Biennale di Venezia

Veneza organiza, a cada dois anos, a Bienal de Veneza com mostras de arte, cinema, dança, música, arquitetura e teatro

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A cada dois anos a bela Veneza abre seus canais para receber a Bienal de Veneza. O evento em 2014 segue cheio de programações até 23 de novembro. Cinema, arquitetura, pintura, escultura, dança, música e teatro são as atrações que atraem turistas e amantes da arte para a região de Venêto na cidade das águas.

A bienal nasceu ainda em 1895 da ideia de um grupo de intelectuais venezianos comandados pelo então prefeito da cidade. O carro chefe das primeiras edições eram as artes decorativas, até que o evento se expandiu, ganhando força internacional nas primeiras décadas do século XX. A partir de 1907, vários países começaram a instalar pavilhões nacionais nas exposições.

A Bienal é composta de seis mostras distintas com exposições em cada área do setor artístico: Mostra Internacional de Arquitetura, Exposição Internacional de Arte, Festival Internacional de Cinema de Veneza (o único com frequência anual), Festival Internacional de Dança Contemporânea, Festival Internacional de Música Contemporânea e o Festival Internacional de Teatro.

Este ano está difícil escolher uma entre todas as grandes atrações da Bienal de Arquitetura, que começou em junho e termina somente em novembro. A exposição Monditalia apresenta a paisagem síria contemporânea na Excavating the Sky. A OMA criou uma sala de cinema de 360°. O modernismo do mundo Árabe pode ser explorado no pavilhão do Barém, e olha que esses são apenas alguns exemplos do que você pode encontrar por lá.

O destaque, porém, está no trabalho do arquiteto japonês Kohki Hiranuma. Kohki projetou uma grande instalação, “Glastectrure”, em forma de concha para cercar os visitantes que circulam pelo pátio do Palazzo Mora, um prédio do século 18. A estrutura, feita com a ajuda de resina, nada mais é que um suporte de vidro dobrado.

Nada como visitar a arte da Bienal de Arquitetura de Veneza, na arte que é a própria cidade com seus palácios bizantinos, suas 100 ilhas flutuantes sobre o mar Adriático, 400 pontes, belos canais e gondoleiros cantarolando apaixonados.

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Paris, 100% Design

Entre 6 e 13 de setembro, a capital francesa recebe os amantes do design para expor a criação de mais de 100 designer vindos de 15 países

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Paris já fez sua fama como a cidade mundial da moda e do design, então desde 2011 a cidade da Luz abre todas as suas portas, durante uma semana, para receber os amantes do design e celebrar a criação. A Paris Design Week é um coletivo de eventos que se espalham pela capital francesa todo ano expondo a criação de objetos assinados. Este ano o evento já está a todo vapor, a Design Week começou no sábado (6) e segue cheia de atrações até o dia 13 de setembro.

Duzentos pontos de Paris pararam para receber exposições, cenografias, animações, ateliers itinerantes, mesas redondas e encontros. A ideia era criar um itinerário, gratuito e aberto ao público, para celebrar o design. A realização da Paris Design Week coincidiu, propositalmente, com MAISON&OBJET show, uma das mais importantes feiras internacionais de Design e Decoração que esse ano aconteceu entre os dias 5 e 9 de setembro.

A organização da Paris Design Week aproveitou carona no público da MAISON&OBJET para mergulhar a capital francesa em arte, móveis, gastronomia, moda e decoração. Hotéis, restaurantes e galerias de arte participam ativamente do evento que contou com cerca de 100 mil visitantes na edição de 2013. O Armazém da Decoração está em Paris conferindo de perto o evento para contar para vocês tudo que rolou lá em posts futuros… Aguardem!!

 

A selva poética de Henrique Oliveira

O artista Henrique Oliveira propõe uma discussão poética sobre a história da arquitetura na exposição Transarquitetônica

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Visto de cima, o Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC) mais parece o cenário do filme Jumanji (1995), estrelado por Robin Williams e Kirsten Dunst, que conta a história de dois garotos que descobrem um jogo de tabuleiro com a temática da selva. A cada dado rolado sobre o tabuleiro, a floresta invade a mansão onde se passa a história.

Assim como no filme, estruturas cheias de galhos que parecem um resto de floresta tomaram a sala modernista de 1600m² projetada por Oscar Niemeyer. Essa selva é, na verdade, a Transarquitetônica, exposição criada por Henrique Oliveira inaugurada no dia 26 de abril deste ano no interior do MAC USP.

O artista propõe uma discussão poética sobre a história da arquitetura e do racionalismo das últimas décadas aos abrigos e cavernas do passado. Graduado em artes plásticas e mestre em poéticas visuais, Henrique Oliveira é conhecido por desperta no público as mais distintas sensações por meio de suas exposições.

Para representar bem a história da arquitetura, o artista utiliza diversos materiais em suas instalações. É um projeto que reúne escultura e pintura, oferecendo estímulos diversos que o visitante recebe ao percorrer o trabalho, que demorou dois meses para ficar pronto.

Segundo Tadeu Chiarelli, diretor do MAC USP e curador da exposição, a “Transarquitetônica recupera a dimensão narrativa presente em alguns (poucos) trabalhos anteriores de Henrique Oliveira e, numa proporção que busca o épico, repropõe a fusão entre as mais diversas modalidades artísticas”, explicou. A exposição permanece até 30 de novembro, aberta ao público às terças-feiras das 10 às 21 horas e de quarta a domingo das 10 às 18 horas. A entrada é gratuita.

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Hugo França inaugura mostra “Resgate na Natureza” no Museu Casa Brasileira

Conhecido por seu trabalho com a transformação da madeira, Hugo França inaugura mostra inédita no Museu Casa Brasileira, em São Paulo

(Foto: Adrés Otero)

(Foto: Adrés Otero)

Hugo França trabalha há mais de 20 anos com madeira e o grande chame de sua arte está na palavra “reaproveitamento”. O designer é conhecido por criar peças mobiliárias e decorativas utilizando-se de madeira descartada pela natureza ou pela ação humana. A partir deste sábado (16), o Museu Casa Brasileira abre suas portas para mostrar aos amantes do design trabalhos inéditos de França.

A mostra traz 15 peças criadas exclusivamente para o espaço. A exposição é composta por esculturas, mesas e bancos confeccionados com madeira de pequi que irão decorar o jardim do museu até o dia 19 de outubro. “Tento manter a textura, a forma e os registros da árvore para preservar os traços naturais. Hoje, 90% dessa madeira é coletada em áreas de plantações”, explicou o designer em entrevista para a Folha de S. Paulo.

(Foto: Adrés Otero)

(Foto: Adrés Otero)

Erradicado da faculdade de engenharia, Hugo França começou sua carreira há 15 anos quando desenvolveu uma relação muito íntima com a natureza e o ecodesign. Como nosso cérebro que vê forma nas nuvens, Hugo vê forma e utilidade em tudo que a natureza produz. O designer transforma troncos semi-queimados, canoas abandonadas e raízes de grandes árvores em objetos de decoração e peças de mobiliário.

Segundo o próprio designer, tudo começa e termina na árvore. Gaucho de nascença e baiano de vivência, Hugo se mudou para Trancoso na década de 1980 onde começou a desenvolver suas “esculturas mobiliárias”, produção que ele executa a partir de resíduos florestais e urbanos. São árvores condenadas naturalmente por ação das intempéries ou pela ação do homem que dentro de uma casa passam a ter uma função.

Na abertura da exposição será lançado também um catálogo de mesmo nome da mostra com ensaios fotográficos de Adrés Otero em Trancoso (BA). as fotos exibem os primeiros paços de Hugo na construção de sua arte: a busca pela madeira descartada pela natureza.

(Foto: Adrés Otero)

(Foto: Adrés Otero)

Serviço

Local: Museu Casa Brasileira (São Paulo)
Data: de 16 de agosto a 19 de outubro
Hora: terça a domingo, das 10h às 18h
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A ópera da Lua

Gêmeos expõem pinturas e esculturas na mostra “A ópera da Lua” no Galpão Fortes Vilaça, em São Paulo

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Não é novidade para ninguém que a capital paulista está se tornando também a capital do grafitti, São Paulo tem dado espaço para iniciantes e grandes nomes da arte urbana e esses nomes têm ganhado espaço também nas paredes das galerias. Foi assim que o trabalho da dupla Os Gêmeos se destacou dentro e fora do País.

Gustavo e Otávio Pandolfo sempre trabalharam juntos e juntos criaram uma linguagem própria que começou com o grafitti nas ruas do bairro do Cambuci (SP) e hoje está em todos os lugares e em vários formatos. Explorando diversas linguagens, a dupla levou para o Galpão Fortes Vilaça, em São Paulo, a exposição “A ópera da Lua”.

Apenas vendo é possível entender a amplitude e profundidade do trabalho dos Gêmeos exposta em três salas da galeria. A exposição reúne cerca de trinta pinturas, três esculturas e um vídeo-instalação 3D interativo. Em sua maioria inéditas, as obras são apresentadas em um ambiente imersivo, no qual o universo narrativo dos artistas ganha nova dimensão.
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O estilo dos Gêmeos é imediatamente reconhecido pelos que conhecem, mesmo que minimamente, seu trabalho. Os excessos são elementos fundamentais na transcendência do real para o imaginário. A dupla capta, de forma sutil, e transfere para a arte pequenas criticas da sociedade contemporânea, que nas paredes dos museus ganhou elementos que nas ruas não poderiam ser explorados, como iluminação, som e movimento.

Na nova exposição, que segue aberta ao público até o dia 16 de agosto, uma apresentação dentro de um boneco gigante em movimento é a atração principal da mostra. Embora a pintura seja quantitativamente maior, a escultura é o grande protagonista da exposição. Portas e janelas conectam as peças com as pinturas construindo um grande ambiente imersivo. As pinturas tomam formas e dimensões inesperadas e exploram novos contextos para os personagens, novas histórias, texturas e padrões em profusão.
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Serviço

Exposição 29.06.2014 | 16.08.2014
Local: Galpão Fortes Vilaça
Rua James Holland 71 | Barra Funda
Hora: terça a sexta, das 10h às 19h
Sábados, das 10h às 18h
Fechado aos domingos, segundas e feriados

Entrada gratuita

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Design Lúdico: Castelo Rá-Tim-Bum é recriado em exposição no MIS

O Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo homenageia os 20 anos da estreia de Castelo Rá-Tim-Bum com megaexposição

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Vamos fazer nossa pausa semanal no design para abrir espaço para a agenda cultural, que chaga hoje cheia de magia. Há exatamente 20 anos a TV Cultura levou ao ar um programa que marcaria o imaginário lúdico de toda uma geração. Para celebrar a data, com o auxílio de todos os seus recursos tecnológicos, o Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo homenageia Castelo Rá-Tim-Bum, recriando todos os cômodos do palácio onde se passava a história de Nico, Zeca. Biba e toda a turma.

A mostra será a maior exposição já realizada pelo MIS e reunirá muitos efeitos especiais surpresas, tudo para mexer com o imaginário do público assim como fez o programa, que ficou no ar entre os anos de 1994 a 1997. “Na chegada, o público é recebido por um holograma do ator Cassio Scapin, o famoso Nino, e as falas mudam sempre. É possível visitar a mostra mais de uma vez e se deparar com novidades”, explica Marcelo Jackow, diretor da Case Lúdico, empresa responsável pela cenografia.

O diretor do museu, André Sturm, entrou em contato com o diretor e um dos idealizadores do programa, que ficaram surpresos com a homenagem. Em entrevista para a Folhapress, Cao Hamburger – criador do programa – afirmou que não imaginava que sua obra seria lembrada. Hamburger não interferiu na montagem da exposição. “É muito mais legal ver o ponto de vista deles. Pelo que soube, todos os envolvidos na produção eram telespectadores do programa, pessoas ideais para o trabalho.”

Com uma abordagem pedagógica, Castelo Rá-Tim-Bum alcançou índices de audiência jamais vistos em um programa educativo e ganhou, em 1997, um musical estrelado pelos atores do show televisivo. Na comemoração dos 20 anos de programa as atrizes Rosi Campos (Bruxa Morgana) e Angela Dip (Penélope) apresentarão, aos finais de semana, espetáculos teatrais. A megaexposição oferece também a oficina “Stop Motion: Ratinho Castelo Rá-Tim-Bum”, que leva o participante a conhecer melhor a técnica da massinha para animação.

Rosi Campos e Angela Dip não foram as únicas envolvidas no processo, o ator Sérgio Mamberti, que interpretou o Dr. Victor, vai ser a voz que guia os turistas pelo espaço. “Castelo Rá-Tim-Bum foi uma experiência extraordinária. Nem notamos que se passaram 20 anos e que muitas gerações nos acompanharam”, diz Mamberti.

(Foto: Letícia Godoy)

(Foto: Letícia Godoy)

Serviço

Mostra: Castelo-Rá-Tim-Bum
Data: De hoje a 12 de outubro
Local: Museu da Imagem e do Som. Av. Europa, nº 158, Jardim Europa, São Paulo. Tel.: (11) 2117-4777)
Visitas: De ter. a sex., das 12h às 21h. Sáb., das 10h às 22h. Dom. e fer., das 10h às 20h
Ingressos: R$ 30 (antecipado pelo site www.ingressorapido.com.br) e R$ 10, na bilheteria do museu, aberta de ter. a sex., das 12h às 21h30h; sáb. dom. e fer., das 11h às 20h30

(Foto:  Letícia Godoy)

(Foto: Letícia Godoy)

Mostra

A estreia da megaexposição é hoje, mas a organização do MIS divulgou algumas das surpresas que esperam os fãs do programa na mostra. Logo no hall do museu, o público verá uma maquete do castelo. À frente, as portas da mansão se abrem para o público explorar os 23 ambientes e 13 cômodos do programa de TV.

É na entrada da biblioteca que o público será recebido por um holograma de Nino (Cassio Scapin). Lá dentro, o Gato Pintado – responsável por cuidar da biblioteca na história – também se comunica com os convidados. Alguns dos livros são interativos, e outros podem ser retirados da estante.

Na cozinha, é permitido abrir as portas dos armários e encontrar fotos, bonecos e curiosidades do programa. Logo que se entra no ambiente, dá para sentir o cheirinho de café e, ainda, ver a máquina lava-louças, cheia de engrenagens, e em pleno funcionamento.

Um largo hall leva ao segundo andar da exposição. Basta se sentar em um banco mágico, que é girado por um controle remoto, para ter acesso ao quarto secreto de Nino. Como no programa, a parede do cômodo é cheia de colagens de quadrinhos.

No mesmo hall, há uma árvore, com o lustre das fadinhas e o ninho de passarinhos, onde é lembra do o quadro Que Som É Esse?. Ao subir as escadarias, uma “mágica” é realizada e todos “diminuem” de tamanho para entrar tanto no lustre, como dentro do ninho e tirar fotos com os ovos, relembrando imagens dos personagens que apresentavam os instrumentos musicais às crianças.
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Acaba hoje a Feira Internacional de Milão

No último dia do Salão do Móvel, o Blog AZ encerra a cobertura com imagens da mostra Luz e o Tempo

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Encerra hoje o Salão do Móvel de Milão e a gente não poderia passar o domingo sem lembrar essa semana tão importante para o design mundial. Com exposições espalhadas pelo Rho e eventos por toda a cidade, a Triennale Design Museum fez s mostra Luz e o Tempo. Confiram algumas fotos dessa maravilhosa exposição.

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A obsessão que virou arte

A artista japonesa Yayoi Kusama transformou suas alucinações em exposições artísticas que lhe renderam prêmios em todo o mundo

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Percorre pelo Brasil desde o ano passado a exposição da artista japonesa Yayoi Kusama Infinite Obsession (Obsessão Infinita) que em fevereiro viaja para mais perto da capital goiana. A mostra chega a Brasília no próximo dia 19 de fevereiro no Centro Cultural Banco do Brasil e espera superar o sucesso da sua passagem pelo Rio de Janeiro, que registrou público médio de nove mil pessoas por dia.

Nascida em 1929, Yayoi Kusama se mudou para Nova York no fim década de 1950 onde trabalhou com figuras como Donald Judd, Andy Warhol, Claes Oldenberg e Joseph Cornell. Uma artista completa, a japonesa conquistou a cena mundial de arte contemporânea com performances, videoarte, filmes, pintura, desenho, escultura, instalação, moda, poesia, ficção e happenings, transformando os lugares onde passava em telas em branco prontas para receberem sua arte.

Vítima de alucinações, Yayoi transformou suas obsessões em exposições artísticas. Suas obras são marcadas pelas repetições de pontos e elementos, como se a artista quisesse compartilhar suas alucinações com o resto do mundo. Em 1973 Yayoi retornou ao Japão e, atualmente, vive voluntariamente em uma instituição psiquiátrica.

A exposição brasileira, produzida pelo Instituto Tomie Ohtake em colaboração com o estúdio da artista, traz cerca de 100 obras das últimas sete décadas de seu trabalho. São vídeos, pinturas, esculturas, quadros, arquivos de reportagens de jornais e instalações interativas que mostram ao público o belo e inquietante trabalho da artista.
Yayoi Kusama para Louis Vuitton

Obsessão Infinita por Yayoi Kusama

Período: de 19 de fevereiro a 27 de abril de 2014
Horário: de quarta a segunda, das 9h às 21h
Local: CCBB – SCES Trecho 2 – Brasília/DF
Curadoria: Philip Larratt-Smith e Frances Morris
Entrada franca

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