Continuidade vertical

O arquiteto francês Jean Nouvel cria mais uma de suas joias da arquitetura urbanística em SP

Projeto Nouvel na Cidade Matarazzo

Projeto Nouvel na Cidade Matarazzo

A relação entre arte e arquitetura é íntima, os campos se confundem em um só nas mãos de alguns arquitetos que tem a arte no sangue. É por isso que o francês Jean Nouvel diz que introduz a arte na arquitetura e a arquitetura na cidade.

Seus trabalhos são alguns de nossos velhos conhecidos. Quem já foi a Barcelona, provavelmente tem em seu álbum a fotografia da Torre Aigües, aquela que parece um grande objeto fálico colorido. Este edifício, entre outros espalhados pelo mundo – o arquiteto tem mais de 200 projetos assinados em diversos países –, é de Nouvel.

Torre Agbar, Barcelona

Torre Agbar, Barcelona

O arquiteto estudou na École des Beaux-Arts em Paris, uma das mais prestigiadas instituições de ensino do mundo, e construiu uma carreira de destaque, tendo sido agraciado com o Prémio Aga Khan para a Arquitetura (concedido ao Institut du Monde Arabe, criado por Nouvel), o Wolf Prize in Arts em 2005 e, em 2008, pelo conjunto de sua obra, o Prêmio Pritzker – o Oscar da arquitetura.

Seus projetos são sempre audaciosos e imponentes, desses que chamam a atenção à distância e viram pontos turísticos só pela forma – verdadeiras obras de arte urbanas.  Criado profissionalmente ao redor de modernistas, Jean Nouvel buscou formas divergentes daquilo que era feito pelos mestres de meados do século passado.

Em seus projetos mais recentes, tem incluído o paisagismo em sua obra, transformando os prédios urbanos em verdadeiras florestas verticais. Jean Nouvel afirma que os edifícios não devem ser objetos alheios ao mundo ao seu redor, de modo que seus trabalhos são, segundo o próprio arquiteto, “continuidades verticais”, sobretudo do ponto de vista paisagístico.

A capital paulista conseguiu espaço na lista das cidades presenteadas com projetos de Nouvel, que assina a Torre Rosewood, complexo hoteleiro-residencial na Cidade Matarazzo, com conclusão prevista para 2018. O edifício, em construção, terá 24 andares com mais de 100 m de altura que se desenvolvem em desníveis.

Em cada pavimento, o arquiteto planeja criar terraços com jardins elevados que receberão árvores de pequeno e médio porte. O arquiteto chamou seu projeto de um “lugar de urbanização calma”.

Ópera Nacional de Lyon

Ópera Nacional de Lyon

Copenhagen Concert Hall

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