Artesanato é um trabalho manual que tem como base a matéria prima natural, um verdadeiro protagonista quando o assunto é economia criativa. Seu nascimento provavelmente data do início da própria história humana no mundo, assim, quando o britânico John Howkins criou o termo economia criativa para se referir ao trabalho que nasce da imaginação e da inovação, acabou englobando em seu conceito muito projeto artesanal mundo afora. Um desses projetos foi criado aqui.
O Instituto Ana Carol, ONG criada por Celma Grace de Oliveira, foi o responsável por conceber a Cooperativa de Bordadeiras BORDANA em 2009 como projeto de inclusão social e econômica de suas artesãs. O objetivo do programa era a geração de trabalho e renda através do cooperativismo e da economia solidária como meios para a emancipação e empoderamento das mulheres envolvidas na cooperativa.
“Mãos que se unem em linhas que se cruzam” é mote que guia as atividades das bordadeiras. A cooperativa apresenta trabalhos únicos e exclusivos com linha de produtos inspirados nas riquezas do Cerrado e em suas próprias histórias de vida. Além do artesanato, as bordadeiras descobriram outro espaço que ultrapassa o limite do ambiente doméstico. Para Celma, presidente da ONG, a cooperativa deu às artesãs um espaço para que possam exercer diversas outras atividades inseridas na programação, como dinâmicas de grupo, oficinas, palestras e exposições.
Com mais de cinco anos no mercado, a Cooperativa tentar alçar voos mais longos. Desde 2014 iniciou uma parceria com o talentoso designer Renato Imbroisi de São Paulo. A ideia é chegar a um mercado ainda inexplorado de um público que valoriza qualidade e requinte – dentro e fora de Goiás. A consultoria de Renato Imbroisi rendeu então a última coleção da BORDANA intitulada “Arranjo Produtivo – Um sonho bordado à mão” que será lançada em nível nacional no Museu A Casa.