Designers Atemporais: Eileen Gray

Lembrando alguns grandes designers do século XX, o Blog AZ começa uma série de matérias semanais com a atemporal Eileen Gray

Eileen Gray
Seu nome fez fama, e não é para menos… O incrível trabalho de Eileen Gray a transformou em uma das mais célebres influências do design e da arquitetura do século XX. O interessante é que embora a carreira de Gray nasceu com o design, suas peças são verdadeiras obras de arte, inclusive expostas em grandes museus.

Nascida em Enniscorthy, Irlanda, ainda no século XIX (1878), Eileen Gray faleceu aos 98 anos em Paris. Seu trabalho não foi reconhecido como deveria, grande parte da fama de Eileen Gray chegou após a sua morte. A designer estudou na Slade School of Art de Londres até se mudar para a Cidade da Luz, onde se formou na arte da Laca com o mestre japonês Sugawara.

Em Paris, Eileen Gray começou a se especializar em Art Deco. Após sofrer profundas influências do trabalho de Le Corbusier, Gray entrou em uma fase modernista facilmente reconhecida em seus trabalhos com design mobiliário. Suas duas vertentes se tornaram grandes influências na arquitetura e design mundial, tanto que Gray é considerada a arquiteta pioneira no desenvolvimento de projetos Art Deco e modernista.
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Mas sua fama não ficou a cargo apenas do trabalho. Gray levava um estilo de vida boêmio de mulher independente, muito diferente do esperado em sua época. Envolveu-se com personalidades célebres e usou seus sentimentos e sua sensibilidade para o trabalho. Em 1919 ela começou a desenvolver projetos com mobiliário e cada uma de suas peças, bastante modernista, se encaixa perfeitamente nas decorações ousadas do design atual.

Atemporal, Eileen Gray é sinônimo de criatividade e elegância. O Centre Pompidou de Paris, em colaboração com o IMMA, produziu uma exposição para celebrar a carreira de Gray colocando a mostra algumas de suas belas peças de mobiliário.

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“A house is not a machine to live in. It is the shell of man, his extension, his release, his emanation”. Eileen Gray

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Ineditismo de idéias

O escritório franco-brasileiro de arquitetura Triptyque se destaca no mercado com prêmio e reconhecimento pelo trabalho inédito e criativo do grupo

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Triptyque em francês ou tríptico em português, que uniu quatro profissionais em um escritório franco-brasileiro de arquitetura, é o nome dado à moldura que une três imagens distintas em uma única composição. Na Idade Média, o Triptyque inovou ao mostrar pluralidade de pontos de vista em uma época em que pinturas não tinham dimensões. O nome enfatiza o diferencial do grupo, já que inovação tem tudo haver com a forma de projetar escolhida pelos arquitetos.

Os profissionais que criaram o escritório Triptyque no Rio de Janeiro no ano 2000 se conheceram durante a formação em arquitetura pela Escola de Arquitetura Paris-la-Seine. Os arquitetos criaram um grupo acadêmico para discutir as possibilidades de se trabalhar o espaço por meio de arquitetura, design, arte e multimídia. A brasileira Carolina Bueno e os franceses Greg Bousquet, Guillaume Sibaud e Olivier Raffaëlli trouxeram para o Brasil o trabalho multidisciplinar que começaram a desenvolver na França após se formarem.

Em busca de novas oportunidades, o grupo mudou-se para São Paulo e hoje a Triptyque Architecture soma ao seu crescimento e reconhecimento dois escritórios (em São Paulo e Paris) e um estúdio de computação gráfica (o TriptyqueLAB) no Rio de Janeiro. Atualmente, a casa conta com cerca de 40 projetos em desenvolvimento.
Prédio Harmonia

Além de inovação, outra marca que chama a atenção para o grupo é sua ligação com a natureza e projetos sustentáveis. Batizado de Farm Harmonia por estar localizado na Rua Harmonia 57, o edifício projetado pelo escritório na Vila Madalena foi um dos destaques do trabalho sustentável e criativo do Tiptyque. Concebido para ser um organismo vivo, o prédio de base neutra e cinza teve suas paredes revestidas por uma “pele vegetal” e reaproveita toda água que cai em seu solo. Na parte interna, os visitantes da loja têm a impressão de estarem no interior de uma selva.

O Triptyque Architecture foi um dos vencedores em 2008 do NAJA – Nouveaux Albums des Jeunes Architectes et des Paysagistes, do Ministério da Cultura da França. Seus projetos já se tornaram referência, como o edifício da Rua Harmonia, que foi vencedor do Zumtobel Group Award por sua sustentabilidade. E o edifício da Rua Fidalga, em que cada apartamento é diferente do outro, foi selecionado para a Bienal de Veneza de 2009.

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Shigeru Ban e a arquitetura social

Shigeru Ban vem se tornando um dos maiores nomes da arquitetura mundial e foi coroado com o prêmio Pritzker em 2014

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É impossível não se encantar diante do trabalho desenvolvido por um dos maiores nomes da arquitetura mundial. Shigeru Ban é um arquiteto japonês com currículo vasto e trabalhos nos quatro cantos do mundo. Ele estudou na Universidade de Artes de Tóquio, no Instituto de Arquitetura do Sul da Califórnia e mais tarde ele foi para a Escola de Arquitetura da Cooper Union, onde recebeu a orientação de John Hejduk se formando em 1984. Em 2014, o arquiteto integra a lista dos ganhadores do “Nobel da arquitetura” – como foi apelidado o prêmio Pritzker.

No Brasil, apenas dois arquitetos foram premiados com o Pritzker: Oscar Niemeyer, pela Catedral de Brasília; e Paulo Mendes da Rocha, pela Capela de São Pedro Apóstolo, em Campos do Jordão, interior de São Paulo. Esse ano o júri votou pelo japonês, e nada mais que merecido. Shigeru Ban é conhecido não apenas por suas obras encantadoras, mas por uma técnica única e sua preocupação social. O arquiteto construiu abrigo em áreas afetadas por desastres, tanto no Japão como na Turquia, Ruanda e Nova Zelândia.
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A técnica é simples e foi desenvolvida por Ban em 1989. O arquiteto utiliza papelão para levantar as estruturas de suas obras, das mais simples as mais elaboradas. A abordagem consiste em enrolar papelão em tubos, reforçando a sua resistência, e depois usar produtos químicos que o tornam à prova d’água. Os tubos de papelão são uma marca forte do trabalho do arquiteto e podem ser vistos nos alojamentos provisórios e nos grandes pavilhões e edifícios projetados por Shigeru Ban.

“Foi um incentivo para eu continuar a fazer meu trabalho social, além de realizar projetos como museus e outros, por isso tento manter um equilíbrio entre outros tipos de projetos e trabalhos em áreas de desastres. Então eu aceito o Pritzker como um encorajamento, ao invés de apenas um prêmio por tal realização”, disse o arquiteto quando ficou sabendo que era o escolhido deste ano.
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Gilberto Elkis palestra no EARQ 2014

Debatendo um pouco mais sobre paisagismo e seus revestimentos naturais, Gilberto Elkis integra o time de palestrante do EARQ 2014

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Um dos maiores nomes do paisagismo brasileiro integra o time de palestrantes do maior evento de arquitetura e design do Centro-Oeste. É que o Encontro de Arquitetura e Design – EARQ 2014 confirmou a presenta de Gilberto Elkis que abordará o tema “Revestimentos naturais” durante o evento em setembro deste ano.

Gilberto trabalha com desenvolvimento, gestão e manutenção de projetos de design em espaços naturais e urbanos, utilizando a natureza como revestimento na decoração de um espeço. O profissional vai além da definição clássica do que é ser paisagista e por isso está há mais de 25 anos no mercado. Gilberto passou a ser reconhecido pela utilização das técnicas da topiaria – a arte de podar plantas em formas ornamentais.
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Os projetos do paisagista aguçam os cinco sentidos humanos por meio da natureza. “A configuração do desenho paisagístico leva em conta cada lugar, suas especificidades, o amplo ambiente, tudo que odora, exala as características pessoais de quem habita o espaço. O paisagista está entre o artesão e o artista.”, afirmou Gilberto em entrevista para a Revista Di Casa.

Ao pensar na harmonia entre o espaço a ser projetado e o desejo de seu cliente, Gilberto Elkis imprime sempre sua marca – a versatilidade. “O meu estilo é na realidade uma mistura de diversas escolas em que me inspiro – a francesa, a inglesa, a japonesa, a italiana”, explicou o paisagista.

Em seus projetos, é possível identificar a busca pela liberdade natural do jardim, onde as plantas adquirem volumes e formas diversas espontaneamente, ao mesmo tempo em que também se percebe a simetria e as características geométricas que o grande paisagista do barroco francês, Andre Le Nôtre, utilizou nos jardins de Vaux-le-Vicomte e do Palácio de Versalhes. A tradução do que o criador já viveu e experimentou ao longo de sua carreira resultam em uma bela síntese de estilos.

Fonte: Revista Di Casa
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“Design com Afeto”

Paulo Alves será um dos palestrantes do EARQ em setembro com o tema “Design com Afeto”

Paulo  Alves
A três meses do maior evento de design e arquitetura do Centro-Oeste, o Blog AZ começa a contar mais sobre os grandes nomes que virão palestrar durante o Encontro de Arquitetura e Design (EARQ), que acontece nos dias 16, 17 e 18 de setembro no Centro Cultural Oscar Niemeyer na capital. Chegando à quinta edição, o EARQ já mostrou que sua programação é marcada por ícones da arquitetura e do design e esse ano a abertura contará com a presença de nada mais nada menos que Paulo Alves!!

Paulo é formado em Arquitetura pela Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos e iniciou sua carreira no renomado escritório de Lina Bo Bardi. O arquiteto já participou de projetos de revitalização como o do Palácio das Indústrias, mas é conhecido mesmo pela elegância de seus móveis e a linguagem de seu estilo. Seu design é pautado na linguagem bem brasileira, onde a madeira tem voz e vez.

Em 2004 Paulo Alves criou a Marcenaria São Paulo e lá vem desenvolvendo peças de forte caráter e linguagem brasileira. A madeira é material marcante de seu trabalho e, em algumas peças, Paulo usa material de demolição. O designer já fez inúmeras viagens levando sua exposição aos quatro cantos do mundo e acabou trazendo alguns prêmios de volta para casa ao longo do caminho.

A equipe de produção do Encontro de Arquitetura e Design (EARQ) confirmou Paulo Alves como palestrante do primeiro dia do evento abordando o tema “Design com Afeto”. Fique atento que durante as próximas semanas o Blog AZ vai falar um pouco mais sobre cada palestrante confirmado para trazer mais design para a capital goiana.

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Começa a nova temporada Casa Cor Goiás 2014

Casa Cor Goiás abre 2014 com 19 ambientes que expõem peças da AZ

Bilheteria  - W.leão Ogawa e Heitor Arrais

Bilheteria – W.leão Ogawa e Heitor Arrais

Começa essa semana a nova temporada da Casa Cor Goiás. Em sua 18ª edição a mostra está mais ousada, com muitas cores e texturas – ela sugere novas maneiras criativas de viver em propostas que contemplam todas as demandas do cotidiano moderno com o tema “um olhar muda tudo”. Em 2014, a exposição será realizada na Rua 34, Qd. H 17, Lts 5 a 10, no Setor Marista.

Na edição goiana da maior mostra de arquitetura, design, decoração e paisagismo a Armazém da Decoração não poderia ficar de fora. A alta-costura do mercado mobiliário está estampada em 19 ambientes que expõem peças da AZ Decor. São mobiliários de luxo que contrastam com as experimentações criadas por profissionais de renome e novos talentos.

Studio I Leo You - Léo Romano

Studio I Leo You – Léo Romano

Esse ano, a Armazém da Decoração está presente nos espaços de Regina Amaral, Mônica Monteiro, Ana Paula de Castro e Sanderson Porto, Thaís de Souza, Aleteia Tolentino e Fernanda Costa, Adriana Mundim e Fernando Rocha Galvão, Mariela Romano, W.leão Ogawa e Heitor Arrais, João Paulo Florentino, Kellen Mendonça Santos, Léo Romano, Giovanni Borges, Priscilla Pattersen e Priscilla Sotério, Cláudia Zupanni, Meire Santos, Genésio Maranhão, Luciana Veiga e Mirna Corrêa, André Brandão e Márcia Varizo e Andreia Rocha Lima.

Peças da Etel, Kartell, Tidelli, Decameron, Estúdio Bola e de designers consagrados como Sérgio Rodrigues, Oscar Niemeyer, Jorge Zalszupin são alguns exemplos da parceria da Armazém da Decoração com os profissionais expositores da mostra em 2014.

Sob o comando das arquitetas Eliane Martins e Sheila Podestá, a exposição acontece entre os dias 7 de maio e 11 de junho em um imóvel residencial de 3,5 mil metros quadrados. Serão 35 dias de uma mostra que inclui ambientes tradicionais e as inovações criativas da paixão dos designers e arquitetos goianos.

Lounge Resort - Andreia Rocha Lima

Lounge Resort – Andreia Rocha Lima

Jardim - João Paulo Florentino

Jardim – João Paulo Florentino

Home Office - Luciana Veiga e Mirna Corrêa

Home Office – Luciana Veiga e Mirna Corrêa

Studio Santté - Mariela Romano

Studio Santté – Mariela Romano

Apartamento - André Brandão e Márcia Varizo

Apartamento – André Brandão e Márcia Varizo

Fonte: Assessoria de Imprensa Casa Cor Goiás 2014
Fotos: Jomar Bragança

Vida compacta, mas com muito estilo

Arquiteto canadense investe em projeto de apartamentos com pouco espaço e muita criatividade em nome de uma “vida simples e mais feliz”

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Quanto maior a sua casa, melhor você pode aproveitar a decoração, certo? Errado! A correria das grandes cidades exige a praticidade de pequenos espaços e foi pensando nela que construtoras estão cada vez mais investindo em apartamentos compactos.

O conceito não é novo, cidades e países com grandes populações espalhadas em pequenos territórios já inventaram diversas maneiras de aproveitarem melhor seus espaços. Em cidades como Tóquio e Paris, espaço é um luxo que nem todos podem bancar, mas agora arquitetos e decoradores estão trabalhando com esse conceito e mostrando que além de prático e barato, morar em pequenos apartamentos pode ser também charmoso.

O arquiteto e ambientalista canadense Graham Hill criou há pouco mais de um ano o projeto LifeEdited. A vida editada de Graham Hill tem o objetivo de desenvolver diversas soluções para o aproveitamento de espaço em apartamentos que variam entre 20 m² e 40 m² e o faz com o lema Uma vida simples é mais feliz. Segundo Hill quando o lugar em que você mora é menor, você usa menos o aquecedor, tem menos espaço para limpar e gasta menos. É a vida perfeita para um solteiro, um executivo ou um ambientalista – como o arquiteto.

“Por um tempo, morei em várias cidades, sempre em locais pequenos e sempre levando minhas coisas em apenas duas malas. Isso me fez pensar sobre quanto de espaço e coisas eu realmente precisava. Percebi que a vida tem mais a ver com experiências, flexibilidade e tempo”, contou Hill durante uma entrevista para o site da UOL. O arquiteto que morou em uma casa de 300 m² viajou o mundo vivendo em lugares menores até descobrir que não é necessário um grande espaço para ser feliz.

Hill inaugurou o LifeEdited projetando seu próprio apartamento, um imóvel de 39 m² em Nova York. Ele desenhou diversas soluções para aproveitamento de espaço, e conseguiu. Durante o dia ele pode montar uma mesa e receber até 12 pessoas para almoçar e à noite, a mesa é escondida e dá lugar a uma cama de casal.

Em Tóquio, alguns projetos são ainda mais sofisticados. Paredes que mudam de lugar, ambientes que se transformam, tudo em nome da praticidade com bom gosto. Embora o Brasil seja um país com espaço de sobra, o conceito tem chegado com força nas grandes metrópoles. São Paulo está investindo em ambientes pequenos para atrair estudantes e executivos. Com uma bela decoração e um bom aproveitamento de espaço podemos encontrar a felicidade em 30 m².

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Crônicas do Dia-a-Dia: Um quê de poesia

Crônicas do dia-a-dia entra no mundo de Giovanni Borges e descobre como o arquiteto projeta os sonhos de seus clientes

Giovani Borges

Giovanni Borges

Aos 40 anos de idade Giovanni Borges já comemora 20 de carreira. Formado em Arquitetura e Urbanismo pela antiga Universidade Católica de Goiás e atual PUC-GO, o arquiteto entrou em uma sala universitária pela primeira vez aos 15 anos e já como estudante. Nascido no interior, Giovanni veio cedo para a capital goiana e por aqui se firmou. A cada novo projeto, o arquiteto encontra uma nova aventura. É em seu escritório no Setor Bueno, que Giovanni recebe convites para mergulhar nos novos desafios que a carreira que ele ama lhe proporciona a cada dia e são essas aventuras que ele conta um pouco mais para o Blog AZ.

 

Porque a arquitetura?
É uma paixão de infância. Eu não tinha muita noção entre a diferença da engenharia para a arquitetura, meu pai me deu um livro sobre as profissões e eu acabei escolhendo pela segunda opção. Não gostei do trabalho técnico que descrevia a engenharia, eu queria criar, usar meu feeling.

O que te inspira?
É difícil mensurar tudo em uma coisa só, mas eu tento me inspirar no desejo do meu cliente. Eu não sou um arquiteto formal, mas eu fico preocupado com o problema que eu tenho que resolver. Eu acho que arquitetura é um pouco arte. Nós temos um dom criativo grande que tem tudo a ver com arte.

Uma cidade e uma viagem que te marcaram?
Cidade? Rio de Janeiro, sem dúvida. Mas cada lugar me encanta de uma maneira diferente. Gostei muito da África e da Austrália. Eu me encanto pelo novo, pelo diferente.

Sua profissão secreta?
Arquiteto!

Um luxo essencial?
Tempo para mim mesmo! Hoje em dias estamos sempre correndo contra o tempo, que ter tempo para investir em mim acabou se tornando um luxo.

Seu lugarzinho preferido dentro de casa?
O home para assistir filmes e meu quarto pelo conforto do meu cantinho.

Projeto dos sonhos?
Eu tenho vontade de fazer algo de uso público. Ter mais de um cliente satisfeito com um mesmo trabalho, como um teatro ou um grande restaurante.

Em seus projetos, o que nunca pode faltar?
Essência! Eu gosto do desafio e do novo.
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“O trabalho do arquiteto tem um quê de poesia … Afinal, quando desenvolve um projeto, ele é responsável pela realização de um sonho, do desejo de ser feliz das pessoas.” (Giovanni Borges)

 

 

Goiânia 80 anos: Parabéns!

Hoje a capital goiana completa 80 anos de idade na posição de quarta região metropolitana do País com o melhor bem-estar de vida

(Fotos: Divulgação)

(Fotos: Divulgação)

No dia 24 de Outubro de 1933 nascia pelas mãos de Pedro Ludovico Teixeira o símbolo do progresso no Centro-Oeste: a nova capital do estado de Goiás. Hoje, dia 24 de Outubro de 2013, Goiânia completa seus 80 anos. Uma cidade ainda jovem comparada aos mais de 400 anos de Salvador ou aos mais de 800 anos de Lisboa. A jovem capital pode até não ter caminhado muito ao longo da história, mas teve seus marcos durante esse caminho. Na arquitetura, não podemos falar em Art Déco sem falar em Goiânia.

O estilo arquitetônico dos anos 1930 que movimentou as artes decorativas, a arquitetura, o design de interiores e o desenho industrial serviu de inspiração para Atílio Correa Lima quando o arquiteto desenhava os traços da mais nova cidade planejada do País. O acervo Art Déco da capital goiana é considerado um dos mais significativos do Brasil. Os 22 prédios e monumentos públicos, o centro original de Goiânia e o núcleo pioneiro de Campinas chamaram a atenção do resto do País para o que estava sendo construído aqui. Em 2003 o acervo foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Mas não é só da Art Déco que vive a cidade. As formas retas e simples do estilo que deu origem aos monumentos da capital foram sendo substituídos por luzes coloridas, prédios altos e estilos para lá de contemporâneos. Goiânia não é mais aquela menina dos anos 30, já é uma jovem cidade que nessas oito décadas se transformou. Na marca de seus 1.3 milhões de habitantes, Goiânia é a quarta região metropolitana do Brasil com melhor o bem-estar de vida considerando infraestrutura urbana, condições ambientais e habitacionais.

Em mais um ano de vida e história, Goiânia vai crescendo e a Armazém da Decoração cresce com Goiânia, por isso o nosso post de hoje não poderia deixar passar em branco essa data tão especial. Parabéns para esta linda cidade que acolhe tão bem a AZ e seus cidadãos!
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Crônicas do Dia-a-Dia: Fernando Parrode

Conhecido por sua elegância, criatividade e estilo marcante o arquiteto e designer Fernando Parrode possui vários talentos e um carisma de dar inveja

(Fotos: Divulgação Facebook)

(Fotos: Divulgação Facebook)

Ele tinha apenas 15 anos de idade quando pôs os pés na universidade pela primeira vez. Já como universitário, desses precoces, mas um universitário, Fernando Parrode iniciou suas aulas no curso de engenharia. Fernando nasceu em São Paulo da união de duas famílias bem peculiares, pelo menos entre si. Do lado paterno Fernando aprendeu a gostar da cultura goiana. O pai fazendeiro trouxe a família para a capital quando o filho tinha apenas 8 anos de idade. Mas foi com a avó materna, de sangue inglês, que o menino pegou gosto pela arte.

No Rio de Janeiro passavam os dias em leilões, tomavam o chá da tarde no Café Colonial e as noites assistiam belas peças e operas no Teatro Municipal. O despertar para a arte veio cedo, mais não o influenciou na escolha do curso e da carreira profissional. Ainda novo nas aulas de cálculo Fernando não se encontrou. Ainda novo, teve uma segunda chance quando foi aprovado no curso de Arquitetura e Urbanismo da antiga Universidade Católica de Goiás (atual PUC-GO), e lá se apaixonou.

Como arquiteto, gosta de desenhar um projeto desde as primeiras vigas até a escolha das últimas poltronas para sua decoração, mas a sede pela criação não parou por aí. O resultado de seu trabalho pode ser visto não apenas durante visitas às casa de seus clientes. É que Fernando Parrode, ou apenas Parrode para os mais íntimos, é também designer de joias. E com uma nova coleção a caminho. “O arquiteto vê em tudo uma fonte de inspiração, sempre gostei de arte, desenho, fotografia e criar coisas diferentes não me deixa cair na rotina”, explica o arquiteto.

Vida

Na hora de projetar Fernando não tem preferência, topa trabalhar em qualquer formado e adora um desafio. Na vida também. Sua preferência pela MPB não afasta seu gosto pelo rock ou o blues, mas na hora de escolher um cantor marcante não hesitou: Cazuza. Sua maior fonte de inspiração são as viagens que faz mundo a fora. Foi em uma delas que conheceu a cidade entre as cidades, sua preferida, a bela Florença.

Com apenas 14 anos Fernando saiu do País pela primeira vez. Entre os passeios agendados para conhecer a Argentina, lojas de antiquário entraram na sua rota. Lá, no início da adolescência, Fernando comprou suas primeiras contribuições para a coleção que herdaria da avó e que é atualmente seu principal hobby. Fernando é colecionador de peças de antiguidade e porcelana oriental.

Durante a conversa na qual Fernando narrou um pouco mais sobre sua vida, o que mais chamou a atenção da entrevistadora não foi seu incrível trabalho e sim o seu doce carisma e atenção; o que a deixou ansiosa por um próximo Papo Design com o arquiteto. Quem sabe comendo uma paella, seu prato preferido, e tomando um bom vinho, sua bebida preferida… e de preferência em Florença!
Joia FP Arquitetura FP

Decor FP