva a obra do arquiteto.

(Foto: Marcus Camargo)

(Foto: Marcus Camargo)

Marcos Fayad divertiu a plateia lembrando-se de quando fez seus pais, goianos tradicionais do interior de Catalão, colocarem duas Poltronas Mole na sala de estar do casarão que moravam. O ator e diretor se mudou para o Rio de Janeiro na década de 1970 e se instalou em um prédio no tradicional bairro de Copacabana em frente a Oca, indústria de Sérgio responsável por expor mais de mil criações de móveis ao longo dos anos que se manteve aberta.

A noite inaugurou a exposição Sérgio Rodrigues, com um acervo de cerca de 50 peças da obra do arquiteto que ficará exposta na Sala Conceito do Armazém da Decoração. A exposição, organizada por Abadia Haick, Daniela Mallard e desenvolvida por Léo Romano vai receber estudantes e amantes do design que desejam conhecer de perto o trabalho de Sérgio até o fim do mês de abril.

(Foto: Marcus Camargo)

(Foto: Marcus Camargo)

 

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Papo design em homenagem a Sérgio Rodrigues

Noite de papo design com Fernando Mendes homenageia a obra e a vida de Sérgio Rodrigues no espaço AZ

Sérgio Rodrigues e Fernando Mendes (Foto: Luciana Whitaker/Folhapess)

Sérgio Rodrigues e Fernando Mendes (Foto: Luciana Whitaker/Folhapess)

Não é apenas a LinBrasil que vai abrir seu armazém para homenagear o mestre do design nacional, nosso Armazém também abrirá as portas para um tributo a Sérgio Rodrigues. Um papo design sobre a obra e a vida de Sérgio vai tomar conta da Sala Conceito do Armazém da Decoração nesta terça-feira (31) com a participação mais que especial do primo, amigo e discípulo do mestre, Fernando Mendes.

Fernando e Sérgio compartilharam, além do parentesco, a paixão pelo design.  Primos, Sérgio e Fernando acabaram firmando uma parceria que durou até a morte do mestre do design. Conhecido por desenhar somente o que queria, Sergio Rodrigues abriu espaço em sua criação para a entrada de Fernando Mendes. Os dois trabalharam juntos durante sete anos, mas não se separaram a partir de então.

Da última parceria da dupla, em 2013, nasceu a mostra Diálogos composta por uma coletânea de peças criadas por Sérgio e produzidas por Fernando. Após sua morte, Fernando tem participado ativamente das homenagens ao designer, como acontecerá amanha.

Atualmente, cerca de 50 criações de Sérgio são licenciadas para que o atelier de Mendes possa produzi-las, assim, o arquiteto poderá desvendar algumas histórias por trás das peças.  “Ele era mais sentimento e menos racionalidade”, relembra Fernando sobre o trabalho do primo.

As peças de Sérgio Rodrigues ficarão expostas na loja durante 15 dias para que os amantes do trabalho do designer bem como os estudiosos da área possam conhecer de perto a beleza de um Sérgio Rodrigues.

Exposição Mudeu Casa Brasileira em São Paulo

Exposição Mudeu Casa Brasileira em São Paulo

Poltrona Tonico (Foto: Marcus Camargo)

Poltrona Tonico (Foto: Marcus Camargo)

Poltrona Kilin  (Foto: Marcus Camargo)

Poltrona Kilin (Foto: Marcus Camargo)

Poltrona Diz  (Foto: Marcus Camargo)

Poltrona Diz (Foto: Marcus Camargo)

 

Design é Meu Mundo: Poltrona Tonico de Sérgio Rodrigues

Sérgio Rodrigues e Fernando Mendes trouxeram uma criação do mestre do design criada ainda na década de 1960

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Nunca é demais falar de Sérgio Rodrigues, agora falar de desenhos do mestre do design na produção de Fernando Mendes, outro grande nome da arte do mobiliário, é um assunto necessário. Fernando Mendes se descobriu primo de Sérgio Rodrigues quando era ainda estudante de Belas Artes na Universidade Federal do Rio de Janeiro e Arquitetura nas Faculdades Integradas Bennett.

A descoberta uniu a família tanto na vida quanto no trabalho. Sergio Rodrigues abriu espaço em sua criação para a entrada de Fernando Mendes. As formas torneadas da madeira nos desenhos de Sérgio, conhecido por traçar apenas aquilo que queria, não eram nada próximo ao modismo do design mobiliário da década de 1960. Seu estilo único o consagrou e algumas de suas peças foram recentemente produzidas em parceria com Mendes.

Fernando Mendes trabalhou no estúdio Arquitetura e Design de Sergio Rodrigues por sete anos, entre 1993 a 2000, onde colaborou no detalhamento e no acompanhamento de produção de móveis e em 25 construções em madeira. Com atelier próprio, o designer não parou de trabalhar com Sérgio. Peças desenhadas por Rodrigues e produzidas por Mendes trouxeram de volta alguns móveis originais da década de 1960, como a Poltrona Tonico.

A poltrona Tonico é ainda dos tempos quando o designer assinava seus trabalhos pela Oca e Meia Pataca, empresas de Sergio Rodrigues dos anos dourados. Criada em jacarandá maciço com assento e encosto revestido em tecido e apoio de cabeça em couro (de várias cores), a peça é inspirada própria poltrona Mole – possuem uma proposta de conforto semelhante. O nome foi uma homenagem a uma pessoa especialmente querida por Rodrigues, seu cunhado Antonio Mattos, por isso a poltrona foi batizada de Tonico.

(Foto: Marcus Camargo)

(Foto: Marcus Camargo)

O grande encontro de Sergio Rodrigues e Fernando Mendes

Fernando Mendes e Sergio Rodrigues trabalham juntos para criar e recriar peças de desenhos esquecidos no armário

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Era uma palestra do grande designer brasileiro Sergio Rodrigues e o então estudante Fernando Mendes não podia ficar de fora. Naquele dia, aos 18 anos de idade, a história do carioca estudante de Belas Artes na Universidade Federal do Rio de Janeiro e também Arquitetura pelas Faculdades Integradas Bennett mudou. Ao chegar em casa, descobriu o inusitado: Sergio Rodrigues era seu primo.

O primeiro encontro entre os primos marcou o início de uma parceria que dura até hoje. Conhecido por desenhar somente o que quer, Sergio Rodrigues abriu espaço em sua criação para a entrada de Fernando Mendes. A última parceria da dupla gerou uma mostra composta por uma coletânea de peças criadas por um e produzidas por outro.

A já consagrada poltrona Xibô de Sergio Rodrigues, produzida por Fernando Mendes

A já consagrada poltrona Xibô de Sergio Rodrigues, produzida por Fernando Mendes

A programação da Casa Brasil 2013, que aconteceu no início do mês em Bento Gonçalves (RS), trouxe esse último trabalho em uma mostra exclusiva de peças desenhadas por Rodrigues e produzidas por Mendes. A inédita poltrona Tête foi parte da exposição que trouxe também as já conhecidas poltronas Xibô, Gio e Tonico, além das cadeiras Fernando e Menna e o banco Leif.

Além das reedições de Sergio Rodrigues, Fernando Mendes lançou mais um trabalho inédito, a poltrona Sapão. A genialidade da dupla não poderia ficar fora do nosso Blog… E você, o que achou?

Poltrona Sapão é uma das novidades de Fernando Mendes

Poltrona Sapão é uma das novidades de Fernando Mendes

 

Outra novidade da exposição, a poltrona Tetê

Outra novidade da exposição, a poltrona Tetê

 

Cadeira Aviador/ Fernando Mendes e Roberto Hirth

O estilo criativo de Fernando Mendes em mais um trabalho em madeira com Roberto Hirth

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O arquiteto e designer carioca Fernando Mendes se aliou a Roberto Hirth e desse encontro Mendes-Hirth surgiu um belo trabalho de design em madeira com peças que misturam o contemporâneo e as técnicas tradicionais de marcenaria.

O mobiliário de Mendes-Hirth chamou a atenção. O casamento entre o trabalho cuidadoso com a madeira e um design irreverente foi o responsável por dar vida a pequenos objetos de desejo com perfeito encaixe das peças que encantou quem está dentro e fora do mundo do design.

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Foi com esse trabalho cuidadoso que surgiu a cadeira Aviador. Com braços que lembram as asas dos aviões de meados do século passado e uma estrutura que bem parece uma hélice, a cadeira nos faz viajar. Feita em madeira maciça e encaixada com espigas e cunhas, a cadeira Aviador nos leva para uma viagem com o conforto de uma poltrona. E o Aviador voou longe, conquistou alguns prêmios durante sua passagem por feiras e museus e salões de móveis. Linda, não? Imagina uma dessas decorando a sua casa…