Design é meu mundo / Poltrona Pitu

Aristeu Pires e a poltrona Pitu


Para Aristeu Pires um bom mobiliário é aquele que dura. Assim como uma joia rara, peças de decoração devem possuir qualidade e design para nunca caírem no desuso. Talvez seja por isso que Aristeu se emprenha em desenvolver um design atemporal. Traços simples que dão um resultado bastante sofisticado.

Aristeu Pires desenvolve seu trabalho para a marca que leva seu nome. Suas linhas vão do design de mesas à bancadas, mas seu trabalho se destaca mesmo pelas cadeiras e poltronas, responsáveis pela maior parte de sua produção. Todas batizadas com nomes de mulheres.

Sem modismos, Aristeu cria pensando no conforte (e design, claro). Em 2016 o designer lançou mais uma de suas coleções após um ano de trabalho nos Estados Unidos. Destaque desta coleção foi a poltrona e puff Pitu feito na madeira com estofado em couro ou lona. O sucesso da poltrona foi imediato e este ano a peça viajou para a Semana de Design de Milão na exposição Be Brasil.

Fava de Bolota: o design artesanal do Tocantins

Sérgio J. Matos se uniu a artesãos de um distrito de Palmas para juntos criarem peças com a identidade regional do Tocantins


Vamos aproveitar nosso passeio por terras tocantinenses em nosso post da última terça-feira para continuar falando do design produzido no nosso vizinho do norte. Desta vez, o projeto veio do arquiteto Sérgio J. Matos. Sérgio é desses que sabe aliar design ao artesanato e aproveitar o que de melhor a cultura brasileira pode oferecer.

Apaixonado pela cultura nacional, Sérgio imprime em seu trabalho o regionalismo de cada pedaço do país que o encanta. Com essa paixão, se deslocou para Taquaruçu, distrito de Palmar, capital do Tocantins, para trabalhar no Projeto de Estruturação Turística da cidade desenvolvido pela prefeitura.

Os artesãos da região já trabalhavam com a criação de peças feitas em cerâmica, crochê e trançado de palha, mas não imprimiam a cultura da região em seus trabalhos. Foi ai que Sérgio J. Matos entrou para prestar sua consultoria. O designer sabe muito bem captar a essência dos regionalismos e trazer para seus trabalhos. Ajudar os artesãos locais a fazer o mesmo, então, não seria difícil.

Sergio viu na Fava de Bolota a referência central para cumprir sua missão. A Fava de Bolota é uma árvore tão comum no Tocantins que acabou se tornando símbolo oficial do estado. A árvore frondosa de grande porte chama a atenção por suas flores de formato esférico e cor avermelhada e por seus frutos, em formato encaracolado, que nascem em cachos e chegam a atingir 20 centímetros de comprimento.

Sérgio conta que quando chegou a Palmas as árvores, que dão flores apenas uma vez ao ano, estavam todas floridas.  “Sua flor é muito exótica, eu nunca tinha visto”, explicou o designer. Junto às flores aliou o material que seria usado: palha do buriti tratada – além das cerâmicas e crochês já usados pelos artesãos locais. As peças todas possuem como referência a flor da Fava de Bolota.

O trabalho dos artesãos com Matos será oficialmente lançado no dia 6 de setembro em um evento regional de Taquaruçu, o 11º Festival Gastronômico do distrito. Mas o sucesso estimulou Matos a planejar novas viagens para aliar seu trabalho a de outros artesãos em comunidades do Tocantins.

Imagens: Sérgio J. Matos / Divulgação

Yayoni Kusama em pontinhos para crianças

A jornada de vida da artista japonesa Yayoni Kusama virou o livro infantil Yayoi Kusama: To Infinity and Beyond!


A obsessão virou arte e agora a arte virou história para criança. É que Yayoi Kusama se transformou em livro infantil contado por meio de seu peculiar jeito de ver o mundo: cheio de pontinhos. A artista japonesa de 88 anos de idade fez sucesso em todo mundo com suas obras contemporâneas e performáticas, mas sua história tem algo de peculiar.

Vítima de alucinações, Yayoi transformou suas obsessões em exposições artísticas. Suas obras são marcadas pelas repetições de pontos e elementos, como se a artista quisesse compartilhar suas alucinações com o resto do mundo. Atualmente, Yayoi Kusama vive voluntariamente em uma instituição psiquiátrica. A jornada da artista, entretanto, se transformou no livro Yayoi Kusama: To Infinity and Beyond!, para crianças, produzido pela ilustradora Ellen Weinstein e a curadora do MoMA, Sarah Suzuki.

Nascida em 1929, Yayoi Kusama se mudou para Nova York no fim década de 1950 onde trabalhou com figuras como Donald Judd, Andy Warhol, Claes Oldenberg e Joseph Cornell. Uma artista completa, a japonesa conquistou a cena mundial de arte contemporânea com performances, videoarte, filmes, pintura, desenho, escultura, instalação, moda, poesia, ficção e happenings, transformando os lugares onde passava em telas em branco prontas para receberem sua arte.

No livro, história começa com Yayoni ainda criança já com suas aspirações artísticas – ela passava a maior parte do tempo desenhado e pintando. Na escola de artes, sofreu com rigidez de ser forçada a pintar no estilo tradicional japonês. Na busco por uma vida livre de regras, Yayoni muda-se para Nova York, onde se torna famosa por suas pinturas de bolinhas e esculturas gigantes e luxuosas. No final, livro mostra o retorno de Yayoni Kusama ao Japão, onde ela cria todo seu trabalho em um estúdio perto da instalação psiquiátrica de Tóquio onde vive, voluntariamente, desde 1977.

Imagens: Divulgação

Rosembaum projeta escola no Tocantins a partir do resgate cultural

Com a ajuda dos alunos, Marcelo Rosembaum e escritório Aleph Zero projetaram nova sede da escola Formoso de Araguaia, na zona rural do Tocantins

Quando propagandas de governo soltam jargões do tipo “a escola é para todos”, Marcelo Rosembaum levou a sério. Na verdade, o arquiteto levou tão ao pé da letra que a escola de todos foi projetada por todos. Estamos falando do projeto da Fundação Bradesco na zona rural de Formoso de Araguaia, no Tocantins (320 km de Palmas), que Marcelo desenvolveu com a ajuda dos alunos.

A Fazenda Canuanã abriga um internato que acolhe 800 alunos da zona rural, onde não há qualquer acesso à educação. A entidade, mantida pela Fundação Bradesco, precisava de uma sede nova para os grandes pavilhões onde dormiam os 540 alunos do Ensino Fundamental 2 e decidiram convidar Marcelo Rosembaum para tocar o projeto.

O arquiteto foi indicado à fundação em decorrência de seu trabalho em outro projeto, A gente transforma, um movimento de divulgação do design da cultura dos povos de cada região, com desenvolvimento sustentável. Afinal, o olhar atento do arquiteto e designer para a brasilidade e a união com a valorização da cultura popular formam a base de seu trabalho.

Para recriar a escola no Tocantins, Marcelo Rosenbaum convidou o escritório Aleph Zero, de Gustavo Utrabo e Pedro Duschenes, para desenvolver com ele o projeto de arquitetura. O primeiro passo foi conhecer de perto os verdadeiros clientes da empreitada: os estudantes. Marcelo, Gustavo e Pedro elaboraram tarefas para as crianças se expressarem com “O que faz de Canuanã minha casa?”.

Os estudantes elaboraram textos, desenhos, pinturas e encenações num festival criativo, com dinâmicas entre alunos e profissionais. Foi dai que o trio tirou inspiração para a nova escola. “Por mais que cada um manifestasse seus desejos individuais, nossa leitura buscava o que era universal”, explicou Gustavo.

A referência foi a regionalidade. Segundo Rosenbaum, os alunos muitas vezes não se reconhecem na cultura a qual pertencem e era preciso mudar isto. Muita madeira e verde foram selecionadas para a criação desse projeto de resgate da cultura das construções nas aldeias. Segundo o diretor da escola, o resultado da nova construção é perceptível no comportamento dos alunos, que após a inauguração dos novos pavilhões estão mais calmos e mais felizes.

Imagens: Divulgação

PAX.ARQ: um mundo de criatividade

Conheça o trabalho do coletivo PAX.ARQ, que desenvolve projetos de arquitetura e design mobiliário


“Agentes de algo que está em transformação” é a definição escolhidas pela equipe de um coletivo de arquitetura para se descrever. O grupo vem se destacando na última década por aliar arquitetura à tecnologia e aproveitar o que de melhor a inovação pode fazer pelo design. Estamos falando o Coletivo PAX que, a partir do trabalho colaborativo entre seus integrantes e parceiros externos, faz com que cada projeto consista em um organismo único.

Não estamos exagerando no uso da palavra, já que “único” descreve bem o trabalho desenvolvido pelo grupo. Muitas marcas e arquitetos se destacam no mundo por abordar uma linguagem bastante contemporânea e o PAX.ARQ se enquadra nesta categoria.

O PAX.ARQ se define como sendo um coletivo multidisciplinar que desenvolve projetos em diversas escalas, tendo como principal objetivo a inovação através da fusão entre tecnologias tradicionais e digitais de fabricação. Os nomes por trás da marca são o de Paula Sertório e Victor Paixão. Os arquitetos se uniram para unirem-se a outros profissionais e por em prática aquilo que parece sair do imaginário mais audacioso.

Paula se formou em Arquitetura e Urbanismo pela FAAP em 2008 e Victor pelo Mackenzie em 2006. Parece pouco tempo para tanta criatividade, mas o coletivo já conquistou importantes prêmios e assinou importantes obras tanto de arquitetura quando de design mobiliário.

O PAX.ARQ não é desconhecido nosso. O Blog AZ já os apresentou durante a edição 2017 da Casa Cor Goiás, quando um de seus mobiliários, o Balanço Cocar, integrou o ambiente de André Brandão e Marcia Varizo. Além dele, entretanto, o coletivo assina outras peças de mobiliário e projetos arquitetônicos no Brasil e no exterior, como a Fac Cordoba na Espanha, o Museu da Memória, no Chile e a sede da Capes no Distrito Federal.

A criatividade rendeu ao grupo o 21º Prêmio Design Museu da Casa Brasileira pelo projeto da cadeira Atiati, o Adaptable Gallery London 2008, concurso desenvolvido pela Architectural Association, o New Practices New York em São Paulo (premiação outorgada pelo AIA de Nova York) e Prêmio Salão Design 2016 pela cadeira Daki.

Imagens: Divulgação/ PAX.ARQ

Design é Meu Mundo / Cadeira de Bola de Latão

Lina Bo Bardi desenvolveu seis exemplares da cadeira que se tornaria um ícone de seu trabalho

Em 1950 Lina Bo Bardi deu início ao que seria um de seus mais importantes trabalhos: a Casa de Vidro. Localizada em um terreno de 7 mil metros quadrados no Morumbi, a casa parece flutuar em seus pilares, sensação passada pelo emprego do vidro em sua fachada. De tão importante, a casa abriga atualmente o Instituto Lina Bo e P.M. Bardi que tem como objetivo promover e divulgar a arquitetura, design, urbanismo e arte popular.

Entretanto, não foi esse o proposito de Lina quando desenhou os traços do icônico projeto arquitetônico. Ali seria seu lar junto com Pietro Maria Bardi por mais de 40 anos e um espaço tão imponente mereceu móveis de igual relevância. Foi ai que Lina Bo Bardi criou a Cadeira Bola de Latão, que entrou no catálogo de peças reeditadas pela Etel Interiores em 2015.

A cadeira tem a mesma idade da Casa de Vidro, pois foi desenhada em 1951 se tornando uma das cadeiras mais enigmáticas de Lina Bo Bardi. A estrutura dos pés frontais se eleva e a peça é finalizada com uma esfera dourada, surgindo um forte caráter cenográfico. Lina confeccionou apenas seis cadeiras para a Casa de Vidro.

Êxodos ganha exposição na Caixa Cultural de Brasília

Um dos principais trabalhos de Sebastião Salgado chega em Brasília para um mês de exposição na Caixa Cultural


Cidadão do mundo, Sebastião Salgado é um dos principais nomes da fotografia nacional e mundial. Um de seus principais trabalhos, Êxodos, ganhou exposição na Caixa Cultural aqui pertinho de nós goianos, em Brasília. A exposição estreia nesta quarta-feira (30) e segue até o dia 29 de outubro na capital federal.

Sebastião cruzou o mundo a procura do mundo. O fotógrafo viajou para mais de 100 países entre os anos de 2004 e 2012 visitando regiões como Alasca, Patagônia, Etiópia e Amazônia. Em uma destas viagens, acabou capturando imagem de pessoas deixaram sua terra natal contra a própria vontade: migrantes, refugiados e exilados unindo um total de 60 pôsteres.

Êxodos é um de seus mais notórios trabalhos e acaba por relatar um tema que nunca deixa de ser atual: a partida. Na mostra, fotografias foram divididas em cinco temas centrais: África; Luta pela Terra; Refugiados e Migrados; Megacidades; e Retratos de Crianças.

Sebastião Salgado nasceu em Aimorés, interior de Minas Gerais, no ano de 1944 e seguiu seu caminho esperando se tornar um economista. Com graduação e pós-graduação na área, Sebastião se mudou para Paris, onde atuou como economista e acabou se tornando fotógrafo.

Êxodos”
Onde: Caixa Cultural Brasília – Galeria Vitrine
(SBS – Quadra 4 – Lotes 3/4)
Quando: De 30 de agosto a 29 de outubro,
 das 9h às 21h (de terça a domingo).
Quanto: Entrada franca.

Ethiopia, 1984gado


Imagens:
Sebastião Salgado/Divulgação

Mole 57: edição comemorativa da poltrona icônica de Sérgio Rodrigues

Batizada de Mole 57, a edição 2017 da icônica Mole de Sérgio Rodrigues comemora os 60 anos da poltrona

A história da Mole já é conhecida de nosso Blog AZ. Em 1957 Sérgio Rodrigues recebeu uma encomenda: fabricar uma poltrona “preguiçosa”. O fotógrafo Otto Stupakoff queria de Sergio Rodrigues um sofá que pudesse se sentir rei, isto é, confortável, porém imponente. O designer, que tinha acabado de criar sua empresa, a Oca, desenhou a estrutura de madeira torneada e a batizou de Mole.

A poltrona ficou esquecida nas vitrines da Oca até 1961, quando recebeu o grande prêmio no 4º Concurso Internacional do Móvel – e a projeção internacional – na cidade italiana de Cantù. A partir de então Sérgio passou a colocar o design nacional em destaque no mundo, tendo a Mole como atração principal.

A partir da década de 1990 a Mole voltou a ser reeditada, mas este ano a reedição vem com um diferencial: edição limitada, especial e original do móvel. É que a Mole 57, fabricada com madeira maciça de Imbuia, representa a edição especial comemorativa dos 60 anos da poltrona.

A Mole 57, com edição limitada a 60 exemplares, segue o desenho original feito por Sergio Rodrigues em 1957 e tem características singulares que a diferenciam da poltrona reeditada pelo designer no final dos anos 1990 e ainda comercializada no Brasil e no exterior. Outro diferencial é que a poltrona vem com um selo comemorativo gravado a laser em baixo relevo com aplicação de folha de ouro e numeração de 1 a 60.

Homero Maurício customiza poltrona Paulistano

A pedido das amigas do Apê das Três a poltrona Paulistano de Paulo Mendes da Rocha foi customizada pelo artista Homero Maurício

As paredes são molduras humanas e o local de trabalho de Homero Maurício. O artista acabou criando uma marca que, de longe, nos permite reconhecer o seu trabalho: o Coração de Rua. Só que esse coração agora faz parte do apartamento de Awa Gumarães e Yasmin Teixeira não nas paredes, mas na poltrona Paulistano de Paulo Mendes da Rocha.

Sim, estamos diante de mais uma customização feita por um grande artista no trabalho de um grande designer a pedido de clientes corajosas – e despojadas. Vamos contar melhor essa história:

As amigas de infância Awa Gumarães e Yasmin Teixeira, inspiradas na experiência do casal Débora Alcântara e Fernando Vieira com o apartamento.33, criaram o projeto APÊ DAS TRÊS para juntas mostrarem o dia a dia de uma reforma. No início eram três amigas, mas quando uma delas não pode prosseguir no projeto, as meninas acabaram convidando os telespectadores para ocupar a terceira vaga da casa e em cada episódio dessa jornada elas mostram um pouco de como está sendo construído seu futuro lar.

Para compor o estilo industrial que a arquiteta Andressa Lima escolheu para direcionar o design da nova casa, as meninas convidaram Homero Maurício para uma intervenção em alguma peça de mobiliário e deixaram a escolha do móvel a cargo dos seguidores do instagram APÊ DAS TRÊS. Não deu outra, a poltrona Paulo Mendes da Rocha foi a mais votada. Foi ai que o coração que virou ícone do trabalho de Homero passou a integrar a decoração do apê de Awa Gumarães e Yasmin Teixeira.

O artista conta que o Coração de Rua surgiu de forma espontânea. “Eu me lembro  que tinha levado meu carro para consertar um problema e o mecânico me disse que eu teria de esperar em torno de duas horas”, contou ao REVERBERA! “Ele pediu pra eu recolher o que tinha dentro do carro e lá estava um spray vermelho que tinha sobrado de um trabalho meu. Acabei saindo com esse spray na mão andando pela cidade. Pouco tempo depois achei uns madeirites ecológicos verdes, e pensei “Que vontade de fazer um coração ali”. Fiz um coração bem tradicional mesmo, mas na hora em que comecei a pintar, a tinta não pegava bem, ficava sugando — o madeirite sugava a tinta. Então comecei a contornar, contornar, e fiz mais um contorno dentro, e mais um, e mais um. Até que ele estivesse todo preenchido”.

O coração, além de outras linhas que traçam o trabalho de Homero, agora integra a poltrona Paulista após uma intervenção feita no Armazém da Decoração. Paulo Mendes da Rocha assinou a poltrona Paulistano como seu primeiro grande projeto após graduar-se em arquitetura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo. Suas linhas curvas com traços expressamente modernistas – agora com a intervenção ao estilo arte urbana – reflete o que o projeto das jovens do APÊ DAS TRÊS quer passar, isto é, ousadia, criatividade e muito design.

 

Ceará terá a primeira cidade sustentável brasileira

O Ceará receberá a primeira cidade 100% sustentável do Brasil em um terreno que fica a 55 Km de Fortaleza

Sustentabilidade é palavra de ordem em um mundo cada vez mais prejudicado pela ação destrutiva do homem no meio ambiente. Tratados são assiandos e pesquisas são realizadas, mas de nada adianta a força do papel se o comportamento das pessoas não mudar também. Pensando nisso que arquitetos e urbanistas engrossara o coro dos cientistas em busca de saídas ecologicamente sustentáveis para a vida em sociedade.

Foi dessa parceria que cidades sustentáveis começaram a ser desenvolvidas em várias partes do mundo e o Brasil faz parte delas. É que está planejado para ser inaugurada ainda este ano a primeira cidade 100% sustentável do Brasil, no Ceará – próxima ao Porto do Pecém, Complexo Industrial e a 55 Km de Fortaleza. O projeto já tem até nome: cidade de Croatá Laguna EcoPark.

O programada está sendo desenvolvido com apoio das companhias italianas Planeta Idea e SocialFare e da StarTAU, nome do Centro de Empreendedorismo da Universidade de Tel Aviv, em Israel. A empresa Planet foi quem desenvolveu o projeto arquitetônico e urbanístico da cidade em uma área de 327,77 hectares distribuídos da seguinte maneira: 15% de área verde, 5% de uso institucional, 5% de interesse social, 20% de viário e áreas para fins industriais, residenciais e comerciais.

A cidade já nasce com corredores verdes ao longo de toda sua área de extensão com ciclovias de ponta a ponta, tratamento de águas residuais e aproveitamento de águas pluviais. Não poderia faltar também a coleta inteligente de resíduos e produção de energia solar e eólica – com controle constante da qualidade do ar e da água.

Nas áreas públicas, Croatá Laguna contará com praças equipadas com aparelhos esportivos que geram energia por meio dos movimentos dos cidadãos, iluminação pública inteligente, desenvolvimento de aplicativos para serviços de mobilidade compartilhada, hortas compartilhadas espalhadas por toda a cidade e, claro, infraestrutura digital com wi-fi grátis para todos os moradores – que possibilitará aos moradores o acesso a tudo o que acontece na cidade, em tempo real, por meio de aplicativo, uma espécie de painel de controle de Croatá Laguna.

Vamos falar de preços: o projeto é que o valor da casa será de R$ 24.300,00, segundo os idealizadores, que podem ser pagos em até 120 vezes, exatamente para serem uma alternativa à população de baixa renda.

Imagens: Divulgação