Quando o detalhe faz a diferença

Nas prateleiras das lojas não parecem tão chamativos quanto uma cadeira da Kartell ou uma poltrona Sérgio Rodrigues, mas os objetos de decoração podem mudar a cara de um ambiente. Não precisa ser um entendedor […]

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Nas prateleiras das lojas não parecem tão chamativos quanto uma cadeira da Kartell ou uma poltrona Sérgio Rodrigues, mas os objetos de decoração podem mudar a cara de um ambiente. Não precisa ser um entendedor de decoração para perceber a importância desses objetos de design que muitas vezes parecem caros e desnecessários. Bom, antes de tudo, ele realça os espaços.

O caro pode sair barato, pois repaginar um ambiente não necessariamente significa reformá-lo – a reforma sim sai cara. Apenas trocar as peças de decoração já faz toda a diferença. Porque não um tapete novo, uma luminária diferente ou peças mais ousadas como uma bicicleta exposta como obra de arte? A verdadeira beleza da decoração mora nos detalhes e os objetos de decoração são o detalhe que muitas vezes falta nas decorações.

Em muitos casos a quantidade não é o mais importante, com poucos artefatos – que podem ser alterados de lugar periodicamente – a decoração já ganha uma nova personalidade. É importante lembrar que personalidade é a palavra chave no quesito decoração. Não importa se os objetos são para decorara uma casa ou um escritório, eles devem sempre expressar a personalidade de seu dono.

Coringa na decoração os artefatos podem completar os espaços vazios. Viu e gostou? Compra!! Os objetos podem não se encaixar no ambiente naquele momento, mas estarão disponíveis para um novo espaço ou uma nova decoração. Castiçais, bandejas, porta papeis, jarras e miniaturas de animais são a cereja do bolo e valorizam o espaço.

Os objetos de decoração são a continuação lógica do projeto arquitetônico. Uma decoração contemporânea muitas vezes não combina com objetos medievais, mas esse é o momento para brincar com seu ambiente. Uma casa moderna com um lustre Maria Tereza ou um espaço contemporâneo com um móvel antigo dão um toque diferente ao ambiente. O importante é deixar a criatividade e a imaginação fluírem, pois o espaço é seu.

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Arte ao alcance de todos

A arte urbana deixou de ser marginal para conquistar o apoio das prefeituras das grandes cidades

Imóvel abandonado
O mundo urbano vem acolhendo os artistas como um espaço natural de apresentação de seus trabalhos e foi seguindo essa tendência que grandes metrópoles como São Paulo e Nova York passaram a encher suas paredes com os grafites. Do marginal ao natural, a entrada da arte urbana no badalado circuito cultural permitiu que seus artistas ganhassem como importes aliados os chefes das prefeituras das cidades.

Em Nova York, o Departamento de Transporte (DOT) conta com o DOT ART, um programa criado pelo departamento em associação com organizações dedicadas à arte urbana. O intuito do programa é oferecer aos jovens talentos oportunidade de transformar as ruas, praças, pontes e calçadas da cidade por meio de instalações, esculturas, pinturas de muros e estêncis.

São Paulo não fez diferente. A prefeitura da cidade está abrindo espaços cada vez maiores para que os artistas grafitem seus trabalhos. Na Vila Madalena, o Beco do Batman virou atração turística. Os Arcos do Jânio, monumento histórico esquecido pela capital, entrou recentemente na mira dos pinceis. “Sempre que restaurávamos as paredes do arco, pichadores acabavam com o trabalho da prefeitura, então decidimos inovar”, explicou o prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

GRAFITE
O assunto é sério e a prefeitura da capital não poupa política para preservar a arte urbana. “Governos mais truculentos lidam com esses artistas a base de bala de borracha, decidimos explorar o que eles podem oferecer à cidade”, explicou o prefeito. No fim de 2014 a Coordenadoria da Juventude da Prefeitura de São Paulo determinou que os alunos do curso de medicina da USP deveriam pagar por uma nova intervenção de artistas após apagarem um muro de grafite para divulgar evento da faculdade. Os responsáveis pelo evento se desculparam com os artistas e a comunidade.

Em Goiânia a arte urbana também está crescendo e se espalhando. Nos muros da cidade, os grafites enfeitam lojas e prédios oficiais do governo. Uma ação conjunta da prefeitura da cidade com empresas privadas possibilitou que as ruas do centro da capital ficassem mais coloridas. Os becos esquecidos do Setor Sul foram lembrados por esses artistas. As praças do bairro dividem o espaço entre as arvores e os desenhos do grafite. É assim que arte e design podem chegar ao alcance de todos.

Goiânia em Preto e Branco

Exposição “Goiânia em Preto e Branco” revela fotos de pontos turísticos da capital

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A arte pode estar ao nosso lado e muitas vezes não vemos. No caso de Luciano Magalhães, a arte é a fotografia e o cenário é Goiânia, no nosso caso, a arte é a programação preparada para a capital em razão das comemorações do Dia Internacional da Mulher. A galeria Procon-Goiânia recebe a exposição fotográfica “Goiânia em Preto e Branco”, do fotógrafo Luciano Magalhães.

Parques e jardins são os protagonistas da exposição que retrata diversos pontos turísticos da capital. “A exposição é o resultado do trabalho de todos da Comurg, dos colaboradores que estão na rua e até dos que realizam as atividades dentro do órgão”, contou o fotógrafo que é também servidor da prefeitura.

A exposição, que vai até o dia 2 de abril, integra o acervo de mais de duas mil fotos de Luciano Magalhães. Durante a vernissage, que acontece amanhã as 9h30, o cantor Silvio Sousa fará um show com canções internacionais. O músico é colega de Magalhães na Comurg, professor de literatura e língua portuguesa e jornalista, ambientalista e guitarrista.

Serviço
Vernissage da exposição Goiânia em Preto e Branco
Data: 3 de março
Hora: 9h30
Local: Galeria Cultura e Cidadania do Procon-Goiânia – Av.: Tocantins, 191, Centro

Mestre dos Sonhos

Oficina Brennand é um verdadeiro reduto de arte e criatividade

Francisco (Fotos: Divulgação)

Francisco Brennand (Fotos: Divulgação)

É esse o nome pelo qual Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brennand é conhecido: mestre dos sonhos. O artista nasceu em 11 de junho de 1927 em Recife e passou a pintar após passar um tempo como aluno informal de Abelardo da Hora e Álvaro Amorim. Sua obra tem como mote a geração da vida, sendo o sofrimento um elemento indissociável de sua criação que mistura dor, misticismo e sexualidade para criar um universo próprio.

No fim dos anos 1940, Brennand viajou a Paris para aprofundar os estudos sobre pintura, quando constatou que gênios como Picasso também utilizavam a argila como meio de expressão. Sua paixão pela cerâmica fez com que o artista colocasse para funcionar a velha Cerâmica São João da Várzea, fábrica fundada pelo seu pai em 1917. Ricardo Brennand manteve a fábrica em funcionamento até 1945 e o edifício ficou abandonado a partir de então.

Foi por meio da Cerâmica São João da Várzea, encontrada em ruínas, que Francisco Brennand deu início a um colossal projeto de esculturas cerâmicas. A Oficina de Francisco Brennand, como foi batizada a velha fábrica de seu pai, foi angariando visitantes de familiares a amigos até se tornar um atelier e museu conhecido por todos – e ponto turístico de Pernambuco.

Hoje, após mais de 34 anos de trabalho intenso e obsessivo, o acervo conta com mais 2 mil peças, entre esculturas e pinturas, espalhadas pelos 15 mil m² de área construída e essa é a parte mais interessante do trabalho do artista. A Oficina Francisco Brennand pode ser facilmente confundida com os museus europeus. Lugar único no mundo, a Oficina Brennand constitui-se num conjunto arquitetônico monumental de grande originalidade, em constante processo de mutação.

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Design gráfico em alta

Trabalho de designers como Marina Willer mostra a força que o design digital tem ganhado no mundo contemporâneo

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Marina Willer (Fotos: Divulgação)

A arte pode ser expressa sobre várias plataformas, mas o mundo digital está colocando em alta os artistas que dominam as plataformas virtuais. Um exemplo de competência no campo é a paranaense Marina Willer. Com um rico currículo, a artista conquistou o design gráfico e fez nome também no audiovisual.

Nascida em Curitiba, Marina Willer fez mestrado em design gráfico e cinema no Royal College of Art quando a profissão ainda estava ganhando terreno, entre os anos de 1993 e 1995. No currículo, adiciona a experiência que ganhou ao trabalhar na Wolff Olins em Londres, entre 1998 e 2001 – uma das mais importantes empresas de design gráfico.
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Com o grupo da Wolff Olins, Marina desenvolveu os projetos que marcaram sua carreira: a identidade visual da Tate Gallery, do South Bank Centre e da Oi Telecomunicações. Atualmente Marina é sócia da Pentagram, localizada em Londres e com sede também nas cidades de Nova York, São Francisco, Berlin e Austin. A empresa é a maior representante independente de consultoria digital do mundo.

No campo do cinema Marina não ficou para trás. Também dirige curtas metragens independentes. Seu trabalho como cineasta já foi exibido na Fundação Cartier, em Paris, no Instituto de Arte Contemporânea, em Londres e em vários outros festivais de cinema, incluindo o Clermont Ferrand e o Festival de Cinema de Roterdã. Em 2004, ela recebeu o prêmio de melhor curta metragem na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo pelo documentário “Cartas da mãe”, uma crônica sobre o Brasil contada através das cartas do cartunista Henfil escreveu à própria mãe.
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O Amor, a Morte e as Paixões

Estreia hoje no Cinema Lumière do Shopping Bougainville a 8ª mostra de filmes O amor, a Morte e as Paixões

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Drama, lágrimas, crises familiares, sorrisos, assassinatos e o amor. São esses os temas que movem realizadores em todo o mundo a criar a 7ª arte e o Cinema Lumière juntou algumas dessas obras para protagonizar a 8ª edição da mostra O Amor, a Morte e as Paixões que acontece a partir de hoje no cinema do Shopping Bougainville na capital.

A mostra, com a curadoria do professor de Cinema da UFG Lisandro Nogueira, selecionou 89 filmes de todos os cantos do mundo que serão exibidos entre os dias 12 e 25 de fevereiro. A abertura do evento está marcada para às 20 horas dessa quarta-feira com a exibição do filme “Casa Grande” e a presença do ator Marcelo Novas.

Durante o evento, a mostra preparou alguns debates que acontecerão nas salas de cinema. Ao todo serão realizados cinco debates após a exibição das obras. O ciclo começa no dia 16 com o psicanalista Cristiano Pimenta e a antropóloga Telma Camargo, que debaterão aspectos do filme Relatos Selvagens, de Damián Szifron. Com humor inteligente, o filme argentino retrata a falta de civilidade e a selvageria nas cidades.

No dia 17, a psicanalista Luciene Godoy e a editora-chefe do Jornal O Popular, Cileide Alves, participarão de um debate sobre o aguardado filme 50 Tons de Cinza, adaptação cinematográfica do romance erótico de E.L. James. O Homem das Multidões, de Cao Guimarães e Marcelo Gomes, é o mote da conversa entre o pesquisador Leon Rabelo e o crítico de cinema Fabrício Cordeiro, no dia 18.

Os dois últimos debates serão após a exibição do drama Deixe a Luz Acesa, de Ira Sachs, com o jornalista Liorcino Mendes e a cineasta Rosa Berardo, no dia 19, e Branco Sai, Preto Fica, de Adirley Queirós, com o promotor de justiça Haroldo Caetano e a professora Ieda Leal, no dia 20. A coordenação do ciclo de debates é do professor Luiz Alberto de Miranda.

A mostra também divulgou a relação dos curtas goianos que serão exibidos em sessões especiais, que têm a curadoria de Pedro Novaes. A edição deste ano traz 80 filmes inéditos no circuito goiano e mais de 20 inéditos em território nacional.

Os ingressos têm preço único de R$ 10. Pacotes especiais estão sendo vendidos a R$ 85 (10 ingressos), R$ 150 (20 ingressos) e R$ 175 (25 ingressos). As vendas estão sendo feitas na bilheteria do Lumière Bougainville ou no site da mostra.
Mostra

Gêmeos inauguram bunker permanente em museu do Rio

Gêmeos criaram um Bunker para integrar o acervo do Museu Casa do Pontal no Rio de Janeiro

(Foto: Agência Brasil)

(Foto: Agência Brasil)

A dupla Gustavo e Otávio Pandolfo ou Gêmeos, como preferem ser chamados, já estão se acostumando em ver seus trabalhos expostos nas paredes de galerias e museus. Os artistas urbanos, que antes tinham que trabalhar duro para ver seus trabalhos nas paredes das cidades – sempre apagados pelas tintas frias e cinzas dos pinceis da prefeitura – conquistaram seu lugar e agora querem defender o lugar do Museu Casa do Pontal.

O Museu Casa do Pontal foi fundado há mais de 35 anos pelo francês Jacques Van de Beuque, mas agora está sendo tragado pelo crescimento urbano da capital carioca. Os dois andarem que dão lugar ao acervo do museu está sendo esmagado por um condomínio residencial, o que pode obrigar com que o museu procure um novo abrigo.

O Bunker criado pelos Gêmeos, uma instalação de quase dois metros de altura feita de cimento e ferro, pesa 20 toneladas e fará parte do acervo permanente do museu. A obra parece uma toca de cimento com porta de prisão que abriga um boneco amarelo, personagem conhecido dos desenhos da dupla.

O boneco de gesso tem 1,64 metros de altura e foi pintado com tinta resistente às intempéries do tempo, já que o Bunker está estacionado no jardim do museu. Nas mãos, o melancólico boneco segura um ex-voto – objeto doado às divindades como forma de agradecimento por uma dádiva concedida.

O Bunker vai integrar um acervo com mais de 8.500 peças de 200 artistas brasileiros. A ideia da obra era tratar da preservação, já que nas paredes internas da instalação, os Gêmeos pintaram imagens que remetem à destruição. “A obra é uma espécie de alerta. É triste ver um país tão rico em cultura e tão pouco preservado”, explicou os irmãos.

A fuga do Circo

Manuscrito de Lina Bo Bardi sobre quadro pintado pelo pai revela as memórias da forte figura da arquiteta ítalo-brasileira

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“Meu pai o dedicou a mim, que sempre tive horror de domingos. Os animaizinhos ele tirou de um grande livro colorido com o qual aprendi a ler”, foi assim que a arquiteta Lina Bo Bardi descreve a obra “Domingo – Fuga do Circo” em uma carta ao médico da família e amigo Piero Manginelli em 1975. A pintura foi uma homenagem que seu pai fez à filha entediada com o dia mais famoso por ser o mais chato: domingo.

A obra faz parte do acervo da família de Lina, mas nunca entrou para as exposições sobre a arquiteta. O paradeiro da obra ficou desconhecido por algum tempo, até descobrirem que o quatro – presente de Lina ao médico da família – foi parar nas mãos da psicanalista Marilucia Melo Meireles. Após a morte de Piero Manginelli, seus familiares presentearam a psicanalista com a obra de Enrico Bo.

No manuscrito de Bo Bardi que acompanhou o quadro, ela conta que a obra foi pintada em 1952 por seu pai. “Ele começou a pintar nas longas noites da guerra seguindo uma vocação sufocada por décadas”. Enrico Bo pintou seu primeiro quadro quando já tinha 62 anos de idade. À época do manuscrito, Lina tinha um estúdio em Milão onde expunha as obras do pai.

As pinturas em realismo mágico de Enrico Bo estão em coleções espalhadas pela Itália e pelo Brasil. Atualmente, o quadro está guardado com carinho no consultório de Marilucia Melo Meireles. Ao ser revelado, o manuscrito trouxe a tona um lado doce da forte arquiteta Achillina Bo, conhecida mundialmente por Lina Bo Bardi. A dona dos traços que ergueram o Masp e outros importantes prédios teve sua memória revelada pelo quadro pintado por seu pai há mais de 50 anos.
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Zipper abre as portas para artistas sem galeria

A Zipper Galeria recebe o 6º Salão dos Artistas Sem Galeria a partir de amanha às 19 horas

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A Zipper Galeria, ponto de encontro de artistas contemporâneos, recebe nesta sexta-feira (23) a 6ª edição do Salão dos Artistas Sem Galeria. O evento é promovido pelo Mapa das Artes para apresentar obras de dez artistas brasileiros que não são representados por nenhuma galeria de arte de São Paulo.

A seleção foi feita pelos curadores Adriano Casanova, Enock Sacramento e Mario Gioia para avaliar, exibir, documentar e divulgar em três mostras coletivas simultâneas os trabalhos desses “sem galeria”. Além da Zipper, as obras estarão expostas também nas galerias Sancovsky (SP) e Orlando Lemos Galeria (MG).

A exposição apresenta trabalhos de Andrey Zignnatto (SP), Charly Techio (PR), Rebollo (SP), Cida Junqueira (SP), Evandro Soares (GO), Fernanda Valadares (RS), Lucas Dupin (MG), Marcos Fioravante (RS), Myriam Zini (SP), Piti Tomé (RJ) e Thais Graciotti (SP).

A 6ª edição do Salão dos Artistas Sem Galeria recebeu 145 inscrições de 11 estados brasileiros. Os trabalhos ficarão expostos até 21 de fevereiro de 2015. Mais informações no site da galeria.

Fotógrafo registra cidade mais fria do mundo

O fotógrafo neozelandês Amos Chapple realizou uma série de fotografias do cotidiano dos moradores do vilarejo mais gelado do mundo

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No Centro-Oeste brasileiro existem cidades onde a temperatura mais alta e mais baixa de um mesmo ano sofre variação de apenas poucos graus e o calor é intenso durante os 365 dias que separam dezembro de janeiro, mas viver no calor é fácil perto de quem enfrenta temperaturas negativas o ano todo.

A fim de capturar a vida e os hábitos daqueles que enfrentam temperaturas geladas, o fotógrafo neozelandês Amos Chapple realizou uma série na cidade mais fria do mundo. Localizada no coração da Sibéria, a aldeia de Oymyakon – vilarejo onde habitam pouco mais de 500 pessoas na Rússia – é considerada o lugar habitado mais frio da Terra.

No ano de 1933 os termômetros do vilarejo registraram uma temperatura de -67,7 ° C, a mais baixa já registada para qualquer local habitado do planeta. Para chegar a esse pequeno canto gelado, o fotógrafo enfrentou uma jornada de dois dias de viagem partindo de Yakutsk, uma cidade de 300 mil habitantes com temperaturas médias de inverno de -34 ° C, o que a torna a cidade grande mais fria do mundo.
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O fotógrafo narrou que o mais difícil da experiência não foi enfrentar o frio, mas manusear a máquina fotográfica. As temperaturas eram tão baixas que o foco e o zoom das lentes ficavam congelados.

No dialeto local, Oymyakon significa água não congelada. O vilarejo está localizado na proximidade de fontes naturais de água que é a razão de sua existência. A pequena cidade foi fundada para amparar pastores de renas que utilizavam as águas termais da região para aquecer seus rebanhos.

Atualmente, o vilarejo é abastecido por uma única e pequena loja que oferece tudo o que a população precisa, enquanto uma central de aquecimento de carvão mantém os habitantes a uma temperatura aceitável. Seus moradores enfrentam dificuldades que o resto do mundo nem imagina existir, como a pouca água encanada devido ao terreno congelado e a necessidade de manter os veículos automóveis em garagens aquecidas para não congelarem.

Oymyakon fez história em 1926, quando atingiu a temperatura recorde de 71,2 graus abaixo de zero, mas essa medida nunca foi oficialmente reconhecida. Nenhum outro lugar permanente habitado pelo ser humano jamais registou frio tão espantoso. Confira mais sobre seu trabalho na página do Facebook.

 

Fotos:  Amos Chapple (divulgação)
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