Os designs de Jayme Bernardo

Jayme Bernardo atua em três frentes: eventos, móveis e arquitetura

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Já falamos no trabalho desse designer antes, quando destacamos a mesinha Toy na coluna Design é Meu Mundo. Mas não é apenas do lúdico que sobrevive Jayme Bernardo. Na verdade, o designer passeia por várias formas de criação e com mais de 30 anos de experiência, não poderia ser diferente: arquitetura, móveis e eventos são as especialidades de Bernardo.

Nascido em São Paulo, Jayme Bernardo mudou-se para o sul e lá deu os primeiros passos da carreira. Formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Paraná e em Curitiba abriu seu escritório de arquitetura. Foi de Curitiba que Jayme Bernardo se apresentou ao mundo e atualmente seu escritório conta com filiais em São Paulo e Miami.

O que começou com a paixão pelo desenho e a criação de espaços internos, se transformou em uma profissão de vários campos. Jayme Bernardo foi convidado por um amigo para assinar a decoração de seu casamento e o que seria uma experiência de uma vez só acabou transformando o designer em produtor de eventos sociais.

Mas seu trabalho não para por ai. O arquiteto passou a desenvolver uma linha de mobiliário com a assinatura Jayme Bernardo Designer. “Penso nas peças sempre de forma holística, levando em conta a pessoa que vai usá-las e o ambiente em que serão inseridas”, explica Jayme.
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Imagens: Jayme Bernardo (divulgação)

Cientistas criam madeira transparente em laboratório

Centro de Pesquisa em Madeira da Suécia desenvolve tecnologia química que transforma madeira em um material transparente

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A madeira é um dos materiais mais usados no design moveleiro por sua beleza, praticidade e sustentabilidade. No quesito beleza, a madeira ganha um ponto a mais com as descobertas tecnológicas. É que pesquisadores suecos acabaram de criar madeira transparente nas salas de seus laboratórios.

A invenção, ao estilo bem futurista, foi desenvolvida pelo Real Instituto de Tecnologia sueco (Kungliga Tekniska Högskolan – KTH) em Estocolmo. O Centro de Ciência da Madeira, do instituto, vinha tentando achar formas de “descolorir” o material e transformá-lo em uma espécie de vidro.

A descoberta foi puramente química. Os pesquisadores desenvolveram um processo de remoção da lignina (macromolécula encontrada nas plantas terrestres, associada à celulose, cuja função é conferir rigidez, impermeabilidade e resistência às plantas), tornando a madeira branca. Em seguida, a superfície branca é revestida com polímero transparente de propriedades óticas, tornando a madeira transparente.

A ideia, embora bela, não se resume apenas ao design. Segundo Lars Berglund, chefe do departamento, o material reduzirá os custos de implantação de painéis solares em superfícies extensas. Ou seja, telhados e paredes de madeira podem se tornar placas solares para captação de energia.

“A madeira transparente é um excelente material para substituir o vidro na confecção de painéis solares, uma vez que ela é produzida a partir de um recurso barato, abundante e renovável”, explicou o pesquisador à BBC Brasil.

A madeira transparente já tinha sido desenvolvida anteriormente em pequenas dimensões, mas a descoberta sueca possibilita sua produção em escala comercial. Os cientistas garantiram que a técnica pode ser aplicada a qualquer tipo de madeira.

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Netflix lança série sobre design

Netflix lança a série “Abstract – The art of Design”, que conta a história de sete profissionais de vários ramos do design

A forma como as pessoas veem o mundo é criação do design. A Netflix decidiu contar sobre como os designers veem o mundo e o resultado desta visão em seus trabalhos. Essa narrativa fica a cargo da série documental original do canal online “Abstract – The art of Design”, que será lançado no próximo dia 10 de fevereiro.

Para a primeira temporada, o produtor executivo da série Scott Dadich – que é também editor chefe da revista de design e tecnologia Wired – escolheu sete profissionais para serem protagonistas de pequenos filmes.  Cada média metragem marcará um episódio da temporada narrando em forma de documentário a vida e a visão de mundo de profissionais do design.

Os primeiros escolhidos foram o arquiteto Bjarke Ingels, a designer de interiores Ilse Crawford, o ilustrador Christoph Niemann, o cenógrafo Es Devlin), a designer gráfica Paula Scher, o fotógrafo Platon, o designer de carros Ralph Gilles e Tinker Hatfield, designer de produtos da Nike.

“O que importa é a história, a mensagem, o sentimento, a conexão. É o design” narra o primeiro trailer divulgado. O objetivo da série é mostrar a importância e o alcance do design na vida das pessoas, ainda que nem elas percebam.

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Emoção em uma joia

Love Project captura emoções e entrega joias

Quando tecnologia e design se juntam, as possibilidades são infinitas (e muito criativas). Foi assim com o projeto da agência DDB de Hong Kong que o Blog AZ contou na reportagem Tecnologia a serviço do design – eles desenvolveram um aplicativo para que anéis pudessem ser feitos a partir do batimento cardíaco das pessoas. No Brasil, um projeto similar entrega um resultado ainda maior: a emoção em forma de joia.

O projeto foi batizado de Aura Pendente (Aura Pendant: Love Project), criado em 2013 pelos por Guto Requena, Edson Pavoni, João Marcos de Souza e Eduardo Dias. Antes de partirem para a parte criativa do design, os sócios se juntaram para criar um aplicativo capaz de capturar os sentimentos.

O app de celular tem o objetivo de materializar as histórias de amor. É que dois sensores, um de voz e outro de batimento cardíaco, são ativados no aparelho celular para captar e interpretar as emoções expressas enquanto a pessoa revive sua história de amor.
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O aplicativo grava as entonações na voz e o ritmo do batimento cardíaco com todas as suas alterações que representam a emoção sentida pela pessoa e a transforma em um pingente de ouro maciço 18k. A mágica de transformar sentimento em joia é função exercida também pela tecnologia. É que uma impressora 3D é a responsável por materializar as histórias de amor contadas para o aplicativo.

“A ideia do projeto era unir sentimentos e tecnologias e transforma-los em objetos vestíveis que investiguem processos de criação colaborativa e de fabricação na Era Digital” explica Guto Requena. Segundo Edson Pavoni, o projeto visa resinificar a maneira de presentear a outra pessoa com joias, ou seja, com objetos que realmente tenham verdadeiro valor sentimental.

O projeto que deu origem à Aura Pendente, chamado de Love Project, partiu de uma premissa parecida. Pessoas narravam para um dispositivo suas histórias de amor – qualquer amor – e suas emoções eram impressas em 3D. O projeto teve início em 2013 e como resultado, diversas manda-las únicas ganharam vida. Os pendentes, em ouro, custam R$3.200,00.
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2016: o ano de A a Z

Retrospectiva 2016: nosso mundo de A a Z

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2016 foi um ano que parece ter durado vários. Muito aconteceu no Brasil, no mundo e na vida de cada um de nós. É por isso que os memes na internet sobre a passagem para 2017 parecem não ter fim, assim como 2016. Mas o fim chegou. Esta sexta-feira é a ultima do ano e, para não perder a tradição, nosso ultimo post com a retrospectiva do que passou no Blog AZ.

O ano pode ter sido difícil, mas foi um ano de reconhecimentos. Foi com o título “Mulher de Vanguarda” que Maria Abadia Haich estampou quatro páginas da revista Destaque Imobiliário, com uma entrevista completa sobre o trabalho da profissional e do Armazém da Decoração. Por falar em Armazém, este ano atingimos a maioridade: 18 anos de loja comemorados no dia 18 de maio de 2016.
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Foi no palco dessa jovem de 18 anos – que é mais que uma loja de móveis, é um conceito em arte, cultura e design – que bailarinos da Quasar Cia de Dança brilharam. A razão? O lançamento da coleção Bailarina de Léo Romano. Outros eventos povoaram o coração do Armazém da Decoração, como o brunch para o lançamento do projeto Nômade, da artista visual Fabiana Queiroga, e a Tapioca para comemorar nosso tradicional bota fora de fim de ano.

Parece que já caminhamos por todos os 365 dias de 2016, né? Ainda não. Este ano fizemos parte de mais uma edição da Casa Cor Goiás: Celebrar a Vida. A Casa Cor também soprou velinhas em 2016. Este ano o evento local comemorou 20 anos e a edição nacional completou 30 primaveras.

Na edição de 2016, a Casa Cor retornou ao centro de Goiânia enaltecendo a arquitetura de nossa cidade em um prédio histórico: a Central de Medicamentos de Alto Custo (CMAC) Juarez Barbosa. O Armazém da Decoração marcou presença com elegância e 18 ambientes escolhidos 24 profissionais.
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Falamos de arte, fotografia, design, viagem e tudo que um amante de um mundo vanguarda adora participar. Para 2017? Desejamos sempre o melhor para todos. Força para enfrentar as dificuldade e leveza para carregar a vida. Feliz ano novo!
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Design pelo mundo: Francis Kéré

“O que é a arquitetura para alguém que veio de um país onde infraestrutura é praticamente inexistente”, se pergunta o arquiteto que dedica seu trabalho para a realização de obras em países subdesenvolvidos

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Richard Van Der Laken, criador do What Design Can Do – plataforma sobre design e arquitetura que abre suas portas nesta terça-feira para a edição de São Paulo –, ao falar sobre o “design que transforma a sociedade” citou nomes de arquitetos que fazem a diferença não apenas para as pessoas, mas para o mundo. Francis Kéré é um deles.

Para o holandês Van Der Laken, o design tem que ser mais que estética, ainda que esta seja importante. Com o objetivo de entregar mais que beleza, Francis Kéré retornou ao seu país de origem para desenvolver o premiado projeto Construindo com a Comunidade.

“O que é a arquitetura para mim? O que é a arquitetura para alguém que veio de um país onde infraestrutura é praticamente inexistente”, se pergunta Kéré. “Arquitetura é mais que prédios e mais que criar algo visto como arte. É desenvolver um trabalho que no fim as pessoas sintam como delas”, explicou.
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Diébédo Francis Kéré nasceu em Burkina Faso, um dos países mais pobres da África, mas completou seus estudos em Berlim. Já como arquiteto, volta ao seu país de origem para aplicar as técnicas de sua profissão à realidade de Burkina Faso. O país possui madeira, argila e uma população numerosa. Francis Kéré utilizou os materiais e mobilizou a população para construir casas, escolas e bibliotecas modernas usando matéria prima rudimentar.

“Tentei usar materiais locais, sobretudo argila e madeira, para criar edifícios que sejam modernos”, explicou o modernista da argila. Segundo ele, o emprego da argila é uma forma de empregar também a arquitetura sustentável, já que se utilizam os recursos disponíveis no meio. O projeto fez de Francis uma sumidade no trato com a argila, o levando a ganhar inúmeros prêmios de arquitetura.

Entretanto, embora tenha dito que arquitetura não é sinônimo puro e simples de arte, não descarta essa correlação. Alguns de seus trabalhos, bem artísticos, foram incluídos na lista de objetos em exposições em museus norte-americanos.

Instalação de Francis Kéré

Instalação de Francis Kéré

Paulo Alves + Hugo França

Os designers se uniram para trabalhar o que mais amam: a madeira

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A madeira é o fio condutor dos trabalhos dos artistas Hugo França e Paulo Alves, por isso decidiram manusear a matéria-prima a quatro mãos. Ambos têm relação muito íntima com a natureza e o ecodesign e, percebendo isto, Paulo Alves convidou o colega de profissão para lancarem juntos o “Projeto 2: Paulo Alves + Hugo França” DW! 2016 que aconteceu em agosto deste ano.

O “Projeto 2: Paulo Alves + Hugo França” tem como foco trazer formas inovadoras e perspectivas intrigantes ao mobiliário tradicional. “Esse projeto é só um pretexto para trabalhar com um amigo. Hugo França tem um trabalho incrível, admirado e reconhecido internacionalmente. Cruzamos nossas características para criar desenhos únicos que, certamente, nenhum dos dois faria sozinho”, disse Paulo Alves em seu site.
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Madeiras como pequi, garapeira, roxinho e ipê foram as selecionadas pelos designers. Aliás, trabalhar com árvores raras fez com que Hugo França escalasse roedores para seu time de produção. É que algumas das madeiras utilizadas por ele, o pequi-vinagreiro entre elas, apenas cresce depois que suas sementes passam pelo estômago de roedores, como as pacas.

O resultado do trabalho conjunto foi a criação de inéditas e limitadas – bancos, mesas, poltronas, chaises, estantes. “Estou muito satisfeito os resultados dessa iniciativa. Ela estabeleceu uma conexão entre duas artes distintas, mas que, ao mesmo tempo, possuem uma sinergia. Para mim, o design é livre e, quando desafiador, traz resultados surpreendentes”, explicou Hugo França.

As peças compõem mostra itinerante ao longo do Brasil, mas foi recentemente exposta em Miami durante a Art Basel, que aconteceu na última semana.
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Informações e imagens: Estúdio Paulo Alves

Art Basel Miami abre as portas para sua 47º edição

Entre os dias 1 e 4 de dezembro o distrito do design de Miami recebe artistas e galerias para mais um ano de Art Basel

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Desde 1970, todos os anos Miami vira um palco de experimentação artística. O mundo Art Basel Beach começou na tarde desta quinta-feira (1) sua 47ª edição e o fascinante distrito Art Deco da cidade é tomado por muito design.  Entre o refinado design das galarias de arte até os muralistas experimentais do grafitado bairro de Wynwood, Miami respira a criação até o dia 4 de dezembro, ultimo dia da feira.

Caminhar pelo Design District é caminhar por esse submundo da arte contemporânea que nasce em Miami sempre na primeira semana de dezembro de todo ano. A Art Basel nasceu na Suíça e espalhou seu DNA pelo mundo. Atualmente, além de Miami a feira se realiza também em Hong Kong.
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O publico da Art Basel nos EUA ultrapassa a margem de 75 mil pessoas por edição, entre colecionadores, artistas e aficionados pela arte. Este ano, a feira conta com 269 galerias de 29 países, o Brasil entre eles, e obras de mais de quatro mil artistas. Estes números não chegam sequer perto de refletir o que é Miami nesta semana. É que além da Art Basel, outras duas dezenas de festivais também são sediados na cidade no mesmo período.

A Art Basel Beach acontece no Miami Beach Convention Center e se divide em seção principal, com a mostras das principais galerias e artistas mundiais e outros setores: Edition (gravuras e edições numeradas), Survey (arte contemporânea de antes dos anos 2000), Positions (projetos individuais de artistas renomados), Nova (novas galerias), Film e Public (exposições ao ar livre).

Programação completa da feira no site do evento.

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25ª Biennale Interieur na Bélgica

Vera Santiago, da Agência de Design, visitou a 25ª Biennale Interieur na Bélgica e conta o que de melhor a mostra proporciona ao design

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Chegar a Kortrijk, a partir de Bruxelas, não foi difícil. Os trens têm horários variados e constantes e já estando em Kortrijk, em poucos minutos um shuttle nos leva direto para o pavilhão XPO, onde está o ponto central da Bienal. Estamos falando da 25ª edição da Biennale Interieur, que aconteceu no final do mês passado na Belgica.

A Biennale Interieur é uma organização sem fins lucrativos que atua no campo do design, desenvolvimento de produtos e inovação. Aconteceu pela primeira vez em 1968 e celebrou sua 25ª Bienal no fim de outubro de 2016. É uma aposta constante na singularidade das criações e vêm aumentando seu número de visitantes a cada ano, além do volume de negócios e de marcas de design de renome mundial.

A ideia é incentivar um amplo debate público com o intuito de levar à disciplina do design, contribuindo para um mundo melhor. Este ano, tudo funcionou com calma e ordem. O volume de visitantes foi à medida certa para a estrutura. E se inverter a ordem da frase, seguramente altero o resultado e a conclusão, assim valorizando a capacidade dos belgas em organizar, planejar e saber receber. Os belgas são realmente bons nisso!

Kortrijk é uma cidade pequena, mas o fácil acesso por trem ou carro permite a presença de muitos visitantes num evento que tem duração de 10 dias.

A feira tem curadoria cuidadosa de um time com Kersten Geers Van Severen, Richard Venlet & Joris Kritis, que juntos elegem e homenageiam um designer a cada edição. Nomes como Jasper Morrison e Jean Novel já foram destacados em outros anos. Em 2016 foi a vez do belga Vincent Van Duysen, arquiteto e designer com produtos colocados no mercado e fabricados por grandes marcas italianas, incluindo FLOS, BeB e Poliform.

Muitos eram os espaços destinados a projetos conceituais, uso de diferentes materiais ou materiais com aplicações inusitadas. Restaurantes, bares e exposições foram incluídos na ambientação dos halls possibilitando a interação entre visitantes e criando um ritmo surpreendente. Corredores largos permitindo muita visibilidade do conjunto. Também é impossível não ressaltar o belo pavilhão, climatizado e amplo, com vários banheiros bem instalados.

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Atrações

Bar Terra: um balcão em torno de um canteiro de cogumelos, na intenção de criar uma relação entre o visitante e a forma mais primitiva de vida. A luz calma e amarelada focando o centro da imensa mesa de cogumelos leva à reflexão sobre o estágio em que vivemos agora, sobre a complexidade da forma em que vivemos hoje. Projeto de Carolien Pasmans, Bran Aerts e Claudio Saccucci de Stedenbouw, da Bélgica.

Restaurante Nose: nesse restaurante japonês nada poderia tirar o foco do alimento, com sua cor, sabor e, sobretudo, aroma. Projeto simples, limpo com materiais baratos, como espumas e compensado, além de uma enorme mesa de uso coletivo cercada por cadeiras finlandesas do ilustre Alvar Aalto. Projeto de Mayu Takasuci (Tóquio) e Johannes Berry (Cape Town), da Bélgica.

As exposições, montadas entre os stands dos expositores, também despertaram a curiosidade e estimularam a imaginação dos visitantes.

Generation: enfim, uma citação ao design brasileiro. Os Irmãos Campana marcaram presença com a peça Cabana Cabinet. Planejada pela curadoria da feira, com uma montagem simples, mas bastante colorida, essa mostra reuniu diversas peças para contar sobre o período de 5 anos da história do design. Foi possível conhecer como os móveis usados para guardar e organizar coisas foram concebidos ao longo desses anos.

Etage Projects: essa galeria de Copenhagen organizou uma exibição mostrando peças de Michael Marriot, Peter Marigold e Frederick Paulsen a fim de explorar as fronteiras entre cultura, arte e design. Quase como uma brincadeira, a ideia era despertar pensamentos. Também tinha uma montagem simples num pequeno espaço bem iluminado.

Circus: uma grande instalação. Aqui, tudo mais elaborado e sofisticado. Tratou-se de uma tenda de circo, clara, branca, criando contexto para apresentação de produtos das marcas Alessi, Duravit , Taor , Niko , Quick Step , King George , Dekton , De Morgen e Moooi. Continha um bar central rodeado por áreas expositivas das marcas. Espaços conceituais, alegres e divertidos.

Room for a day bed: espaço quase monocromático com luz difusa e suave. Haviam tecidos de lã usados juntamente com peças de metal, além da leveza do cinza, marcado pelo uso de concreto. Destaque para o contraponto no pendente de luz branca, como se fosse uma lua branca iluminando o espaço cinza. Projeto de Johnston Marklee e Jonathan Olivares, dos Estados Unidos.

IDZ: A cidade de Berlin também marcou forte presença com os expositores organizados pelo IDZ Internacional Design Center Berlin. Eles estavam reunidos formando um conjunto interessante, com propostas inovadoras e que com certeza despertam nossa imaginação. O que vi me reafirma que a cidade de Berlin é um polo de produção de criatividade, com gente de ideias leves e desempoeiradas.

De: Vera Santiago (Agência de Design)
Imagens: Divulgação

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Philippe Starck desenha novo modelo de smartphone

O francês Philippe Starck firmou parceria com a empresa chinesa Xiaomi para desenvolver o design do mais novo smartphone da marca

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Que o francês Philippe Starck se desdobra em suas criações nos já sabemos, mas seu último projeto o levou para um novo ramo design: a tecnologia. Um dos nomes mais importantes da italiana Kartell firmou parceria com a empresa chinesa Xiaomi e desenvolveu o design do mais novo smartphone da marca.

O aparelho, batizado de Mi MIX, foi anunciado pela empresa na última semana como sendo o celular com o maior aproveitamento de tela. Philippe Starck criou o produto para ser produzido na cerâmica, com tela que aproveita quase que toda a superfície do aparelho. 91,3% para ser mais exato.

Segundo o designer, o trabalho foi um desafio novo em sua carreira. “Desenhar um smartphone é uma nova experiência criativa para mim. É criar nos dias de hoje o que será o celular do futuro”, publicou em seu site oficial.

Embora o produto ainda não tenha data para chegar ao Brasil, será lançado ainda este ano na China, com valor estimado entre US$ 600 e US$ 800 e 4 GB de memória RAM com 128 GB de armazenamento interno. Design é sempre design.
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Imagem: divulgação