Arte no limite do corpo

A arte e a performance de Marina Abramovic

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Os limites do corpo e da mente são trabalhados constantemente pela artista plástica Marina Abramovic. Marina nasceu em Belgrado, na Sérvia, e hoje sua arte e seu nome são conhecidos em todo o mundo.

Marina Abramovic é um dos nomes mais importantes da arte de performance, uma vertente artística surgida na década de  1960 como um modelo de interdisciplinar de apresentação ao vivo que integrava teatro, música, poesia e vídeo – muitas vezes com a participação da plateia.

Abramovic formou-se em Belas Artes e iniciou suas performances artísticas nos primeiros anos do movimento Happening e das apresentações performáticas que tanto intrigavam o público entre as décadas de 1960 e 1970. Mas sua primeira performance foi feita quando Marina tinha apenas 12 anos.
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Segundo a artista, seu trabalho é uma colaboração entre “as artes, a ciência e a humanidade” – a ideia é despertar sentimentos usando o corpo e a mente. Em sua mais marcante apresentação (O Artista Está Presente), realizada em 2010 durante uma exposição que ocupou todos os seus seis andares do Museu de Arte Moderna de NY (MOMA) com a retrospectiva de seu trabalho, Abramovic ficou durante os três meses de mostra disponível ao público. Quem quisesse chegava e ficava o quanto quisesse sentado olhando para Marina. Alguns riam, outros choravam, outros conversavam e no fim ela passou mais de 700 horas sentada numa cadeira sem se mexer.

Outros trabalhos da artista também marcaram a sua carreira. Em Rhythm 2 (Ritmo 2), realizado em 1974 no Museu de Arte Contemporânea de Zagreb, a artista conseguiu duas pílulas de um hospital – uma para catatônicos e outra para esquizofrênicos – e, diante do público, ingeriu a medicação. Primeiro, Marina Abramovic tomou a pílula para catatônicos e começou a ter espasmos. Cerca de uma hora depois, quando se recuperou dos sintomas, a artista tomou o outro remédio.

Em Rhythm 0, de 1975, a artista se colocou à disposição do público diante de uma mesa com 72 itens – entre eles estavam uma pistola e bala de revólver. Abramovic ficou por seis horas na Galleria Studio Morra, de Nápoles, para que o público fizesse o que quisesse com ela. Neste dia, um dos participantes colocou a arma na mão da artista e apontou para seu pescoço. A arte performática de Marina Abramovic visa despertar emoções e reações, além de estimular o público a questionar sua relação com o mundo.
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Imagens: Divulgação / Instituto Marina Abramovic

Antoni Gaudí: o arquiteto das escalas ornamentais

O Instituto Tomie Ohtake recebe exposição que mostra a importância do trabalho de Gaudí para a Catalunya

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Quem conhece a Espanha sabe que a Catalunya é uma região à parte, tão à parte que reivindica a independência em face da Espanha e da França.  No mundo da arte e da arquitetura, o nacionalismo Catalão ganhou fortes representantes no modernismo e nas transformações sociais e culturais que marcaram o final do século 19 e início do século 20. Na arquitetura, este representante é famoso no mundo e muito bem representado em Barcelona: Antoni Gaudí.

O arquiteto desprendeu-se de influências e estilos para enveredar em uma arquitetura marcada pela intensa relação com a técnica construtiva e com os materiais. Sua linguagem única é marca da Catalunya e por isso ganhou fama em todo mundo. Foi por toda a sua importância que o Instituto Tomie Ohtake levou a São Paulo a obra universal de Antoni Gaudí, trazendo trabalhos oriundos do Museu Nacional de Arte da Catalunha, Museu do Templo Expiatório da Sagrada Família e da Fundação Catalunya-La Pedrera.

Teto da Sagrada Família

Teto da Sagrada Família

A exposição Gaudí: Barcelona, 1900, que fica em cartaz na capital paulista até o dia 5 de fevereiro, reúne 46 maquetes, quatro delas em escalas monumentais, e 25 peças entre objetos e mobiliário criados pelo mestre catalão – muitos não sabem, mas Gaudí também foi um designer de móveis. Completam a mostra cerca de 40 trabalhos de outros artistas e artesãos que compunham a avançada cena de Barcelona nos anos 1900.

“Originalidade é voltar à origem; de modo que original é aquele que, com novos meios, volta à simplicidade das primeiras soluções. Portanto, é original resolver a simplíssima basílica com a complexidade da estabilidade individual das abóbadas”.

Gaudí foi o arquiteto das escalas bem montadas e da matemática bem calculada. O resultado, entretanto, não foi cartesiano. O que chamou a atenção no trabalho de Gaudí foram suas soluções estruturais, testadas com modelos em escala, que se desdobraram em uma linguagem ornamental e inusitada.
O monumental templo católico da Sagrada Família, no coração da cidade de Barcelona, é um clássico da arquitetura de um estilo que não se encaixa em nenhuma corrente conhecida da arte e da arquitetura do século passado – ou de qualquer outro. A igreja, ainda inacabada, possui uma fachada rebuscada com desenhos que representam importantes passagens bíblicas.

Cadeira desenhada e feita por Gaudí

Cadeira desenhada e feita por Gaudí

Cadeira desenhada e feita por Gaudí

Cadeira desenhada e feita por Gaudí

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A série do luto

Em uma série fotográfica, artista revela o ciclo do luto de perder alguém para o suicídio

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Em plena era da informação, alguns temas ainda são velados e pouco falados. Para o bem ou para o mal, o suicídio é um deles. Muito embora um estudo realizado pela Unicamp tenha revelado que 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida e, desses, 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso, não se fala no tema. A arte, entretanto, se ocupa dos assuntos espinhosos e o suicídio foi a temática utilizada pelo fotógrafo André Penteado para chamar atenção para o problema.

André Penteado perdeu o pai para o suicídio em 2007 e decidiu usar sua vida pessoal em uma série de fotografias intitulada “O suicídio de meu Pai”. O artista definiu sua proposta dizendo que a temática surgiu “tanto da reflexão sobre a teatralidade do suicídio quanto da decisão de usar um fato pessoal como objeto de uma exposição”, contou em edital sobre as fotografias.

O trabalho, que foi exposto no Brasil após ganhar um prêmio de fotografia, foi também levado para mostras em Buenos Aires e Londres.  “Se constitui em um ensaio coeso, híbrido e profundo sobre uma passagem difícil da vida do autor”, escreveu a comissão de seleção do Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger.
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Muitas vezes, não falar em suicídio é não discutir um tema que se mais abordado poderia salvar vidas. Foi com esse pensamento que o fotógrafo decidiu usar a fotografia numa tentativa de discutir e compreender o impacto psicológico que o suicídio provoca em uma família. Quando o pai de André Penteado tirou a própria vida, o fotógrafo, que vivia em Londres voltou para o Brasil e registrou esse momento de passagem da vida do pai.

Semanas depois do enterro, Penteado, experimentou as roupas de seu pai e resolveu fotografar a si mesmo vestindo-as. A série registra três importantes momentos do luto de quem perdeu alguém que ama: a dor da notícia, o velório com a despedida e, por fim, as consequências emocionais da perda e do luto a longo prazo.
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Fotos: André Penteado

Tidelli lança novas peças na High Design

A marca do mobiliário externo lançou esta semana novas peças durante a exposição High Design

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Que a Tidelli é a rainha do mobiliário externo nós já sabíamos, agora a marca do In & Out exporta sua expertise para assessórios de design de interiores. É que a recém-lançada São Paulo Expo Exhibition & Convention Center recebe esta semana a exposição High Design, onde a Tidelli lançou banquetas, tapetes e até lanternas para as áreas externas.

As cordas náuticas são, para a Tidelli, o que o plástico é para a Kartell, por isso a marca vem aperfeiçoando as técnicas de utilização do material em seus móveis. A empresa desenvolveu um novo sistema de trançado inspirado no processo de moldagem das impressoras 3D – aquelas que imprimem em três dimensões os projetos criados na tela de um computador. A técnica garante aplicação de formas geométricas, antes inviáveis em trançados convencionais.

Outra novidade são as cores. Por ter se consolidado no mercado especialmente como uma marca de móveis de área externa, a Tidelli cria peças que abusam do colorido, No último ano, entretanto, a empresa realizou um estudo cromático aprofundado e o resultado foi uma mistura de até seis cores de fios na mesma trama.

Foi com essas novidades que a Tidelli levou para a High Design novos lançamentos: tapetesoutdoor da linha Marina, bancos de corda da linha Spool, lanternas para áreas externas, poltrona e pufe Veleiro, mesa Pirâmide e a cadeira Mesh. A maior das novidades são os tapetes, já que esta é a primeira vez que a marca cria este tipo de assessório.

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Agora é a vez das bikes… e das cidades

Lembra-se do convite feito pelo arquiteto italiano Francesco Careri e a arquiteta pernambucana Lúcia Leitão durante a Flip? Aquele de “tomar as cidades” e aproveitar mais os espaços urbanos? Muitos brasileiros já estão os colocando em […]

Velib - Paris

Velib – Paris

Lembra-se do convite feito pelo arquiteto italiano Francesco Careri e a arquiteta pernambucana Lúcia Leitão durante a Flip? Aquele de “tomar as cidades” e aproveitar mais os espaços urbanos? Muitos brasileiros já estão os colocando em prática. 261 mil só em São Paulo para ser mais precisa. No resto do Brasil, a matemática fica mais difícil, mas os dados apontam um numero em constante crescimento. Já sabe do que estamos falando? Das bicicletas!

Fugir do transito, gastar menos, fazer esporte… As razões são muitas, mas quanto mais espaços as cidades reservam para as bikes, mais ciclistas ganham as ruas. No ano passado, a ONG Transporte Ativo e o laboratório de mobilidade da UFRJ fizeram um levantamento nas principais cidades brasileiras e constatou que 45% dos entrevistados eram novos ciclistas, ou seja, pessoas que adotaram a bicicleta como meio de transporte nos últimos dois anos.

A tendência é nova por aqui, mas na Europa a bicicleta é meio de transporte sério e levado a sério há mais tempo. Em Amsterdã, por exemplo, o turista se arrisca mais em andar na ciclovia do que se ficar passeando distraído pelas ruas – o país é conhecido pela quantidade exorbitante de pessoas que usam a bicicleta como meio de transporte. Paris também tem suas tradições urbanas em duas rodas. A capital francesa foi uma das primeiras a inaugurar o sistema de alugueis de bikes, Velib.

Atualmente, as principais cidades brasileiras também têm aderido a esse sistema. Começando pela Bike Rio, no Rio de Janeiro, cidades como São Paulo e Brasília já contam com a possibilidade de aluguel de bicicleta – resultado da parceria entre as prefeituras e bancos. Agora é a vez de Goiânia. A capital goiana tem tentado fechar parcerias para a instalação de bicicletas públicas há um tempo. No início da semana, porém, a prefeitura deu um pontapé mais palpável: anunciou projeto que prevê a instalação de 30 estações com 300 bicicletas que serão espalhadas nos principais pontos da cidade.

Segundo a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos, responsável pela elaboração do projeto, cerca de 4% da população de Goiânia e 6% da região metropolitana já utilizam a bicicleta como meio de locomoção. A aposta é que disponibilizar bicicletas para alugueis vai aumentar esses números.

Tidelli 2016/2017

O frescor do verão com o frescor das novidades da Tidelli

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Natureza é a inspiração da baiana Tidelli, e a marca do outdoor living não cansa de inspirar decoradores em todo o Brasil. Na edição 2016 da Casa Cor Goiás, o mobiliário Tidelli integrou a coleção de móveis em vários ambientes da mostra.

Direto de Salvador, a empresa mostra que a coleção 2016/2017 da marca continuará inspirando. O mobiliário traz referências da fauna e da flora nas cores, texturas e tramas. Os modelos em cordas náuticas ganharam novas referências e os tecidos, novos revestimentos.

Na coleção 2016/2017, a Tidelli inova sem abrir mãos de suas já consagradas linhas. São releituras das nossas queridas peças da marca, como a Painho, assinada pelo estúdio Rosenbaum e o Fetiche, que ganha nova cadeirinha de balanço e concha de balanço.

A linha Soft ganhou um módulo canto e as poltronas da coleção agora têm novos revestimentos. Na linha Veleiro a Chaise, assinada pelos goianos Andre Brandão e Márcia Varizo, ganharam a companhia da Poltrona Veleiro feira em rede de corda nautica.

A linha Goa também está sendo reeditada. É que a poltrona giratória vem em novas versões de cordas náuticas, assim como a poltrona da linha Mesh. A linha Bora Bora também vem com novidades. É que ela ganhou a versão Estar em sofá, poltrona e modulado, em alumínio, madeira e cordas náuticas.

Sempre em busca de novos elementos, a Tidelli mescla a inovação com tradição. A marca baiana se consolidou no mercado nacional e tem conquistado outras fronteiras, já abriu sua flagship store na Califórnia. O Armazém da Decoração acompanha todas as novidades e traz a Goiânia o frescor do verão em móveis in e out da Tidelli.

O colecionador de memórias

Casa Cor Goiás: os arquitetos e urbanistas Heitor Arrais e Leão Ogawa assinam o Lar Office Lar em 2016

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A WGSN, uma das maiores agências de tendências do mundo, confirmou em estudo o que já se vê na prática: trabalhar em casa é a forma de trabalhar do futuro – um futuro já presente na vida de muitas pessoas. Mas trabalhar em casa não é para todos. É preciso atenção e disciplina, além de um bom espaço de trabalho que não se pareça com escritório, mas que não te faça perder a concentração.

Foi a ideia de aliar o útil ao agradável que moveu os jovens arquitetos Heitor Arrais e Leão Ogawa entorno do projeto da Casa Cor Goiás 2016. “Trabalhar em casa é uma tendência contemporânea”, explicaram os arquitetos ao Blog AZ. Talvez por isso o espaço tenha ganhado um tom igualmente contemporâneo.

Com as paredes descobertas, os designers resgataram a arquitetura do antigo edifício que hoje abriga a mostra. A história do office parte da ideia de um galpão antes existente ali, e esse passado é preservado e respeitado mesmo com a transformação do espaço. “Não precisamos da arrogância de achar que o que fazemos é melhor do que aquilo que já estava aqui”, explicou Ogawa. “Escolhemos respeitar o que existia e, a partir desses elementos, criar um novo ambiente que dialoga com o passado”.

Essa prosa entre passado e presente não foi atributo restrito à arquitetura. O ambiente é um verdadeiro colecionador de memórias, e cada peça, mobiliário e obra de arte que foram ali inseridos são carregados de significado. É que um ambiente contemporâneo, pensando a partir da perspectiva de uma atividade contemporânea, só poderia ter sido inspirado em um modelo igualmente contemporâneo. O Lar Office Lar é, ao mesmo tempo, casa e o escritório de uma pessoa que vive a vida a partir daquilo que guarda dela.

“Projetamos esse ambiente idealizando um personagem que encontrou um galpão e foi completando a sua vida dentro dele”, contou Heitor. “Cada conversa com amigos, cada viagem que fez, fotografia que tirou ou bilhete que recebeu, transformou em decoração”, completou. Para Ogawa, o ambiente é uma perfeita mistura entre o público e o privado de uma pessoa aberta para as relações humanas.

O Lar Office Lar se traduz em de 33m² de momentos de vida. O mobiliário escolhido pela dupla segue a mesma linha de identidade própria, como a cadeira Daav, de Sérgio Rodrigues e o Carrinho de Chá CMC, de Cláudia Moreira Sales – todos do Armazém da Decoração. Outra marca própria foi a obras de arte: as peças foram desenvolvidas exclusivamente para o ambiente, como uma coleção especial de Marlan Cotrim e a tela de Homero Maurício.
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Texto: Bárbara Alves
Fotos: Marcus Camargo

Encontro no Café

Casa Cor Goiás 2016: o designer de interiores Genésio Maranhão ficou responsável pelo Lounge Café na mostra desde ano

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As cafeterias se tornaram um lugar de convivência, pelo menos foi isso que descobriu o designer de interiores Genésio Maranhão em suas pesquisas sobre a importância dos cafés na vida dos goianos. Amigos, amantes, negócios, esquemas… muitos “contratos sociais” são feitos e desfeitos dentro dos cafés. Foi por isso que a Brasal Incorporações patrocinou e Genésio executou o café Casa Cor, com menu servido pela Confeitaria Doce Doce, que recebe o público durante a 20ª edição da mostra em Goiás.

Já veterano de Casa Cor, Genésio Maranhão dedicou-se a desenvolver um lounge café sofisticado e convidativo ou, como ele mesmo definiu, “elegante sem ser sisudo”. “Em Goiânia as pessoas estão criando o hábito de frequentar cafés, então eu fiz um espaço pensado nesses personagens e em como seria um café perfeito para todos os tipos de encontros”, explicou o designer em entrevista para o Blog AZ – momento que confessou fazer parte da turma dos amantes do café.

Partindo de estudos sobre a atmosfera desses estabelecimentos, o designer identificou que a função dos locais tem mudado nos últimos anos. O local é muito mais que uma oportunidade para a pausa do dia a dia, por isto que o ambiente foi dividindo internamente deixando um espaço exclusivo para os leitores – algo como uma biblioteca café. “As cafeterias se tornaram espaços de leitura, de reuniões e até de happy hours”, contou Genésio ao explicar que seu ambiente é um espaço que comporta vários tipos de públicos.
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Deve ser por isto que o Lounge Café explora um estilo bem cosmopolita, onde tudo se encaixa. “Onde está esse café? Em Goiânia? São Paulo? Nova York? Ele poderia estar em qualquer lugar”, brincou o designer. São 195m² de uma cafeteria que, não podemos negar, é puro luxo. O mobiliário, todo vindo do Armazém da Decoração, recebe assinatura de grandes designers, como Sérgio Rodrigues, Aristeu Pires, Paulo Mendes da Rocha, entre outros.

Para criar um espaço intimista e reservado, Genésio Maranhão utilizou-se de um gesso com revestimento acústico. Nas paredes, o revestimento cimentício se inspirou em pedras naturais. O ambiente foi dividido em um lounge, duas salas tradicionais de café, sala de atendimento e varanda, com mais de 20 metros de extensão.

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Texto
: Bárbara Alves

Fotos: Marcus Camargo

Poltrona Alta de Oscar Niemeyer agora pela ETEL

ETEL passa a reeditar a Poltrona Alta de Oscar Niemeyer e sua filha Anna Maria Niemeyer

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Todos sabem da importância de Oscar Niemeyer para a arquitetura, mas para os mais distraídos, alguns móveis do arquiteto podem passar despercebidos. Ocorre que entre os modernistas mais irreverentes, virou quase um hábito criar móveis para decorar seus inusitados projetos. Foi assim que Niemeyer virou também designer.

Algumas de suas peças, como a famosa Cadeira de Balanço Rio, estavam sendo reeditadas pela ETEL interiores. Este mês a marca adicionou mais um mobiliário em seu catálogo, a Poltrona Alta que Niemeyer desenvolveu em parceria com sua filha Anna Maria. Oscar Niemeyer começou a desenhar sua linha de móveis na década de 1970 e convidou a filha para desenvolver os projetos com ele.

“Desejávamos, minha filha e eu, encontrar um novo desenho, que permitisse, com o uso de madeira prensada, imaginar coisas diferentes dos móveis tradicionais”, disse o arquiteto certa vez em entrevista para a Revista Casa Claudia.  Em 1971, a atemporal poltrona Alta nasceu com as curvas que são inerentes nos trabalhos de Niemeyer.

A peça em madeira prensada, laqueada de preto com revestimento em almofadas de couro logo ganhou o público – a apresentadora e comediante americana Ellen Degeneres mantém um casal de Altas em sua casa em Beverly Hills.

Casa de Ellen Degeneres em Beverly Hills

Casa de Ellen Degeneres em Beverly Hills

Milão 2016: harmonia rebelde

A marca holandesa Moooi lança 22 novas peças durante o Salão do Móvel de Milão com o tema harmonia rebelde

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A Design Week mais importante do ano chegou hoje em seu segundo dia e o Blog AZ continua mostrando para o Brasil o que acontece em Milão. Nesta quarta-feira, o centro das atenções é a marca holandesa Moooi.

A holandesa criada em 2001 por Marcel Wanders e Casper Vissers adora surpreender e este ano não poderia fazer diferente. Com o tema Rebelious Harmony (harmonia rebelde), a Moooi trouxe sua nova coleção para a cidade do design com pitadas paradoxais de delicadeza e ousadia – não poderia ser diferente diante do nome dado à coleção.

A marca espalhou suas 22 novas criações em tendas cheias de personalidade, ocupando um espaço de cerca de 1.700 m² em um universo de pura sofisticação. Chegando em seu quarto ano de participação na Semana de Design de Milão, a Moooi embarcou para a capital do design com um tema que rico em possibilidades.

“O tema um tanto paradoxal deste ano, da harmonia rebelde, foi escolhido em perfeita em sintonia com as nossas próprias crenças fundamentais. No Moooi, nós nos esforçamos para abraçar a polaridade entre criatividade e negócios, entre o caos e a ordem”. Explicou Robin Bevers, CEO da empresa. O criativo Marcel Wanders não poderia deixar de destacar o estilo nada comum da marca. “Todas as pessoas são diferentes, mas alguns são mais diferentes do que outros”.

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