A culinária do streetfood

Comer na rua, além de agradável, agora está na moda e os foodtrucks estão invadindo as ruas e calçadas das grandes cidades

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Antigamente comer em pé e na calçada era coisa de atrasado, hoje é coisa de antenado. É que o streetfood e os foodtrucks estão na moda e invadiram as calçadas das grandes cidades. Amantes da culinária assumiram a direção de caminhões e trailers para preparar pratos gourmet com muito estilo.

Em Goiânia, a novidade não é assim tão nova, já que somos conhecidos pelos pit dogs que estão espalhados pelas calçadas e praças da capital. O streetfood repaginou as antigas cabines de sanduiche e deixou o espaço mais agradável e, claro, mais pop.

Os caminhões de comida que ganharam as ruas, além de desfilarem com um design bastante e inovador, contam com renomados chefes de cozinha. A moda tem mudado os hábitos culinários dos jovens, que antes recorriam aos shoppings em busca de fastfood.

As comidas ganharam um toque de sabor e glamour, mas têm contribuído para mudar a dinâmica dos espaços urbanos. Os brasileiros ainda não aprenderam como os europeus a aproveitar os espaços públicos. Em parte a violência faz com que as famílias mantenham seus filhos em casa a sete chaves, mas a cultura dos shoppings acaba deixando as praças vazias.

O streetfood é o primeiro passo para que o brasileiro descubra a graça e a delícia Out Door e vem interferindo na forma de se pensar urbanismo das áreas públicas em varias cidades. Em Goiânia a prefeitura ajudou os donos dos tradicionais Pit Dogs a repaginarem suas lanchonetes, como ocorreu na praça da T-23 no Setor Bueno e ao longo de toda a da Avenida Universitária.

A moda não surgiu no Brasil, só em Nova York são concedidas anualmente 5.100 licenças para novos foodtrucksanualmente. Na França, a edição 2013 do guia Le Fooding elegeu o trailer Le Camionqui Fume como um dos lugares mais bacanas para se comer em Paris. Em São Paulo a novidade foi oficializada durante o encontro de foodtrucks, que aconteceu no último ano no estacionamento do Shopping Center Norte.

Os foodtrucks, mesmo com seu toque de glamour, tem ajudado a democratizar e propagar as culturas culinárias. Os caminhões não vendem apenas sanduiches, comida cubana, vegam, tailandesa, mexicana e de todo canto do mundo.

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Mestre dos Sonhos

Oficina Brennand é um verdadeiro reduto de arte e criatividade

Francisco (Fotos: Divulgação)

Francisco Brennand (Fotos: Divulgação)

É esse o nome pelo qual Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brennand é conhecido: mestre dos sonhos. O artista nasceu em 11 de junho de 1927 em Recife e passou a pintar após passar um tempo como aluno informal de Abelardo da Hora e Álvaro Amorim. Sua obra tem como mote a geração da vida, sendo o sofrimento um elemento indissociável de sua criação que mistura dor, misticismo e sexualidade para criar um universo próprio.

No fim dos anos 1940, Brennand viajou a Paris para aprofundar os estudos sobre pintura, quando constatou que gênios como Picasso também utilizavam a argila como meio de expressão. Sua paixão pela cerâmica fez com que o artista colocasse para funcionar a velha Cerâmica São João da Várzea, fábrica fundada pelo seu pai em 1917. Ricardo Brennand manteve a fábrica em funcionamento até 1945 e o edifício ficou abandonado a partir de então.

Foi por meio da Cerâmica São João da Várzea, encontrada em ruínas, que Francisco Brennand deu início a um colossal projeto de esculturas cerâmicas. A Oficina de Francisco Brennand, como foi batizada a velha fábrica de seu pai, foi angariando visitantes de familiares a amigos até se tornar um atelier e museu conhecido por todos – e ponto turístico de Pernambuco.

Hoje, após mais de 34 anos de trabalho intenso e obsessivo, o acervo conta com mais 2 mil peças, entre esculturas e pinturas, espalhadas pelos 15 mil m² de área construída e essa é a parte mais interessante do trabalho do artista. A Oficina Francisco Brennand pode ser facilmente confundida com os museus europeus. Lugar único no mundo, a Oficina Brennand constitui-se num conjunto arquitetônico monumental de grande originalidade, em constante processo de mutação.

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Arquitetura pelo mundo: Glass House

O mundo da arquitetura espalha pelo mundo pequenas obras de arte e a Casa de Vidro de Philip Johnson é uma delas

(Fotos: The New York Times)

(Fotos: The New York Times)

Foi entre os vidros e a natureza que um dos maiores arquitetos norte-americanos imortalizou o seu nome e consolidou a sua carreira. Philip Cortelyou Johnson faleceu aos 98 anos de idade deixando para trás uma coleção de mais de duas mil obras, a Glass House entre elas. Entre aço, cimento e muito vidro, Philip Johnson projetou a sua residência privada que se tornou um inegável patrimônio histórico e cultural.

Inspirada na residência Farnsworth (também conhecida como a casa de vidro de Mies van der Rohe), a Casa de Vidro foi um dos poucos projetos modernistas da carreira de Philip. Nos 170 m² somente não foi erguido com parede de vidro o espaço reservado ao banheiro. Os ambientes internos não possuem divisórias e a casa é cercada por natureza.

A propriedade, localizada em New Canaan no estado de Connecticut, possui 20 hectares e ganhou também duas galerias subterrâneas – uma delas com teto de vidro – e um pavilhão ao lado do lago. Ao falar sobre o projeto, que foi desenhado mais de 15 vezes, o arquiteto defendeu a importância da escolha do terreno. “Uma casa sempre deve ser construída sobre uma elevação, pois os bons espíritos serão capturados pela colina que está por trás da casa”, contou no livro Philip Johnson: The Architect in His Own Words.

Anos antes de falecer em 2005, Johnson doou toda a propriedade para o National Trust for Historic Preservation. Atualmente, o lugar foi transformado em santuário da arquitetura. “Ele queria que o lugar continuasse vivo de uma forma criativa, sofisticada e divertida”, explicou Henry Urbach, diretor da Casa de Vidro. É que atualmente a Casa recebe cerca de 13 mil visitantes anualmente, sendo possível inclusive uma diária da Casa. Mas o luxo não sai barato e se hospedar na Glass House exige o desembolso de nada menos que 30 mil dólares pelo passeio.

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A pintura da luz

A arte multifacetada do light painting

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Fotografia, música, tecnologia e luz parecem ingredientes de uma receita maluca que mistura coisas boas sem prever o resultado, porém o resultado da mistura de todas essas artes é um espetáculo incrível batizado como light painting. O light painting é uma técnica de fotografia que significa, literalmente, pintura de luz.

Ainda em 1949, o fotografo Gjon Mili adicionou luz ao trabalho fotográfico. Com conhecimentos em engenharia, Mili foi pioneiro no uso de flash para a captação de imagens. Suas experiências não pararam por ai e o artista autodidata passou a utilizar o estroboscópio para captar cenas em movimento.
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Estroboscópio é um dispositivo óptico que permite registar o movimento contínuo ou periódico de elevada velocidade de um corpo, com o objetivo de fazê-lo parecer estacionário. Quando trouxe a técnica para fazer fotos, o artista colocava pequenas luzes em movimento e deixava o obturador da máquina aberto para que a fotografia captasse todo o percurso da luz.

O light painting já havia sido ensaiado antes por Frank Gilbreth e Man Ray nos anos de 1914 e em 1935, mas foi Mili que tornou a técnica famosa com a ajuda de, nada mais nada menos, que Pablo Picasso. O artista foi ao sul da França fotografar o pintor e mostrou-lhe as fotos em light painting. Picasso pousou para que Mili o registrasse pintando com a luz. O resultado ficou registrado no ensaio Picasso’s Light Drawings (Os desenhos de luz de Picasso).

Atualmente a esta técnica foi acrescentada a música e os espetáculos com raios de luz dançam ao som de violão ou do piano registrado por meio de uma câmera.
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Vamos falar de moda e de Karl Lagerfeld

O alemão assumiu a direção da Chanel e dita a moda em todo o mundo

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Falar de design nacional sem mencionar o nome de Sérgio Rodrigues, bossa nova sem lembrar de Tom Jobim ou pintura sem suspirar pelas obras de Picasso é um erro tão grava quando comentar sobre moda sem falar em Karl Lagerfeld. Karl é hoje o novo nome da Chanel, mas seu trabalho vai muito além que representar a Maison de Grabrielle Coco.

O alemão nasceu em 1935 na cidade de Hamburgo e se especializou no mundo da moda, embora também seja conhecido por seus trabalhos como fotógrafo, editor e diretor de cinema. Para reconhecê-lo, basta prestar atenção em seu estilo – quase marca registrada – de cabelos brancos, colarinho alto e óculos escuros.

Foi na cidade da luz que Karl se especializou em desenho e história após terminar o secundário no Liceu Montaugne de Paris. Nesse período trabalhou em alguns ateliers de renome e apresentou algumas coleções de alta costura, entretanto assinadas como Roland Karl. Nos anos 60 transitou da haute-couture ao prêt-à-porter sem muita dificuldade.

Lagerfeld começou como freelance para casa de moda francesa Chloé, em 1964, projetando algumas peças para cada coleção. Suas criações foram fazendo cada vez mais parte dos looks da marca que ele logo foi projetando toda a coleção. Sua coleção Chloé para a Primavera de 1973 ganhou as manchetes por oferecer algo ao mesmo tempo “alta moda e alta acampamento” e seu nome não parou de circular no mundo das passarelas.

Em 1983 Lagerfeld foi nomeado diretor artístico pelo conjunto de suas coleções de alta costura, prêt-à-porter e acessórios da Chanel, sobre os quais possui plenos direitos atualmente. Seu estilo inovador e cosmopolita se comprometeu em manter vivo o espírito de Coco Chanel, morta em 1971.

Tirando um pouco o foco da moda, Karl abre em 1998 a Lagerfeld Gallery, dedicada à fotografia. No campo da fotografia produziu a série Visionaire 23: Roupa Nova do Imperador, fotos nuas de modelos e celebridades. Ele também fotografou pessoalmente Mariah Carey para a capa da V magazine em 2005. Em 2004 desenhou, para a Maison Chanel, selos do santo Valentino (dia dos namorados) que foram emitidos pelos correios franceses.

Seu nome é sempre lembrado como o representante da Chanel, mas Karl realiza trabalhos onde assina apenas seu nome – sem se associar à marca. Sua capacidade de capturar, antecipar e interpretar as tendências de amanhã é infalível e seu jeito cartesiano não o fazem perder nenhuma fonte de inspiração.
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O paraíso ao alcance da sua casa

O arquiteto neozelandês Ken Crosson projetou uma cabana itinerante para possibilitar que casas fossem instaladas em uma região erosiva da ilha norte de seu país

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Morar na praia é um privilégio que muitos querem ter, agora morar em qualquer praia é privilégio apenas do neozelandês que habitar a cabana itinerante de Ken Crosson. O escritório Crosson Clarke Carnachan Architects (CCCA) aceitou um desafio contra a natureza e bolou uma estratégia para lá de criativa.

É que na Península de Coromandel, ilha norte da Nova Zelândia, as construções à beira-mar devem ser removíveis. Só assim conseguem escapar intactas do frequente deslocamento de solo na região. Para aproveitar as belezas da ilha sem preocupação, o arquiteto Ken Crosson idealizou uma cabana apoiada sobre robusto trenó de madeira que permite rebocá-la, em caso de risco, para as zonas seguras.

“A portabilidade configura uma resposta inovadora à paisagem em constante mudança”, explicou o arquiteto. Como a defesa civil proíbe construções fixas na beira da praia, o caixote de madeira de 40m² de Crosson pode ser facilmente transportado com ajuda de um jipe.
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Como a casa não é fixa, seus criadores tiveram que inovar quando pensaram na tubulação, água e energia. Assim, o refúgio itinerante foi pensado para ser o mais funcional possível. Autossuficiente, a casa capta água da chuva, tira o máximo proveito do vento e possibilita sua conexão à rede elétrica, porém de maneira econômica, visto que faz aproveitamento de energia solar.

Seus 40m² são capazes de acomodar uma família de ate cinco pessoas. A casa possui cozinha integrada à sala de estar, banheiro e dois quartos, um deles no mezanino, acessado por escada rente à parede. Para se integrar ao máximo no local onde não pode se estabelecer de forma fixa, a cabana possui enormes portas de vidro e pé direito duplo.

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Tunga

O inusitado trabalho do artista pernambucano que ganhou o mundo

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Alquimia é a ciência antiga e quase mística que combinava elementos da química, antropologia, astrologia, filosofia, metalurgia, matemática, misticismo e religião. É com esse mesmo sincretismo criativo que o pernambucano Tunga orienta sua arte. Tunga se autodeclara um velho leitor de textos sobre alquimia. “Obviamente não pretendo achar o ouro no meio de meu trabalho. A alquimia é apenas uma metáfora”, explicou em entrevista para a ISTOÉ em 2010.

Tunga, ou Antônio José de Barros de Carvalho e Mello Mourão, nasceu em 1952 na cidade de Palmeiras, interior de Pernambuco, mas vive atualmente no Rio de Janeiro. Formado em arquitetura pela Universidade Santa Úrsula, atualmente o artista é escultor, desenhista e ator de performance.
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Seu trabalho, sempre inusitado, já foi exposto em grandes museus, como o Moma em Nova York e o Louvre em Paris. Após passear pelo mundo é que algumas de suas obras foram expostas pela primeira vez no Brasil, como a instalação À La Lumiere de Deux Mondes (A luz em dois mundos) que chegou ao Brasil apenas em 2010, cinco anos após desfilar na capital francesa.

Ferro, tecido, vidro e até moscas (sim, o inseto)… tudo serve de matéria prima para as criações de Tunga. O artista inova desde sua primeira exposição no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1974. Neste ano, Tunga exibiu aquarelas com pães velhos e pedaços de algodão. Seu trabalho é de difícil definição, apenas um olhar atento para a boa arte pode sentir o que faz o artista.

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Desenho na tela

Goiânia se juntou às 240 cidades brasileiras e 30 países para comemorar o Dia Internacional da Animação com mostra de filmes no Cine Cultura

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O mundo comemora hoje o Dia Internacional da Animação e Goiânia, ao lado de outras 239 cidades brasileiras e 30 outros países, homenageia a sétima arte desenhada por meio de exibições de filmes de diversas nacionalidades e estilos, exposição e lançamento de livros. As atividades, que se iniciam hoje e seguem m até quinta-feira, concentram-se no Cine Cultura e no Museu da Imagem e Som, na Praça Cívica.

A mostra de animação em Goiânia traz um panorama do que vem sendo produzido no gênero recentemente, com filmes de várias faixas etárias. A partir de amanha os filmes serão apresentados às 19h30 com produções nacionais. A mostra termina com a exibição de filmes estrangeiros.

O evento está sendo realizado pela Escola de Desenho Animado e da Na Toca Filmes, com patrocínio da Petrobras e da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, em homenagem ao Dia Internacional da Animação. Além da capital, a comemoração também está acontecendo em Anápolis, Goianésia, Iporá, Itumbiara, Morro Agudo de Goiás, Pirenópolis, Santa Cruz de Goiás e Santo Antônio do Descoberto.

O festival conta também com atrações no Museu de Imagem e Som com exposição dos originais da premiada animação brasileira O Menino e o Mundo, longa-metragem de São Paulo, dirigido por Alê Abreu. O diretor goiano Wesley Rodrigues lançará no museu seu artbook do curta-metragem Viagem na Chuva.

Programação

28 de outubro
18 horas – Galeria do Museu da Imagem e Som (MIS)
Abertura da exposição do filme O Menino e O Mundo e lançamento do artbook do filme Viagem na Chuva
18h30 – Mostra de animações goianas (10 anos)
19h15h – Pré-estreia de A Caça (livre)
19h30 – Mostra nacional (16 anos)
20h30 – Mostra Internacional (16 anos)

29 de outubro
17h – Mostra com audiodescrição para deficientes visuais (14 anos)
19h – Mostra O Melhor do Animage/parte 1 (livre)
21h – Pré-estreia de Até que a Sbórnia nos Separe(Livre), direção de Otto Guerra e Ennio Torresan Jr. (80min / 2013 / RS)

30 de outubro
17h – Exibição de O Menino e O Mundo
19h – Mostra O Melhor do Animage/ parte 2 (18 anos)
21h – Exibição de Cheatin’ (14 anos), direção de Bill Plympton (76 min / 2014 / Estados Unidos)

 

I de Irmãos Campana

Poltrona Vermelha

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Embora os homenageados letra I do nosso ALPHABETO AZ dispensem qualquer apresentação, vamos gastar algumas linhas para falar dessa dupla talentosa. Cada um de uma década, cada um com uma formação… Humberto Campana nasceu em 1953 em Rio Claro e se formou em Direito pela Universidade de São Paulo. Seu irmão chegou oito anos mais tarde, nascido em Brotas, e se formou em Arquitetura pelo Unicentro Belas Artes de São Paulo. Desde 1983, Humberto e Fernando Campana foram construindo juntos uma carreira de sucesso na arte do design.

Além de assinar peças de mobiliário dos mais variados estilos, o nome Campana aparece também na moda, cenografia e na arte. A especialidade da dupla é criar e disso eles entendem. Os Irmãos Campana convertem tudo em arte ou design. A matéria prima mais simples ou produtos sem nenhum valor são transformados em peças de caráter artísticos e mobiliário de luxo.

A linha de atuação da dupla é no caos criativo. Cor, mistura e muita inovação são as peças chave do trabalho final apresentado por Fernando e Humberto Campana que ganhou o mundo há mais de 20 anos. Em 1994 os irmãos campana foram os primeiros brasileiros a exporem no MOMA – museu de arte moderna de Nova York. Após levarem para o fora o design feito aqui no país, os Campana ganharam prestígio e muitos prêmios.

O Estúdio Campana tem sede em São Paulo e estuda constantemente as novas possibilidades para a criação de peças de mobiliário. Com os irmãos Campana o inusitado nasce do comum e o resultado é sempre surpreendente. Em 2009, a dupla fundou o Instituto Campana, associação sem fins lucrativos, com a missão de promover a cultura e conservação do patrimônio histórico e artístico do país.

Poltrona Vermelha (1993-1998) é o nome da peça icônica da dupla. Feita a partir de um rolo de corda comprado em uma feira – como parte do conceito de matéria-prima simples utilizado pelos designers –, a poltrona é o caos das cordas enrolado a uma estrutura metálica. A peça encantou Massimo Morozzi, dono da marca italiana Edra, que passou a fabricá-la a partir de então. O trabalho de confecção da cadeira é ímpar. A experiente equipe de produção da Edra precisou o auxílio de uma filmagem dos irmãos Campana mostrando a maneira como a corda deve ser enrolada à estrutura de metal para tornar a produção possível.

É por toda a irreverência da dupla que nosso I é de Irmãos Campana. Alphabeto AZ porque Design é Nosso Mundo.

H de Henrique Steyer

Estante Niño

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Henrique Steyer e seu design inusitado conquistaram a atenção da arquitetura e do design no Brasil e no mundo. Mesmo jovem, Henrique já coleciona em seu currículo prêmios e formações em diversas áreas. O designer começou com um curso de Comunicação e partiu para uma graduação em Arquitetura e Urbanismo, uma pós em Publicidade e Propaganda e uma especialização em Imagem Publicitária e Design Estratégico pelo POLI.Design – consorzio del politecnico di Milano, Itália, tudo isso no curto espaço de pouco mais de 30 anos de vida.

Gaúcho de nascença, Henrique Steyer já é um cidadão do mundo. Em 1998 abriu, junto com Felipe Rijo, o Albus Design, estúdio que opera nas áreas de arquitetura, design de produtos, webdesign e propaganda. A empresa já comandou projetos no Uruguai, Estados Unidos, Argentina, Espanha, Itália e África do Sul e os projetos de Henrique Steyer foram publicados em outros 14 países ao longo de sua carreira multidisciplinar.

Para Henrique, “as pessoas buscam algo que não seja insosso e sem vida, e esse é o papel do designer, trazer novas formas de ver as coisas”. Essa declaração explica bem o design nada monótono de Steyer. O designer se destacou pelos projetos envolventes de decoração de interiores. Uma mistura nada comum de cores, revestimentos e objetos reflete bem o trabalho de Henrique, que atua entre o lúdico e o inusitado.

Em 2013, seguindo essa tendência, Henrique lançou coleções de peças de mobiliário com inspirações bem criativas. Em uma delas estavam as estantes Niño, crianças em forma de bonequinhos de papel nas versões masculina e feminina. As estantes contam com acabamento em laminados de madeira, laca fosca e laca brilho.

Para Henrique Steyer a beleza está nos detalhes e é de detalhes que são feitas suas obras. “Gosto daquilo que é diferente, inusitado e debochado”, explicou o arquiteto e por isso nosso H é de Henrique Steyer, porque Design é Nosso Mundo.