As novidades de Jacqueline Terpins

Artista plástica, Jacqueline Terpins transita com facilidade por todas as matérias primas e aproxima a funcionalidade do móvel com a beleza da arte

Jacqueline Terpins ficou conhecida pelas peças que realçam o movimento original do cristal e abusam das formas do vidro. Mas não é só de vidro que é feito o seu trabalho. Terpins transita entre diversos tipos de matérias primas e o faz com muita competência e criatividade. Deve ser por isto que o Blog AZ adora mostrar seu trabalho.

Este ano, Jacqueline Terpins ousou em suas peças de estética minimalista lançadas em abril durante a edição 2017 da SP-ARTE. “Poder se emocionar no cotidiano através do uso de objetos ou móveis é uma forma de viver melhor”, explicou a designer em entrevista para a  SP-ARTE. Segundo Terpins a emoção dos objetos pode vir tanto pelo estudo de sua funcionalidade – algo que a designer faz muito bem – como também, claro, pela transcendência que sua beleza provoca.

A emoção passada pela transcendência da beleza de suas peças ficou a cargo de algumas novidades apresentadas durante a feira, como os bancos Pedra, mesas laterais, como a Fenda, objetos de decoração com os vasos de cristal e móveis em todos os materiais: aço inoxidável, quartzo, madeira e vidro.

Artista plástica, Jacqueline Terpins formou-se em Comunicação Visual na Escola de Belas Artes da UFRJ e manteve suas criações de mobiliário muito próximas do meio artístico. É por isto que suas peças são uma mistura entre a funcionalidade do mobiliário com a beleza da arte. Imagens falam mais que palavras, então confiram as novidades do trabalho de Jacqueline Terpins.

Ernesto Neto e sua arte

Entre a escultura e a instalação o artista brasileiro Ernesto Neto encontra formas de expor a criatividade

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Entre a escultura e a instalação artística brasileira encontramos Ernesto Saboia de Albuquerque Neto, um dos mais conceituados e respeitados nome da arte nacional. O artista multifacetado é escultor, fotógrafo, cenógrafo, desenhista, pintor, artista plástico e organizador de eventos. Podemos falar seguramente que Ernesto Neto é considerado um dos artistas brasileiros de maior prestígio no mundo.

Sua arte ganhou destaque no fim do século passado com uma clara inspiração buscada no trabalho dos neoconcretistas do final da década de 1950 do grupo comandado por nomes como o de Lygia Clark. O movimento, assim como as obra de Ernesto, tem como objetivo propor uma reação aos concretistas ortodoxos da arte geométrica difundindo a arte como organismo vivo em uma espécie de arquitetura orgânica que convida o espetador a ser um participante ativo da obra.

Ernesto Neto nasceu no Rio de Janeiro no ano de 1964. Estudou escultura na Escola de Artes Visuais do Parque Laje e intervenção urbana e escultura no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. A partir de 1990, passou a utilizar em suas esculturas e instalações o tecido, material que marca sua identidade nas obras que assina. Meias de poliamida junto a materiais flexíveis e muitas vezes leves como isopor, algodão, miçangas e espuma são alguns materiais que fazem parte de suas peças.
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Ernesto Neto foi ganhando espaço no meio artístico e participou de numerosas mostras nacionais e internacionais como a Arco, Feira Internacional de Arte Contemporânea de Madri, Espanha, a Bienal de Veneza, e a Art Basel da Suíça.

Seu trabalho também ganhou as paredes de museus e galerias. Entre as dezenas de exposições individuas no Brasil e do exterior, destacam-se “Acontece num Fim de Tarde”, Galeria Camargo Vilaça, São Paulo, “O casamento: Lili, Neto, Lito e os loucos no MoMA, Nova York, “Citoplasma e organóides”,  Projeto Respiração, Fundação Eva Klabin, Rio de Janeiro, RJ, “Léviathan Thot”, Panthéon, Paris, França, “A sculture can be anything that can stand upright”, Galeria Elba Benitez, Madrid entre outras.

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O céu ainda é azul, você sabe…

Instituto Tomie Otake recebe obras de Yoko Ono para uma grande retrospectiva da carreira da artista

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Yoko Ono é a vanguarda da arte. Seu trabalho questiona as fronteiras tradicionais entre a obra e público, e o Instituto Tomie Ohtake vai diminuir mais estes dois extremos em mostra retrospectiva da obra da artista. O crítico islandês Gunnar B. Kvaran é o curador da exposição O Céu Ainda é Azul, Você Sabe…, que pretende revelar os elementos básicos que definem a vasta e diversa carreira artística de Yoko Ono.

Pioneira da arte conceitual, ainda hoje Yoko Ono continua a contestar o conceito de arte e do objeto de arte e por isto a exposição se propõe a viajar pela noção da própria arte, com forte engajamento político e social da obra de Yoko.

A exposição foi concebida especialmente para o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e é formada por 65 peças de “Instruções”, que evocam a participação do espectador para sua realização. São trabalhos que sublinham os princípios norteadores da produção da artista, ao questionar a ideia por trás de uma obra, destacando a sua efemeridade enquanto a dessacraliza como objeto.

Yoko Ono é compositora, cantora e artista plástica. Nascida no Japão em 1933, Yoko estudou nas melhores escolas até sua mudança para os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Foi em Nova York que a artista passou a conviver entre artistas e músicos – incluindo seu segundo marido, o Beatle John Lennon – e, em meio à efervescência cultural da década de 1960 desenvolve seu rico trabalho artístico.

Segundo Gunnar B. Kvaran, curador da mostra, O Céu Ainda é Azul, Você Sabe… é uma retrospectiva de “Instruções” que evidencia as narrativas que expressam a visão poética e crítica de Yoko Ono. São trabalhos criados a partir de 1955, quando ela compôs a sua primeira obra instrução, Lighting Piece / Peça de Acender (1955), “acenda um fósforo e assista até que se apague”. Na exposição, é possível seguir a sua criatividade e produção artística pelos anos 60, 70, 80, até o presente.

A mostra abre suas portas amanhã e fica em cartaz até 28 de maio, então quem passar por São Paulo neste período, não deixe de conferir. A entrada é de 12 reais a inteira e os horários de visitação são das 11h às 13h, das 13h ás 15h, das 15h às 17h e das 17h às 20h.

Informações e imagem: Instituto Tomie Ohtake

Lygia Pape ganha retrospectiva em museu nova-iorquino

Met Breuer apresenta primeira grande retrospectiva do trabalho de Lygia Pape e se derrama pelo neoconcretismo brasileiro

Tteia nº 1

Tteia nº 1

Arte concreta parece unir duas palavras que não se misturam. É que arte é abstração, criação, sensibilidade e expressividade. Foi pensando nisso que um grupo de artistas do Rio de Janeiro criou, no final da década de 1950, o movimento neoconcretista com o objetivo de propor uma reação aos concretistas ortodoxos. Não precisamos estender muito no assunto para perceber que estamos falando de um grupo para lá de vanguardista e um importante nome saído desse movimento foi o de Lygia Pape.

Lygia Pepe, falecida em 2004, ganhou o mundo e seu trabalho agora ganha Nova York na primeira grande retrospectiva dedicada ao seu trabalho feita pela filial do Metropolitan Museum of Art especializado em arte moderna, o Met Breuer. Outros nomes do neoconcretismo brasileiro, como Lygia Clark e Hélio Oiticica, também tiveram seus trabalhos expostos nos museus de arte moderna nova-iorquinos.

A exposição, batizada de Multitude of forms, apresenta dezenas de pinturas, esculturas, gravações, curtas-metragens, fotografias, instalações e performances da artista na primeira grande mostra retrospectiva de Lygia Pape nos Estados Unidos.

O nome da exposição não foi ao acaso, o Grupo Frente – do qual Lygia fez parte – ra um coletivo de artistas fascinados com as formas geométricas. Foi da experiência com o Frente que Pape buscou as bases para, junto com Hélio Oiticica e Lygia Clark, fundar o neoconcretismo – busca pela abstração geométrica e a experimentação artística.

Artista

Lygia Pape construiu sua carreira artística no Rio de Janeiro, onde  integrou os  grupos Frente e Neoconcreto, participando ativamente da renovação que marcou a arte brasileira naquele período. Os movimentos buscavam o resgate da liberdade de experimentação, tolhidos pela ortodoxa arte concretista que vigorava na época.

Ao lado de nomes como Amílcar de Castro, Ferreira Gullar, Franz Weissmann, Lygia Clark, Reynaldo  Jardim e Theon Spanudis, Pape assinou em 1959 manifesto do movimento Arte Neoconcreta questionando os parâmetros racionalistas do projeto construtivo e recuperando a dimensão subjetiva da arte.

Quem não puder visitar o continente vizinho para ver a obra de Lygia Pape no Met Breuer, inaugurada ontem (21), pode visitar o estado vizinho e ver o trabalho da artista no incrível Museu do Inhotim.

Tecelar 1955

Tecelar 1955

Divisor 1968

Divisor 1968

Instalação Londres (foto: Jarry Hardman)

Instalação Londres (foto: Jarry Hardman)


Imagens:
Divulgação

Cotidiano em foco

O carioca Marcos Chaves desenvolveu um trabalho nos parâmetros da apropriação e da intervenção fotográfica

 

Wadi Rum

Wadi Rum

O cotidiano é apreendido pela câmera fotográfica de Marcos Chaves e por meio dela vira arte. Chaves nasceu no Rio de Janeiro e iniciou a carreira na década de 1980. Utilizando-se dos parâmetros da apropriação e da intervenção, o artista transita entre a fotografia, produção de vídeos e instalações.

Com todos estes anos de experiência, levou seu trabalho a European Biennial of Contemporary Art (Itália), Bienal Internacional de São Paulo, Bienal do Mercosul (Porto Alegre), Bienal de Cerveira (Portugal), Bienal de Havana, entre tantos outro importantes museus e eventos.

Entre exposições individuais e coletivas, Marcos Chaves posicionou os elementos no espaço e os transformou em arte por meio de sua visão perspicaz. São cenas do dia a dia que ganham um novo olhar e uma nova perspectiva.

Foi assim com a série Pieces, onde o fotógrafo sobrepôs imagens tiradas de suas lentes uma sobre as outras. Em Buracos, fotografias de grandes crateras deixadas pelo descaso nas ruas das cidades.

O Rio de Janeiro, sua cidade, é também seu principal cenário. É das ruas e paisagens cariocas que Marcos tira grande parte de suas imagens. Além da fotografia, Marcos Chaves ganhou espaço no mundo artístico com instalações montadas e museus e mesmo nas ruas das cidades.

Arquipelago

Arquipelago

some Girls

some Girls

Rio 40graus

Rio 40graus

Desculpe o Transtorno

Desculpe o Transtorno

Copo vazio

Copo vazio

Imagens: Marcos Chaves

Arte no limite do corpo

A arte e a performance de Marina Abramovic

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Os limites do corpo e da mente são trabalhados constantemente pela artista plástica Marina Abramovic. Marina nasceu em Belgrado, na Sérvia, e hoje sua arte e seu nome são conhecidos em todo o mundo.

Marina Abramovic é um dos nomes mais importantes da arte de performance, uma vertente artística surgida na década de  1960 como um modelo de interdisciplinar de apresentação ao vivo que integrava teatro, música, poesia e vídeo – muitas vezes com a participação da plateia.

Abramovic formou-se em Belas Artes e iniciou suas performances artísticas nos primeiros anos do movimento Happening e das apresentações performáticas que tanto intrigavam o público entre as décadas de 1960 e 1970. Mas sua primeira performance foi feita quando Marina tinha apenas 12 anos.
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Segundo a artista, seu trabalho é uma colaboração entre “as artes, a ciência e a humanidade” – a ideia é despertar sentimentos usando o corpo e a mente. Em sua mais marcante apresentação (O Artista Está Presente), realizada em 2010 durante uma exposição que ocupou todos os seus seis andares do Museu de Arte Moderna de NY (MOMA) com a retrospectiva de seu trabalho, Abramovic ficou durante os três meses de mostra disponível ao público. Quem quisesse chegava e ficava o quanto quisesse sentado olhando para Marina. Alguns riam, outros choravam, outros conversavam e no fim ela passou mais de 700 horas sentada numa cadeira sem se mexer.

Outros trabalhos da artista também marcaram a sua carreira. Em Rhythm 2 (Ritmo 2), realizado em 1974 no Museu de Arte Contemporânea de Zagreb, a artista conseguiu duas pílulas de um hospital – uma para catatônicos e outra para esquizofrênicos – e, diante do público, ingeriu a medicação. Primeiro, Marina Abramovic tomou a pílula para catatônicos e começou a ter espasmos. Cerca de uma hora depois, quando se recuperou dos sintomas, a artista tomou o outro remédio.

Em Rhythm 0, de 1975, a artista se colocou à disposição do público diante de uma mesa com 72 itens – entre eles estavam uma pistola e bala de revólver. Abramovic ficou por seis horas na Galleria Studio Morra, de Nápoles, para que o público fizesse o que quisesse com ela. Neste dia, um dos participantes colocou a arma na mão da artista e apontou para seu pescoço. A arte performática de Marina Abramovic visa despertar emoções e reações, além de estimular o público a questionar sua relação com o mundo.
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Imagens: Divulgação / Instituto Marina Abramovic

São Paulo Photo Weekend e a fotografia jovem

Felipe Gombossy, Fernando Palmisano e Zé Bobby lançaram, em 2016, exposição de fotografia contemporânea jovem

Fotografia: João Bolan

Fotografia: João Bolan

Fotografia ainda não é uma arte esquecida, mas, sem dúvida alguma, é uma arte “massificada”. Com uma boa câmera nas mãos, as pessoas já se imaginam verdadeiros sebastiões salgados. Sabemos, entretanto, que a coisa não é bem assim.

Para preservar esta arte tão bela e, segundo o próprio Sebastião Salgado, ameaçada é que os fotógrafos Felipe Gombossy, Fernando Palmisano e Zé Bobby se juntaram para realizar, em julho deste ano, a primeira edição de uma feira totalmente voltada à produção fotográfica independente.

A São Paulo Photo Weekend foi criada como um canal alternativo de distribuição da atual produção fotográfica jovem e contemporânea e reúne cerca de 40 expositores entre pequenas galerias e artistas independentes com obras de arte originais.

O projeto deu tão certo que seis meses depois, na primeira semana de dezembro, seus organizadores realizaram a segunda edição do evento na capital paulista. A São Paulo Photo Weekend, com a mostra paralela PBMAG, também marcou o lançamento da revista PBMAG, publicação com fotografias exclusivamente em preto e branco com trabalhos autorais de fotógrafos convidados.

A 2ª edição reuniu obras de mais de 100 artistas, galerias e editoras independentes em uma verdadeira celebração cultural que o AZ mostra aqui:

Fotografia: James P.S Conway

Fotografia: James P.S Conway

 

Fotografia: Suzana Mendes

Fotografia: Suzana Mendes

Fotografia: Ulisses Matandos

Fotografia: Ulisses Matandos

Fotografia: Felipe Gombossy

Fotografia: Felipe Gombossy

Fotografia: Coletivo Gringo

Fotografia: Coletivo Gringo

Fotografia: Decio Araujo

Fotografia: Decio Araujo


Imagens:
São Paulo Photo Weekend / Facebook

É o fim da fotografia?

Sebastião Salgado prevê o fim da fotografia em um mundo onde a imagem se banalizou nas redes sociais

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Sebastião Salgado é um dos fotógrafos mais respeitados da atualidade. Nascido em Aimorés, interior de Minas Gerais, seguiu seu caminho e hoje se tornou um cidadão do mundo. É também pelo mundo que suas lentes capturam a vida e a transformam em arte. Ocorre que esta arte pode estar com os dias contados. É o que prevê o próprio fotógrafo.

Com exposição em cartaz na capital paulista desde o dia 26 de outubro, com a mostra Kuwait, Um Deserto em Chamas, Sebastião Salgado mostra o povo, a cultura e a diversidade. Porém entristece quando prevê que “a fotografia está acabando”.

Parece até estranho prever o fim da fotografia em um mundo onde as pessoas abusam dela. Talvez o diagnóstico tenha partido dai. Sebastião Salgado ainda é adepto das técnicas dos velhos tempos: filme, câmera escura, negativos e impressão.
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Confessou, durante a entrega do prêmio Personalidade, entregue a ele no último mês pela Câmara de Comércio França-Brasil, que mal sabe ligar um computador, mas que teve de se adaptar ao novo também e hoje já se utiliza das câmeras digitais.

Perplexo diante de um mundo movido a imagem, Salgado não acredita que todas as fotos que tiramos nos celulares são um resultado da arte feita por ele e outros tantos fotógrafos profissionais. “A fotografia está acabando porque o que vemos nos celulares não é fotografia. A fotografia precisa ser impressa, vista, tocada”, explicou aos jornalistas presentes no evento.

Para ele, vivemos no mundo das redes sociais um processo de eliminação da fotografia em detrimento de meras imagens. Para eles, imagens são aceitas apenas em filmes, como em O Sal da Terra, seu primeiro documentário.

Na fotografia, coleciona uma imensidade de trabalhos – de cunho social – sobre os povos e as culturas. Sua exposição em cartaz em São Paulo leva para o público fotografias, algumas inéditas e outras já conhecidas, registradas entre agosto de 1990 e fevereiro de 1991, durante a Guerra do Kuwait.

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Arte míope

Artista sul africano pinta quadros que mostram como é viver com miopia

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Estudos dizem que cerca de um terço da população brasileira sofre de miopia. A Organização Mundial da Saúde prevê um panorama ainda mais embaçado. Segundo estimativa da Academia Americana de Oftalmologia (AAO), em 2050, metade da população mundial terá problema para enxergar à distância.

Quem sofre desse mal sabe como é ver o mundo de forma turva e um artista quis levar essa sensação para a outra porcentagem da população ainda não atingida pelo distúrbio do grau. Philip Barlow, artista sul africano, usa tinta e tela e mostra como é viver a vida através dos olhos de um míope.

Philip vive e pinta em Riebeek Kasteel, perto da Cidade do Cabo, capital do país, obras obras hiper-realistas. Nos últimos anos, entretanto, tem alterado suas técnicas de pintura para mostrar como a incidência da luz pode influenciar uma paisagem. Foi ai que suas paisagens ficaram míopes aos olhos de quem vê e seu trabalho passou a ser conhecido como myope art (arte míope).
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 Imagens: divulgação / Philip Barlow

Subversão artística – a beleza da dança

Fotógrafo registra bailarinos nus em pontos icônicos das principais cidades europeias e norte-americanas

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O fotógrafo norte-americano Jordan Matter é especialista em imagens de bailarinos. É aquele artista que se apresenta atrás das cortinas. Desde 2009, registra imagens de bailarinos no cotidiano, mas decidiu mudar de perspectiva na produção do livro Dancers After Dark (Dançarinos Após o Pôr do Sol) – que será lançado na noite desta terça-feira (18) nos Estados Unidos.

O Dancers After Dark foi um projeto criado pelo fotógrafo em parceria com diversos bailarinos para mostrar as cidades na madrugada, só que completamente nus. O fotografo viajou para Paris, Londres, Amsterdã, Montreal e diversas cidades nos EUA, como Nova York, Baltimore, São Francisco e Chicago. A ideia era colocar os bailarinos nos locais mais icônicos e históricos das cidades.

“Se eu conseguir colocar os bailarinos no centro dos locais mais icônicos, o resultado será espetacular”, explicou Jordan Matter. E foi. Embora o livro ainda não tenha sido lançado, grande parte do trabalho desenvolvido para o Dancers After Dark pode ser visto no site do projeto.

Notre Dame em Paris

Notre Dame em Paris

Além da beleza das fotos, o trabalho chamou a atenção por não ser, nas palavras do próprio fotógrafo “particularmente legalizado”. É que as fotos foram tiradas sem autorização do poder público – o que se exige para um trabalho de nudismo, ainda que artístico. Os bailarinos chegavam no local alvo, tiravam suas roupas, e tinham menos de um minuto para encontrar a posição para a foto até que Matter gritasse “dispensado” ao avistar um carro da polícia.

“Esse projeto é uma oportunidade de mostrar para as jovens bailarinas, principalmente as bailarinas negras como eu que foram desencorajadas ao longo da vida, que elas crescerão para ser lindas. Que elas podem se mostrar e que se tornarão grandes artistas”, disse Michaela Deprince, capa do livro.

Washington Square

Washington Square

Towson

Towson

Monreal

Monreal

Monreal

Monreal

Millenium Park em Chicago

Millenium Park em Chicago

Rio Hudson em Nova York

Rio Hudson em Nova York

Chicago

Chicago

Chicago

Chicago

Chicaco

Chicaco

Central Park

Central Park

Amsterdã

Amsterdã

Nova York com o ator convidado Alan Cumming

Nova York com o ator convidado Alan Cumming

Museu do Louve

Museu do Louve