Poltrona Donna / Design é Meu Mundo

Poltrona Donna de Bruno Faucz

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Bruno Faucz cresceu com um papel e um lápis sempre a mão. Formado em Design de Mobiliário e pós graduado em Master Design Internacional, vivenciou o design dentro da indústria por sete anos, tempo em que desenvolveu o design efetivamente dentro de uma visão aplicada à produção.

Foi com sua visão e criatividade que concebeu a Poltrona Donna. Leve e confortável, minimalismo traduz a peça de mobiliário. Ela tem uma tamanho que permite que a pessoa possa sentar de pernas cruzadas em cima dela, proporcionando uma momentos de descanso e descontração.

As costuras contrastam com o tom do tecido tapeçado. Tridimencionalizada no couro com linha azul e lona verde ou linha laranja, as costuras ganham destaque e valorizam a peça. Nas costas da poltrona, os botões trazem charme e um detalhe especial para o fechamento da aba nas costas. Seus pés são esguios e baixos, e postos de maneira que acompanhem as linhas de ângulo do desenho.
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Fonte: Bruno Faucz Design

Poltrona Mexirica / Design é Meu Mundo

Poltrona Mexirica da Estudio Bola

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Os pequenos gomos da Mexerica do design não são feitas de caldo de laranja, mas sim com enchimento em esferas de EPS. A mexerica foi, entretanto, a inspiração para que os designers Flavio Borsato e Maurício Lamosa – sócios do EstúdioBola – desenvolvesse o puff destaque do Design é Meu Mundo de hoje.

Seu desenho lembra o formato da fruta que leva seu nome. É que o móvel foi batizado como poltrona Mexerica. Criado pela EstúdioBola, a peça possui revestimento em couro natural e tecidos leves e pesados, como lonas, em algodão.

Este ano, a marca lançou a mesma peça com revestimento em tecido de corda náutica. A ideia é a de poder levar para fora de casa o puff e aliar o estilo outdoor das cordas náuticas com sua resistência as intempéries do tempo. Tudo com muita cor, é claro.

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Design é Meu Mundo / Poltrona Beg

Poltrona Beg de Sérgio Rodrigues

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Precursor do design moderno brasileiro, Sérgio Rodrigues é um daqueles profissionais que não se fala no seu ofício sem citar seu nome. O Blog AZ não se cansa dele. É que durante sua carreira – tristemente encerrada em 2014 quando faleceu vítima de um câncer – Sérgio produziu muita peça mobiliária e cada uma delas faz parte da história do design nacional.

O destaque de hoje é para a Poltrona Beg. A poltrona Beg foi criada por Sergio Rodrigues originalmente para a mesa de reuniões do Banco do Estado da Guanabara, em 1967. Com estrutura em madeira de lei maciça torneada, a poltrona ganhou assento estofado em espuma de poliuretano revestido em couro – preto e marrom.

Desenhada para ter encosto e braços em peça única em compensado curvado, a cadeira respeita a tradição dos móveis de Sérgio, o conforto. Sérgio Rodrigues brincava possuir uma forma infalível de testar suas peças: ao criar um protótipo, deixava que seus gatos se deitassem nele. Era com base na aceitação do bichano que Sérgio confirmava ser a poltrona realmente ergométrica, pois dizia que os gatos são exigentes e apenas dormem em móveis confortáveis.

Passada no crivo do conforto, a Poltrona Beg não ficou apenas no Banco da Guanabara, acabou sendo vendida pelo atelier de Sérgio até ser deixada de lado. Em 2005 a poltrona foi reeditada pela LinBrasil e relançada no mercado.

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Arquitetura sustentável: casas de papelão

O estúdio de design holandês Fiction Factory elaborou projeto de casas de papelão, sustentáveis de financeiramente acessíveis

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No mundo da sustentabilidade, a moda é gastar pouco e preservar muito. Arquitetos e designers estão se empenhando nessa ideia e uma bem sucedida foi desenvolvida pelo estúdio de design holandês Fiction Factory. O escritório criou a Wikkelhouse, casa de papelão.

Embora inusitada, seus criadores garantem que a casa resiste às intempéries do tempo. Por isso o comprador tem 50 anos de garantia do imóvel pode durar até cerca de 100 anos. O papelão, junto com toda a casa, é desenvolvido pela própria Fiction Factory e chega a ser até três vezes mais sustentável do que as residências tradicionais.

A estrutura do imóvel é formada por grandes tiras de papelão, juntando um total de 24 camadas com 1,2 metros de largura, finalizado por uma supercola impermeabilizante. O design vem por último, quando o papelão é coberto por madeira na parte interna e externa da casa.
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O tamanho da casa é determinado pela quantidade de tiras que o proprietário adquirir. Ao final, seu peso médio é de 500 kg. A informação parece irrelevante, mas não é. É que a casa pode ser transportada de um local para outro. O preço é outro atrativo. As casas são vendidas a 25 mil euros (algo como 90 mil reais) e ficam prontas em pouco mais de 24 horas. Mas por enquanto, está disponível apenas na Holanda, Bélgica, Luxemburgo, França, Alemanha, Dinamarca e no Reino Unido.

“Todos os materiais utilizados na Wikkelhouse são reciclados e respeitam o meio ambiente. Além disso, a produção de papelão necessária tem menos impacto no planeta do que a elaboração do cimento”, explicou a empresa. “Queremos manter um alto nível de qualidade”, concluiu.  Atualmente, a empresa já executou cinco projetos e mais de seis vendidos e prontos para serem “levantados”.

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Primavera Kartell

Estação das cores é a estação da Kartell

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Final de setembro é tempo de primavera e primavera é tempo de colorido. O universo do policarbonato da Kartell entra em promoção com peças que permitirão transformar a cor em um importante elemento de decoração. É que a Kartell abusa do design ousado e colorido.

A decoração colorida ainda causa dúvida e medo em muitas pessoas, mas se bem trabalhada imprime personalidade ao ambiente. O importante é evitar o colorido arco-íris – aquele em que a pessoa vai colocando várias cores sem harmonia. Ser colorido e ousado não significa ser desequilibrado, por isso a dica é escolher alguns tons que fiquem equilibrados e usar os objetos baseados neles.

Mas a Kartell foi também a responsável pela criação e fabricação da primeira cadeira do mundo totalmente transparente, realizada em policarbonato em um único molde. Chamada La Marie, a peça une ao seu design básico e à sua estrutura de excepcional resistência a leveza e solidez, resultado de uma pesquisa atenta e meticulosa sobre o material.

Estação das cores é a estação da Kartell, porque design é nosso mundo!
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Cadeira Menna / Sérgio Rodrigues

Design é meu mundo fala mais sobre a cadeira Menna e a reedição do trabalho de Sérgio Rodrigues pelo Atelier Fernando Mendes

 

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As criações de Sérgio Rodrigues são pequenas obras de arte e, como tal, devem ser esculpidas com cuidado. É assim que Fernando Mendes trabalha com as reedições dos clássicos do designer e primo Sérgio Rodrigues.

Fernando é amante da marcenaria tradicional com trabalho artesanal. “A marcenaria dá a oportunidade de a pessoa desenvolver trabalhos incríveis que exigem inteligência e muito estudo elaborado”. É com esse carinho que dirige o Atelier Fernando Mendes e que vê as peças de Rodrigues serem produzidas.

Para Fernando, design atemporal é aquele que cria objetos com uma expressão tão forte que passa pelo tempo. É assim que vê as peças de Sérgio Rodrigues, como a Menna. A Menna é uma cadeira feita de peroba do campo ou freijó natural e tonalizada com assento e encosto de palhinha natural.

A peça foi desenhada por Sergio Rodrigues em 1978 como parte da família de móveis batizada de “Bule”, que se caracteriza pela curvatura anatômica no encosto. A cadeira continua sendo produzida pelo Atelier de Fernando, que trabalhou com Sérgio até a sua morte, em 2014. “Depois de mais de 20 anos de convivência com Sérgio, percebi que sua maior influência na minha vida foi a paixão e emoção que ele tinha com o ofício”, contou o designer.

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Philippe Starck / Poltrona Uncle Jim

Design é meu mundo fala mais sobre a poltrona Uncle Jim , de Philippe Starck

Longe Eleonora Hsiung

Longe Eleonora Hsiung

O trabalho da Kartell é conhecido pela irreverência, e grande parte dessa irreverência leva a assinatura do francês Philippe Starck. O plástico e a transparência são marcas carimbadas de seu trabalho, somados ao traçado singular, orgânico e muito pessoal de seu desenho, que acabam por dar às suas peças um quê de futurismo.

Uma poltrona de Starck com forte fascínio estético é a Uncle Jim, estrela do Design é Meu Mundo de hoje. A peça é como uma união de todos os trabalhos mais afamados do designer e da marca italiana em uma única poltrona.

Uncle Jim foi desenhada para o policarbonato transparente. A peça é o exemplo mais ousado no mundo da tecnologia de moldagem por injeção. A coleção projetada por Philippe Starck é composta também por um sofá, o Uncle Jack, e uma banqueta.

A poltrona ecoa linhas e sinuosidade bem ao estilo do “mais é menos”. É que seu design é simples e passa quase despercebido. A poltrona transparente, quando usada, passa a impressão de que a pessoa está sentada no nada.

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Design é Nosso Mundo / Cadeira Maresia

Butzke e Carlos Motta lançaram este ano a linha Maresia com peças de diferentes madeiras certificadas e envoltas em percintas

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Respeito ao meio ambiente e a sofisticação do design contemporâneo foram as qualidades que uniram o trabalho do designer Carlos Motta com a marca Butzke. A empresa foi uma das pioneiras na fabricação de moveis autorais para áreas externas. Preocupada com o meio ambiente, a Butzke se aproximou de designers que tinham essa mesma responsabilidade social e Carlos Motta foi um deles.

“Nós começamos a nos dirigir com uma abordagem diferenciada na fabricação de alguns produtos, procurando algo que nos fizesse crescer no cenário com peças mais elaboradas”, explicou o empresário Guido Otte sobre a empresa do sul que antes fabricava carroças. “Passamos a contratar alguns designers e foi nessa época que conhecemos o Carlos Motta”.

A Butzke foi a primeira empresa no Brasil que conseguiu o certificado FSC (Forest Stewardship Council) para seus móveis, que é um selo que atesta a responsabilidade ambiental da madeira. Motta, que sempre teve uma relação íntima com a natureza, passou a fazer parte desse time ao desenhar linhas para a Butzke.

Em julho desse ano, Motta e Butzke se uniram mais uma vez para lançar a Linha Maresia durante a Feira Brasileira de Móveis e Acessórios da Alta Decoração (ABIMAD). A linha Maresias, assinada por Carlos Motta, é produzida com madeira Cumaru com apresentação inédita da cadeira com percintas, outra em couro e um novo modelo de espreguiçadeira.

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Exposição montada por Lina Bo Bardi é recriada no Masp

Lina Bo Bardi viveu sua vida na tentativa de descobrir a essencialidade na inteligência popular. Para homenagear a arte que vem do povo e das ruas, em contra partida com a arte elitista dos caros […]

A mão do povo Brasileiro em 1969

Lina Bo Bardi viveu sua vida na tentativa de descobrir a essencialidade na inteligência popular. Para homenagear a arte que vem do povo e das ruas, em contra partida com a arte elitista dos caros quadros renascentistas, Lina criou a exposição A Mão do Povo Brasileiro para a inauguração do Museu de arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) em 1969 – museu projetado por ela.

Sua ideia, quase subversiva, não agradou aos militares no poder, que pretendiam passar ao mundo a imagem de um Brasil moderno. Em 1965, Lina – que é italiana – levou a mesma exposição que montaria no Masp quatro anos depois para Roma, mas foi interditada por ordem dos militares. À época, um jornal italiano publicou matéria dizendo que “a arte dos pobres apavora os generais”.

Agora, 47 anos depois, o Masp traz de volta a exposição de Lina Bo Bardi. O museu, que se cerca das ideias e projetos criados pela arquiteta, recupera as principais ideias da mostra concebida por ela. Uma reencenação, com cerca de mil objetos históricos similares às da exposição de Bo Bardi. Em 1969, Lina contou com a colaboração do cineasta Glauber Rocha e do diretor de teatro Martim Gonçalves, para reunir objetos trazidos do Museu de Arte da Universidade do Ceará, do Museu do Estado da Bahia, do Museu de Artes e Técnicas Populares de São Paulo e de colecionadores particulares.

A exposição foi, e voltou a ser, construída com objetos que remetem à cultura popular brasileira, como carrancas, ex-votos, santos, tecidos, peças de vestuário, mobiliário, ferramentas, utensílios de cozinha, instrumentos musicais, adornos, brinquedos, figuras religiosas, bem como pinturas e esculturas. A nova exposição fica em cartaz no Masp até o dia 29 de janeiro de 2017.
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A Mão do Povo Brasileiro
Quando: de 1º de setembro a 29 de janeiro de 2017
de terça a domingo, das 10h às 18h;
Onde: Masp, av. Paulista, 1.578.
Quanto: R$ 25,00 (entrada franca às terças-feiras)

Moda da Mula Preta do design

Felipe Bezerra e André Gurgel criaram a Mula Preta, estúdio de design mobiliário

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Foi durante uma troca de figurinhas que os designers Felipe Bezerra e André Gurgel viram que tinham algo em comum: o hobbie e o talento para o design de móveis. Quando falamos em “troca de figurinhas”, estamos falando literalmente, já que foi quando André e Felipe trocaram seus croquis é que descobriram que podiam desenvolver juntos os projetos que estavam no papel.

“Nós então passamos a desenvolver essa ideia de design mobiliário e começamos a projetar móveis que chamariam a atenção para o trabalho que queríamos elaborar”, explicou a dupla. “Foi assim que surgiu o Mula Preta”, concluíram. O nome não veio do nada, a dupla o pegou emprestado de Luiz Gonzaga, da música Moda da Mula Preta, para dar ao estúdio a identidade nordestina com o humor dos designers.

O estúdio de Design de Produtos fundado por Felipe e André em Natal, nasceu em 2012, mas já ganhou nome e muitos prêmios – entre eles o prêmio de design da feira de Milão nos anos de 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016. Especializaram-se no projeto e na criação de produtos mobiliários que unem a sofisticação comum ao design brasileiro com a criatividade comum dos designers.

Quando André e Felipe decidiram se associar pela grande afinidade na esfera criativa, não imaginaram que daria tão certo. André Gurgel é designer com especialização em design gráfico tridimensional e visualização de produtos e Felipe Bezerra é arquiteto graduado pela UFRN e dirige também o escritório Felipe Bezerra Arquitetos desde 2000.

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