Projeto Luz para a Coexistência ilumina as paredes grafitadas da Vila Madalena

(Adriano Vizoni / Folhapress)

(Adriano Vizoni / Folhapress)

A sensação provocada pela iluminação nos espaços urbanos foi o objeto de estudo do Projeto Luz para a Coexistência. O projeto faz parte das ações realizadas pelo encontro brasileiro de Lighting Designers que, em 2015, chega a sua sexta edição. Este ano a Associação Brasileira de Arquitetos de Iluminação, em parceria com o Social Light Moviment, criou um projeto de intervenção de arquitetura em contexto urbano.

Cerca de 30 arquitetos, light designers e artistas plásticos participaram de um workshop para pensar em como transformar os espaços urbanos por meio da iluminação. O resultado do trabalho foi visto na noite desta quarta-feira (19) na Vila Madalena, em São Paulo.

A intervenção espalhou projetos de LED, filtros coloridos, lanternas de isopor e de garrafas pet por um percurso que vai da Praça Beco Niggaz da Hora, na Rua Belmiro Braga, passando pela Inácio Pereira da Rocha e pelo Beco do Batman, até chegar à escadaria do Palápio.

A escolha do bairro não foi aleatória. A Vila Madalena é conhecida por ser um reduto boêmio da capital paulista, mas agora virou também uma espécie de museu a céu aberto. Os grafiteiros da arte urbana tomaram conta das paredes do bairro e não é difícil imaginar o belo resultado que gera da aliança entre o street art e um bom projeto de iluminação.

O projeto durou vários dias e algumas horas. É que embora os organizadores tenham despendido alguns dias para pesquisa de campo e criação do projeto, as luzes ficaram acesas por apenas algumas horas. Após o horário legal do silêncio, 22 horas, os becos coloridos da Vila voltaram ao seu breu costumeiro.

A ideia principal do projeto este ano foi o de incluir a sociedade na discussão sobre o poder que a luz exerce no ambiente público e a sua vocação em transformar espaços degradados e a vida da comunidade que o circula. O Social Light Moviment, rede internacional de designers, já havia começado com esse enfoque no ano anterior em Frankfurt, quando uma de suas fundadoras, Elettra Bordonaro, apresentou as diversas intervenções de luz em todo o mundo.

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