O Brasil ainda vive sob uma logica fordista em que as pessoas são numeradas e qualificadas pelo tamanho de sua produção, mas toda lógica existe para ser quebrada. No início da última década, o britânico John Howkins desenvolveu o conceito de economia criativa e ela veio justamente para contrapor a lógica industrial na qual a produção tecnológica e cultural ainda está inserida.
Segundo o próprio Howkins, o principal princípio que guia a economia criativa é justamente o fato de que todo mundo nasce com imaginação e criatividade. John Howkins desenvolveu em seus estudos, que culminaram no livro The Creative Economy (2001), a ideia de que as novas necessidades que vêm surgindo nas populações de todo o mundo criaram também a necessidade de uma nova forma de produção econômica, que ele chamou de ecologia criativa.
A economia criativa gira basicamente entorno da ideia de que o grande ativo da economia é a atividade humana. Para suprir as necessidades de desenvolvimento econômico sustentável é precioso trabalhar em rede. A produção deixa de ser hierárquica e se torna cooperativa.
Contrapondo o tradicional modelo de carreira profissional com carteira assinada, onde a produção em serie castra a liberdade e o potencial criativo do trabalhador, sociedade pós-moderna juntou um grupo de pessoas que trabalham unindo diversão e responsabilidade, tudo na busca por instigar a imaginação e mergulhar no novo.
Algumas áreas se destacaram na lógica da economia criativa como a moda, o artesanato e o design. E não se engane, a economia criativa abrange todas as classes sociais. Os pequenos empreendedores, com grandes ideias, vendem seus produtos não somente pelo dinheiro, mas pelo prazer de mostrar a criatividade, cultura e indenidade pessoal de seu trabalho – são verdadeiros empreendedores sociais.
O Blog AZ começa a mostrar, a partir de amanha, alguns trabalhos que se lançaram dentro da lógica da economia criativa, que é um processo em constante inovação.