Lava-jato a serviço da arte

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No meio político não se fala em outra coisa senão em corrupção, mas o meio artístico pode se beneficiar do espólio deixado pelos corruptos do meio político. É que desde a terça-feira (14), o Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, apresenta nova exposição com obras de arte apreendidas na casa dos suspeitos de participação no esquema de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro desvendado pela Operação Lava Jato.

MON já recebeu três lotes de obras de arte desde o início da operação, totalizando 203 peças. Conforme decisão judicial, o museu tem a guarda do material artístico até a decisão final das ações penais. Intitulada “Obras sob guarda do MON”, e com 50 peças, esta será a segunda exposição relacionada a um dos maiores esquemas de corrupção investigados no país, segundo o Ministério Público Federal (MPF).

O público poderá ver, por exemplo, três telas de Cícero Dias (1907-2003), a obra “Roda de Samba”, do carioca Heitor dos Prazeres (1898-1966) e sete fotografias de Miguel Rio Branco. Há ainda duas telas do paulista Sergio Sister, uma acrílica sobre madeira de Nelson Leirner, “Homenagem a Mondrian”, e mais dois trabalhos do artista Vik Muniz. Além de Di Cavalcanti, Iberê Camargo, Aldemir Martins, Claudio Tozzi, Daniel Senise, Amilcar de Castro e Carlos Vergara.

O museu não disponibilizou o valor total das obras, que ficarão sob sua tutela até nova decisão da justiça federal. O MON armazena os quadros no Setor de Acervo e Conservação e lá as obras passam por uma espécie de quarentena para que os técnicos tenham certeza de que não há nenhuma contaminação por fungo ou bactéria, que podem deteriorar o acervo
Serviço
Exposição: “Obras sob guarda do MON”
Sala: 2
Período expositivo: 14 de abril a 12 de julho de 2015, de terça a domingo, das 10h às 18h
Ingressos: R$ 6,00 e R$ 3,00 (meia-entrada)

 

 

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