O céu ainda é azul, você sabe…

Instituto Tomie Otake recebe obras de Yoko Ono para uma grande retrospectiva da carreira da artista

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Yoko Ono é a vanguarda da arte. Seu trabalho questiona as fronteiras tradicionais entre a obra e público, e o Instituto Tomie Ohtake vai diminuir mais estes dois extremos em mostra retrospectiva da obra da artista. O crítico islandês Gunnar B. Kvaran é o curador da exposição O Céu Ainda é Azul, Você Sabe…, que pretende revelar os elementos básicos que definem a vasta e diversa carreira artística de Yoko Ono.

Pioneira da arte conceitual, ainda hoje Yoko Ono continua a contestar o conceito de arte e do objeto de arte e por isto a exposição se propõe a viajar pela noção da própria arte, com forte engajamento político e social da obra de Yoko.

A exposição foi concebida especialmente para o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e é formada por 65 peças de “Instruções”, que evocam a participação do espectador para sua realização. São trabalhos que sublinham os princípios norteadores da produção da artista, ao questionar a ideia por trás de uma obra, destacando a sua efemeridade enquanto a dessacraliza como objeto.

Yoko Ono é compositora, cantora e artista plástica. Nascida no Japão em 1933, Yoko estudou nas melhores escolas até sua mudança para os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Foi em Nova York que a artista passou a conviver entre artistas e músicos – incluindo seu segundo marido, o Beatle John Lennon – e, em meio à efervescência cultural da década de 1960 desenvolve seu rico trabalho artístico.

Segundo Gunnar B. Kvaran, curador da mostra, O Céu Ainda é Azul, Você Sabe… é uma retrospectiva de “Instruções” que evidencia as narrativas que expressam a visão poética e crítica de Yoko Ono. São trabalhos criados a partir de 1955, quando ela compôs a sua primeira obra instrução, Lighting Piece / Peça de Acender (1955), “acenda um fósforo e assista até que se apague”. Na exposição, é possível seguir a sua criatividade e produção artística pelos anos 60, 70, 80, até o presente.

A mostra abre suas portas amanhã e fica em cartaz até 28 de maio, então quem passar por São Paulo neste período, não deixe de conferir. A entrada é de 12 reais a inteira e os horários de visitação são das 11h às 13h, das 13h ás 15h, das 15h às 17h e das 17h às 20h.

Informações e imagem: Instituto Tomie Ohtake

Banquetas Helga / Estudiobola

Estudiobola e o minimalismo das banquetas Helga

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Helga ganhou alguns centímetros a mais e se transformou em uma nova peça. Estamos falando das banquetas Helga, parte da família de cadeiras de mesmo nome da Estudiobola. Traços limpos, simples e minimalistas desenharam a peça da marca que investe em tecnologia, matéria prima e muito design.

O Design é Meu Mundo de hoje se derrama pelas banquetas Helga. A peça respeitou os traços de sua irmã quase gêmea, pois o design da cadeira e da banqueta é o mesmo. As banquetas são feitas em madeira de reflorestamento disponível em seis diferentes tonalidades. O acabamento vem do estofado, que pode ser encontrado no couro ou no tecido.

Embora atual, seu desenho se inspirou no design moderno da década de 1950. A Estudiobola, criada por Flavio Borsato e Maurício Lamosa, é conhecida por suas peças de design inovador. Cores, proporções, desenhos e cenografia formam as peças desenhadas e desenvolvidas pela marca. Mas sua identidade é o bom design e este pode vir no formato contemporâneo e inovador ou minimalista, moderno e elegante – como é o caso de Helga.
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Imagens: Divulgação

Met Breuer recria performance icônica de Lygia Pape

Um dos principais trabalhos de Lygia Pape, “Divisor”, é recriado nas ruas de Nova York

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O Blog AZ noticiou na áltima semana que o trabalho neoconcretista da artista brasileira Lygia Pape protagoniza exposição na filial do Metropolitan Museum of Art especializado em arte moderna, o Met Breuer, em Nova York. A cidade recebe a maior retrospectiva de seu trabalho enquanto se encanta pelo movimento de contracorrente concretista criado no Brasil no final da década de 1950.

Esta semana, seu trabalho saiu do museu e ganhou as ruas da cidade norte-americana. É que sua obra “Divisor” foi reproduzida nas ruas da Big Apple. “Divisor” é uma performance criada pela artista em 1968, quando ela propôs uma ruptura nos padrões tradicionais da  arte e uma aproximação entre a obra e o espectador.

À época, Lygia disse que qualquer pessoa poderia reproduzir “Divisor”, o que a tornava uma arte pública da qual as pessoas podem participar. Sábado, as pessoas mais uma vez participaram. Em um lençol de 30 m², que imitam a tela de um quadro, furos foram feitos para que as pessoas colocassem suas cabeças. Juntas elas desceram 5ª Avenida, uma das principais ruas de Nova York.

Esta não foi a primeira vez que “Divisor” foi recriada. A obra já andou, literalmente, em exposições no Brasil depois de sua criação em 1968. A exposição continua em Nova York até 23 de junho, mas obras da artista podem ser vistas também no Museu no Inhotim, em Minas Gerais.
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Imagens: Divulgação/ Facebook Lygia Pape

A vida do inquieto Jean-Michel Basquiat

O artista partiu aos 27 anos de idade deixando um vasto e brilhando trabalho artístico como legado

(Foto: Lizzie Himmel)

(Foto: Lizzie Himmel)

Jean-Michel Basquiat  faz parte do seleto e talentoso grupo de artistas que nos deixou cedo, mais precisamente aos 27 anos de idade, a tal idade que acaba interrompendo a brilhante carreira de roqueiros e artistas de reconhecimento mundial. Assim como Amy Winehouse e Janis Joplin, a causa da morte foi overdose, e assim como os dois, Basquiat também se enveredou pelo campo da música.

Mas sua carreira mesmo foi marcada pela pintura. Além de músico, Jean-Michel foi pintor, poeta e produtor cultural. Americano de ascendência porto-riquenha e haitiana, Basquiat nasceu com uma aptidão incomum para as artes. Com três anos, já desenhava caricaturas. Aos 17 anos, levou seus traços para os muros de Manhattan.

Incentivado por sua mãe, passou a levar a arte a sério quando era ainda criança. Aos seis anos, ganhou carteira de sócio mirim do Museu de Arte Moderna de Nova York, de onde não saia. Com o divórcio dos pais, se mudou para Porto Rico e voltou a Nova York no final da adolescência.
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Não se adaptou às escolas, saiu de casa e foi morar com amigos. Juntos pintavam muros e camisetas, que Basquiat vendia nas ruas da cidade. O grafite de Basquiat vinha com a assinatura “SAMO”, que significava “same old shit” (sempre a mesma merda). Seus desenhos chamaram a atenção e em pouco tempo Jean-Michel ficou famoso.

Seus traços subversores e seu olhar à frente do tempo o consagraram como um importante pintor vanguardista, conhecido posteriormente como neo-expressionista. Fez amizade e atuou ao lado de Andy Warhol até a sua morte, em 1987. Muito abalado com a perda do amigo, Basquiat acaba exagerando no consumo de drogas e morre de overdose no ano seguinte, em 12 de agosto de 1988.

Ao partir, deixou um legado com cerca de 3 mil obras que retrataram a cultura africana e o caos social e emocional que conduziu a criatividade de tantos artistas de renome da década de 1980. Seu trabalho continua influenciando o trabalho de outros artistas na atualidade. Na ArtRio 2016, um autorretrato de Barquiat bateu o recorde de preço ao ser arrematado em leilão por 57,3 milhões de dólares.
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Imagens: Divulgação

Bale da Cidade propõe uma reflexão sobre a cidade e o grafite

A temporada 2017 do Bale da Cidade de São Paulo subiu ao palco com o espetáculo “Risco” para refletir acerca de temas como dança, combate, cidade e grafite

(Imagens: Arthur Costa/ Divulgação)

(Imagens: Arthur Costa/ Divulgação)

O grafite e a ocupação de espaços públicos são temas que se tornaram espinhosos nos últimos anos. De um lado, parte da sociedade não aceita o grafite nas ruas – embora esta percepção venha se alterando na última década – e de outro, o pessoal do Pixo, movimento de pichadores que usam seu spray para subverter – não aceita o grafite como um arte limpa de rua.

Este tema se tornou polêmico em algumas cidades, incluindo Goiânia, como foi mostrado pelo Blog AZ na matéria Um giro pela arte Urbana. Em São Paulo, a polêmica continua. Mas é difícil não ver o grafite como parte integrante do cotidiano das maiores cidades do mundo.

Foi pensando nisto que o Balé da Cidade, em São Paulo, subiu ao palco do Teatro Municipal em uma apresentação que, segundo seu diretor, pretende refletir acerca de temas como dança, combate, cidade e grafite. É que o grafite foi o fio condutor de “Risco”, coreografia inaugural da temporada 2017.

Dirigido pelo consagrado bailarino Ismael Ivo, o novo espetáculo usou a cenografia do diretor cênico Sérgio Ferrara para fazer um elogio ao grafite. No centro do palco, uma imagem do artista americano Jean-Michel Basquiat destacou a figura de um grande grafiteiro  e neo-expressionista.

Cenas filmadas por drones também deram o tom do cenário. Elas projetaram imagens urbanas da capital paulista. Durante a apresentação, os corpos dos bailarinos vão sendo pintados, uma aliança entre o corpo – que representa a dança – e o grafite – que representa São Paulo.

Ismael Ivo explica que “Risco” significa se arriscar na busca por novas soluções artísticas. Quem passar por São Paulo pode conferir a solução encontrada por Ivo para a nova temporada do Bale da Cidade no Teatro Municipal até o dia 1º de Abril.

Maior obra de Mondrian do mundo decora prédio municipal em Haia

O minimalismo é um movimento que ganha força no design mobiliário, na arquitetura e até mesmo na moda, em que as passarelas são famosas pelos excessos. Grande parte dessa influência é devida ao movimento De […]

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O minimalismo é um movimento que ganha força no design mobiliário, na arquitetura e até mesmo na moda, em que as passarelas são famosas pelos excessos. Grande parte dessa influência é devida ao movimento De Stijl  e à obra de Mondrian.

Piet Mondrian foi um artista holandês classificado como modernista. Ele, entretanto, não ligava seu nome a nenhum movimento vanguardista específico: se dizia cubista, neoplasticista, pós-impressionista, precursor do neoplasticismo. Segundo ele, sua arte transcendia as divisões culturais.

Falecido em 1944, sua obra ficou viva não apenas em seus trabalhos. É que Mondrian influenciou designers e arquitetos por todo o mundo, como Charles e Ray Eames e Yves Saint Laurent. Seus quadrados coloridos são inconfundíveis e a cidade de Haia decidiu homenagear seu conterrâneo artista.

A fachada do prédio que abriga a sede da câmara municipal da cidade foi revestida com um grande painel ao estilo Mondrian pelos artistas Madje Vollaers e Pascal Zwart em ocasião da comemoração do centenário do movimento De Stijl – isso há dez anos, quando foi comemoração os cem anos da publicação De Stijl (O Estilo), revista que veiculou as questões ligadas ao neoplasticismo.

Em 2017, o movimento De Stijl completa exatamente 110 anos sem perder a modernidade. Ou seja, se mantém atual. A sede da câmara municipal de Haia mantém o título de detentora do maior painel com obra do Mondrian do mundo.

Foto. Fonte: Blog da Arquitetura

Lygia Pape ganha retrospectiva em museu nova-iorquino

Met Breuer apresenta primeira grande retrospectiva do trabalho de Lygia Pape e se derrama pelo neoconcretismo brasileiro

Tteia nº 1

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Arte concreta parece unir duas palavras que não se misturam. É que arte é abstração, criação, sensibilidade e expressividade. Foi pensando nisso que um grupo de artistas do Rio de Janeiro criou, no final da década de 1950, o movimento neoconcretista com o objetivo de propor uma reação aos concretistas ortodoxos. Não precisamos estender muito no assunto para perceber que estamos falando de um grupo para lá de vanguardista e um importante nome saído desse movimento foi o de Lygia Pape.

Lygia Pepe, falecida em 2004, ganhou o mundo e seu trabalho agora ganha Nova York na primeira grande retrospectiva dedicada ao seu trabalho feita pela filial do Metropolitan Museum of Art especializado em arte moderna, o Met Breuer. Outros nomes do neoconcretismo brasileiro, como Lygia Clark e Hélio Oiticica, também tiveram seus trabalhos expostos nos museus de arte moderna nova-iorquinos.

A exposição, batizada de Multitude of forms, apresenta dezenas de pinturas, esculturas, gravações, curtas-metragens, fotografias, instalações e performances da artista na primeira grande mostra retrospectiva de Lygia Pape nos Estados Unidos.

O nome da exposição não foi ao acaso, o Grupo Frente – do qual Lygia fez parte – ra um coletivo de artistas fascinados com as formas geométricas. Foi da experiência com o Frente que Pape buscou as bases para, junto com Hélio Oiticica e Lygia Clark, fundar o neoconcretismo – busca pela abstração geométrica e a experimentação artística.

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Lygia Pape construiu sua carreira artística no Rio de Janeiro, onde  integrou os  grupos Frente e Neoconcreto, participando ativamente da renovação que marcou a arte brasileira naquele período. Os movimentos buscavam o resgate da liberdade de experimentação, tolhidos pela ortodoxa arte concretista que vigorava na época.

Ao lado de nomes como Amílcar de Castro, Ferreira Gullar, Franz Weissmann, Lygia Clark, Reynaldo  Jardim e Theon Spanudis, Pape assinou em 1959 manifesto do movimento Arte Neoconcreta questionando os parâmetros racionalistas do projeto construtivo e recuperando a dimensão subjetiva da arte.

Quem não puder visitar o continente vizinho para ver a obra de Lygia Pape no Met Breuer, inaugurada ontem (21), pode visitar o estado vizinho e ver o trabalho da artista no incrível Museu do Inhotim.

Tecelar 1955

Tecelar 1955

Divisor 1968

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Instalação Londres (foto: Jarry Hardman)

Instalação Londres (foto: Jarry Hardman)


Imagens:
Divulgação

Marcello Nitsche: um expoente da arte pop brasileira

Aos 74 anos de idade, Marcello Nitsche morre deixando um imponte trabalho artístico da cultura pop nacional

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A arte refinada apropriada pela elite ganhou um contraponto em meados do século passado. Artistas, que queriam questionar a arte até então feita e, principalmente, declarar a crise artística que assolou aquele século, inauguraram um movimento de passagem da modernidade para a pós-modernidade conhecido como pop art. A manifestação pretendia demonstrar com suas obras a massificação da cultura popular capitalista.

Enquanto que no mundo figuras como Andy Warhol e Laurence Alloway se destacaram, no Brasil um importante nome desse movimento foi o de Marcello Nitsche, morto no dia 12 de março, aos 74 anos de idade, vítima de insuficiência cardíaca e respiratória. Marcello deixou, entretanto, um trabalho que revolucionou a arte e a cultura no Brasil.

Graduado em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), Marcello Nitsche  tem arte no DNA. Seu pai foi pintor de móveis e sua mãe, decoradora. O resultado foi que Marcello tornou-se pintor, artista intermídia, escultor, desenhista, performista e professor.

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O artista foi conquistando espaço no cenário nacional. Suas obras fazem parte do acervo de vários museus brasileiros e algumas de suas esculturas são vistas em espaços públicos, como Garatuja (1978) instalada na Praça da Sé e a Pincelada Tridimensional (2000), no parque da Luz na cidade de São Paulo. Ainda, o artista destacou-se também por suas instalações na Bienal de São Paulo, da qual participou de 30 edições do evento.

Seus quadros se inspiram em histórias em quadrinhos, com pinturas bem coloridas ao estilo pop art. Mas no final dos anos 1960, se aproximou do trabalho com imagens gráficas deixando um pouco o pincel de lado. Nos últimos anos, passou a realizar arte performática. Um de seus trabalhos, levou enormes cordas até a fenda de uma pedreira para simbolizar a tentativa de costurar as feridas de um país quebrado.

Seu trabalho nunca se distanciou das criticas sócias. Marcello foi o primeiro artista a trabalhar com crianças de rua e participou ativamente da resistência cultural contra o regime militar. Seu corpo foi velado na Pinacoteca, museu que guarda parte de seu trabalho artístico.

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Imagens: divulgação

A Lot Of Brasil se organiza para mais um ano de Semana de Design

Pelo 5º anos consecutivo, A Lot Of Brasil embarca para mais uma exposição na maior feira internacional de design

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A contagem regressiva para a semana de design mais badalada do mundo começou. O Salão Internacional do Móvel De Milão (ISALONI) acontece esta ano entre os dias 4 e 9 de novembro e o Brasil marca presença, entre outros, com a A Lot Of Brasil.

A Lot of Brasil, Indústria Brasileira de Alto Design, foi fundada em 2012 e desde então participa da principal feira de design mundial. Na verdade, A Lot of Brasil é a única brasileira a expor em Milão pelo 5º ano dentro do pavilhão 20 (o mais badalado da SALONE) ao lado de marcas como Kartell, Vitra, Edra, Magis, Cassina e outras.

Este ano não poderia ser diferente e os maiores nomes do design internacional e nacional estarão expostos em seu stand, como Fernando e Humberto Campana , Alessandro Mendini , Andrea Borgogni, Fabio Novembre, Nika Zupanc,Pedro Franco, e Alessandra Baldereschi .

O Blog AZ ainda vai falar muito dessa feira nas próximas semanas, mas para quem embarca para Milão em abril, o convite está feito: o Armazém da Decoração encontra você na exposição preparada pela A Lot Of Brasil.
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Mobiliário urbano

O design mobiliário pensado para as cidades

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Quando falamos em design mobiliário estamos falando em móveis para casas e espaços corporativos, certo? Errado! A arquitetura tem um campo específico para o estudo e desenvolvimento de design mobiliário para as cidades. Para aqueles que já perceberam a importância da interação do homem com os centros urbanos no alcance de melhores condições de vida, podem imaginar a importância do mobiliário urbano para as cidades contemporâneas.

Na realidade, o mobiliário urbano cumpre funções tão essenciais nas cidades quanto o design mobiliário cumpre na decoração das casas e espaços comerciais. Já imaginou uma residência sem mesa de jantar ou cama? Pois é, mas algumas cidades seguem sem bancos, vasos ou abrigos para a espera de ônibus, enquanto que outras cidades instalam tais móveis pautados na lógica (ilógica) da arquitetura hostil.

Design urbano - Barcelona

Design urbano – Barcelona

O belo e receptivo mobiliário urbano faz parte da filosofia defendida pela arquitetura de integração. Quanto mais espaços abertos ao público, mais as cidades se tornam os quintais de sua população. Mais para além de se instalarem lixeiras, pontos de paradas de bicicletas e bancos, em alguns países a preocupação é com a implantação de equipamentos que satisfazem as necessidades estéticas. Ora, nada impede também que este mobiliário urbano seja algo bem parecido com os móveis feitos para as casas: ergonômicos e belos.

Na Dinamarca, por exemplo, é possível encontrar design assinado na rua. É o caso dos bancos dispostos na calçada da cidade de Sunderland, assinados pelo designer britânico Charlie Davidson. O Banco Charlotte, de Paulo Alves, também já foi usado em espaços públicos cumprindo bem sua função, já que o designer fez a peça pensando nesta finalidade.

Bancos design na Dinamarca

Bancos design na Dinamarca

Ponto de onibus design na Estonia

Ponto de onibus design na Estonia