Os homens e mulheres que ninguém vê

Fotógrafo Thiago Fogolin registrou, em um incrível trabalho, o universo da vida dos moradores de rua de São Paulo para a série “O mundo é sortido, Senhor”.

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Para alguns, eles são um problema social. Para outros, são simplesmente invisíveis. Para Thiago Fogolin, moradores de rua são o que são: pessoas. O fotógrafo e designer gráfico tirou a máquina do bolso e saiu às ruas de São Paulo para registrar o universo da vida dos moradores de rua da capital. Sua intenção é tratar as pessoas como humanos e não marginais ou coitados.

“Meu objetivo era e tentar entendê-las de igual para igual. Isso faz com que elas relaxem e se abram, então eu fotografo”, explicou o fotógrafo em entrevista ao Mistura Urbana. Fogolin contou que sempre teve interesse nas vidas invisíveis. Foi dando visibilidade para os moradores de rua que o fotógrafo iniciou o projeto “O mundo é sortido, Senhor”.

“Desde o início a ideia foi não transformar o mundo num zoológico. A visão que se costuma ter dessas pessoas é que são vítimas, loucos fora do mundo. Isso mantém a invisibilidade dessa realidade já que é apenas um reflexo da culpa de cada um por se considerar em uma situação melhor. Retratar todos como coitados é primário demais, existe muita coisa além disso”, contou.

O projeto começou como um trabalho de conclusão de curso, mas hoje Thiago já tem mais de 3.000 imagens em sua série. No caminho coleciona diversas experiências. O fotografo conta que passou por momentos tensos e felizes. “Com muita gente acaba sendo divertido. A alegria é subjetiva e existe sim gente feliz nessa ou qualquer outra condição”.
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Biennale di Venezia

Veneza organiza, a cada dois anos, a Bienal de Veneza com mostras de arte, cinema, dança, música, arquitetura e teatro

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A cada dois anos a bela Veneza abre seus canais para receber a Bienal de Veneza. O evento em 2014 segue cheio de programações até 23 de novembro. Cinema, arquitetura, pintura, escultura, dança, música e teatro são as atrações que atraem turistas e amantes da arte para a região de Venêto na cidade das águas.

A bienal nasceu ainda em 1895 da ideia de um grupo de intelectuais venezianos comandados pelo então prefeito da cidade. O carro chefe das primeiras edições eram as artes decorativas, até que o evento se expandiu, ganhando força internacional nas primeiras décadas do século XX. A partir de 1907, vários países começaram a instalar pavilhões nacionais nas exposições.

A Bienal é composta de seis mostras distintas com exposições em cada área do setor artístico: Mostra Internacional de Arquitetura, Exposição Internacional de Arte, Festival Internacional de Cinema de Veneza (o único com frequência anual), Festival Internacional de Dança Contemporânea, Festival Internacional de Música Contemporânea e o Festival Internacional de Teatro.

Este ano está difícil escolher uma entre todas as grandes atrações da Bienal de Arquitetura, que começou em junho e termina somente em novembro. A exposição Monditalia apresenta a paisagem síria contemporânea na Excavating the Sky. A OMA criou uma sala de cinema de 360°. O modernismo do mundo Árabe pode ser explorado no pavilhão do Barém, e olha que esses são apenas alguns exemplos do que você pode encontrar por lá.

O destaque, porém, está no trabalho do arquiteto japonês Kohki Hiranuma. Kohki projetou uma grande instalação, “Glastectrure”, em forma de concha para cercar os visitantes que circulam pelo pátio do Palazzo Mora, um prédio do século 18. A estrutura, feita com a ajuda de resina, nada mais é que um suporte de vidro dobrado.

Nada como visitar a arte da Bienal de Arquitetura de Veneza, na arte que é a própria cidade com seus palácios bizantinos, suas 100 ilhas flutuantes sobre o mar Adriático, 400 pontes, belos canais e gondoleiros cantarolando apaixonados.

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Goiânia Mostra Curtas chega a sua 14ª edição em 2014

Acontece entre os dias 7 e 12 de outubro a 14ª edição do festival Goiânia Mostra Curtas

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Com o intuito de formar novas plateias para o cinema nacional, o Instituto de Cultura e Meio Ambiente (Icumam) realiza, entre 7 e 12 de outubro, a Goiânia Mostra Curtas. O evento chega neste ano à sua décima quarta edição com uma programação que inclui, além da eleição das melhores produções audiovisuais, oficinas, seminários, debates, encontros, mostras e homenagens.

O Goiânia Mostra Curtas faz parte dos programas voltados para a valorização e democratização do audiovisual brasileiro. Gratuito, o evento convida estudantes, profissionais, realizadores, parceiros, críticos e entusiastas do cinema para participar de toda sua programação com o intuito de promover e divulgar curtas-metragens produzidos em todo o território nacional.

Em treze anos, o festival atingiu a marca de 221 mil espectadores. Foram, no total, 1482 filmes envolvendo 1674 profissionais com uma média de 779 parcerias. Em busca do acesso ao cinema e da qualificação profissional, a Goiânia Mostra Curtas possibilita um contato único entre produtores e realizadores de todos os cantos do País.

O resultado é um intercambio cultural que possibilita, por meio do fomento à produção, à difusão e à exibição da produção em curto formato, o acompanhamento de filmes que reiteram as transformações, formas e narrativas experimentadas pela produção audiovisual brasileira.

A competição é dividida em cinco categorias: Curta Mostra Brasil, Curta Mostra Goiás, Curta Mostra Municípios, Mostrinha e Curta Mostra Cinema nos Bairros. Este ano, o júri é formado por nomes como Anne Friszman, Michael Warhmann, Sandro Fiorin, Daniel Queiroz, Erika Bauer, Marina Meliande, Alyne Fratari, Getúlio Ribeiro e Raphael Gustavo. Este ano, a mostra foi composta por 102 filmes dos quatro cantos do país que serão apresentados no Teatro Goiânia durante as tardes e a noite.

Serviço
Goiânia Mostra Curta
Quando: de 7 a 12 de outubro
Onde: Teatro Goiânia
Entrada Gratuita
Mais informações no site do evento

 

Ao pé da letra

Ensaio fotográfico no metro de Paris representa, de forma cênica e criativa, os nomes das estações subterrâneas

"Duroc"  - Do Rock

“Duroc” – Do Rock

É normal ouvirmos que uma imagem pode nos contar mais coisas que um livro ou que um olhar diz mais que mil palavras. Para ilustrar bem esses ditados populares, o fotografo francês Janoel Apin criou uma série com 120 imagens das estações de metro de Paris que, utilizando mais um dito popular, mostra ao pé da letra o nome das estações.

Metropolisson, nome do projeto criado pelo fotógrafo, é um convite para um mergulho criativo e divertido pelo subterrâneo parisiense. O projeto se iniciou na década de 1990 e deu origem a um livro, homônimo, publicado em 2005 com os resultados do processo criativo e cênico do fotógrafo.

O jogo de olhares dos personagens e palavras das estações de metro faz toda a diferença no trabalho da série Metropolisson, que chamou atenção do mundo. Algumas fotos foram expostas em outros países e a exposição caminhou por diversas cidades europeias.

Gare du Nord - Estação do Norte

Gare du Nord – Estação do Norte

Champs de Mars - Campo de Marte

Champ de Mars – Campo de Marte

Invalides - Inválidos

Invalides – Inválidos

Liberté - Liberdade

Liberté – Liberdade

Alexandre Dumas

Alexandre Dumas

Porte Maillot - porta maiô

Porte Maillot – porta maiô

Charles de Gaulle - General francês

Charles de Gaulle – General francês

Maison Blanche - Casa Branca

Maison Blanche – Casa Branca

A selva poética de Henrique Oliveira

O artista Henrique Oliveira propõe uma discussão poética sobre a história da arquitetura na exposição Transarquitetônica

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Visto de cima, o Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC) mais parece o cenário do filme Jumanji (1995), estrelado por Robin Williams e Kirsten Dunst, que conta a história de dois garotos que descobrem um jogo de tabuleiro com a temática da selva. A cada dado rolado sobre o tabuleiro, a floresta invade a mansão onde se passa a história.

Assim como no filme, estruturas cheias de galhos que parecem um resto de floresta tomaram a sala modernista de 1600m² projetada por Oscar Niemeyer. Essa selva é, na verdade, a Transarquitetônica, exposição criada por Henrique Oliveira inaugurada no dia 26 de abril deste ano no interior do MAC USP.

O artista propõe uma discussão poética sobre a história da arquitetura e do racionalismo das últimas décadas aos abrigos e cavernas do passado. Graduado em artes plásticas e mestre em poéticas visuais, Henrique Oliveira é conhecido por desperta no público as mais distintas sensações por meio de suas exposições.

Para representar bem a história da arquitetura, o artista utiliza diversos materiais em suas instalações. É um projeto que reúne escultura e pintura, oferecendo estímulos diversos que o visitante recebe ao percorrer o trabalho, que demorou dois meses para ficar pronto.

Segundo Tadeu Chiarelli, diretor do MAC USP e curador da exposição, a “Transarquitetônica recupera a dimensão narrativa presente em alguns (poucos) trabalhos anteriores de Henrique Oliveira e, numa proporção que busca o épico, repropõe a fusão entre as mais diversas modalidades artísticas”, explicou. A exposição permanece até 30 de novembro, aberta ao público às terças-feiras das 10 às 21 horas e de quarta a domingo das 10 às 18 horas. A entrada é gratuita.

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A ópera da Lua

Gêmeos expõem pinturas e esculturas na mostra “A ópera da Lua” no Galpão Fortes Vilaça, em São Paulo

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Não é novidade para ninguém que a capital paulista está se tornando também a capital do grafitti, São Paulo tem dado espaço para iniciantes e grandes nomes da arte urbana e esses nomes têm ganhado espaço também nas paredes das galerias. Foi assim que o trabalho da dupla Os Gêmeos se destacou dentro e fora do País.

Gustavo e Otávio Pandolfo sempre trabalharam juntos e juntos criaram uma linguagem própria que começou com o grafitti nas ruas do bairro do Cambuci (SP) e hoje está em todos os lugares e em vários formatos. Explorando diversas linguagens, a dupla levou para o Galpão Fortes Vilaça, em São Paulo, a exposição “A ópera da Lua”.

Apenas vendo é possível entender a amplitude e profundidade do trabalho dos Gêmeos exposta em três salas da galeria. A exposição reúne cerca de trinta pinturas, três esculturas e um vídeo-instalação 3D interativo. Em sua maioria inéditas, as obras são apresentadas em um ambiente imersivo, no qual o universo narrativo dos artistas ganha nova dimensão.
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O estilo dos Gêmeos é imediatamente reconhecido pelos que conhecem, mesmo que minimamente, seu trabalho. Os excessos são elementos fundamentais na transcendência do real para o imaginário. A dupla capta, de forma sutil, e transfere para a arte pequenas criticas da sociedade contemporânea, que nas paredes dos museus ganhou elementos que nas ruas não poderiam ser explorados, como iluminação, som e movimento.

Na nova exposição, que segue aberta ao público até o dia 16 de agosto, uma apresentação dentro de um boneco gigante em movimento é a atração principal da mostra. Embora a pintura seja quantitativamente maior, a escultura é o grande protagonista da exposição. Portas e janelas conectam as peças com as pinturas construindo um grande ambiente imersivo. As pinturas tomam formas e dimensões inesperadas e exploram novos contextos para os personagens, novas histórias, texturas e padrões em profusão.
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Serviço

Exposição 29.06.2014 | 16.08.2014
Local: Galpão Fortes Vilaça
Rua James Holland 71 | Barra Funda
Hora: terça a sexta, das 10h às 19h
Sábados, das 10h às 18h
Fechado aos domingos, segundas e feriados

Entrada gratuita

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Street Art: Rimon Guimarães

O olhar sensível do autodidata Rimon Guimarães ganhou o mundo e está estampado, em forma de grafite, nas grades cidades dos quatro cantos do planeta

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Mãos talentosas são capazes de fazer mágica criativa em poucos segundos. Esse é o caso de Rimon Guimarães. Dê a ele um spray e uma parede que o artista cria figuras que se tornaram marcas registradas de seu trabalho, atualmente estampado nas paredes de cidades como São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Londrina, Antuérpia, Amsterdam, Torino, Zurich, Kuala Lumpur entre outras.

Além dos rostos femininos, cores fortes estão muito presentes nas criações de Rimon. O artista, multifacetado, deixou sua marca também com sons, vídeos e traços. Seu trabalho, como o de todo bom street artist, alcançou também as paredes das grandes galerias.

Rimon Guimarães, ou simplesmente Rim, nasceu em Curitiba e ganhou o mundo com a sua pintura autodidata. Diferente de alguns nomes da arte urbana, Rim não se prendeu apenas nas criações muralistas, e colocou seu trabalho em telas em branco sem preconceito. Seu estilo de linhas sinuosas apresenta figuras dissolvidas em meio ao entrelaçamento de formas obtusas e linhas irregulares que mostram bem o Brasil e sua diversidade cultural.

Ao ser questionado sobre o que o inspira, Rimon respondeu: “As organizações naturais, que vão além do físico, a pura intenção de uma semente crescendo, essa imaterialidade do impulso que nos mantém infinitos”. Qualquer coisa que passa despercebido a olhos menos sensíveis pode ser uma fonte de inspiração do artista.

Ao procurar sobre o artista, nos deparamos com explicações sobre seus temas cósmicos, metropolitanos e místicos como sendo etapas de uma experimentação totalmente livre, mas ainda assim carregada de estilo próprio e poder de atração visual. Realmente Rimon tem um estilo próprio, cheio de significado e beleza.
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Lembrando o esquecido

A arte urbana de Zezão leva cor a locais marginalizados pela sociedade

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Uma pequena intervenção, geralmente pintada de azul, avistada pelos esgotos de São Paulo e pronto! está identificado o trabalho de José Augusto Amaro Capela, conhecido como Zezão. Zezão começou a conquistar crítica e público na década de 1990 com os seus grafites espalhados pelos espaços subterrâneos da capital paulista. O interessante em seu trabalho é a abordagem: o artista sempre traz os aspectos políticos, sociais e ecológicos para sua intervenção urbana.

A arte de rua de Zezão, que ganhou também as galerias, chama a atenção para temas urbanos urgentes como violência, abandono, poluição e pobreza. Pintando paredes de canais de esgoto e galerias de águas pluviais, casas abandonadas, becos desertos e vãos de viadutos, tudo pode se transformar em arte e toda arte pode tocar o homem e instigar seu senso crítico. Os desenhos abstratos de Zezão estão estampados nos locais mais esquecidos pelo poder público justamente para serem lembrados, mas acabam fazendo uma composição com o ambiente.
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Ao levar cor a locais marginalizados pela sociedade, seu trabalho ganhou uma dimensão político-social reconhecida por críticos e curadores ao redor do mundo. Os grafites de Zezão podem ser vistos em muros, paredes de esgotos e viadutos de cidades como Nova York, Paris, Londres, Hamburgo, Basileia, Los Angeles, Florença, Frankfurt e Praga.

O artista expõe seus trabalhos de grafite e colagens também em galerias de arte e museus com mostras individuais e coletivas realizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e em países como Alemanha, Suíça, Argentina e Inglaterra. Atualmente, seu trabalho está exposto na Zipper Galeria com uma linha de abordagem que esbarra entre o rude e o poético, a obra de Zezão fica exposta na galeria de São Paulo até o dia 9 de agosto.
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Design Lúdico: Castelo Rá-Tim-Bum é recriado em exposição no MIS

O Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo homenageia os 20 anos da estreia de Castelo Rá-Tim-Bum com megaexposição

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Vamos fazer nossa pausa semanal no design para abrir espaço para a agenda cultural, que chaga hoje cheia de magia. Há exatamente 20 anos a TV Cultura levou ao ar um programa que marcaria o imaginário lúdico de toda uma geração. Para celebrar a data, com o auxílio de todos os seus recursos tecnológicos, o Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo homenageia Castelo Rá-Tim-Bum, recriando todos os cômodos do palácio onde se passava a história de Nico, Zeca. Biba e toda a turma.

A mostra será a maior exposição já realizada pelo MIS e reunirá muitos efeitos especiais surpresas, tudo para mexer com o imaginário do público assim como fez o programa, que ficou no ar entre os anos de 1994 a 1997. “Na chegada, o público é recebido por um holograma do ator Cassio Scapin, o famoso Nino, e as falas mudam sempre. É possível visitar a mostra mais de uma vez e se deparar com novidades”, explica Marcelo Jackow, diretor da Case Lúdico, empresa responsável pela cenografia.

O diretor do museu, André Sturm, entrou em contato com o diretor e um dos idealizadores do programa, que ficaram surpresos com a homenagem. Em entrevista para a Folhapress, Cao Hamburger – criador do programa – afirmou que não imaginava que sua obra seria lembrada. Hamburger não interferiu na montagem da exposição. “É muito mais legal ver o ponto de vista deles. Pelo que soube, todos os envolvidos na produção eram telespectadores do programa, pessoas ideais para o trabalho.”

Com uma abordagem pedagógica, Castelo Rá-Tim-Bum alcançou índices de audiência jamais vistos em um programa educativo e ganhou, em 1997, um musical estrelado pelos atores do show televisivo. Na comemoração dos 20 anos de programa as atrizes Rosi Campos (Bruxa Morgana) e Angela Dip (Penélope) apresentarão, aos finais de semana, espetáculos teatrais. A megaexposição oferece também a oficina “Stop Motion: Ratinho Castelo Rá-Tim-Bum”, que leva o participante a conhecer melhor a técnica da massinha para animação.

Rosi Campos e Angela Dip não foram as únicas envolvidas no processo, o ator Sérgio Mamberti, que interpretou o Dr. Victor, vai ser a voz que guia os turistas pelo espaço. “Castelo Rá-Tim-Bum foi uma experiência extraordinária. Nem notamos que se passaram 20 anos e que muitas gerações nos acompanharam”, diz Mamberti.

(Foto: Letícia Godoy)

(Foto: Letícia Godoy)

Serviço

Mostra: Castelo-Rá-Tim-Bum
Data: De hoje a 12 de outubro
Local: Museu da Imagem e do Som. Av. Europa, nº 158, Jardim Europa, São Paulo. Tel.: (11) 2117-4777)
Visitas: De ter. a sex., das 12h às 21h. Sáb., das 10h às 22h. Dom. e fer., das 10h às 20h
Ingressos: R$ 30 (antecipado pelo site www.ingressorapido.com.br) e R$ 10, na bilheteria do museu, aberta de ter. a sex., das 12h às 21h30h; sáb. dom. e fer., das 11h às 20h30

(Foto:  Letícia Godoy)

(Foto: Letícia Godoy)

Mostra

A estreia da megaexposição é hoje, mas a organização do MIS divulgou algumas das surpresas que esperam os fãs do programa na mostra. Logo no hall do museu, o público verá uma maquete do castelo. À frente, as portas da mansão se abrem para o público explorar os 23 ambientes e 13 cômodos do programa de TV.

É na entrada da biblioteca que o público será recebido por um holograma de Nino (Cassio Scapin). Lá dentro, o Gato Pintado – responsável por cuidar da biblioteca na história – também se comunica com os convidados. Alguns dos livros são interativos, e outros podem ser retirados da estante.

Na cozinha, é permitido abrir as portas dos armários e encontrar fotos, bonecos e curiosidades do programa. Logo que se entra no ambiente, dá para sentir o cheirinho de café e, ainda, ver a máquina lava-louças, cheia de engrenagens, e em pleno funcionamento.

Um largo hall leva ao segundo andar da exposição. Basta se sentar em um banco mágico, que é girado por um controle remoto, para ter acesso ao quarto secreto de Nino. Como no programa, a parede do cômodo é cheia de colagens de quadrinhos.

No mesmo hall, há uma árvore, com o lustre das fadinhas e o ninho de passarinhos, onde é lembra do o quadro Que Som É Esse?. Ao subir as escadarias, uma “mágica” é realizada e todos “diminuem” de tamanho para entrar tanto no lustre, como dentro do ninho e tirar fotos com os ovos, relembrando imagens dos personagens que apresentavam os instrumentos musicais às crianças.
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Fabiano Rodrigues: Do skate à arte

Fabiano Rodrigues desenvolve um trabalho fotográfico explorando corpo, arquitetura e os movimentos do skate que está chamando a atenção do mundo artístico

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Skatista profissional, Fabiano Rodrigues já posou para muitos fotógrafos de revistas e jornais. A surpresa veio quando o Fabiano saiu da frente das câmeras para assumir o lado oposto das lentes e agora o skatista deixou de sair nas fotos para virar o fotógrafo que as tira. Seu trabalho está ficando cada vez mais conhecido e respeitado no cenário da arte e o autodidata foi destaque no da São Paulo arte/foto em anos anteriores.

Arquitetura e corpo se tornaram suas principais projeções. Desde 2010, Fabiano Rodrigues passou a explorar em seu trabalho fotográfico a relação do próprio corpo com a arquitetura e a paisagem de centros urbanos, principalmente da cidade de São Paulo, onde mora e trabalha.

Ele deixou a carreira de skatista, mas não deixou o skate. Fabiano ganhou o status de primeiro skatista a ser representado – como skatista e não artista – por uma galeria de arte e agora retrata os movimentos de suas manobras por meio da arte de sua fotografia. Em sua primeira exposição, Fabiano Rodrigues vendeu uma obra para a Pinacoteca do Estado de São Paulo que o convidou para fazer um ensaio fotográfico no próprio interior do museu.
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Em seus últimos trabalhos, onde alia o skateboard com a arquitetura paulista, Fabiano registra a si mesmo andando de skate em diversos pontos históricos da capital. As fotos monocromáticas mostram uma interação do corpo com o espaço e o movimento em manobras realizadas nos espaços criados por Niemeyer e outros grandes nomes da arquitetura brasileira.

“Não enxergo esse trabalho como performance, me preocupo com o movimento e com o equilíbrio da composição”, explicou skatista em entrevista para o jornal Estadão em 2011. Rodrigues prioriza construções simbólicas e modernistas e, além da Pinacoteca, já fotografou no Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (MALBA), na Argentina, na Universidade Central de Venezuela (UCV, Patrimônio da Humanidade pela UNESCO), e no Teatro São Pedro, em Porto Alegre. O artista fotografa predominantemente em preto e branco, realizando cópias únicas.

Fabiano recebeu o Prêmio Aquisição do Banco Espírito Santo durante a edição de 2012 da feira SP-Arte e, com a premiação, uma de suas fotos foi doada ao acervo da Pinacoteca. Além dessas coleções, seu trabalho também é parte do Instituto Figueiredo Ferraz. Dentre suas exposições coletivas mais recentes, destacam-se Deslize (Museu de Arte do Rio – MAR, Rio de Janeiro, 2013-2014), Love and Hate to Lygia Clark (Zacheta National Gallery of Art, Varsóvia, Polônia, 2013-2014), FotoBienalMASP (Museu de Arte de São Paulo – MASP, São Paulo, 2013), Arte Contemporânea Brasileira (Estação Pinacoteca, São Paulo, 2012). Atualmente Rodrigues prepara sua primeira individual na galeria LOGO, que acontece este mês.

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