Pelas paredes das ruas

Longe das paredes de galerias, a arte urbana conquista os mais diversificados públicos e democratizam o acesso à arte

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Em sua conceituação mais simples o Grafite foi o nome dado à caligrafada ou desenho, pintado ou gravado, sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade. Em termos mais elaborados, é a manifestação artística de sentimentos em espaços públicos. Seu início é desconhecido, mas desde que se conhece o homem já se tem notícia de arte estampando paredes (ainda que de cavernas).

Longe das elegantes e célebres paredes de galerias, os grafiteiros conquistaram espaço e o respeito de seus espectadores ao longo dos anos, mas com uma importante diferença: seu público não tem idade, cor ou classe social; tem apenas os pés na calçada e apreço pela arte.

Internacionalmente conhecida por Street Art, a arte urbana simplesmente acontece. São nos lugares mais improváveis, nos guetos e lixões, nas paredes dos prédios mais refinados ou nas fachadas de uma oficina da periferia. Ela surge debaixo de pontes, pela criatividade paradoxalmente tímida e devastadora de seus artistas.

A expressão Arte Urbana surgiu inicialmente associada aos pré-urbanistas culturalistas do século XX como John Ruskin ou William Morris e posteriormente ao urbanismo culturalista de Camillo Sitte e Ebenezer Howard. O termo era usado para identificar o refinamento de determinados traços executados pelos urbanistas ao desenharem a cidade. Mas quando o movimento underground dos grafiteiros entrou na moda o termo veio a calhar.

A street art foi gradativamente se consolidando como uma forma do fazer artístico, abrangendo várias modalidades de grafismos ricos em detalhes, que vão do Grafite ao Estêncil (técnica usada para aplicar um desenho ou ilustração através da utilização de tinta), passando por stickers (etiquetas adesivas) e lambe-lambes (posters artísticos).

Goiânia abraçou essa arte. Nas ruas da capital, desenhos expressivos estão ganhando espaço nas paredes, lixeiras e quadros de energia espalhados pelas calçadas. E toda essa criatividade não é anônima, temos nomes fortes do Street Art enfeitando nossa cidade como Mateus Dutra, Oscar Fortunato, Wés, Ebert Calaça, André Morbek, Rustoff e outros.

O Blog AZ inicia hoje uma série de reportagens sobre essa arte que dispensa as galerias e vai bater na sua porta e fazer parte do seu dia-a-dia. Confiram…

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