Arquitetura pelo mundo: Foundation Pathé

Michel Denancé

A Torre Eifel, estrutura de ferro erguida no Champs de Mars em Paris no século XIX, é ainda o edifício mais alto da cidade, mas não é preciso ser o prédio mais alto para chamar atenção. O edifício da Foundation Pathé, localizado no 13º distrito da capital francesa, não disputa atenção com o monumento mais visitado do mundo, mas com certeza não passa despercebido entre os prédios antigos e históricos da capital.

Primeiro que de antigo o Pathé não tem nada. Sim, o Velho Continente está abrindo suas portas para o novo e os arquitetos contemporâneos estão sendo recebidos de braços abertos nas famosas cidades europeias. Londres sedia o prédio mais alto da Europa ocidental e seus edifícios contemporâneos podem ser vistos de todos os ângulos da cidade. Barcelona, Praga, Madrid e Moscou são outros exemplos de cidades antigas que se abriram para o novo.
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Paris ainda está engatinhando, mas não deixa de exibir prédios bastante chamativos por sua arquitetura contemporânea. O Centro Pompidou, inaugurado em 1977, causou estranheza nos parisienses mais acostumados com os prédios tradicionais. Do alto do Arco do Triunfo, La Defense mais parece um bairro futurista, ainda que não tenha erguido todos os arranha-céus que foram projetados para o setor financeiro de Paris.

O Pathé é outro exemplo da arquitetura contemporânea em meio aos edifícios tradicionais. De longe, o prédio parece um inseto gigante, de perto é um criativo edifício exprimido entre dois blocos históricos da cidade da luz. O Pathé é uma presença inesperada, um volume curvo flutuante no meio de um pátio, ancorada em apenas alguns apoios. O projeto requeria a demolição dos dois edifícios existentes, ao contrário, entretanto, sua fachada foi restaurada e conservada devido ao seu valor histórico e artístico – ela foi esculpida por Auguste Rodin.

A Fundação Jérôme Seydoux-Pathé foi inaugurada em setembro do ano passado encarregada de apresentar ao público o patrimônio cinematográfico da Pathé. O responsável por toda essa originalidade foi Renzo Piano, que assina também o já mencionado Centro Pompidou.

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Fotos: Michel Denancé

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