Ah! O clássico

Carbono design reedita peças clássicas com o DNA do design contemporâneo

20002589-d890-49aa-9502-af33b768a0d6

Seguir o clássico é não errar! Na moda, na arquitetura e no design a opção pelo clássico é a certeza de estar elegante e não poderia ser diferente: o clássico nunca sai de moda. Contemporânea por essência, a Carbono decidiu homenagear o clássico com a Coleção Remix.

Segundo Marcus Ferreira, criador da Carbono Design, os clássicos acabaram virando commodities. “A Carbono foi o lugar ideal para subverter esse movimento e criar peças ‘Carbonizadas’, ou seja, na nossa visão como elas seriam feitas nos dias de hoje, materiais, cores etc.”, explica o designer.
98f41945-f0b8-438a-923a-aab577756efc

Foi assim que a Coleção Remix homenageou o clássico, trazendo ele para o século 21. O resultado do projeto foi a reedição de 12 peças aclamadas pelo design mundial, entre elas a Cadeira Série 7, de Arne Jacobsen, Banqueta Time Life e Poltrona Charles Eames, de Charles & Ray Eames e o Banco Bertoia de Harry Bertoia.

Reeditadas em cimento, aço inox, lona, madeira carbonizada, as criações transmitem o estilo de vida jovem, principal DNA da loja, fazendo com que se tornem objetos de desejo da nova casa brasileira.
17152685-ba17-4513-81e9-fd131c40ae85 75ba3960-d149-4ae0-9c5b-c9027cadc2f5 60f402f9-61a9-4985-86b1-02bb66b11b73 9c9e2bad-d5dc-4e95-ace3-9290927f242c 8a36cfdd-7290-4266-af3f-01665f44cb71 1fdea964-5e05-40ad-85f6-64c9812b1944

Imagens: Léo Fagherazzi
Informações: Assessoria de Imprensa Carbono

O modernismo de Warren Platner

Warren Platner uniu o que o modernismo tinha de novo fazendo uma releitura dos clássicos vitorianos

Sem título

Sabe aquelas mesas redondas com pés em aço que costumamos ver por ai? Ela tem nome e sobrenome. Warren Platner para ser mais específico. Falamos muito no design modernista brasileiro e nos nomes e móveis do início da segunda metade do século 20. Platner também representa esse momento do design, só que em âmbito internacional.

O designer aproveitou-se do clássico, sobretudo nos móveis vitorianos franceses, para trazer para a modernidade aquilo que faziam nos séculos 14 e 15.  “Eu sentia que havia espaço para o tipo de decoração e design de formas suaves e graciosas que surgiu em um estilo da época, como Luis XV”, explicou certa vez o designer.

Com isso, Warren Platner trouxe para sua criação a exuberância do mobiliário daquela época, aliando formas orgânicas a rigidez do aço. O arquiteto norte-americano formou-se pela Universidade de Cornell e iniciou sua carreira trabalhando no escritório dos lendários designers Eero Saarinen e IM Pei. Em 1967 fundou seu próprio espaço de criação, dedicado ao designer e à arquitetura, projetando de mobiliário a interiores de residências e comércios.
acab. mesa-475x375

No design, concentrou-se na ideia de criar móveis com fios de aço até chegar à linha de cadeiras, mesas, poltronas e longue chair que deu maior visibilidade ao seu trabalho – são peças que se repousam em uma base de aço niquelado. As cadeiras Platner, por exemplo, foram desenhadas na década de 1960, junto com a equipe da Knoll. Uma peça robusta que, na companhia das mesas em aço, se impõe no ambiente.

Na arquitetura, Platner acreditava que um edifício não era uma peça para se encaixar na paisagem urbana. Segundo o arquiteto, as edificações devem nascer de dentro para fora. Ou seja, ele primeiro pensava no que o espaço interno daquele ambiente pode trazer de comodidade e conforto e só em seguida projetava as formas que ele daria para as cidades.

Warren-Platner-Collection-700 Sem título 2

Uns criam, outros copiam

Há 12 anos no mercado, a poltrona Louis Ghost bateu recordes de venda e é um dos grandes sucessos da Kartell

poltrona Louis Ghost phillipe Starck
O plástico invadiu o design. Móveis, roupas, sapatos e bijuterias usam e abusam do material que antes era jogado para escanteio e tudo isso é graças à Kartell. A empresa italiana passou a usar o polímero sintético na fabricação de seus produtos e atualmente cerca de 70% das peças da marca são de plástico.

A Kartell é líder mundial na fabricação de móveis e utensílios de plástico e conseguiu convencer não só os italianos, mas os consumidores de mais de cem países do mundo – o Brasil entre eles – a levar peças de um material aparentemente tão banal para dentro de um escritório ou uma sala de estar.

Para conquistar tamanho mercado, a empresa tem nomes de peso e o francês Philippe Starck é um deles. Starck nasceu em Paris no dia 18 de janeiro de 1949 e estabeleceu seu nome no design de mobiliários desde que se formou na École Nissim de Camondo e fundou sua própria empresa, a Starck Productions.

Seu design leve e contemporâneo caiu nas graças do público e da crítica e alguns exemplos de suas obras podem ser vistos através das peças fabricadas pela Kartell. Há 12 anos, o designer criou uma peça que seria copiada e plagiada em todo mundo – quer sinal maior de sucesso?

A poltrona Louis Ghost foi uma releitura ultra contemporânea da barroca poltrona Luís XV. Com design bem francês, a peça contou com o estilo italiano da Kartell de fabricação: no plástico. Ao completar 12 anos de vida, a poltrona atingiu a assustadora marca de mais de 1,5 milhão de unidades comercializadas em todo o mundo.

Para seu próprio criador, o que fez a Louis Ghost se tornar esse grande sucesso foi o inconsciente coletivo. “O sucesso universal da cadeira Louis Ghost não deriva de seu design, mas da memória comum de seu estilo clássico”, explicou em entrevista para a revista Vogue. Esse sucesso pode ser encontrado, original, no Armazém da Decoração.

Poltrona Voltaire / Sérgio Rodrigues

Meio ultramoderna meio Luis XV, Sérgio Rodrigues botou em prática sua criatividade e inovação na Poltrona Voltaire (1967)

Poltrona e Puff Voltaire de Sérgio Rodrigues

Poltrona e Puff Voltaire de Sérgio Rodrigues

Sérgio Rodrigues é sem dúvida uma das maiores expressões do design nacional e como o arquiteto sabe mesmo se expressar, tem a tendência de colocar o mundo do design de ponta-cabeça. A Poltrona Voltaire, criação sua de 1967, é a prova literal de suas reviravoltas.

A peça foi a releitura que Sérgio deu para as clássicas Poltronas Bergére. Para aqueles que ainda não conseguiram fazer a conexão, vai uma dica: incline a cabeça em 180º e tanta achar em Voltaire traços dos clássicos designs inspirados na época de Luis XV.
Poltrona Voltaire Branca

Projetada em madeira tauari, a Poltrona Voltaire foi como uma brincadeira entre o iluminista Voltaire e o absolutista Luis XV, entre o clássico e o novo. Mais uma vez criativo e inovador, Sérgio Rodrigues deu ao clássico uma linguagem bastante contemporânea e como bem sabe fazer, com muito requinte e sofisticação.

Poltrona Voltaire