Alguns arquitetos são impassíveis às cores e as consideram desnecessárias na arquitetura, principalmente por serem ligadas a estímulos psicológicos. Mas existem alguns profissionais que tiveram suas carreiras marcadas pelo uso de cores vibrantes em quase todos os seus projetos. Reunimos três deles, que também estão no rol dos arquitetos mais influentes dos últimos tempos.
Luis Barragán
Um dos arquitetos mexicanos mais importantes de todos os tempos, Luis Barragán (1902-1988) foi o único de sua nacionalidade a ganhar o Prêmio Pritzker, considerado o Nobel da Arquitetura, em 1980. Após se formar, na década de 1920, viajou pela Europa para conhecer diferentes estilos arquitetônicos.
Em suas viagens, se tornou muito influenciado pelo movimento modernista europeu. Os projetos criados por Barragán após retornar ao México apresentam elementos típicos desse estilo, como formas retas e limpas. Mas o arquiteto conseguiu unir o regionalismo mexicano às suas obras, inserindo materiais rústicos e cores vibrantes a elas.
Peter Cook
Nascido em 1936, o britânico Peter Cook é um dos profissionais mais notáveis da atualidade. Nos anos 1960, foi um dos fundadores do grupo Archigram, formado por arquitetos ingleses que buscavam repensar as formas tradicionais de ensino, representação e produção da arquitetura.
Suas realizações com o grupo foram reconhecidas pelo Royal Institute of British Architects, que premiou o Archigram com a Medalha de Ouro Real em 2004. Os ideais de Peter Cook e seus colegas influenciaram muitas gerações de novos arquitetos. Hoje, Cook leciona na University College London e dá palestras em todo o mundo.
Ricardo Bofill
Ricardo Bofill é um arquiteto catalão, nascido em 1939. Filho de um arquiteto e construtor, ele estudou na Escola Técnica Superior de Arquitetura de Barcelona, de onde foi expulso por seus ideais políticos, e na Universidade de Genebra.
Em 1963, ele criou seu estúdio, o “Taller de Arquitetura”, que conta com arquitetos, engenheiros e sociólogos. A partir de então, tem realizado projetos em diferentes partes do mundo, adaptando-se à realidade cultural e sociológica de cada local.
Ele é um dos representantes máximos do estilo pós-moderno. Mantém alguns elementos do modernismo e linhas limpas, que sugerem alho quase futurístico. Mas as cores, em contraste ao minimalismo, sempre foram parte central de suas obras.
Fonte e Imagens: Archdaily