Exposição: arquitetura, urbanismo e geopolítica

Carlos Garaicoa traz a São Paulo reflexões acerca das relações entre arquitetura, urbanismo e geopolítica

 


A história pode ser contada pela arquitetura. Reflexões podem partir do olhar atento à urbanização que nos rodeia. Foi com este pensamento que o arquiteto e artista cubano radicado na Espanha Carlos Garaicoa fez sua arte. O artista percebeu que os prédios e os formatos das ruas têm muito a contar sobre as pressões e direções políticas de uma sociedade e desta percepção criou a exposição Ser Urbano, que está em cartaz na cidade de São Paulo.

“Carlos Garaicoa: Ser Urbano”, com curadoria de Rodolfo de Athayde, reúne oito trabalhos do artista divididos em instalações, vídeos, fotografias, maquetes e desenhos. Por meio de prédios. Os trabalhos apresentados propõem reflexões acerca das relações entre arquitetura, urbanismo e geopolítica já que Garaicoa é reconhecido internacionalmente por seu trabalho artístico sobre as cidades.

A relação não só das cidades, mas de sua arquitetura com a história do mundo é o que conta Carlos por meio de seu trabalho artístico. As obras apresentam a viagem criativa do autor, onde coloca em contraste questões sociais, econômicas e políticas que impactam diretamente na formação das subjetividades e dos conhecimentos do mundo contemporâneo.

A arquitetura na fotografia de Yuri Serôdio

O vazio dos espaços públicos ganha um outro olhar pelas lentes de Yuri Serôdio com a mostra Compassos Paralelos

 


Ser um fotógrafo filho de arquiteto fez do trabalho de Yuri Serôdio a união entre os dois campos da arte e conhecimento. O que faz uma pessoa apaixonada por desenho, mas que ganha a vida das lentes da sua câmera? Fotograva a beleza da arquitetura. Ou melhor, do vazio da arquitetura.

As fotografias de Serôdio enfatizam a arquitetura e a perfeita simetria, com a intenção de desvendar o olhar e silenciar o pensamento invadido pelo caos visual das cidades contemporâneas. E de onde vem o vazio? O fotógrafo captura imagens de locais abrigam grandes públicos, mas sem a presença do homem.

O pernambucano Yuri Seródio – hoje vive e trabalha em São Paulo – é filho de pai arquiteto. Talvez dai venha sua admiração pelo desenho e pela simetria da arquitetura. Cursou sua graduação na Faculdade de Ciências Humanas em Recife, mas em São Paulo fez Fotografia e História da Arte.

Este ano apresenta sua primeira exposição individual na Luis Maluf Gallery, em São Paulo, entre os dias 06 e 31 de julho com onze fotografias feitas em teatros, cinemas, palácios e bibliotecas no Brasil e no mundo como parte da mostra Compassos Paralelos. A geometria do belo e a beleza do vazio são os enfoques dados pela exposição.

SERVIÇO

Compassos Paralelos
Onde: Luis Maluf Gallery, SP
Quando: de 6 a 31 de julho de terça a sexta
das 11h às 20h. Sábados, das 11h às 18h.
Quanto: Entrada gratuita

Fotografias: Yuri Serôdio

Brasília, Patrimônio Cultural da Humanidade

Há 30 anos Brasília recebia o título de Patrimônio Cultural da Humanidade sendo a única obra contemporânea a ser agraciada com o título

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No último dia 21 de abril a capital federal comemorou 57 anos de idade. Um bebe perto de cidades brasileiras como São Paulo, com 463 anos, e Salvador, com 468 primaveras, ou mesmo cidades europeias que já ultrapassaram um milénio de existência. Mas Brasília tem algo que a torna especial mesmo com poucos anos de vida: sua arquitetura única.

Foram os traços modernistas de Oscar Niemeyer e o urbanismo de Lúcio Costa que fizeram com que a capital brasileira fosse incluída em uma lista preparada pelo periódico britânico The Guardian sobre as cidades mundiais que devem ser visitadas pelos amantes da arquitetura e não é para menos, Brasília parece nascida fora de seu tempo e de qualquer outro tempo.

Foi por isto que em 1987, há exatos 30 anos, a capital brasileira foi tombada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Em 1972, a Unesco criou a Convenção do Patrimônio Mundial, para incentivar a preservação de bens culturais e naturais considerados significativos para a humanidade.

Não é apenas um organismo internacional que pode tombar uma cidade ou um prédio, além da Unesco, os municípios, estados e a União podem tombar um monumento. O tombamento é definido pelo Direito brasileiro como uma das formas de intervenção do Estado na propriedade privada, já que uma vez tombado como patrimônio histórico, os prédios atingidos pelo ato enfrentam uma série de burocracias para sofrer pequenas intervenções – tudo deve ser aprovado pelo ente tombador.

Mas diante da importância arquitetônica de todo o Plano Piloto de Brasília, a Unesco entendeu que sua preservação deveria ser mundial e a tombou como Patrimônio Cultural da Humanidade. Por ser um marco da arquitetura e urbanismo modernos, Brasília é detentora da maior área tombada do mundo – 112,25 km² – e foi inscrita pela Unesco na lista de bens do Patrimônio Mundial em 7 de dezembro de 1987, sendo o único bem contemporâneo a merecer essa distinção.

Ao lado de Brasília, outras cidades possuem bens igualmente tomabos pelo órgão da ONU: o  Centro Histórico de Olinda (PE), as Ruínas de São Miguel das Missões (RS), o Centro Histórico de Salvador (BA), o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas do Campo (MG), o Parque Nacional Serra da Capivara (PI),  o Centro Histórico de São Luís do Maranhão, o Centro Histórico de Diamantina (MG), Centro Histórico da Cidade de Goiás, a Praça de São Francisco em São Cristóvão (SE), as paisagens do Rio de Janeiro, e o Conjunto Moderno da Pampulha.
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Imagens: Unesco / Ron Van Oers

Xavier Veilhan e a arte contemporânea

Xavier Veilhan é fotógrafo, designer e escultor e se destaca pelos trabalhos com esculturas em 3D

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Xavier Veilhan é fotógrafo, designer e escultor, mas é mesmo neste último talento que se destacou no mundo da arte. O francês de 53 anos estudou na Écoole Nationale Superiéure des Arts Decorativs e hoje vive e trabalha na capital francesa. Embora trabalhe com vídeos e fotografia, foram mesmo as suas enormes esculturas 3D que o tornaram conhecido.

Diz que sua influencia está no trabalho de Jeff Koons e naqueles que trabalharam a arte para impulsionar uma reflexão sobre a própria arte. “Koons seguiu os passos de Duchamp e Andy Warhol, no sentido de desmistificar a obra de arte”, explicou.

O artista é contemporâneo, entretanto, tem um pé bem fixo no passado. “Para mim o artista deve se curvar à história para entender o que significa a modernidade”. Isto é notório em suas esculturas. É que Veilhan utiliza referências do século passado, como personagens históricos e carruagens antigas.

Sua relação com a arquitetura é íntima e não apenas pelo fato de já ter esculpido em grandes monumentos a imagens de importantes arquitetos, como Jean Nouvel e Renzo Piano. É que o francês ficou incumbido, junto com uma equipe de arquitetos, de reformar um prédio construído na década de 1950. No exterior da construção, a fachada foi encoberta com painéis de aço inox polido e espelhos. O efeito é indescritível.
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Imagens: divulgação

Os designs de Jayme Bernardo

Jayme Bernardo atua em três frentes: eventos, móveis e arquitetura

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Já falamos no trabalho desse designer antes, quando destacamos a mesinha Toy na coluna Design é Meu Mundo. Mas não é apenas do lúdico que sobrevive Jayme Bernardo. Na verdade, o designer passeia por várias formas de criação e com mais de 30 anos de experiência, não poderia ser diferente: arquitetura, móveis e eventos são as especialidades de Bernardo.

Nascido em São Paulo, Jayme Bernardo mudou-se para o sul e lá deu os primeiros passos da carreira. Formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Paraná e em Curitiba abriu seu escritório de arquitetura. Foi de Curitiba que Jayme Bernardo se apresentou ao mundo e atualmente seu escritório conta com filiais em São Paulo e Miami.

O que começou com a paixão pelo desenho e a criação de espaços internos, se transformou em uma profissão de vários campos. Jayme Bernardo foi convidado por um amigo para assinar a decoração de seu casamento e o que seria uma experiência de uma vez só acabou transformando o designer em produtor de eventos sociais.

Mas seu trabalho não para por ai. O arquiteto passou a desenvolver uma linha de mobiliário com a assinatura Jayme Bernardo Designer. “Penso nas peças sempre de forma holística, levando em conta a pessoa que vai usá-las e o ambiente em que serão inseridas”, explica Jayme.
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Imagens: Jayme Bernardo (divulgação)

Morre, aos 74 anos, Oswaldo Bratke

O arquiteto das grandes armações deixou, na tarde de segunda-feira, mais vazio o mundo das artes e da arquitetura

Imagem: Etel Interiores

Imagem: Etel Interiores

Esta semana começou triste para a arte e a arquitetura. Faleceu nesta segunda-feira (9) o arquiteto Carlos Bratke, filho do também arquiteto e urbanista Oswaldo Bratke, aos 74 anos após passar mal em casa durante o almoço. A causa da morte é ainda investigada pelos médicos.

Carlos Bratke é dono de um currículo invejável. Muito premiado, presidiu a Fundação Bienal entre os anos de 1999 e 2002 e o Instituto de Arquitetos do Brasil/Departamento de São Paulo na gestão 1992/1993. A ele foi conferida a comenda maior do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), o Colar de Ouro.

Formado pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie no ano de 1967, no ano seguinte fundou, na capital paulista, o escritório Carlos Bratke e nele desenvolveu diversos projetos em várias áreas, desde residências, passando por edifícios de apartamentos, plantas industriais, escolas, até grandes edifícios de escritórios.

Embora filho de um grande modernista, Carlos Bratke acabou por priorizar as grandes estruturas metálicas e o vidro, materiais mais conhecidos da arquitetura contemporânea – não é por acaso que seu projeto do Plaza Centenário recebeu o apelido de RoboCop.

Art Deco goiana é destaque no New York Times

O apogeu e declínio da Art Deco em Goiânia é destaque no jornal norte americano The New York Times

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Fica no vizinho norte americano, os EUA, a cidade com o maior acervo Art Deco do mundo: Miami, mas Goiânia não fica muito atrás nesse ranking. Temos a segunda maior cidade em termos de representatividade da arquitetura francesa e esta característica não passou despercebida pelo jornalista Simon Romero do The New York Times.

O estilo arquitetônico dos anos 1930 que movimentou as artes decorativas, arquitetura, design de interiores e o desenho industrial e serviu de inspiração para Atílio Correa Lima quando o arquiteto desenhava os traços da mais nova cidade planejada do País surpreendeu o jornalista de passagem por Goiânia.

Em matéria publicada ontem (9) na versão digital do periódico, Romero se mostrou surpreendido pelo que viu na capital, algo como uma joia escondida no coração do país ou, como chamou, no meio do “cinturão de fazendas do Brasil”.

Mas a matéria não trouxe apenas elogios à arte surgida na França de um movimento artístico que visa o progresso – assim como Pedro Ludovico Teixeira via a nova capital – escondida no centro-oeste brasileiro.  Com o título “The Fading Art Deco Dreams of Brazil’s Heartland”, algo como “O desaparecimento do sonho da art deco no coração do Brasil”, a matéria não deixa de destacar o descaso das autoridades pelo tesouro arquitetônico que possuem em mãos.
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“Marcos arquitetônicos foram colocados a baixo para darem espaço a edifícios indescritíveis, e grafites envolvem muitas estruturas art deco”, destacou o periódico. A publicação conta como foi o planejamento da cidade durante a marcha para o oeste de Vargas e a ideia de criar um projeto urbano para apenas 50 mil habitantes, mas que atualmente abriga mais de 1.4 milhão de pessoas.

O jornalista continuou lembrando que Lévi-Strauss, antropólogo belga, em visita a Goiânia nos primeiros anos da capital não compreendia a razão de se criar uma nova sede para o governo estadual no lugar de apenas melhorar aquela já existente, a Cidade de Goiás. O antropólogo desconhecia as implicações políticas que levaram Pedro Ludovico Teixeira, com o apoio de Vargas, a transferir a capital.

Em seguida Simon Romero se pergunta: “O que ele [Lévi-Strauss] poderia dizer agora de Goiânia, com os desenvolvedores demolindo edifícios Art Deco, substituindo-os com os altos algarismos indescritíveis que ocupam cidades ao redor do Brasil?”. Para o jornalista, as inspirações brasileiras deixaram de olhar para a França e, em alguns aspectos, se voltaram muito para o país norte americano.

Ao final encerra com um questionamento que é também nosso – dos goianos apaixonados por história, arquitetura e preservação: “Não pude deixar de me perguntar como seria Goiânia se tivesse preservado mais de suas primeiras criações arquitetônicas. Poderia se assemelhar a Asmara, a capital da Eritréia localizada no chifre da África, conhecida pelos seus preservados tesouros Art Deco construídos pelos ocupantes italianos nos anos 30? Ou como uma Miami Beach no cerrado brasileiro?”

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Dia do arquiteto

O Armazém da Decoração parabeniza os arquitetos pelo seu dia

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Olhe à sua volta e vai perceber que está cercado de arquitetura por todos os lados. Do grego, a palavra é a união de arkhé, que significa “principal”, com tékhton, que pode ser traduzida por “construção”. Sua origem histórica é desconhecida, mas imagina-se que arquitetura veio quase junto com o homem e foi se aprimorando ao longo dos séculos.

O mais antigo tratado arquitetônico de que se tem notícia é do romano Marco Vitrúvio Polião (século I a.C) e ele definiu a profissão como “uma ciência, surgindo de muitas outras, e adornada com muitos e variados ensinamentos: pela ajuda dos quais um julgamento é formado daqueles trabalhos que são o resultado das outras artes”.

No Brasil, o dia do arquiteto é comemorado hoje, dia 15 de dezembro, em homenagem a um dos maiores arquitetos brasileiros Oscar Niemeyer. Niemeyer nasceu em 15 de dezembro de 1907 e nos deixou dez dias antes de comemorar 105 anos de idade.

China proíbe construção de prédios estranhos

Governo Chinês lança medidas de planejamento urbano para banir construção de prédios estranhos no país

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Aos olhares mais atentos e, em alguns casos, até aos menos atentos, alguns edifícios chamam a atenção pela criatividade – ou mesmo pela bizarrice. O Brasil abriga alguns desses empreendimentos arquitetônicos que mais parecem saídos de filmes futuristas de Hollywood, como o edifício da Procuradoria Geral da República em Brasília, muito mostrado nos jornais desde o início da operação Lava Jato.

A China, entretanto, possui um sem número de edifícios considerados estranhos. O aumento no número de prédios de destaque se deu em meados da década passada por ocasião das Olimpíadas de Pequim e subiram arranha céus como símbolos de uma era onde a China se apresentou ao mundo como grande potência emergente.
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Ocorre que desde 2014, estes prédios passaram a incomodar o governo Chinês. Este ano o Conselho Estatal do país passou a incorporar em suas diretrizes sobre planejamento urbanístico normas que vetam a construção de prédios de arquitetura um tanto “bizarra” ou, nas palavras do porta-voz chinês “ostentação” ou “esquisito”. A ideia é desencorajar a construção de edifícios fora do padrão de normalidade.

Para citar alguns exemplos, o CCTV – edifício em forma de um “M” – foi muito criticado pelos chineses, assim como a réplica da Torre Eiffel colocada no interior do país. Em 2013, o edifício que jornal “People’s Daily” passou a ser comparado com o formato do de um pênis gigante – ao estilo dos edifícios construídos em Londres e em Barcelona. Na ocasião, as autoridades chinesas proibiram os operários que trabalhavam em sua construção de fazerem piadas pejorativas com o edifício.

Embora o veto vá impactar diretamente nos prédios públicos, a medida preocupa alguns arquitetos, que entendem que o desencorajamento pode também acabar limitando a criatividade dos designers.

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Arquitetura ecumênica

O arquiteto canadense Siamak Hariri ergue templo para todas as religiões nos arredores de Santiago

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A palavra ecumênica tem sua origem no vocábulo grego oikoumene, que significa o “mundo todo”. Seu significado especificamente religioso veio a representar a unidade da igreja, que vai além das diferenças geográficas, culturais e políticas. A arquitetura apropriou-se da ideia e criou um verdadeiro templo ecumênico espalhado pelos quatro cantos do mundo – o tempo foi levantado em todos os continentes do mundo.

A ideia chegou na América do Sul pelas mãos do arquiteto canadense Siamak Hariri, que acaba de finalizar sua criação nos arredores de Santiago, no Chile. Aos pés da Cordilheira dos Andes, o templo Bahá’í – símbolo da fé monoteísta – foi levantado para dar espaço para todas as religiões, ou até mesmo nenhuma delas. Basta entrar para ser bem recebido.

Cada um dos projetos tem suas particularidades, mas todos eles têm em comum o caráter de centro espiritual. São, ao todo, nove portas e nove templos – número escolhido para simbolizar a união de todas as pessoas que podem chegar por todas as direções do globo e entrar no tempo, independentemente do seu credo.

Cada uma de suas portas formam “asas translúcidas” que se erguem diretamente do chão e parecem flutuar sobre um espelho d´água ao redor do templo. O grande eneágono permite a entrada de luz externa e, do lado de dentro, se eleva na direção do céu. O projeto já venceu cinco prêmios de arquitetura, incluindo o prêmio de Edifício do Ano do World Achitecture News, em 2010.
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