Design é meu mundo / Armários Roxinho

Isabela Vecci

Roxinho

Beleza e comodidade nem sempre andam juntas. No mundo fashion, por exemplo, nós mulheres sabemos muito bem que alguns estilistas reivindicam nosso conforto em troca da beleza de alguns sapatos de salto ou de vestidos tubinhos. Na moda casa não é muito diferente. Em um passado não muito distante, conforto e comodidade ficavam em segundo plano. O importante era criar uma peça de tirar o fôlego. A nova geração de designers do pós-modernismo moveleiro entendeu que comodidade é fundamental e a arquiteta Isabela Vecci está entre eles.

Isabela é arquiteta de formação, mas possui uma mente criativa que funciona a todo vapor e em toda direção. Sua produção é multidisciplinar e está ganhando cada dia mais o reconhecimento que merece. A designer busca inspiração na história e na filosofia e tem lançado linhas de móveis de uma beleza que combina a funcionalidade com a contemporaneidade de seu tempo.

Entre esses trabalhos, encontramos os armários Roxinho. Roxinho é uma família formada por três armários de madeira maciça que podem ser dispostas lado a lado ou separadas nos cômodos da casa.  “Quando o cliente chega à loja, ele já vem com uma ideia pré-concebida do que deseja. Por isso, é fundamental criar produtos múltiplos, mas que possam se adaptar as particularidades de cada um”, defende a arquiteta.

A cidade nas mãos

A ourives Ola Shekhtman cria anéis com a arquitetura das principais cidades do mundo

Paris

Paris

A Torre Eiffel, o Parlamento inglês ou o Empire State Building podem parar nas suas mãos. É que a arquitetura das grandes metrópoles foi o tema escolhido pela designer de joias Ola Shekhtman para desenhar seus anéis.

Apaixonada por centros urbanos, a designer viajou o mundo, literalmente mudando de uma cidade para outra, com o objetivo de se conectar com as grandes metrópoles. Nascida na Sibéria, Shekhtman mudou-se para São Petersburgo e morou na segunda maior cidade da Rússia durante seis anos de sua vida.

Nesse período estudou ourivesaria, a arte de trabalhar com metais precisos, e seguiu seu caminho nômade entre uma cidade e outra. Ao lado do marido, mudou-se para Israel e depois para os Estados Unidos. Em sua última parada, morou em Nova York, na Virginia, em Maryland e agora está na Carolina do Norte.

O resultado de toda esta andança foi a criação da linha de anéis Metrópolis. “Desenhei meu primeiro anel quando era ainda estudante e nunca esqueci essa ideia. Em maio de 2015 fiz meu primeiro modelo: Paris” explicou a designer. “Eu não contava com o sucesso”, confessa.

Metrópolis são anéis em metal fundido pela própria designer, no ouro e na prata, para recriar os principais ícones arquitetônicos das principais cidades do mundo. Em suas mãos, Shekhtman já redesenhou Paris, Londres, Nova York e outras dezenas de cidades, como Berlim, Estocolmo e Hong Kong. Um belo trabalho que coloca o mundo em suas mãos.

Washington D.C

Washington D.C

São Francisco

São Francisco

Nova York

Nova York

Hong Kong

Hong Kong

Estocolmo

Estocolmo

Amsterdam

Amsterdam

Linha Atibaia / Paulo Alves

A colaboração de Paulo Alves com a Butzke foi a responsável por colocar no mercado a linha Atibaia em versão produzida com Cumaru certificado

A madeira é matéria prima protagonista quando o assunto é design nacional e Paulo Alves entende bem desse assunto. Além dele, a Butzke se especializou na produção de móveis com madeira certificada e unir esses dois em uma mesma linha de produtos é sucesso garantido.

A colaboração de Paulo Alves, da Marcenaria São Paulo, com a Butzke foi responsável pela edição um de seus mais icônicos desenhos, a família de móveis Atibaia composta de cadeira, banqueta, banco e mesa, em uma nova madeira.

“A experiência de produzir a cadeira Atibaia com a Butzke foi o desafio de levar a leveza do design da peça para uma madeira bruta e pesada como a Cumaru”, explicou o designer. Guido Otte, da Butzke, concordou: “O projeto da linha Atibaia mostrou a capacidade de uma madeira que tem a característica de ser pesada poder fornecer um produto que visualmente te dá a noção de ser leve”.

Mais uma vez a inspiração de Paulo Alves veio da natureza. “Esse jeito de fazer um móvel com desenho inspirado no próprio desenho da natureza é uma forma de falar de sustentabilidade”, contou.

Antes de ser reeditada pela Butzke, a linha Atibaia era feita em Ipê. As novas versões, pensadas para áreas externas, foram feitas de cumaru certificado. A cara do Brasil, na definição de Maria Abadia Haich.

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Design é Meu Mundo / Cama Double

Cama Double da Neobox

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A Neobox, criada pela dupla Danilo Lopes e Paula Gontijo, chegou ao mercado apenas em 2011, mas aproveitou seus poucos anos de vida para penetrar no marcado e fazer de seu nome uma importante marca de mobiliário.

Conhecemos bem o padrão sofisticado de suas peças, já que o Blog AZ adora mostrar um pouco mais dos móveis criados e produzidos pela Neobox. O estilo vanguardista e criativo de desenvolver suas peças pode ser visto em sofás, puffs e mesas. Mas hoje, a cama é a estrela do nosso Design é Meu Mundo.

Double, no inglês, significa duplo por isso o termo “duble bed” é usado para dar nome às camas de casal. No caso da Neobox, que pensa sempre fora do comum, a Cama Double significa uma dupla função para o móvel mais importante da casa. É que a Cama Double vem com uma espécie de cabeceira estante.

Seu estilo minimalista, com traços simples e, paradoxalmente, elaborados, é que faz da Cama Double uma peça elegante. Criada em todos os tamanhos (solteiro, solteiro king, casal, casal queen, casal king e super king) a cama é formada por estrados de madeira desmontáveis.

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Linha Alvorada / Butzke e Carlos Motta

Linha de móveis criada por Carlos Motta e produzida pela Butzke Design

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“O que mais uniu nosso trabalho, independente da paixão e competência pela marcenaria, foi o fato de que nós nos pautamos em uma responsabilidade social e ambiental que, pra mim, são os pré-requisitos de um bom design”. É assim que o arquiteto e designer Carlos Motta explica sua aliança com a marca catarinense Butzke Design.

Responsabilidade ambiental é a palavra de ordem da já consolidada relação entre a Butzke e o Atelier Carlos Motta e um forte exemplo da sustentabilidade proveniente dessa aliança é a Linha Alvorada. Lançada há quase três anos, a coleção se agrega ao conceito de móveis sustentáveis, já que todas as suas peças foram feitas com a nobre madeira de Cumaru certificada pelo selo FSC.

Ergonomia é outra palavra importante quando se fala na linha Alvorada, ou em qualquer trabalho assinado por Motta.  “O bom design tem que saber usar a ergonomia, com o estudo do corpo para a construção de uma peça confortável”, explicou o designer certa vez ao Blog AZ.

A intenção da linha Alvorada foi a de levar conforto para as áreas externas de varandas, decks ou jardins. Sem acabamento com vernizes químicos e industriais, ela é apresentada crua, permitindo respiração da madeira e o contato do usuário com sua bela textura e, claro, foi feita para resistir às intempéries do tempo.

A família Alvorada é formada por sofás, poltronas, mesinhas de centro e uma chaise-longue. Tudo lindo, tudo AZ… Design é nosso mundo!

Kertell, 30% Off: Banco Stone

O design reluzente e, ao mesmo tempo, simples do Banco Stone da Ketell

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Não precisa de muito para ser muito. Hoje tanto o mercado da moda como do design têm dado valor às formas simples e à elegância do menos. A Kartell, marca italiana em promoção no Armazém da Decoração, sabe administrar com maestria os momentos de aplicar a máxima do “menos é mais”.

Seus produtos, na realidade, não precisam de formas majestosas, pois seu próprio design arrojado traduz nas peças a simplicidade elegante e, ao mesmo tempo, ousada. Um dos exemplos dessa linha de criação é o Banco Stone, criado com forma muito simples, mas com detalhes reluzentes.

Seu design é assinado por Marcel Wander, holandês formado no Instituto de Artes de Arnhem. De acordo com o jornal norte-americano The New York Times, Marcel é a Lady Gaga do projeto mundial – fácil entender porque o seu nome faz parte do seleto grupo de designers que produz para a Kartell.

Stone é um banquinho baixo feito em molde único de base linear e simétrica. O banco lembra uma ampulheta – artefato antigo de medição do tempo. Sua superfície, por outro lado, não segue a tendência simples que fundamentou sua base de criação. Irregular, a superfície do banco é composta por inúmeras facetas geométricas reflexivas que criam um efeito de luz como se o banco brilhasse – algo parecido com um diamante. Essa característica fez com que a Kartell fabricasse o banquinho Stone nas cores das pedras preciosas.

Design é meu mundo / Sofá Lounge

Neobox Design

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Se tem uma coisa que a Neobox entende bem é de sofá. Claro, a empresa não se especializou apenas nesta linha de mobiliário, já que fabrica também poltronas, mesas e puffs – verdadeiros objetos de desejo. Mas os sofás são uma atração à parte.

A Neobox surgiu no mercado brasileiro de móveis de alto padrão com peças confortáveis e sofisticadas, mas sem abrir mão do estilo vanguardista e criativo de desenvolver seu mobiliário.

No início deste ano a empresa lançou a linha 2015 e algumas peças merecem nosso destaque. São móveis que vão além do design. Fabricados com materiais de alta tecnologia e respeito ao meio ambiente, as peças da nova colação Neobox têm personalidade e o Sofá Lounge é um deles.

Você pode não se lembrar, mas o sofá foi uma das atrações principais do Family Room, espaço criado por Adriana Mundim e Fernando Rocha na Casa Cor Goiás 2015. Corrigindo, os Sofás Lounge foram uma das atrações principais, pois os arquitetos colocaram dois deles em seu ambiente.

A peça é feita sob medida e sua estrutura permite que o sofá divida espaço com pequenas mesas de madeira – tudo parte de uma mesma peça. O Lounge é uma peça única, mas seu estilo é revisitado em outros móveis da ultima coleção Neobox , como a poltrona Namoradeira e no sofá Nido.

Family Room, Casa Cor Goiás 2015

Family Room, Casa Cor Goiás 2015


Foto: Marcus Camargo

Tudo sobre a poltrona Mole, de Sergio Rodrigues

Entra década, sai década, e a cadeira de maior sucesso do mestre do design permanece atemporal

“Esparramada” é uma palavra que define bem a poltrona mais famosa de Sergio Rodrigues. Cá entre nós, quem já se sentou na poltrona criada em 1957, sabe que a sensação é de estar sendo abraçado. Além disso, a Mole também pode facilmente ser apelidada de robusta, não apenas por sua estrutura de madeira torneada, mas por sua presença imponente.

O projeto da Mole substituiu os traços delicados europeus, que estavam em voga na época, pela estética da robustez, unindo modernidade e brasilidade. Isso porque Sergio Rodrigues utilizou materiais brasileiros na poltrona, como a madeira de jacarandá maciça.

A poltrona Mole se diferencia pelo design despojado, mas perfeitamente executado. A estrutura de madeira maciça é coberta por uma cesta de tiras de couro, que sustenta grandes almofadas de couro. As almofadas macias permitem que o assento se molde ao corpo de usuário, levando o conforto ao nível máximo. Assim, o encaixe lembra a aderência perfeita entre o corpo e uma rede, por exemplo.

A história da criação da Poltrona Mole

A concepção da Poltrona Mole se iniciou em 1956, quando Sergio Rodrigues estava criando um sofá de dois lugares para o fotógrafo Otto Stupakoff (1935), que havia pedido um “sofá preguiçoso”. Os primeiros protótipos da poltrona foram apresentados, então, em 1958, durante a exposição O Móvel Como Objeto de Arte, que ocorreu na Oca, loja de Sergio Rodrigues.

Ilustração de Sergio Rodrigues

Mas a poltrona mais famosa do Brasil não foi querida desde sempre. Criada em 1957, a peça não foi bem recebida na época. Segundo Sergio, a Mole amargou uma falta de interesse do público por anos. “Se os desenhos que eu fazia eram considerados ‘futuristas’, aquilo, então, não teria qualificação. Um pastelão de couro sobre aqueles paus era demais. Os curiosos de vitrine diziam: para uma cama de cachorro está muito cara”, contou o designer.

“Meus sócios, em vez de me bater, quiseram guardar a poltrona no fundo da loja, mas decidi enfrentar porque acreditava muito na poltrona. E ela começou a ser aceita por pessoal de certo nível cultural.” Até despertar a atenção de várias personalidades, entre elas o então governador Carlos Lacerda, que praticamente exigiu que Sergio mandasse a poltrona para um concurso na Itália.

Reconhecimento internacional

No ano de 1961, na cidade italiana de Cantù, a poltrona Mole recebeu o prêmio responsável por torná-la famosa em todo o mundo: o 4º Concurso Internacional do Móvel. Acima de tudo, o reconhecimento do júri deveu-se ao fato de a peça não era influenciada por modismos e representava a região de origem.

A partir de então, Sérgio passou a colocar o design nacional em destaque no mundo, tendo a Mole como atração principal. Hoje, a peça faz parte do acervo do Museum of Modern Art de Nova York (MoMa).

Quem foi Sergio Rodrigues

Nascido em 1927, o carioca Sergio Rodrigues liderou o design de vanguarda brasileiro nas décadas de 1950 e 1960 e produziu obras que nunca mais serão esquecidas. Ele se formou em 1952, na Faculdade Nacional de Arquitetura do Brasil, e se dedicou a imprimir a identidade brasileira em suas peças de design.

Em 1955, ele fundou a Oca, uma loja que se propunha a criar móveis que se adequassem às necessidades de um país tropical e que refletissem a cultura do seu povo. Durante 60 anos de carreira, Sergio Rodrigues lançou mais de 1.200 modelos, que equiparam desde residências a palácios e repartições diplomáticas.

Sergio Morreu em 2014, aos 94 anos de idade. Hoje, a marca Sergio Rodrigues é comandada pelo primo do mestre, o também arquiteto Fernando Mendes.

O Armazém AZ foi a primeira loja do Centro-Oeste a investir em uma aproximação com Sergio Rodrigues (saiba mais aqui). Hoje, somos representantes da marca na região. Ou seja, venha conhecer de perto a obra do mestre ou encomende seu móvel com um de nossos consultores.

Design é meu mundo / Sofá Vimeiro

Por Eulália Anselmo

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Quando o artesanato e o design se unem, pode esperar um resultado bem encantador – e inovador! Foi o que aconteceu com o sofá Vimeiro de Eulália Anselmo. A produção dos móveis de fibra natural é praticamente artesanal, como é o caso da peça de Eulália, fabricada no vime natural que deu origem ao seu nome.

O vime é uma árvore oriunda da África do Sul e Europa, mas encontrada também em algumas regiões da Ásia. No Brasil, são cultivadas principalmente no sul do país. Com tonalidades avermelhadas, os feixes de vime são tramados ainda úmidos na construção de uma peça mobiliária.

“Pensando em trabalhar o Vime, assisti a uma colheita e depois a armazenagem, em maços pendurados num galpão velho de madeira”, explicou Eulália a falar sobre a peça. “O sofá Vimeiro já estava lá… só amarrei os maços, empilhei e fiz como uma instalação”.  Segundo a própria designer, o resultado é praticamente uma paisagem que fica na fronteira entre design e expressão artística.

Assim como o sofá Vimeiro, tudo que nasce nas mãos de Eulália, nasce de um processo artístico. Nascida em Pelotas, Eulália Anselmo formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pelotas. Mestre em Arte e Design pela Iowa State University, trabalhou em escritórios de arquitetura quando morou nos Estados Unidos e atuou como professora na Iowa State University e, mais tarde, na Universidade Federal de Pelotas, mas sempre envolvida com o design mobiliário.

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Design é Meu Mundo: Cadeiras Rio

Cadeiras Rio de Carlos Motta para a Butzke

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A paixão de Carlos Motta pela marcenaria uniu seu trabalho ao da Butzke, mas a preocupação tanto do designer quanto da marca pela responsabilidade ambiental fez dessa aliança um encontro de vidas. “A Butzke e eu nos pautamos em uma responsabilidade social e ambiental e, para mim, essa duas responsabilidades são os primeiros pré-requisitos para um bom design”, explicou Motta em entrevista para o Blog AZ.

Desse encontro, o mundo do design acabou ganhando algumas joias do mobiliário nacional. Em 2011 foi a vez da Cadeira Rio. A Butzke lançou com Carlos Motta uma peça inspirada na geografia da capital fluminense que exibe linhas simples e marcantes. Carlos Motta, que é um surfista apaixonado pela natureza, acerou na escolha da cidade maravilhosa como inspiração.

“Ter o Rio de Janeiro como inspiração, lembrar sua doçura, sua beleza, o cheiro da maresia, as construções coloniais e a alegria do carioca, foram a minha fonte para criar esta cadeira leve, atual e moderna”, explicou o designer.

Rio foi revestida com PET reciclado e está disponível nas versões bege, prata, amarelo, vermelho, verde, azul e preto. Há ainda uma opção toda em madeira – eucalipto certificado, claro.