As esculturas de cor da Mexicana Milena Muzquiz

Milena Muzquiz se apodera da cultura mexicana e da arte contemporânea para criar suas peças de arte

Esculturas imersas em uma tropicália muito latino-americana. Cores e texturas que lembram a cultura mexicana, país de origem da artista a qual estamos nos referindo. Milena Muzquiz criou um trabalho escultural que representa sua cultura e está levando este trabalho para exposições nos quatro cantos do mundo.

Nascida em Tijuana no ano de 1972, Muzquiz produz a maior parte de sua obra de Guadalajara. Mas seu trabalho artístico começou mesmo em Los Angeles, cidade que morou e que teve maior contato com a arte de escultura – lá trabalhou em dois importantes estúdios artísticos.

Parte do trabalho de Muzquiz é feito em parceria com Jorge Pardo, seu companheiro de vida e trabalho. Pardo é um artista contemporâneo especializado na criação de instalações, mas com um empurrão de Milena, acabou aterrissando também na produção de esculturas.

Segundo definição da própria artista, suas esculturas se apoderam da poética das cores vivas. A mistura de cores e coisas, espalhadas de forma desordenada por cada uma de suas peças, parece remontar a maneira desigual e contraditória na qual a mente humana funciona.

Milena Muzquiz realizou exposições individuais em Madri, Guadalajara, Palermo, na Itália, Los Angeles e Nova York e apresentou seu trabalho em exposições conjuntas também em Paris e Chicago. Seu trabalho foi igualmente apresentado em projetos individuais no Frieze New York e no ARCO Madrid. No Brasil, Muzquiz passou pela 28ª Bienal de São Paulo ainda no ano de 2008. Atualmente, a artista vive e trabalha na cidade de Mérida, México, em uma casa de dar inveja a muito arquiteto.

São Paulo recebe segunda edição da Art Weekend

Com o tema Ocupe a Cidade, São Paulo recebe 53 galerias de arte contemporânea para a segunda edição do Art Weekend São Paulo

Pelo segundo ano consecutivo a Associação Brasileira de Arte Contemporânea realiza o Art Weekend São Paulo, uma iniciativa criada para integrar o público às galerias de arte. O evento, que teve sua primeira edição realizada no mês de agosto do ano passado, acontece este ano nos dias 11 e 12 de novembro – sábado e domingo próximo.

Durante um fim de semana, as galerias realizam exposições, visitas guiadas, apresentações artísticas e conversas com artistas e curadores, tudo com o objetivo de aproximar a arte do público em geral e não apenas de colecionadores. Este ano o evento será realizado em diversos espaços da capital paulista e contará com a participação de 53 galerias, todas dedicadas à arte contemporânea.

As obras permitirão a interação e participação do público, algo que vai ao encontro do proposito de todo o projeto em si: difundir a arte contemporânea.Com a máxima “Ocupe a cidade”, o evento pretente espalhar a arte pelos quatro cantos de São Paulo e levará instalações de artistas para serem expostas nas ruas. A programação do evento pode ser encontrada nas redes sociais do Art Weekend São Paulo.

Imagens: Divulgação

Xavier Veilhan e a arte contemporânea

Xavier Veilhan é fotógrafo, designer e escultor e se destaca pelos trabalhos com esculturas em 3D

chateau-de-rentilly

Xavier Veilhan é fotógrafo, designer e escultor, mas é mesmo neste último talento que se destacou no mundo da arte. O francês de 53 anos estudou na Écoole Nationale Superiéure des Arts Decorativs e hoje vive e trabalha na capital francesa. Embora trabalhe com vídeos e fotografia, foram mesmo as suas enormes esculturas 3D que o tornaram conhecido.

Diz que sua influencia está no trabalho de Jeff Koons e naqueles que trabalharam a arte para impulsionar uma reflexão sobre a própria arte. “Koons seguiu os passos de Duchamp e Andy Warhol, no sentido de desmistificar a obra de arte”, explicou.

O artista é contemporâneo, entretanto, tem um pé bem fixo no passado. “Para mim o artista deve se curvar à história para entender o que significa a modernidade”. Isto é notório em suas esculturas. É que Veilhan utiliza referências do século passado, como personagens históricos e carruagens antigas.

Sua relação com a arquitetura é íntima e não apenas pelo fato de já ter esculpido em grandes monumentos a imagens de importantes arquitetos, como Jean Nouvel e Renzo Piano. É que o francês ficou incumbido, junto com uma equipe de arquitetos, de reformar um prédio construído na década de 1950. No exterior da construção, a fachada foi encoberta com painéis de aço inox polido e espelhos. O efeito é indescritível.
Sem título4 Sem título cv353_gente_nas_artes_02

Imagens: divulgação

Art Basel Miami abre as portas para sua 47º edição

Entre os dias 1 e 4 de dezembro o distrito do design de Miami recebe artistas e galerias para mais um ano de Art Basel

abmb15_public_galerie_knig_galerie_nchst_st_stephan_rosemarie_sch

Desde 1970, todos os anos Miami vira um palco de experimentação artística. O mundo Art Basel Beach começou na tarde desta quinta-feira (1) sua 47ª edição e o fascinante distrito Art Deco da cidade é tomado por muito design.  Entre o refinado design das galarias de arte até os muralistas experimentais do grafitado bairro de Wynwood, Miami respira a criação até o dia 4 de dezembro, ultimo dia da feira.

Caminhar pelo Design District é caminhar por esse submundo da arte contemporânea que nasce em Miami sempre na primeira semana de dezembro de todo ano. A Art Basel nasceu na Suíça e espalhou seu DNA pelo mundo. Atualmente, além de Miami a feira se realiza também em Hong Kong.
abmb15_kabinett_galerie_nathalie_obadia_agnes_varda_2873

O publico da Art Basel nos EUA ultrapassa a margem de 75 mil pessoas por edição, entre colecionadores, artistas e aficionados pela arte. Este ano, a feira conta com 269 galerias de 29 países, o Brasil entre eles, e obras de mais de quatro mil artistas. Estes números não chegam sequer perto de refletir o que é Miami nesta semana. É que além da Art Basel, outras duas dezenas de festivais também são sediados na cidade no mesmo período.

A Art Basel Beach acontece no Miami Beach Convention Center e se divide em seção principal, com a mostras das principais galerias e artistas mundiais e outros setores: Edition (gravuras e edições numeradas), Survey (arte contemporânea de antes dos anos 2000), Positions (projetos individuais de artistas renomados), Nova (novas galerias), Film e Public (exposições ao ar livre).

Programação completa da feira no site do evento.

abmb15_public_general_impressions_3445

Bienal de São Paulo abre as portas para sua 32ª edição

Com o nome “Incerteza viva”, a Bienal reúne 81 artistas de 33 países para refletir e expos a arte contemporânea

sem-titulo

As atuais condições da vida e as estratégias oferecidas pela arte são os temas sobre os quais a 32ª edição da Bienal de São Paulo se propõe a refletir em 2016. Aberta para o público na tarde de ontem (7), a exposição segue até o dia 11 de dezembro no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque do Ibirapuera, sob o título “Incerteza viva”.

Este ano, a mostra de arte reúne 81 artistas e coletivos com a participação de 33 países. O curador da exposição em 2016 é o alemão Jochen Volz, que decidiu não dividir a mostra em seções e propões um diálogo entre os artistas sobre os temas lançados para debate como ecologia, cosmologia de inícios e fins, extinção, saberes coletivos, mitos evolutivos e práticas vivas.

Segundo a organização da Bienal, serão enfatizados trabalhos novos e vários projetos produzidos durante a mostra, alguns deles coletivamente. “Desenhos para uma sociedade diferente e formas alternativas de estar no mundo irão emergir em trabalhos usando mídias diversas”, explicaram no site da exposição.

O nome “Incerteza viva” foi escolhido como uma proposta para que os artistas passassem a observar as noções de incerteza e as estratégias oferecidas pela arte contemporânea para abarcá-la ou habitá-la em seus projetos. “Discutir a incerteza também inclui processos de desaprendizado e exige um entendimento da natureza ilimitada do conhecimento”, explicou a organização.

32ª Bienal de São Paulo – Incerteza viva 
7 de setembro a 11 de dezembro de 2016
Curador: Jochen Volz
Cocuradores: Gabi Ngcobo, Júlia Rebouças, Lars Bang Larsen e Sofía Olascoaga

 

 

Pelos muros da capital

Por diversão ou arte, os street artists de rua colorem os muros da capital

Marginal Bota Fogo

Marginal Bota Fogo

O começo foi tímido, mas pouco a pouco a capital foi ficando colorida. As paredes e muros escondidos eram os antigos alvos dos artistas de rua, hoje, seus trabalhos podem ser vistos nas regiões mais badaladas da cidade e até em prédios públicos.

Em 2012 a Secretaria Municipal de Defesa Social (Semdef), em parceria com a Prefeitura de Goiânia, convidou 20 grafiteiros para desenharem os muros da Semdef em comemoração à semana do grafite. Na época o secretário municipal de Defesa Social, Allen Viana, explicou que o objetivo do projeto era incentivar a conservação do patrimônio e utilização do grafite como forma de manifestação artística e não de depredação dos prédios da cidade. A Semdef não é a única. Os grafites podem ser vistos em outros prédios oficiais da cidade, como o da Faeg na Avenida 87 e até nas paredes internas do prédio da Justiça Federal.

Por Santhiago Selon

Por Santhiago Selon

Por Santhiago Selon

Por Santhiago Selon

Segundo alguns historiadores da arte contemporânea, a street art chegou a Goiânia juntamente com o maior acidente radiológico do mundo, o césio 137. Foi nessa época que surgiu o Pincel Atômico, formado por Nonatto Coelho de Oliveira e Edney Antunes. A dupla descobriu o spray após um encontro com o grafiteiro Alex Vallauri, em São Paulo, e viu aí uma possibilidade de fazer arte, que a princípio eram pinturas irônicas relacionadas ao acidente com o césio.

Os grafiteiros encontraram nas ruas o espaço ideal para manifestarem sua arte e no fim da década de 1980 começaram a pintar grandes baratas nos principais prédios públicos da capital – segundo a lenda, a barata é o animal que não morre com a exposição à radiação. O grupo Pincel Atômico se desfez nos anos 1990, mas a cena grafiteira goianiense permaneceu ativa. Por diversão ou com intenções estéticas, os jovens da cidade não perderam o fio da meada desde os primeiros trabalhos da dupla Edney e Nonatto.

Entre esses garotos com spray nas mãos e uma ideia na cabeça, alguns se destacaram. O goiano Kboco, que vive em São Paulo há quase dez anos, fez nome e já expôs seu trabalho individual na Art Basel da Suíça, maior feira de arte do mundo. Continuam no centro-oeste alguns nomes que transitam entre as ruas e as galerias como Mateus Dutra, Santhiago Selon, Wés, Ebert Calaça, André Morbek, Oscar Fortunato e outros.

Para mostrar a força desse trabalho artístico em nossa capital, o Blog AZ continua na próxima semana nossa série de reportagens sobre a Arte Urbana entrevistando alguns desses artistas e mostrando seus trabalhos. Aguardem…
Street Art in Goiania Goias Brazil-02_Go Goiano_ AnW07 Street Art in Goiania Goias Brazil_Go Goiano - AnW07 selon

 

A obsessão que virou arte

A artista japonesa Yayoi Kusama transformou suas alucinações em exposições artísticas que lhe renderam prêmios em todo o mundo

Yayoi-Kusama.-Filled-with-the-Brilliance-of-Life
Percorre pelo Brasil desde o ano passado a exposição da artista japonesa Yayoi Kusama Infinite Obsession (Obsessão Infinita) que em fevereiro viaja para mais perto da capital goiana. A mostra chega a Brasília no próximo dia 19 de fevereiro no Centro Cultural Banco do Brasil e espera superar o sucesso da sua passagem pelo Rio de Janeiro, que registrou público médio de nove mil pessoas por dia.

Nascida em 1929, Yayoi Kusama se mudou para Nova York no fim década de 1950 onde trabalhou com figuras como Donald Judd, Andy Warhol, Claes Oldenberg e Joseph Cornell. Uma artista completa, a japonesa conquistou a cena mundial de arte contemporânea com performances, videoarte, filmes, pintura, desenho, escultura, instalação, moda, poesia, ficção e happenings, transformando os lugares onde passava em telas em branco prontas para receberem sua arte.

Vítima de alucinações, Yayoi transformou suas obsessões em exposições artísticas. Suas obras são marcadas pelas repetições de pontos e elementos, como se a artista quisesse compartilhar suas alucinações com o resto do mundo. Em 1973 Yayoi retornou ao Japão e, atualmente, vive voluntariamente em uma instituição psiquiátrica.

A exposição brasileira, produzida pelo Instituto Tomie Ohtake em colaboração com o estúdio da artista, traz cerca de 100 obras das últimas sete décadas de seu trabalho. São vídeos, pinturas, esculturas, quadros, arquivos de reportagens de jornais e instalações interativas que mostram ao público o belo e inquietante trabalho da artista.
Yayoi Kusama para Louis Vuitton

Obsessão Infinita por Yayoi Kusama

Período: de 19 de fevereiro a 27 de abril de 2014
Horário: de quarta a segunda, das 9h às 21h
Local: CCBB – SCES Trecho 2 – Brasília/DF
Curadoria: Philip Larratt-Smith e Frances Morris
Entrada franca

yayoi-kusama-in-yellow-tree-furniture1_0 portrait-yayoi-kusama-640x423

Colecionador de novas ideias

O “novo” New Museum, em Nova York, impressiona seus visitantes pela beleza criativa de sua sede e suas exposições

New Museum

Se viagem para você significa visitar museus, Nova York é a cidade certa. Nova York tem uma coleção de incríveis museus em Manhattan e seus arredores que vale a pena ser visitada, mas não se engane, não é só de MoMa ou Museum of Natural History que vive a Selva de Concreto. Entre os mais de trinta museus de NYC alguns se destacam e o New Museum é um desses.

O New Museum se dedica à arte feita no presente e esse presente foi dado à Nova York em 1977 pelas mãos da curadora Marcia Tucker. Tucker trabalhava no Whitney Museum of American quando percebeu que os museus da cidade não davam suporte para receber a nova arte e essa arte precisava de um novo museu. Mas logo o novo museu precisou de um novo endereço e oito andares foram construídos na Rua 235 Bowery para abrigar galerias espalhadas em seus diferentes e flexíveis espaços.
NYC Museum

O impacto é de cara, logo nos primeiro olhar. São sete retângulos irregulares, um sobre o outro, com revestimento e iluminação que não passam despercebidos em meio às tradicionais construções do centro de Manhattan. O prédio contemporâneo foi construído para servir de casa para a arte contemporânea e o incubador de novas ideias foi ideia da dupla de arquitetos japoneses Kazuyo Sejima e Ryue Nishikawa, ganhadores do prêmio Pritzker de arquitetura.

Localizado no East Village, o New Museum foi o primeiro de Nova York dedicado à arte contemporânea desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Em suas galerias o museu recebe o inusitado, o criativo, o contemporâneo. Todo ano o New Museum abre as portas para o New Museum Block Party, um festival de arte, cultura e criatividade. Atualmente o museu apresenta a exposição Chris Burden, artista americano com trabalhos em escultura, instalação e performance.

Instalação 2 Instalação