A vida em centímetros quadrados

O arquiteto polonês Jakub Szczesny, autor do projeto da casa mais estreita do mundo, chega ao Brasil para mais um trabalho que desafia a arquitetura

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Já ouviu falar dos famosos puxadinhos? Vivemos na década do “mais é menos”. Mais minimalismo, menos exagero, mais conforto, menos grandiosidade, mais espaço em menos metros quadrados. Nas grandes cidades, as casas têm ficado menores e a arquitetura fala no novo conceito de vida compacta.

Um nome que nos remete à vida em pequenos espaços é o do polonês Jakub Szczesny. O arquiteto projetou a casa mais estreita do mundo na capital polonesa, com pouco mais de um metro de largura. Parece impossível, não? Não!

Jakub Szczesny construiu uma casa em um vão que separa dois prédios no centro de Varsóvia. Segundo ele, a cidade é uma espécie de Frankenstein faltando alguns remendos e seu projeto visava costurar com vida um espaço onde não havia nada. Varsóvia sofreu os impactos diretos da Segunda Guerra mundial. Os remendos a que referiu o arquiteto são o resultado dos bombardeios daquele período.

Mas seu remendo funcionou. Ele conseguiu ligar os dois edifícios com a estrutura de uma casa de 14 metros quadrados. A casa tem o formato de um triangulo retângulo e ganhou status artístico. Criada em parceria com o escritor israelense Etgar Keret, que deu nome à casa batizada como Keret House, o imóvel passou a funcionar como abrigo para escritores itinerantes.
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A ideia inicial era manter o projeto por apenas dois anos, mas ao cair no gosto do público e da mídia, acabou ficando. A estrutura da casa foi instalada de forma elevada, apoiado sobre pilotis e em uma escada que dá acesso à casa. No primeiro andar, se encontra o banheiro e a cozinha. No segundo, o quarto com uma escrivaninha.

“Morar neste lugar requer senso de humor, e, mesmo assim, não é possível ficar lá por muito tempo”, brincou Szczesny. Para os claustrofóbicos, a casa pode ser mesmo um desafio e o desafio desembarca no Brasil. É que Jakub Szczesny vai construir um puxadinho em São Paulo, no bairro Bom Retiro. Por aqui, ele vai construir um abrigo que rememora a história e a identidade do país e, ao mesmo tempo, uma obra que reflita as transformações do mundo contemporâneo.

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EstúdioBola abre filial em Milão

O atelier de design dos arquitetos Flavio Borsato e Maurício Lamosa expande internacionalmente e abre primeira filial na Europa

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Flavio Borsato e Maurício Lamosa são parceiros desde os tempos da faculdade de arquitetura, na Universidade Mackenzie, em São Paulo. De uma brincadeira entre Borsato e Lamosa – seus sobrenomes – nasceu o EstudioBola no ano de 2000. Com design assinado, o escritório dos arquitetos se tornou uma grife de mobiliário autoral.

O negócio deu tão certo que este ano Flavio e Maurício decidiram tirar do papel um projeto antigo: expandir internacionalmente. Os trabalhos da dupla já vinham fazendo sucesso em Milão durante a Design Week e na Brasil S/A. Aproveitando a aceitação, o EstúdioBola decidiu ficar mais perto da cidade do design e abrir uma base em Bergamo, nos arredores de Milão, Itália.

No Brasil, a marca se consolidou nos últimos 15 anos e atualmente faz parte de uma rede de 70 revendedores em todo o país – em Goiânia suas peças estão no Armazém da Decoração. No plano internacional, a Itália é apenas o primeiro passo. A dupla quer estender sua base também para os Estados Unidos futuramente.

Por enquanto, os ventos sopram a grife para a Itália. A nova base internacional ficará a cargo de Flávio Borsato, descendente de italianos, enquanto Maurício Lamosa segue com os projetos no Brasil. “Conseguimos reunir uma rede nacional de atuação que nos permitiu chegar ao atual momento de expansão internacional. Hoje somos uma empresa. Não apenas um ateliê de design”, contou Mauricio Lamosa. A base italiana da marca pretende se tornar um braço dos designers brasileiros para expor e difundir seus produtos na Europa.

Unique: obra de arte urbana

O hotel Unique, projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake foi eleito o melhor hotel da América do Sul pela revista norte-americana Condé Nast

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A ideia era criar um empreendimento único. Com este conceito, Ruy Ohtake projetou aquele que é hoje considerado o melhor hotel da cidade de São Paulo. O nome? Não poderia ser outro… Unique. O hotel, inaugurado em 2002, já tinha sido destaque por sua arquitetura, paisagismo e design, mas acabou ganhando uma promoção e saltou de melhor hotel de São Paulo para melhor hotel da América do Sul, conforme a revista norte-americana Condé Nast, especializada em viagens, divulgou este mês.

Localizado no luxuoso bairro Jardins e vizinho do Parque Ibirapuera – vista da janela de alguns dos seus 95 apartamentos – o Unique não passa despercebido para quem trafega na Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Sua arquitetura realmente foi feita para chocar. Ousadia é uma boa definição para o trabalho de Ohtake.

Filho da artista plástica Tomie Ohtake, Ruy formou-se arquiteto pela Universidade de São Paulo na década de 1060 e foi considerado por Oscar Niemeyer como um dos mais legítimos representantes da arquitetura nacional. Para projetar o Unique, Ohtake criou uma concepção arquitetônica de referência urbanística. É por isso que muitos acreditam ser o hotel uma verdadeira obra de arte urbana.

“O projeto tem a cara de São Paulo metrópole, São Paulo contemporânea, com o conteúdo da arquitetura brasileira e, com certeza, uma importante referência”, explicou o arquiteto. O Unique se destaca especialmente por sua forma. De longe, parece uma nau flutuando em águas invisíveis. De perto, realmente se parece com uma instalação de arte urbana digna de grandes bienais.

O time de grandes nomes escolhido para levantar os seis andares do hotel foi a opção dos empresários para aliar arquitetura diferenciada, design de luxo e atendimento conceitual. Além de Ohtake, Gilberto Elkis foi o nome escolhido para criar o projeto paisagístico e João Armentano para a ambientação interna do hotel.

Em sua estrutura, Ruy Ohtake escolheu revestimento refinado de cobre com o concreto bruto, uma aliança particularmente inusitada que produziu um resultado ao mesmo tempo técnico e artístico. No volume principal do edifício, estão situados os apartamentos. Já o lounge de entrada foi instalado sob o arco simétrico, em uma espécie de cubo formado de vidro e concreto. Na cobertura, uma piscina e o famoso restaurante Skye.

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Bel Lobo

Especialista em arquitetura de boutique, Bel Lobo fez nome no Brasil e projetou lojas nos quatro cantos do mundo

 

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Arquitetura parece estar no sangue de Bel Lobo, mas parece que a profissão chegou para ela como uma surpresa. Um teste vocacional feito na escola aos 16 anos indicou que Bel se enquadraria como psicóloga. Obediente, a arquiteta se inscreveu no vestibular para o curso. Antes da prova, entretanto, brincando com canetas coloridas e uma folha de papel, descobriu a tempo que seu futuro profissional estava no desenho.

Aprovada na Universidade Federal do Rio de Janeiro, Bel Lobo formou-se arquiteta e descobriu que não poderia mesmo ter seguido qualquer outra profissão. Com projetos espalhados pelo Brasil e no mundo – Bel tem trabalhos nos EUA, China e até mesmo nos Emirados Árabes – em 2014 expandiu sua linha de atuação.
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Além do escritório de arquitetura que montou em parceria com o marido e também arquiteto Bob Neri, a Be.Bo, Bel criou em 2014 a marca M.o.o.c – Móveis, Objetos e outras coisas. “Imaginamos uma linha enxuta de peças curinga que dialogam entre si e podem ser facilmente transportadas pela casa, sempre usando as diversas tonalidades de madeira, nossa matéria prima favorita”, explicou Bel Lobo em entrevista para a Revista Casa Cláudia.

A M.o.o.c passou a criar e produzir de tudo. Como arquiteta, no entanto, Bel Lobo especializou-se nos projetos de lojas e virou um ícone da arquitetura de boutique. Brinca que quando trabalhou como vendedora em uma loja de shopping durante os tempos de faculdade, se saiu melhor como arquiteta.

Durante os intervalos sem clientes, mudava os objetos de lugar e mexia nas luminárias. Os donos perceberam sua aptidão e quando se formou, Bel foi convidada pela empresa para projetar duas de suas lojas em outros pontos de venda. Agora, com muita bagagem no currículo, consegue captar o espírito da loja e do seu cliente.

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Imagens: Divulgação / Facebook

Mundo de croché

Artista visual cobre obras de arte com chochê e muita cor

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Parece brincadeira de criança, mas é arte. A artista visual Agata Olek se expressa por meio do crochê e com ele vem colorindo o mundo. Ela é conhecida por cobrir com crochê obras de arte e grandes objetos que fazem parte do dia a dia das pessoas, como carros e casa.

Nascida na Polônia e graduada em Estudos Culturais, Olek aprendeu o ofício quando era criança e passou a desenvolver arte com os fios traçados há cerca de dez anos, quando redescobriu a costura estudando em Nova York.
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Seu trabalho consiste, basicamente, em transformar os objetos em crochês e, para isso, conta com o auxílio de crocheteiros, pessoas locais habilitados na arte do tricô. Em 2012, a artista veio ao Brasil e deixou seu trabalho em São Paulo. Ela transformou uma escultura gigante de crocodilo em uma enorme obra de arte de crochê.

Seu último trabalho, entretanto, tem sido um pouco mais ousado. Ela cobriu dois andares inteiros de casas com crochê cor de rosa nas cidades de Kevara, na Finlândia, e Avesta, na Suécia. Para o projeto, contou com a ajuda de mulheres refugiadas da Síria e da Ucrânia como crocheteiras.

“A casa rosa foi uma jornada e não apenas um trabalho artístico”, explicou a artista em seu site. “Uma pessoa doou a casa, outra instalou eletricidade e uma terceira doou o material, por isso é um trabalho de ajuda mutua. Pessoas de todos os estilos se juntaram para tornar esse projeto possível”, concluiu.

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Poltrona Mexirica / Design é Meu Mundo

Poltrona Mexirica da Estudio Bola

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Os pequenos gomos da Mexerica do design não são feitas de caldo de laranja, mas sim com enchimento em esferas de EPS. A mexerica foi, entretanto, a inspiração para que os designers Flavio Borsato e Maurício Lamosa – sócios do EstúdioBola – desenvolvesse o puff destaque do Design é Meu Mundo de hoje.

Seu desenho lembra o formato da fruta que leva seu nome. É que o móvel foi batizado como poltrona Mexerica. Criado pela EstúdioBola, a peça possui revestimento em couro natural e tecidos leves e pesados, como lonas, em algodão.

Este ano, a marca lançou a mesma peça com revestimento em tecido de corda náutica. A ideia é a de poder levar para fora de casa o puff e aliar o estilo outdoor das cordas náuticas com sua resistência as intempéries do tempo. Tudo com muita cor, é claro.

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Subversão artística – a beleza da dança

Fotógrafo registra bailarinos nus em pontos icônicos das principais cidades europeias e norte-americanas

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O fotógrafo norte-americano Jordan Matter é especialista em imagens de bailarinos. É aquele artista que se apresenta atrás das cortinas. Desde 2009, registra imagens de bailarinos no cotidiano, mas decidiu mudar de perspectiva na produção do livro Dancers After Dark (Dançarinos Após o Pôr do Sol) – que será lançado na noite desta terça-feira (18) nos Estados Unidos.

O Dancers After Dark foi um projeto criado pelo fotógrafo em parceria com diversos bailarinos para mostrar as cidades na madrugada, só que completamente nus. O fotografo viajou para Paris, Londres, Amsterdã, Montreal e diversas cidades nos EUA, como Nova York, Baltimore, São Francisco e Chicago. A ideia era colocar os bailarinos nos locais mais icônicos e históricos das cidades.

“Se eu conseguir colocar os bailarinos no centro dos locais mais icônicos, o resultado será espetacular”, explicou Jordan Matter. E foi. Embora o livro ainda não tenha sido lançado, grande parte do trabalho desenvolvido para o Dancers After Dark pode ser visto no site do projeto.

Notre Dame em Paris

Notre Dame em Paris

Além da beleza das fotos, o trabalho chamou a atenção por não ser, nas palavras do próprio fotógrafo “particularmente legalizado”. É que as fotos foram tiradas sem autorização do poder público – o que se exige para um trabalho de nudismo, ainda que artístico. Os bailarinos chegavam no local alvo, tiravam suas roupas, e tinham menos de um minuto para encontrar a posição para a foto até que Matter gritasse “dispensado” ao avistar um carro da polícia.

“Esse projeto é uma oportunidade de mostrar para as jovens bailarinas, principalmente as bailarinas negras como eu que foram desencorajadas ao longo da vida, que elas crescerão para ser lindas. Que elas podem se mostrar e que se tornarão grandes artistas”, disse Michaela Deprince, capa do livro.

Washington Square

Washington Square

Towson

Towson

Monreal

Monreal

Monreal

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Millenium Park em Chicago

Millenium Park em Chicago

Rio Hudson em Nova York

Rio Hudson em Nova York

Chicago

Chicago

Chicago

Chicago

Chicaco

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Central Park

Central Park

Amsterdã

Amsterdã

Nova York com o ator convidado Alan Cumming

Nova York com o ator convidado Alan Cumming

Museu do Louve

Museu do Louve

Poesia Urbana: que lugar te inspira?

A convite da Folha de S. Paulo, escritores traçaram o caminho da literatura na cidade de São Paulo e incentivaram a apropriação dos espaços públicos

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Na semana em que a academia sueca anunciou o músico Bob Dylan como vencedor do prêmio Nobel de Literatura, percebemos que literatura perdeu sua definição clássica e se adequou ao mundo contemporâneo, onde não basta o formato, o valor está no conteúdo. Foi para sair do formato que o Guia Folha propôs a alguns artesãos da língua um desafio: descrever a literatura na cidade.

O projeto Poesia Urbana incentivou escritores a marcarem a cidade de São Paulo com poesia e traçar um caminho literário pela capital paulista. “Onde vão os poetas quando não estão caçando tesouros entre sílabas? A que lugares recorrem para ler, escrever ou buscar inspiração?” perguntou o periódico aos poetas.

Os autores descreveram, com literatura, a cidade. “Literatura, pra mim, é menos a palavra escrita e mais a capacidade de leitura: juntar códigos, criar sentidos, nomear abstrações e imagens”, explicou a escritora Maria Giulia Pinheiro ao eleger a Casa das Rosas e o Ibirapuera como seus espaços de inspiração.

Sesc Pompéia, projetado por Lina Bo Bardi

Sesc Pompéia, projetado por Lina Bo Bardi

Para o escritor Jr. Pellé, o espaço Sesc Pompéia é o seu canto literário. “Um lugar lindo, tão Lina Bo Bardi, tão concretista quanto a alma de Sampa”. O espaço foi projetado pela arquiteta e conquista o coração daqueles que se encantam pelas criações designer.

Outros espaços citados pelos autores foi a Avenida Paulista, a praça Roosevelt e o Beco do Batman. A cidade é para ser tomada e a literatura é uma boa forma de preenchê-la. E você, como se conecta com a sua cidade?

“Minha tela são os muros da cidade”

A arte acessível de Eduardo Kobra já atravessou fronteiras e agora faz sucesso nos Estados Unidos e na Europa

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A arte, quando está na rua, é verdadeiramente democrática. É assim que pensam aqueles que têm no muro sua tela em branco e, de fato, quando na rua pode realmente ser vista – pelos que têm e também pelos que não tem acesso às caras galerias de arte. Da mal vista pichação até a recém celebrada street art, muitos nomes brasileiros ganharam o mundo, Kobra é um deles.

Eduardo Kobra nasceu em 1976, mas tornou-se conhecido em 2005. Seu trabalho data de mais de uma década antes. Foi em 1987 que iniciou suas rondas de rua pichando muros. Seu talento para o desenho fez com que o artista aliasse subversão à arte. Cerca de dois anos depois substituiu os rabiscos por grafites.

“Eu queria buscar uma identidade para o meu trabalho, algo que tivesse mais haver com a minha realidade. Eu sou um cara que gosto de livros antigos e fotografias históricas, então passei a fazer releituras deste tipo de imagem”, conta o artista em seu site.

Foi com essa identidade que Kobra lançou seu nome no mercado. Ele criou o projeto Muro das Memórias, em 2005, retratando imagens antigas da cidade de São Paulo. Cerca de 50 trabalhos com imagens da antiga capital foram espalhadas por toda a cidade “A ideia foi criar portais para uma cidade que não existe mais”, explicou.

Outro projeto seu de destaque foi com as pinturas anamórficas, conhecidas como pinturas 3D. Eduardo Kobra foi pioneiro em trazer esta forma de arte para o Brasil e criou desenhos em que seus elementos parecem possuir vida própria.
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Internacionalmente, seu trabalho ficou conhecido com os projetos de releituras de grandes imagens, como a fotografia do beijo da Time Square tirada no fim da Segunda Guerra Mundial, pintada em Nova York. Aliás, seu trabalho pode ser visto também na Europa, em países como a Inglaterra, França, Estados Unidos, Rússia, Grécia, Itália, Suécia, Polônia e, mais recentemente, Holanda – o artista inaugurou no último dia 2 um mural com a imagem de Anne Frank, a adolescente judia vítima do Holocausto.

O mural “Etnias”, pintado pelo artista para as Olimpíadas Rio 2016, foi reconhecido no dia 22 de agosto deste ano como o maior grafite do mundo pelo “Guiness world records”, o livro dos recordes. Detido pela polícia por três vezes, enquanto realizava seu trabalho, Kobra comemora o sucesso de suas obras. “O grande barato de pintar na rua é justamente você levar esse trabalho a milhões de pessoas, independente da classe social”.
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Design de criança

No dia da Criança o Blog AZ lembra de alguns designs lúdicos e algumas peças de mobiliário que são verdadeiros jogos de crianças (e adultos)

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Segundo Henrique Steyer, o papel do design é apresentar novas formas de ver as coisas. “As pessoas buscam algo que não seja insosso e sem vida”. Mas quem acha que por “pessoas” ele se referia apenas aos adultos, engana-se. Hoje é o dia delas, das crianças e elas também são o público alvo do design e também querem algo menos “insosso”.

Alias, é no mundo fantástico e lúdico dos mais jovens que o insosso não tem vez. As palavras de ordem são cor e criatividade. Algumas marcas de design perceberam isso. A já colorida Kartell, por exemplo, lançou durante a Design Week deste ano uma linha exclusiva para crianças.

A coleção Kartell Kids apresentou peças clássicas da marca feitas em tamanho mirim e móveis que podem ser usados para as brincadeiras de criança. À frente do projeto estiveram Philippe Starck, Piero Lissoni, Nendo e Ferruccio Laviani. Bancos de balanço e carrinhos de corrida fizeram sucesso entre os mais jovens durante o lançamento na Itália.
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Outro designer que se inspirou no mundo lúdico, ainda que as peças não tenham sido desenvolvidas exclusivamente para crianças, foi o já mencionado Henrique Steyer. Em 2013, seguindo essa tendência, Henrique lançou coleções de peças de mobiliário com inspirações bem criativas: É o Bicho e Niño. São móveis que representam animais e crianças em forma de bonequinhos de papel nas versões masculina e feminina.

Outra marca que também se inspirou no mundo lúdico foi a sofisticada Etel Interiores. De uma forma mais sobrea, os designers Etel Carmona e Dado Castello Branco criaram uma mesa de ping-pong. A peça foi uma recriação de uma mesa da marca, a Mineira, só que em forma de jogo.
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