Designer Marcus Camargo participa do Decora no canal GNT

Convidado por Marcelo Rosenbaum, Marcus Camargo participa do programa Decora do canal GNT que vai ao ar na noite desta terça-feira

 

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Quem disse que santo de casa não faz milagre? O trabalho, quando é bom, ganha asas e no caso do nosso fotógrafo e designer Marcus Camargo, suas asas o levarão para as telas da televisão. É que Marcus Camargo foi convidado pelo renomado arquiteto Marcelo Rosenbaum para participar do programa Decora, no canal GNT. O programa vai ao ar nesta terça-feira (15), às 21h30.

O convite foi feito por Rosenbaum em julho deste ano durante as gravações do quadro Lar Doce Lar do programa Caldeirão do Huck, quando Marcus fotografou para o arquiteto o resultado da transformação. Decora é um reality de design e decoração comandado por Marcelo Rosenbaum no canal fechado GNT e cada episódio ele e sua equipe ajudam a transformar um ambiente alvo de conflito em uma casa ou escritório.

No episódio de hoje do Decora, Marcus Camargo fez uma pintura a mão livre na copa de uma casa dividida entre um grupo de amigos Bairro do Pacaembu, na grande São Paulo. Mas o designer mostra para as câmeras apenas uma de suas vertentes artísticas. Artista multifacetado, Marcus é formado em Artes Visuais bacharelado em Design de Interiores, pela Universidade Federal de Goiás (UFG), entretanto começou suas atividades no campo das artes quando era ainda criança.

Nascido na Cidade de Goiás, antiga capital do estado, Marcus teve contato desde novo com a pintura, o desenho e dança. Mudou-se para Goiânia aos 17 anos e se entregou de vez para o campo da criação. Na faculdade, o anseio de produzir arte o ajudou a construir sua identidade. Ao mesmo tempo, seguia como bailarino no elenco jovem da Quasar Cia. de Dança. Aos poucos foi se destacando no meio artístico e conquistando seu espaço.

Atualmente, Marcus atua como Fotógrafo, Designer de Interiores, Designer de Produto, Cenógrafo, Designer Gráfico e Artista Visual. Já participou de diversas mostras expondo seus trabalhos variados, mas que se comunicam em uma mesma linha artística, pois Marcus expressa uma forte identidade em tudo que produz.
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Giordano Rogoski, Marcelo Rosenbaum e Marcus Camargo

Giordano Rogoski, Marcelo Rosenbaum e Marcus Camargo

Texto: Bárbara Alves

PUC Goiás exibe fotografias de Sebastião Salgado

PUC Goiás recebe, entre os dias 15 de Setembro e 31 de Outubro, exposição de fotos que deram início ao livro Terra de Sebastião Salgado

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A Biblioteca Central da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás) abre na próxima terça-feira, dia 15 de setembro, às 9 horas, em seu hall exposição que apresenta as fotografias que deram origem ao livro Terra (1997), do consagrado fotógrafo Sebastião Salgado. A exposição ficará aberta ao público até o dia 31 de outubro, sempre das 7h às 22 horas.

O livro Terra, publicado em 1997 pela Companhia das Letras, é um dos livros mais conhecidos do fotógrafo que se dedicou a mostrar a saga daqueles que incansavelmente buscam uma forma de viver com dignidade. A obra possui 109 fotografias em preto e branco, tiradas entre 1980 e 1996, que retratavam a condição de vida de trabalhadores rurais sem-terra, mendigos, crianças de rua e outros grupos marginalizados da sociedade.

De acordo com a coordenação do evento na PUC Goiás, a exposição faz parte do projeto Leituras  e tem objetivo de estimular outras formas de leitura que não sejam apenas a do texto verbal. A exposição será composta por textos visuais, musicais e verbais carregados do elemento estético.

Sebastião Salgado

Sebastião Salgado é um dos fotógrafos mais respeitados da atualidade. Cidadão do mundo, Sebastião nasceu em Aimorés, interior de Minas Gerais, e seguiu seu caminho esperando se tornar um economista. Com mestrado e doutorado na área, Sebastião se mudou para Paris, onde atuou como economista e acabou se tornando fotógrafo.

Sebastião cruzou o mundo a procura do mundo. O fotógrafo viajou para mais de 100 países entre os anos de 2004 e 2012 visitando regiões como o Alasca, a Patagônia, a Etiópia e a Amazônia. Seu trabalho pretendia “registrar a majestade e a fragilidade da natureza, assim como sua relação com o homem e os animais”, segundo apresentação em um de seus livros.

Recentemente as lentes da máquina fotográfica de Sebastião Salgado foram parar em Hollywood. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas indicou o filme O Sal da Terra para concorrer ao Oscar 2015 de melhor documentário.

O filme é dirigido pelo renomado realizador alemão Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, filho de Sebastião Salgado. Em O Sal da Terra, o próprio fotógrafo vai contando as histórias por trás de suas fotos mais emblemáticas.
Sebastião Salgado

Fotos: Sebastião Salgado

Conexão mulheres e o surrealismo

Exposição sobre a vida e obra da mexicana Frida Kahlo chega ao Brasil em setembro com passagens confirmadas para São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília

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Em um ímpeto de criticar a sociedade burguesa e as formas tradicionais de arte, as mulheres nada comuns acabaram sendo associadas e se associando ao surrealismo. Foi o que aconteceu com a mexicana Frida Kahlo que será tema de uma das maiores exposições que chega a São Paulo este ano.

A exposição “Frida Kahlo – conexões entre mulheres surrealistas no México” substitui a mostra de Joan Miró que fica montada até o dia 23 deste mês no Instituto Tomie Ohtake na capital paulista. De 27 de setembro a 10 de janeiro de 2016, a cidade recebe então a megaexposição, que seguirá para o Rio de Janeiro e Brasília.

Além de contemplar a vida artística da pintora mexicana Frida Kahlo (1907 – 1954), a mostra também apresentará ao público pinturas de Maria Izquierdo, Remedios Varo, Lenora Carrington e outras artistas mexicanas.

Frida Kahlo teve uma vida sofrida, mas é uma das imagens que estampa a bandeira das feministas. Em 1938 o francês Andre Breton qualificou sua obra como surrealista em um ensaio que escreveu para a exposição de Kahlo na galeria Julien Levy de Nova York, mas ela afirmou mais tarde que não era uma surrealista. “Eu pintava a minha própria realidade”.

Por Bárbara Alves

Nossos bosques têm mais flores

Roberto Burle Marx abandonou a estética dura do modernismo e abriu as janelas para que o mundo visse o quão rica é a flora brasileira

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A poesia da vida pode bater em nossa porta de diversas formas. Para Roberto Burle Marx ela chegou pela entrada principal trazida por sua mãe. Exímia pianista e cantora, Cecília Burle despertou nos filhos o amor pela música e pelas plantas e foi esta segunda forma de fazer arte que Burle Marx perseguiu em sua vida.

Podemos dizer que Roberto Burle Marx interpretou o mundo a sua volta e a resposta dessa leitura veio por meio do paisagismo. Aos 20 anos, Roberto se mudou para a Alemanha onde teve contato bem próximo com as vanguardas artísticas.  Lá conheceu um Jardim Botânico que mantinha uma estufa com vegetação brasileira, pela qual ficou fascinado. Foi ai que, vivendo do outro lado do mundo, descobriu a riqueza da vegetação de seu país. Foi nessas duas experiências trazidas das Europa, a arte e as plantas, que Burle Marx inspirou seu trabalho.

Praça dos Cristais em Brasília de Roberto Burle Marx

Praça dos Cristais em Brasília de Roberto Burle Marx

Os jardins de grande porte são os principais legados deixados por Burle Marx. O paisagista e artista plástico por formação explorou em seus projetos as plantas brasileiras e conseguiu desenvolver uma linguagem própria que o afastava do modernismo duro e engessado. Foi rompendo com o modernismo que Burle Marx alcançou no paisagismo resultados parecidos com aqueles dos artistas de vanguarda que conheceu de perto na Alemanha.

Seus projetos são uma espécie de arte abstrata que lembra as telas pintadas com este estilo livre e fluido. Dizia que o paisagismo é uma necessidade absoluta da vida humana sem a qual a civilização perderia sua razão estética. Deixou como herança uma linguagem internacional do paisagismo que o colocou entre os três melhores criadores de jardim do século 20 em todo o planeta.

Roberto Burle Marx faleceu em junho de 1994, mas seu escritório permanece vivo. Atualmente o Burle Marx escritório de paisagismo é comandado por seu discípulo Haruyoshi Ono juntamente com um grupo de quatro arquitetos paisagistas que começaram no escritório como estagiários na época que Burle Marx ainda estava vivo. Roberto Burle Marx resgatou a flora nativa do paisagismo tropical e mostrou para o mundo que nossos bosques têm mesmo muito mais flores.

Por Bárbara Alves

Praça Ademar de Barros em Águas de Lindoia (SP), por Burle Marx

Praça Ademar de Barros em Águas de Lindoia (SP), por Burle Marx

Japão em destaque

O Blog AZ fala um pouco mais da rica cultura japonesa na literatura, moda e arquitetura

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A comunidade japonesa já comemora mais de cem anos no Brasil, data que celebra a chegada do navio Kasato-Maru na cidade de Santos em 18 de junho de 1908, trazendo a primeira grande leva de imigrantes japoneses ao país. A cultura desse país tão distante já este bem presente no Brasil e outra onda que esta forte em terras tupiniquins é a sua literatura.

Ainda que no campo da arte a literatura se apresenta timidamente, os autores japoneses estão sendo publicados com frequência no Brasil. O Haruki Murakami é um destes e seus livros já são best seller no país. Os autores do outro lado do mundo escapam da monotonia misturando fantasia e realismo e conquistando o público.

O próprio Haruki Murakamim  foi favorito ao prêmio Nobel de literatura em 2012 e seu livro 1Q84 já vendeu mais de 5 milhões de cópias, 4 milhões apenas no Japão. Lá, a obra saiu como um folhetim, dividida em seis partes. No Brasil, são três volumes, todos na lista dos mais vendidos.
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Bom, não é apenas na literatura que o Japão dá o que falar. Alguns nomes do mundo da moda vêm dessa cultura tão distante e, ao mesmo tempo, tão próxima. Issey Miyake, Yohji Yamamoto, Rei Kawakubo são alguns que merecem destaque.

Em sua exuberante arquitetura, temos Kengo Kuma e Tadao Ando que nos apresentam uma estética que foge da nossa zona de conforto. Fora do que estamos acostumados, cada designer, estilista, autor e arquiteto nos mostra quão rica é a cultura japonesa.

Em homenagem ao Japão, ao dia do livro e à cultura de um país tão singular, o Blog AZ vai passar as próximas semanas falando um pouco mais de cada um desses artistas e suas áreas para mostrar como é feita a literatura, a arquitetura e a moda no Japão.

Lava-jato a serviço da arte

Política e arte não se misturam, mas no caso da operação Lava-Jato a arte ganhou alguns quadros para exposição

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No meio político não se fala em outra coisa senão em corrupção, mas o meio artístico pode se beneficiar do espólio deixado pelos corruptos do meio político. É que desde a terça-feira (14), o Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, apresenta nova exposição com obras de arte apreendidas na casa dos suspeitos de participação no esquema de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro desvendado pela Operação Lava Jato.

MON já recebeu três lotes de obras de arte desde o início da operação, totalizando 203 peças. Conforme decisão judicial, o museu tem a guarda do material artístico até a decisão final das ações penais. Intitulada “Obras sob guarda do MON”, e com 50 peças, esta será a segunda exposição relacionada a um dos maiores esquemas de corrupção investigados no país, segundo o Ministério Público Federal (MPF).

O público poderá ver, por exemplo, três telas de Cícero Dias (1907-2003), a obra “Roda de Samba”, do carioca Heitor dos Prazeres (1898-1966) e sete fotografias de Miguel Rio Branco. Há ainda duas telas do paulista Sergio Sister, uma acrílica sobre madeira de Nelson Leirner, “Homenagem a Mondrian”, e mais dois trabalhos do artista Vik Muniz. Além de Di Cavalcanti, Iberê Camargo, Aldemir Martins, Claudio Tozzi, Daniel Senise, Amilcar de Castro e Carlos Vergara.

O museu não disponibilizou o valor total das obras, que ficarão sob sua tutela até nova decisão da justiça federal. O MON armazena os quadros no Setor de Acervo e Conservação e lá as obras passam por uma espécie de quarentena para que os técnicos tenham certeza de que não há nenhuma contaminação por fungo ou bactéria, que podem deteriorar o acervo
Serviço
Exposição: “Obras sob guarda do MON”
Sala: 2
Período expositivo: 14 de abril a 12 de julho de 2015, de terça a domingo, das 10h às 18h
Ingressos: R$ 6,00 e R$ 3,00 (meia-entrada)

 

 

Murais de Athos Bucão em exposição em São Paulo

Seis painéis reeditados de Athos Bucão serão apresentados pela primeira vez na Galeria Nara Roesler, em São Paulo

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Athos Bucão era conhecido por sua timidez. Quando criança, essa característica o manteve dentro de casa, o que lhe deu tempo para aflorar a imaginação e misturar fantasia com realidade. Foi esse hábito que transformou Bucão, mais tarde, em um grande artista. Para homenagear suas obras, um conjunto de seis painéis de azulejos reeditados a partir de um acordo firmado em 2014 pela Fundação Athos Bulcão com a Galeria Nara Roesler ficará exposto em São Paulo até o dia 16 de maio de 2015.

A exposição completa está sendo mostrado pela primeira vez, embora dois dos painéis, cujos azulejos foram feitos na mesma fábrica que os originais, já foram apresentados no Rio de Janeiro na seção Lupa da ArtRio no ano passado. Com curadoria de Agnaldo Farias, a exposição abriga as reedições dos painéis de quatro lugares em Brasília: Museu Nacional de Gemas, Hospital de Brasília, Centro de Reabilitação da Rede Sarah Kubitschek, Instituto Rio Branco e Diretoria de Gestão e Atendimento ao Público, além do Sambódromo, no Rio de Janeiro.
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Agnaldo Farias define Bulcão como “artista único, preocupado em levar seu trabalho depurado para a esfera social”, cujo gênio elevou o muralismo com azulejos “de ícones até as composições abstratas, até os intrincados quebra-cabeças formais, da manufatura até a linguagem padronizada e industrial, e do painel mural para a elaboração de elementos arquitetônicos”.

A maestria do artista na arte mural, que abraçou como elemento integrante da arquitetura e não como mero forro da estrutura, ganha as paredes de Galeria Nara Roesler, então quem estiver em São Paulo neste período, já tem programação. Mais informações no site da galeria.
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Serviço

Exposição Athos Bulcão
Onde: Galeria Nara Roesler
Avenida Europa, 655, Jardim Europa, São Paulo – (11) 3063.2344
Quando: de 8 de abril a 16 de maio

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Armazém da Decoração abre exposição em homenagem a Sérgio Rodrigues

O Armazém da Decoração lançou na noite de 31 de março a exposição Sérgio Rodrigues em homenagem a um dos maiores ícones do design nacional.

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Para quem ainda não conferiu, a mostra Sérgio Rodrigues – montada por Léo Romano – continua exposta no Armazém da Decoração. A exposição conta com cerca de 50 peças desenhadas pelo designer ao longo de seus mais de 60 anos de carreira na arquitetura e no design moveleiro. A entrada é gratuita e o acervo, com peças exclusivas do Armazém da Decoração em Goiânia, ficará exposto até o fim do mês.

O versátil arquiteto carioca liderou o design de vanguarda brasileiro nas décadas de 1950 e 1960 e produziu obras que nunca mais serão esquecidas. A qualidade e elegância das peças desenhadas há mais de 50 anos aliadas a atemporalidade de seu trabalho fazem de um ‘Sérgio Rodrigue’ um objeto de luxo em qualquer tempo. O conceito de brasilidade está estampado na obra de Sérgio e a identidade brasileira de suas peças acabou consagrando o arquiteto dentro e fora do país.

De seu trabalho com o mobiliário, os maiores ícones do design nacional são a Cadeira Oscar (1956), Poltrona Mole (1957), Poltrona Aspas “chifruda” (1962), Poltrona Killin (1973), Banco Sonia (1997) e Poltrona Diz (2001). A Poltrona Mole é hoje parte do acervo do Museum of Modern Art de Nova York (MoMA) e seu sucesso fez com que a enciclopédia Delta Larousse atrelasse seu nome à imagem de “o criador do móvel brasileiro”.

Na noite desta terça-feira o Armazém da Decoração inaugurou a exposição com um papo design para convidados com a presença de Fernando Mendes. Primo, amigo e discípulo de Rodrigues, Fernando firmou uma parceria com seu mestre que durou até a morte de Sérgio, vítima de um câncer no fim do ano passado. Esteve presente também Gisèle Schwartsburd, fundadora da LinBrasil, empresa que se dedica à produzir exclusivamente a obra do grande mestre do móvel moderno brasileiro.
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Serviço

Onde: Armazém da Decoração
Rua 90, 174 Qd. 44 Lt. 20, Setor Sul – Goiânia
Quando: de 31 de março a 20 de abril de 2015
Horário: De quarta a segunda, das 9h às 18h
Entrada franca

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Fotos: Marcus Camargo

Entre a casa e o muro

O jardim por Benedito Abbud

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O impacto do verde na vida tanto de uma casa quanto de uma cidade fez com que a arquitetura criasse, dentro de sua linha de estudo, toda uma nova maneira de se pensar o bem estar e Benedito Abbud entendeu bem sua importância. Para o arquiteto e paisagista brasileiro, o verde deixou de ser um elemento meramente estético e se transformou em uma solução para as cidades.

Bom, como essa afirmação não é difícil imaginar que o trabalho paisagístico de Abbud envolve diferentes produtos e escalas, que vão desde cidades, bairros, parques, praças, condomínios verticais e horizontais, residências e até empreendimentos corporativos e comerciais, hotéis e flats, habitações compactas, shoppings centers e áreas especiais. Seu escritório já desenvolveu mais de 5.200 projetos em todo Brasil e em outros países como Argentina, Uruguai e Angola.

Com 40 anos de profissão, Benedito Abbud é arquiteto paisagista formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, na qual atuou como professor. Arte, técnica, bom senso, bom gosto e criatividade são as principais ferramentas de trabalho do paisagista. Desde a escolha de uma planta ou um piso até a disposição de cada um dos elementos em sintonia com a arquitetura do ambiente fazem toda a diferença e um belo jardim – tanto em um espaço público, quando em espaços privados – é sinônimo de qualidade de vida.
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“Hoje, a presença do verde e da natureza em centros urbanos é sinônimo de qualidade de vida, motivo para os profissionais, assim como eu, valorizam o verde nas cidades”, afirma o paisagista que dá cada vez mais valor para o verde que anda sumindo das grandes cidades. “Acredito que a atual conscientização da população para a importância de conviver junto à natureza e respeitá-la impacta em uma vida melhor para todos”.

Para Abbud, paisagismo não é um simples jardim. O arquiteto gosta de trabalhar com o conceito de acupuntura paisagística que defende que, a partir do momento em que se melhoram pontos estratégicos do local, esses benefícios se espalham por toda a região onde são aplicados. “O paisagismo é como a acupuntura, que vê seus efeitos se espalhar pelo corpo humano, mesmo sendo aplicada apenas em determinados pontos”. Os cinco sentidos também não são esquecidos pelos trabalhos de Benedito Abbud, que explora sabores, cheiros e barulhos em seus jardins.

O reconhecido trabalho paisagístico de Benedito Abbud não passou despercebido. O arquiteto já viu seu escritório ser premiado diversas vezes e assina alguns livros sobre a qualidade de vida do verde. É também de autoria de Abbud o desenvolvimento dos projetos para a candidatura do Rio de Janeiro à Olimpíada de 2016.

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“Zero real” no mundo real

Fotógrafo curitibano viajou o Brasil com uma máquina na mão e nenhum real no bolso

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Foi com uma mochila nas costas e uma ideia na cabeça que o fotógrafo curitibano Leonardo Maceira  decidiu conhecer o Brasil. Na mochila, dessas ao estilo backpacker, Leonardo levou o pouco que precisava para se vestir. Na cabeça, levou a ideia que motivou sua aventura: fotografar o Brasil sem nenhum real no bolso.

“A pessoa acha que eu quero dizer que estou levando pouco dinheiro. Aí eu digo que na verdade estou viajando com ‘zero real’”, explicou o fotógrafo de 23 anos ao repórter do portal G1. Para se deslocar, Leonardo ficou na beira das estradas procurando carona. Como herança, trouxe da viagem belas fotografias e várias experiências.

Sua coragem chamou a atenção do Brasil. Sua história foi contada por vários repórteres e a viagem acabou no Rio de Janeiro em um papo com Fátima Bernardes para seu programa de televisão. Foram inúmeras cidades por mais de dez estados brasileiros percorridos de carona e pernoitados na casa de conhecidos.
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Leonardo Maceira não era novato de estrada, ainda aos 16 anos o jovem morou na Itália onde atuou como jogador de futebol de salão profissional. Quatro anos depois, voltou para o Brasil e entrou para as áreas de cinema e fotografia. A ideia da viagem veio quando foi apresentar o trabalho de conclusão de um curso na área de fotografia com o tema “O lugar de cada um”.

Leonardo percebeu que cada um tem seu ou seus lugares e caiu na estrada para registrar cada um deles. Ele batizou a viagem de “Os lugares de cada um” e criou uma página de mesmo nome no Facebook – com mais de 13 mil curtidas – onde posta atualizações e fotos sobre o seu dia a dia.

“Minha viagem foi uma aventura, então tudo que acontece de bom ou errado foi uma experiência nova que valeu a pena ser vivida”, explicou no programa de televisão. Seu projeto não acabou com a viagem no Brasil e Leonardo já embarcou (de carona) para a América do Sul. Ele pretende rodar, literalmente, o mundo sem um real (ou dólar) no bolso. Teria coragem?
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Fotos: Leonardo Maceira