Moda, arte e televisão

O mundo de Maureen Miranda e seu universo feminino estampado em objetos, roupas e até vestidos de noiva

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Moda, televisão e arte são os caminhos por onde anda Maureen Miranda. Atualmente no ar na novela global das 19h, Love Story, Miranda também participou de I love Paraisópolis, novela da mesma faixa de horário da Globo em 2015. Mas a televisão não é nem de longe o principal trabalho artístico de Maureen.

A atriz é também diretora teatral, figurinista, ilustradora e artista plástica. “Arte, de maneira geral, é a única saída para a melhora do ser humano”, disse certa vez em entrevista ao jornal Extra. Curitibana, a artista desenvolve seus desenhos em seu atelier. Lá cria objetos e roupas, estampadas com os traços de sua personalidade artística.

São gravuras, sabonetes, cadernos, jogos americanos e canecas, todos marcados por seu universo feminino.  É que seus desenhos são diferentes expressões e formas do mundo cor de rosa de bonecas que lembram as ilustrações dos desenhos japoneses.

Recentemente, entretanto, Maureen Miranda alcançou o universo das noivas e passou a estampar seus desenhos em vestidos para o grande dia. Os vestidos de noiva do famoso estilista Edson Eddel foram ilustrados pelos anjos femininos de Maureen Miranda.

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Cidades de papel

Clara Benett mistura arte, história e arquitetura em seu trabalho com maquetes e com a representação das cidades

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Vamos combinar que a arquitetura e a arte são dois ofícios muito parecidos. Nas mãos da francesa Clara Benfatti eles se uniram em um único trabalho. É que a artista plástica elegeu São Paulo para transportar ao papel a paisagem da cidade grande. As silhuetas dos edifícios com a poesia de seu trabalho renderam à artista sua primeira exposição individual em meados do ano passado.

Clara Benfatti nasceu na França em 1984, mas escolheu o Brasil como país e radicou-se em São Paulo. Formada em artes plásticas na FAAP, expõe sua obra desde 2009 na capital paulista. Em 2015 a Zipper Galeria abriu suas portas para que a artista fizesse sua primeira exposição individual.

Entre seus trabalhos expostos nessa mostra, dois se destacaram. Em Outras Cidades, Benfatti utiliza o nanquim para sobrepor as silhuetas de uma grande cidade sobre a outra formando belas imagens no papel.

O papel também é a matéria prima utilizada pela artista para construir caixas-maquetes. A Silenciosa Fábula dos Objetos são maquetes feitas a partir de imagens de cômodos iguais. Explorando ainda as cidades, a artista criou a série Cidades Brancas, onde Clara mistura camadas de desenhos em papel vegetal de diversos tamanhos e formatos, criando uma perspectiva tridimensional.

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Morre aos 101 anos a artista plástica Tomie Ohtake

Morreu nesta manha, aos 101 anos de idade, uma das maiores artistas plásticas brasileiras, Tomie Ohtake

Tomie Ohtake

Tomie Ohtake

Dama do abstracionismo e das artes plásticas brasileiras, Tomie Ohtake construiu ao longo das seis décadas de carreira um estilo único de encarar a arte e a vida. Tomie Ohtake deixou marcado em São Paulo seus traços e na cultura brasileira, a sua arte. Hoje, porém, deixou o mundo aos 101 anos de idade.

Tomie Ohtake estava internada há pouco mais de uma semana por causa de uma pneumonia no Hospital Sírio Libanês, onde chegou a sofrer uma parada cardíaca e respirava com ajuda de aparelhos desde a última terça. Seu corpo será velado no Instituto Tomie Ohtake nesta sexta-feira (13) em um evento aberto ao público.

Nascida em 1913 na cidade de Kioto, no Japão, Tomie chegou ao Brasil em 1936, mas começou sua carreira de pintora tarde. Com 40 anos de idade entrou para o mundo das artes e construindo uma trajetória como poucos artistas brasileiros conseguiram. Dona de um abstracionismo raro, Tomie Ohtake não se deixou levar pelas correntes artísticas e se manteve fiel ao seu estilo por toda a vida.

Os anos 60, Tomie se naturalizou brasileira e fez de suas obras parte de São Paulo. Esculturas de aço assinadas pela artista podem ser vistas nas avenidas Paulista e Berrine e em obras de Oscar Niemeyer. Entre formas ovais, retangulares, cruciformes, quadradas sugerindo a idealidade de uma figura geométrica ou de um signo qualquer, sua obra – colocada isoladamente, justapostas ou em série – preserva a ambiguidade perturbadora entre o espaço e a tela.

“Nunca pensei que estaria viva aos cem anos, mas essa idade chegou sem que eu sentisse nada. Só sei que gosto muito de trabalhar e fico feliz pintando”, declarou há dois anos a artista que terminou a vida como queria, pintando.

Instituto Tomie Ohtake

Instituto Tomie Ohtake

O versátil Ronald Sasson

Ronald Scliar Sasson migrou das artes plásticas para o design em um percurso de sucesso e muitos prêmios

Banco Luiza

Banco Luiza

Dando sequência à nossa semana assumidamente modernista, o designer de hoje é o curitibano Ronald Scliar Sasson. Ronald Sasson é autodidata de design versátil e apaixonado pelo modernismo. Formado em artes, Ronald trabalhou como artista plástico por 12 anos abrindo seus horizontes para a atuação em um design voltado para cores e texturas.

O artista e designer já foi convidado para expor em 15 salões por todo o Brasil, mas o sucesso chegou quando Ronald projetou Luiza. Luiza é um banco que chama atenção por sua elegância clássica, simples e leve. Premiado com o bronze na categoria Móveis, Objetos Decorativos e Homeware A’Design Awards 2012, em Milão, e o Ouro na categoria Sala de Estar e Quartos do Prêmio IDEA Brasil 2013, o banco abriu as portas do artista para o mundo do design.

Pufe Cubo Mágico

Pufe Cubo Mágico

Além da influência artística em seu trabalho, o design Nórdico e as cores Mediterrâneas também podem ser percebidos nas obras de Ronald Sasson, influência que recebeu dos anos morou na Europa e Oriente Médio. Mas quando se fala em design, a Itália não poderia ficar de fora. Um de seus últimos lançamentos, exposto na Casa Brasil 2013, é a Poltrona Sato parte de uma proposta italiana de ergonomia aplicada pelo designer.

O profissional, na hora de criar, lança mão da observação e da arquitetura. Seu trabalho com design já chegou na adolescência, Ronald atua com o designer há 15 anos e mostrou sua preferência por trabalhar com madeira natural, couro e laca. Sua visão sobre o design: que seja ao alcance de todos. E agora está ao alcance dos goianos, pois o talento de Ronald Sasson fará parte do design da AZ. Aguardem.

Poltrona Sato

Poltrona Sato

Poltrona Balma

Poltrona Balma

Mesanino Lógico

Mesanino Lógico

Mesa Lateral Spin

Mesa Lateral Spin

 

“Nunca parei de desenhar”

Crônicas do Dia-a-Dia fala hoje sobre o artista Goiano que vêm fazendo sucesso fora de sua terrinha, Marcelo Solá

Marcelo Solá (Fotos: Blog da Mariah)

Marcelo Solá (Fotos: Blog da Mariah)

É em sua chácara que Marcelo Solá concentra seu trabalho. A pulsação das metrópoles contemporâneas e sua natureza caótica e pulverizada são impressas em sua obra que saiu do centro do país e conquistou galerias de arte em várias partes do Brasil e do mundo. Aos 42 anos de idade, Marcelo continua se dedicando ao desenho como fazia quando ainda era um menino. “A criança, na fase escolar, até aprender a escrever, se comunica por desenhos. Eu aprendi a escrever, mas não deixei de me comunicar por desenhos”, conta Marcelo.

O desenho-pintura de Solá nasceu da sua criatividade e da ânsia de se expressar. Autodidata, Marcelo não frequentou a faculdade. O artista conta que até tentou entrar para cursos como artes visuais e arquitetura, mas o plano não deu certo. “Eu sempre desenhei, desde criança. Acabei me envolvendo em todo o processo e as coisas foram acontecendo para mim, quando vi já estava sendo convidado para exposições e mostras fora de Goiás”.

O artista plástico não se limita ao papel. Marcelo usa e abusa da arte em todos os seus sentidos e o desenho é apenas um deles. Algumas obras de Solá são o que o próprio artista chama de desenho-instalação com a participação de objetos como uma atividade ampliada. Marcelo é íntimo da arte, mas ainda está se adaptando ao mercado. “O mercado é uma novidade para mim, de uns dois ou três anos para cá as exposições têm vendido meus quadros”, conta o artista.

Temas

São as divagações e percepções do artista acerca do mundo que o cerca as suas principais inspirações. Marcelo dedica 24 horas do seu tempo à arte e são as pequenas coisas que Marcelo transforma em grandes desenhos. “Faço reflexões sobre temas que, as vezes, passam despercebidos na vida das pessoas e esses temas viram obras de arte”, explica o artista. Quando decide enumerar os temas, arquitetura, sexualidade, religião não ficam de fora.

Entre as suas exposições, destacam as realizadas na Funarte, Brasília, em 2005, na Celma Alburquerque Galeria de Arte em Belo Horizonte, no Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro e na Galeria Casa Triângulo e Centro Cultural São Paulo. Este ano, Marcelo Solá foi convidado para mais um exposição internacional, desta vez em Massachusetts, Estados Unidos.

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