Design é Meu Mundo / Poltrona Beg

Poltrona Beg de Sérgio Rodrigues

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Precursor do design moderno brasileiro, Sérgio Rodrigues é um daqueles profissionais que não se fala no seu ofício sem citar seu nome. O Blog AZ não se cansa dele. É que durante sua carreira – tristemente encerrada em 2014 quando faleceu vítima de um câncer – Sérgio produziu muita peça mobiliária e cada uma delas faz parte da história do design nacional.

O destaque de hoje é para a Poltrona Beg. A poltrona Beg foi criada por Sergio Rodrigues originalmente para a mesa de reuniões do Banco do Estado da Guanabara, em 1967. Com estrutura em madeira de lei maciça torneada, a poltrona ganhou assento estofado em espuma de poliuretano revestido em couro – preto e marrom.

Desenhada para ter encosto e braços em peça única em compensado curvado, a cadeira respeita a tradição dos móveis de Sérgio, o conforto. Sérgio Rodrigues brincava possuir uma forma infalível de testar suas peças: ao criar um protótipo, deixava que seus gatos se deitassem nele. Era com base na aceitação do bichano que Sérgio confirmava ser a poltrona realmente ergométrica, pois dizia que os gatos são exigentes e apenas dormem em móveis confortáveis.

Passada no crivo do conforto, a Poltrona Beg não ficou apenas no Banco da Guanabara, acabou sendo vendida pelo atelier de Sérgio até ser deixada de lado. Em 2005 a poltrona foi reeditada pela LinBrasil e relançada no mercado.

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Mostra internacional Lina Bo Bardi Together chega ao Brasil

A história, o design e a arquitetura de Lina Bo Bardi, destaque em mostra na Europa, chega ao Brasil na próxima quarta-feira

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Lina Bo Bardi (1914-1992) foi uma mulher do mundo. Nascida na Itália e radicada no Brasil, sua obra influenciou muitos arquitetos aqui e fora. É por isso que a Graham Foundation em parceria com o Instituto Lina Bo Bardi e outras empresas nacionais e internacionais decidiram realizar a Exposição Lina Bo Bardi Together.

A mostra já rodou Londres, Viena e Berlim e agora chega a São Paulo. A partir de quarta-feira (12) o Sesc Pompeia recebe peças de decoração, objetos da cultura popular brasileira e filmes documentando a obra da arquiteta selecionados pela curadora e arquiteta argentina Noemí Blager.

Destaque da mostra é Bowl Chair, criada em 1951 por Lina Bo Bardi e reeditada pela marca italiana Arper – também patrocinadora da exposição. A mostra ficará em cartaz até o dia 11 de dezembro e a entrada é franca.

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Walter Gropius e a arquitetura modernista

A história de vida e trabalho de um dos grandes nomes da arquitetura do século 20

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Assim como em toda a área do pensamento e da criação, a arquitetura tem seus clássicos. Walter Gropius (1883-1969) foi um deles. Mas quando falamos em clássico não estamos nos referindo ao estilo, mas sim à força de seu trabalho. É que Gropius é considerado um dos mais importantes da arquitetura do século 20. O estilo? Bom, Walter Gropius foi um vanguardista, precursor da arquitetura moderna.

Alemão, nascido em 1883, Gropius estudou em institutos técnicos de Munique e formou-se na Universidade de Charlottenburg, em Berlim. Sua carreira profissional começou no escritório de Peter Behrens, o mesmo que lançou outros nomes já conhecidos, como o de Le Corbusier.

Em 1910, Gropius se lança em uma carreira independente interrompida pela Primeira Guerra Mundial. Nesse período, o arquiteto criou seu primeiro grande projeto, a Fagus Factory. Sua abordagem, original para a época, aproximou o profissional dos materiais que usaria sempre em seus projetos: vidro e metal. Pela primeira vez toda a fachada de um edifício foi constituída em vidro.

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Fagus Factory

Em 1914, Gropius é chamado a servir no exército como oficial da cavalaria e já no fim da guerra, com apenas 35 anos, o arquiteto assume o cargo de diretor Escola de Artes Aplicadas e da Academia de Belas Artes da Saxônia. O acúmulo de funções possibilitou com que Gropius estivesse em contato com duas formas antagônicas de arte e ele aproveitou para uni-las.

Ele defendia que projetos envolvessem todas as escalas humanas. As dimensões e a complexidade da fabricação moderna passaram a exigir o trabalho colaborativo e com essa mentalidade – negando características históricas da arquitetura e das artes – Gropius fundou a Das Staatliche Bauhaus (casa de construção). Com a ajuda de artistas e arquitetos a Bauhaus lançou as bases do modernismo.

Durante o período de ascensão do Terceiro Reich, a Staatliche Bauhaus começou a sofrer ataques dos nazistas, obrigando o arquiteto a deixar a Alemanha em 1937. Refugiado nos Estados Unidos, Walter Gropius tornou-se professor da Universidade de Harvard e assumiu a direção do seu departamento de arquitetura. Foi nos EUA que passou a desenvolver arranha-céus e criar conceitos arquitetônicos que seriam exaustivamente copiados nas décadas seguintes.

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Arquitetura sustentável: casas de papelão

O estúdio de design holandês Fiction Factory elaborou projeto de casas de papelão, sustentáveis de financeiramente acessíveis

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No mundo da sustentabilidade, a moda é gastar pouco e preservar muito. Arquitetos e designers estão se empenhando nessa ideia e uma bem sucedida foi desenvolvida pelo estúdio de design holandês Fiction Factory. O escritório criou a Wikkelhouse, casa de papelão.

Embora inusitada, seus criadores garantem que a casa resiste às intempéries do tempo. Por isso o comprador tem 50 anos de garantia do imóvel pode durar até cerca de 100 anos. O papelão, junto com toda a casa, é desenvolvido pela própria Fiction Factory e chega a ser até três vezes mais sustentável do que as residências tradicionais.

A estrutura do imóvel é formada por grandes tiras de papelão, juntando um total de 24 camadas com 1,2 metros de largura, finalizado por uma supercola impermeabilizante. O design vem por último, quando o papelão é coberto por madeira na parte interna e externa da casa.
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O tamanho da casa é determinado pela quantidade de tiras que o proprietário adquirir. Ao final, seu peso médio é de 500 kg. A informação parece irrelevante, mas não é. É que a casa pode ser transportada de um local para outro. O preço é outro atrativo. As casas são vendidas a 25 mil euros (algo como 90 mil reais) e ficam prontas em pouco mais de 24 horas. Mas por enquanto, está disponível apenas na Holanda, Bélgica, Luxemburgo, França, Alemanha, Dinamarca e no Reino Unido.

“Todos os materiais utilizados na Wikkelhouse são reciclados e respeitam o meio ambiente. Além disso, a produção de papelão necessária tem menos impacto no planeta do que a elaboração do cimento”, explicou a empresa. “Queremos manter um alto nível de qualidade”, concluiu.  Atualmente, a empresa já executou cinco projetos e mais de seis vendidos e prontos para serem “levantados”.

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Design plural de Rafael de Cárdenas

Rafael de Cárdenas e seu design plural

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Rafael de Cárdenas não tem um estilo, tem uma pluralidade dele. “Não ter uma linha definida me deixa mais ativo e mantém a minha mente mais criativa”, disse certa vez em entrevista para a revista Casa Cláudia. Toda essa versatilidade gerou frutos, e o arquiteto foi eleito pela Maison & Objet Americas como designer do ano de 2016.

Nova-iorquino apaixonado por grandes metrópoles, Refael fundou em 2006 o escritório Architecture at Large, responsável por contas como a Barneys New York, Cartier, Nordstrom, Nike e Ford Models. A empresa se expandiu e atualmente possui filial também em Londres – um trabalho em conjunto desenvolvido por designer e arquitetos com a ajuda de artistas e artesãos.

“Favorecemos a estratégica em detrimento da temática, o cosmopolita em detrimento da tipologia, e o movimento em detrimento da estática. Tomamos nota cuidadosa do passado enquanto sonhamos diariamente com o futuro”, explicou o designer sobre seu escritório.

Antes de se tornar conhecido por seus projetos arrojados, geométricas e luxuosos, Cardenas começou a carreira na moda, trabalhando para Calvin Klein. Hoje, seu trabalho reflete bem seu cliente, por isso cada uma de suas criações é única e bem distinta das outras.

Influenciado pela cultura pop, Cárdenas faz uso criativo de cores e padrões projetando ambientes interiores e arquitetura que provocam emoção. Além de designer e arquiteto, Rafael possui também peças de mobiliário que desenhou para a galeria de negociação johnson em 2011.

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Primavera Kartell

Estação das cores é a estação da Kartell

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Final de setembro é tempo de primavera e primavera é tempo de colorido. O universo do policarbonato da Kartell entra em promoção com peças que permitirão transformar a cor em um importante elemento de decoração. É que a Kartell abusa do design ousado e colorido.

A decoração colorida ainda causa dúvida e medo em muitas pessoas, mas se bem trabalhada imprime personalidade ao ambiente. O importante é evitar o colorido arco-íris – aquele em que a pessoa vai colocando várias cores sem harmonia. Ser colorido e ousado não significa ser desequilibrado, por isso a dica é escolher alguns tons que fiquem equilibrados e usar os objetos baseados neles.

Mas a Kartell foi também a responsável pela criação e fabricação da primeira cadeira do mundo totalmente transparente, realizada em policarbonato em um único molde. Chamada La Marie, a peça une ao seu design básico e à sua estrutura de excepcional resistência a leveza e solidez, resultado de uma pesquisa atenta e meticulosa sobre o material.

Estação das cores é a estação da Kartell, porque design é nosso mundo!
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Arq.Futuro organiza mostra de cinema sobre arquitetura

A plataforma Arq.Futuro selecionou 20 filmes sobre arquitetura e urbanismo para mostra de cinema no Rio e em São Paulo

A sétima arte se une à arquitetura para discutir a cidade do futuro em mostra de cinema em São Paulo e no Rio de Janeiro. A partir desta quinta-feira (29) até o dia 5 de outubro, a Mostra Arq.Futuro – A Cidade e o Cinema traz sessões especiais de documentários sobre arquitetura no Espaço Itaú de Cinema da Av. Augusta, na capital paulista, e no Espaço Itaú de Botafogo, no Rio.

Arq.Futuro é uma plataforma de discussão sobre o futuro das cidades, fundada em 2011, que une profissionais da área para discutir temas como falta d´água, mobilidade, design urbano, moradia, espaço público e gestão urbana, com o objetivo de contribuir para a melhoria do ambiente construído e da qualidade de vida nas cidades do Brasil.

A mostra reúne 20 títulos, alguns inéditos no Brasil, sobre urbanismo e design, sendo 15 documentários e cinco ficções. Quem não estiver em São Paulo ou no Rio nessas datas, o Blog AZ traz a lista dos filmes e títulos para que os amantes do cinema e da arquitetura possam assistir em casa. A entrada é franca.


Arab Women in Architecture (Omrania and Associates, Jordânia, 2013, 56 minutos, documentário)

O documentário  foi produzido como parte das atividades do sexto ciclo, em 2013, do Omrania | CSBE Student Award for Excellence in Architectural Design por Abdallah Saada e Jude Kawwa, o filme traz entrevistas com 19 arquitetas árabes do Egito, Iraque, Jordânia, Palestina e Líbano e Arábia Saudita, destacando suas experiências, desafios e conquistas.

Bernardes (Gustavo Gama Rodrigues/Paulo de Barros, Brasil, 2014, 91 minutos, documentário)
O documentário de longa-metragem é uma viagem no tempo realizada por Thiago Bernardes, que revisita os principais feitos e reviravoltas da polêmica vida profissional e familiar do avô, o arquiteto Sergio Bernardes. O filme conta com vasto material iconográfico e de arquivo audiovisual e o suporte irrestrito do Projeto Memória.

Casanova (Federico Fellini, EUA/Itália, 1976, 153 minutos, ficção)
No século 18, o libertino bibliotecário Giacomo Casanova é um grande colecionador de boas histórias. Visitante frequente da nobreza, ele viajou para todas as capitais europeias e conheceu as mais diversas culturas, além de manter alguns relacionamentos amorosos. Uma visão extremamente felliniana das memórias do lendário sedutor Giacomo Casanova: as suas proezas sexuais e o seu declínio, em meio a cenários bizarros e decadentes.

Cidade Oculta (Chico Botelho, Brasil, 1986, 75 minutos, ficção)
O filme é uma aventura violentamente urbana, passada na noite paulistana e que conta a história do marginal Anjo, que vive com Shirley Sombra, estrela de boates decadentes, e com o velho companheiro Japa. Anjo tem como arqui-inimigo um policial corrupto, conhecido como Ratão. Por meio desses personagens, o filme se apresenta como uma síntese de variados gêneros cinematográficos, usando a arquitetura futurista de São Paulo como cenário natural da trama.

Crônica da Demolição (Eduardo Ades, Brasil, 2011, 90 minutos, documentário)
Crônica da Demolição trata da história do Palácio Monroe, antiga sede do Senado Federal, no centro do Rio de Janeiro. Nos anos 1970, o prédio foi demolido, deixando para trás uma praça vazia com um chafariz seco e um estacionamento subterrâneo. Uma história de sabres e leões, militares e arquitetos, passado e futuro. Foram entrevistados arquitetos, urbanistas e políticos a fim de promover uma reflexão sobre intervenções urbanísticas e a especulação imobiliária no Rio nas décadas de 1960 e 1970.

Detropia (Heidi Ewing/Rachel Grady, EUA, 2012, 88 minutos, documentário)

Dirigido e produzido por Heidi Ewing e Rachel Grady, o filme mostra o cenário de destruição da cidade de Detroit, símbolo do colapso da base industrial alicerçada nas minas de carvão nos Estados Unidos. O documentário retrata a resistência dos moradores locais diante do declínio financeiro da cidade que perdeu 25% de sua população e 50% de seus empregos no setor industrial.

En el Hoyo (Juan Carlos Rulfo, México, 2006, 84 minutos, documentário)
Uma lenda mexicana conta que o diabo pede almas para que as pontes, ao serem construídas, não caiam. Este documentário segue a história de alguns operários que trabalham na construção do segundo piso da Puente Periférico, na cidade do México. O que se mostra, na realidade, um pretexto para apresentar ao espectador a vida cotidiana, os sonhos e a dignidade destes trabalhadores.

Gehry’s Vertigo (Ila Bêka & Louise Lemoine, França, 2013, 48 minutos, documentário)
O documentário oferece ao espectador uma vertiginosa e rara viagem às coberturas do Museu Guggenheim de Bilbao, Espanha. Através do retrato da equipe de escalada encarregada de limpar as vidraças, suas técnicas e dificuldades, o filme observa a complexidade e virtuosismo da arquitetura de Frank Gehry.

O Homem ao Lado (Gastón Duprat, Mariano Cohn, Argentina, 2011, 110 minutos, ficção)
Leonardo é um designer industrial que vive com a esposa Anne, a filha Lola e a empregada Elba. Eles moram na única casa feita na América pelo famoso arquiteto Le Corbusier, localizada na cidade de La Plata. Eles levam uma vida tranquila até o início das obras em uma casa adjacente, onde o vizinho resolveu fazer ilegalmente uma janela que dava para sua casa.

Kochuu (Jesper Wachtmeister, Suécia, 2003, 52 minutos, documentário)
O filme foca a moderna arquitetura japonesa, suas raízes na tradição japonesa e seu impacto na maneira nórdica em construir. A partir de entrevistas com arquitetos como Tadao Ando, Kisho Kurokawa, Toyo Ito e Kazuo Shinohara, o documentário mostra como arquitetos japoneses contemporâneos se esforçam para unir o universo do homem moderno com filosofias antigas em construções impressionantes.

Los Angeles Plays Itself (Thom Andersen, EUA, 2003, 170 minutos, documentário)
Os excluídos de Hollywood persistem como tema diagonal do diretor Thom Andersen, que investiga a construção mitológica do cinema hollywoodiano sobre a cidade de Los Angeles. O mito e a cidade são contrapostos por cenas de filmes hollywoodianos e imagens filmadas ilustram o impacto da indústria cinematográfica e seu desprezo sobre a cidade que a abriga.

Microtopia (Jesper Wachtmeister, Suécia, 2013, 55 minutos, documentário)
O filme mostra como arquitetos, artistas e solucionadores de problemas comuns estão forçando os limites para encontrar respostas para os seus sonhos de portabilidade, flexibilidade – e de criar independência do “formato padrão”. Nômades modernos, moradores de rua, pessoas sem abrigo, pessoas estressadas, ou necessitadas de privacidade ou reclusão. Ouvimos sobre as razões pessoais por trás das habitações, e vemos como elas realmente funcionam. Na calçada, nas lajes, em áreas industriais e na natureza veremos como estas residências se tornam a concretização do sonho de seus criadores.

My Playground (Kaspar Astrup Schröder, Dinamarca, 2009, 50 minutos, documentário)
My Playground, documentário do diretor dinamarquês Kaspar Astrup Schröder, traz um retrato dinâmico sobre o movimento nas cidades. Com participação do premiado arquiteto Bjarke Ingels, urbanistas e políticos, o filme mostra como práticas como o parkour e o freerunning estão mudando as percepções do espaço urbano. O doc acompanha a equipe JyiO e outros praticantes enquanto exploram a cidade e se deparam com seus obstáculos.

Playtime (Jacques Tati, França, 1967, 125 minutos, ficção)
Na era das Economic Air Lines, turistas americanos efetuam uma viagem organizada. O programa é composto pela visita de uma capital por dia. Quando chegam a Paris, notam que o aeroporto é exatamente igual àquele de onde partiram de Roma, que as ruas são como as de Hamburgo e que os postes de luz de rua estranhamente lembram os de Nova York. Pouco a pouco encontram franceses, entre os quais, o Sr. Hulot, que embarca em uma extraordinária sátira à tecnologia industrial e à vida numa grande cidade, Paris.

The Architect (Jonathan Parker, EUA, 2016, 95 minutos, ficção)
Um casal se propõe construir sua casa dos sonhos e contrata os serviços de um arquiteto modernista intransigente que começa a construir a “sua” casa dos sonhos, no lugar da deles.

The Competition (Angel Borrego Cubero, Espanha, 2014, 99 minutos, documentário)
Angel Borrego Cubero é arquiteto, PhD pela Universidade Politécnica de Madrid e mestre pela Princenton University. Depois de ganhar o primeiro prêmio num concurso internacional de projetos de arquitetura, o arquiteto decidiu produzir um documentário sobre esses processos. Por quatro anos, Borrego pesquisou, documentou e editou a história de uma competição, envolvendo gigantes do design como Jean Nouvel e Frank Gehry: o concurso para o projeto do novo Museu Nacional de Arte de Andorra. O resultado está no documentário.

The Human Scale (Andreas Dalsgaard, Dinamarca, 2012, 77 minutos, documentário)

Dirigido por Andreas Dalsgaard, o documentário reúne depoimentos de pensadores, arquitetos e urbanistas sobre a vida moderna, questionando o que acontece quando o planejamento urbano coloca as pessoas no centro das discussões e à frente de outros interesses. Conterrâneo de Dalsgaard, o arquiteto Jan Gehl estudou durante 40 anos como redesenhar a cidade de Copenhagen, capital da Dinamarca. Nessa empreitada, ele se deparou com questões essenciais para compreender o que faz uma cidade: como as pessoas caminham, observam e interagem?

Unfinished Spaces (Benjamin Murray/Alysa Nahmias, EUA, 2011, 86 minutos, documentário)

Em 1961, três jovens e visionários arquitetos foram indicados por Fidel Castro e Che Guevara para criar as Escolas Nacionais de Arte (Escuelas Nacionales de Arte) no terreno de um antigo campo de golfe em Havana. A construção de seu projeto radical começou imediatamente e as primeiras aulas aconteceram antes mesmo do final da obra. Dançarinos, músicos e artistas de todo o país ficavam encantados com a beleza das escolas, mas com o sonho da Revolução rapidamente se tornando realidade, a construção foi interrompida abruptamente e os arquitetos e seus projetos, considerados irrelevantes para o clima político. 40 anos depois as escolas estão em uso, mas permanecem inacabadas e decadentes. Castro convidou os arquitetos, exilados, para retornarem e terminarem seu sonho não realizado.

Urbanized (Gary Hustwit, EUA, 2011, 85 minutos, documentário)
Dirigido por Gary Hustwit, Urbanized discute a concepção das cidades, com entrevistas com alguns dos mais importantes arquitetos, urbanistas, construtores, políticos e pensadores atuais –entre eles, Alejandro Aravena, Joshua David, Norman Foster e Rem Koolhaas. Atualmente, mais de 50% da população mundial vive em áreas urbanas. Até 2050, serão 75%. No entanto, enquanto algumas cidades estão experimentando um crescimento explosivo, outras estão encolhendo. Os desafios enfrentados no contexto urbano se tornaram preocupações universais.

Vilanova Artigas: o Arquiteto e a Luz (Laura Artigas/Pedro Gorski, Brasil, 2015, 93 minutos, documentário)

O documentário remonta a trajetória do icônico arquiteto brasileiro João Batista Vilanova Artigas. Por meio das lembranças de familiares, amigos, alunos, imagens de arquivo e visitas a seis de suas principais obras, a história de vida de Artigas é contada.

Começa sexta edição da ArtRio

Com 73 galerias, 19 estreantes, ArtRio abre as portas nesta quarta-feira (28) no Pier Mauá

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Em sua sexta edição, a Feira Internacional de Arte do Rio de Janeiro se consolida no calendário internacional é já é reconhecida como um dos principais eventos de arte da América Latina. A ArtRio reúne o trabalho de 73 galerias de arte moderna e contemporânea no armazéns do Píer Mauá entre os dias 29 de setembro e 02 de outubro de 2016 – muito embora esta quarta-feira (28) marque a estreia do evento para convidados.

Este ano, a ArtRio abre as portas mais tímida, atingida pela crise econômica que acertou com mais força o mercado da arte, teve que reduzir o número de galerias. A diretora do evento, Branda Valansi, diz que o mercado da arte no Brasil vem sentindo uma queda nas vendas. “Não vou sair pelo mundo chamando as galerias estrangeiras dizendo que tudo aqui vai ser um máximo”, confessou.

Este ano o foco da feira é nos colecionadores e curadores. “Nosso foco esse ano está nos colecionadores e curadores brasileiros e internacionais, que virão ao evento a convite da ArtRio”, explicou a diretora. Em 2016, a ArtRio terá a participação de 19 novas galerias, sendo 11 brasileiras e as demais vindo de Argentina, Alemanha e Estados Unidos.
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Entre os focos das ações e projetos da plataforma ArtRio estão estimular o crescimento de um novo público oferecendo acesso à cultura, incentivar a criação de novas coleções; e auxiliar no resgate da memória da arte com base na valorização dos artistas, galeristas e curadores brasileiros. “A arte brasileira, nos últimos anos, teve forte projeção no mercado internacional”, contou Branda Valansi.

Uma importante meta da ArtRio é a difusão da prática da doação de obras para museus e coleções públicas no Brasil. Dessa forma, estaremos enriquecendo os acervos e possibilitando o acesso e conhecimento. Nas últimas edições da ArtRio foi feita parceria com o Museu de Arte do Rio – MAR, estimulando os visitantes do evento a doarem obras expostas – previamente selecionadas e identificadas nas galerias pelos diretores da instituição. Em 2015, o Museu recebeu mais de 40 doações adquiridas na feira.

“Um dos mais importantes objetivos da ArtRio é reforçar o Brasil no mercado de arte mundial. Esse é um trabalho de dois sentidos: dar visibilidade global para a arte brasileiras e nossos artistas, assim como trazer para o país importantes nomes e trabalhos internacionais”, disse Luiz Calainho, sócio da ArtRio.

Desde sua primeira edição, a ArtRio possibilitou o encontro de nomes já consagrados e importantes na história da arte moderna e contemporânea com a valorização e exposição de novos nomes que vem oxigenar o mercado. “Queremos que a ArtRio participe de todos os ciclos e momento da Arte no país, e dessa forma temos nossos patrocinadores e apoiadores também neste trabalho de incentivar, crescer, valorizar e renovar todas as esferas da Arte.” reforça.
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Fotos: ArtRio 2015 / Divulgação

Cinema em cor

Cinema “aconchegante” na Eslováquia chama a atenção pela decoração colorida

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Depois que a Netflix surgiu, o melhor cinema é aquele que fica dentro de casa. As televisões, de ultima geração, não ficam devendo muito para as salas de cinema e estes espaços estão tendo que se reinventar para atrair a atenção do público. O Blog AZ já falou um pouco sobre uma das saídas utilizadas pelo mercado: o cinema de luxo.

Os cinemas de luxo oferecem tratamento cinco estrelas para seus clientes: garçom para atender nas poltronas e muito conforto. Só que para chamar mesmo atenção do público, as sofisticadas salas vips investem em decoração e o Blog AZ está atendo a elas.

A mais recente a chamar a atenção do mundo do design foi o cinema Tulikino, projetado por Michal Stasko em Samorin-Cilistov, na Eslováquia. A sala se parece com o interior de um cubo mágico, aqueles cubos coloridos que os mais dedicados à matemática conseguem unir as cores em casa um de seus cantos.

A sala é bastante despojada e não se parece com nenhum dos cinemas de luxo que temos no Brasil. É que a ideia principal do espaço não é a de sofisticação, mas aconchego – inclusive essa é a tradução da palavra Tulikino que deu nome ao cinema. As poltronas foram substituídas por pufes dispostos em cabines duplas.
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Fotos: Divulgação

Corpo de Baile do design

Léo Romano leva sua nova coleção para seu espaço na edição comemorativa da Casa Cor Brasília 2016

Galeria Léo Romano (Foto: Joemar Bragança)

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“O que faz referência aos sonhos e fantasias” este é o conceito da palavra que inspirou Leo Romano em seu terceiro projeto de Casa Cor em 2016. A Casa Cor Brasília, inaugurada na semana passada, marca a terceira participação do arquiteto goiano na edição comemorativa do evento nacional, onde Léo cria uma atmosfera onírica inspirada em sua nova linha de móveis.

O arquiteto fez o espaço Braille, em São Paulo, e a Santa Casa Léo, em Goiânia. Na capital federal, abriu as portas da poética Galeria Léo. Como bem sabemos, o designer é um verdadeiro artista, por isso explora sempre seu lado mais poético quando participa de mostras e exposições. “A Casa Cor é um momento que podemos criar aquilo que muitas vezes não cabe nos projetos residenciais e comerciais”, contou Léo certa vez ao Blog AZ. Por isso ele gosta da experimentação.
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Nesta linha, suas criações exploram os sentidos. Este ano não poderia ser diferente. A Galeria Léo apostou na construção de um espaço sensorial capaz de despertar sensações. O balé foi seu ponto de partida. Inspirado em um grande corpo de baile, Léo transformou o clássico Lago dos Cisnes em mesas, espelhos, aparadores e objetos de decoração. A partir deles, desenhou o conceito do concerto que seria seu ambiente em Brasília.

O arquiteto desafia a percepção e cria um espaço suspenso no tempo e no ar, com porcelanas desenhadas à mão expostas de maneira inovadora em uma cena onírica. O ambiente ocupa um espaço de 108m², um dos 40 ambientes que formam a mostra do planalto central este ano.
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Fotos: Joemar Bragança / Divulgação