Janaina Tschäpe nasceu em Munique, na Alemanha, em 1973, mas foi criada em São Paulo. Mestre em Belas Artes pela Escola de Artes Visuais de Nova York, ela pode ser considerada uma artista multidisciplinar, transitando entre pintura, desenho, fotografia, vídeo e escultura. A vida aquática, criaturas míticas e universos fantásticos são temas constantemente revisitados nas obras de Janaína.
Em seus primeiros trabalhos, Tschäpe geralmente se colocava dentro da paisagem. Mas, houve uma transição, e ela passou a explorar suas imagens internas, evocando suas viagens e lembranças perdidas. Seja nas pinturas, fotografias ou desenhos, a artista explora suas experiências em paisagens abstratas que evocam à natureza.
As pinturas de Tschäpe estão sempre ligadas aos ciclos de vida da natureza. Uma atmosfera fluida pode ser observada em toda a sua obra, ao longo de mais de 30 anos de carreira. “Continuo fascinada pela ideia do oceano como um portal para outro mundo”, disse a artista em uma entrevista, aludindo à história de Iemanjá, divindade também chamada de Janaína, associada às águas.
Não só por Iemanjá, Tschäpe diz ser inspirada por muitos artistas brasileiros. Embora seja naturalmente alemã, foi o Brasil que a motivou a se mostrar como artista. “Sinto uma ligação muito grande com a arte e a cultura brasileiras. Quando voltei para o Brasil, vi todas as maravilhosas artistas femininas com ótimas carreiras, o que não vi na Alemanha. Estar de volta me deu a possibilidade de mostrar meu trabalho”, disse em entrevista à New City Brazil.
O trabalho de Janaina Tschäpe passou por grandes galerias e museus em todo o mundo, como o Museu Solomon R. Guggenheim, em Nova Yotk; o Museu Nacional das Mulheres nas Artes, em Washington; e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Por várias vezes, também já contribuiu com grandes nomes da moda, como Dior. Tschäpe continua realizando mostras em todo o mundo. A mais recente ocorreu no Rio de Janeiro, em 2019.
Fotos: Site Janaina Tschäpe/ Foto destaque: Glamurama Uol